domingo, 30 de maio de 2010

Bovespa valorizou 6.000% em 10 anos, diz levantamento

Zulmira Furbino - Estado de Minas

Publicação: 24/05/2010 07:10

Haja coração. O Brasil saiu rapidamente da crise global iniciada em 2008, a bolsa subiu do fundo de um poço de 29 mil pontos para patamares acima de 71 mil pontos mais rápido do que se esperava, mas os titãs do déficit orçamentário da Grécia e de outros países europeus jogaram água na fervura e o medo tomou conta dos mercados outra vez. A nau do pequeno investidor volta a ficar à deriva. Mas atenção. Esse não é um momento para pânico. Ao contrário. É hora de tomar decisões racionais. No longo prazo, a bolsa de valores é imbatível. É o que mostra um levantamento feito pela corretora SLW a pedido do Estado de Minas. Entre abril de 2000 e abril de 2010, período no qual o Brasil passou por duas crises econômicas - 2000/2001 e 2008 - , as ações de empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegaram a valorizar mais de 6.000%.

Foi o que ocorreu com os papéis da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Em abril de 2000, uma ação da siderúrgica valia R$ 0,49. Hoje, custa R$ 31,25. A valorização foi de 6.278%. Ou seja: se você tivesse aplicado R$ 10 mil em ações da companhia há 10 anos, hoje teria em mãos R$ 638 mil. Se a sua opção fosse pela Usiminas, você teria R$ 290,7 mil, valorizando suas economias em 2.934%. Caso a posição fosse comprada na Vale, o valor seria R$ 193,9 mil, alta de 1.839%. Na Petrobras, R$ 97,9 mil (879%) e na Suzano Papel e Celulose, R$ 121,4 mil (1.114%).

Nesses 10 anos, os principais produtos dessas companhias também valorizaram, mas em escala infinitamente menor. O preço da tonelada de bobina a quente vendida pela CSN e pela Usiminas saiu de US$ 358 para US$ 716. O barril de petróleo de US$ 30 para US$ 80 e a tonelada de celulose de US$ 631,12 para US$ 890. De acordo com Pedro Galdi, economista-chefe da SLW, a diferença entre o salto olímpico registrado no valor das ações e o aumento dos preços dos produtos deve ser creditada ao forte crescimento da economia mundial entre 2003 e 2008, quando as bolsas de valores de todo o mundo registraram recordes de valorização.

Por isso, na turbulência atual, é preciso deixar que a razão vença o pânico. "Quem tem carteira de médio e longo prazos não precisa se assustar no curto prazo", defende o economista. Na avaliação dele, o momento assusta o investidor brasileiro, machucado depois do furacão de 2008. No longo prazo, porém, a tendência é de valorização, concordam os analistas de investimentos ouvidos pelo Estado de Minas.

Paulo Esteves, analista-chefe da Gradual Investimentos, explica que mesmo quando a Bovespa está derretendo, um banqueiro como Roberto Setúbal, presidente do Itaú, ou o presidente do conselho de administração do Pão de Açúcar, Abílio Diniz, não perdem o sono porque as empresas que comandam são patrimônios de família. "Eles não têm a cabeça de um trader (que busca ganhos no curto prazo) e que precisam vender os papéis para fazer caixa, conforme o rigor do momento. Sabem que a crise da Grécia não vai bater na boca dos caixas das agências bancárias do Itaú ou dos supermercados Pão de Açúcar", diz.

Por outro lado, Esteves lembra que existem muitos investidores estrangeiros na bolsa e que, para esses, os papéis das empresas brasileiras são um número piscando na telinha. Aos investidores que querem sair do mercado de capitais em momentos de incerteza ele costuma perguntar: De que lado você está? A sua cabeça funciona como a do empresário ou como a do megaespeculador? "O objetivo de qualquer empresa é gerar valor para o acionista. Quando gera resultado, que é seu objetivo final, a empresa gera resultado e lucro, que vai gerar receitas maiores e lucros maiores. "É um ciclo voltado sempre para o acionista", explica Marco Antônio Ozeki Saravalle, analista de investimentos da Coinvalores.
 
Fonte! Chasque publicado no sítio Portal UAI, na seção de Economia, no dia 24 de maio de 2010 - http://www.uai.com.br/.

Mulher deve ter estratégia própria de aposentadoria

As mulheres participam cada vez mais do mercado de trabalho, chefiam famílias e cuidam do seu dinheiro. Para muitas, na sequência vem naturalmente a preocupação com o futuro: como planejar a aposentadoria? Especialistas em previdência privada e trazem dicas de como mulheres com diferentes perfis podem planejar seu futuro.

Segundo Renato Russo, vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), é melhor que homem e mulher tenham planos de previdência privada separados e individuais. Na hora de fazer o planejamento para a velhice, é melhor deixar fatores como a estabilidade do casamento e a situação financeira atual de lado.

“A mulher deve pensar não só na aposentadoria, mas em outras situações. A situação financeira do casal pode muder ou pode haver um divórcio. Amanhã essa mulher pode estar sozinha, sem experiência profissional e ter que se manter”, explica ele.

VEJA AS PRINCIPAIS DICAS DOS ESPECIALISTAS

Mulheres solteiras, sem filhos e que moram com os pais Aproveite a situação mais confortável para começar a poupar cedo, já que assim será necessário contribuir menos por mês.

Mulheres casadas que trabalham Não delegue o planejamento financeiro ao marido. Faça o planejamento levando em conta como proteger os planos no caso de morte ou acidente de um dos cônjuges.

Donas-de-casa O ideal é a mulher também ter sua própria previdência privada ou investimento, para ficar protegida também em caso de divórcio ou mudança da situação financeira do casal.

Mulheres com filhos A mulher deve definir se quer só planejar sua aposentadoria ou também proteger os filhos, com seguros de vida ou de acidentes pessoais.

Mulheres solteiras ou divorciadas sem filhos É necessário se organizar para continuar guardando dinheiro todo mês. Um plano de previdência privada no débito automático pode ajudar.

Para as mulheres jovens e solteiras que moram com os pais e trabalham, a dica de Cinara Figueiredo, superintendente de investimentos do Santander, é aproveitar para já começar a guardar dinheiro. “É uma situação confortável, fica mais fácil de poupar”, diz ela, que recomenda que as pessoas tentem poupar de 10% a 20% da renda mensal. O dinheiro pode ser guardado em previdência privada, fundos de investimento ou poupança.

A dica ganha importância quando se pensa que, quanto mais cedo se começa a poupar, menos é necessário contribuir por mês para se aposentar com folga lá na frente. Dados da Brasilprev mostram que as mulheres, em média, começam a investir em previdência privada mais cedo que os homens: 44% das clientes da empresa têm menos de 30 anos, contra 37,4% dos homens.

Casadas

Às mulheres casadas, Cinara Figueiredo aconselha que não deixem as grandes decisões financeiras só para o marido. “Tudo tem que ser muito bem conversado. O interessante é que cada um faça seu planejamento financeiro. O objetivo é ter segurança financeira lá na frente para ambos”, diz ela.

A especialista lembra que os casais que fazem um planejamento financeiro conjunto devem se proteger contra a eventual morte de um dos dois. “Por exemplo, o casal faz um planejamento para se aposentar com R$ 1 milhão, mas acumula R$ 300 mil e um dos dois vem a falecer. Faz sentido proteger essa renda com um seguro de vida”, diz ela.

Segundo Sandro Bonfim, gerente de inteligência de mercado da Brasilprev, o plano de previdência privada pode ter uma outra utilidade para casais em que a mulher não trabalha: “Muitos maridos fazem um plano em seu nome, mas com a mulher como beneficiária. Em caso de morte dele, esses recursos não entram em inventário, então podem ser acessados rapidamente”, diz ele.

Outra dica dos especialistas para as mulheres casadas é que, como os planos de previdência privada oferecem vantagens fiscais dependendo do tipo de declaração de Imposto de Renda usada pela pessoa. “Em muitos casais é comum, por exemplo, que o marido faça a declaração completa e a mulher, a simplificada”, diz Bonfim.

Os dois principais tipos de plano de previdência privada são o PGBL, melhor para quem faz a declaração completa do IR, já que permite a dedução das contribuições ao plano, até o limite de 12% da renda. O contribuinte é tributado só na hora de sacar ou receber os benefícios, mas todo o valor está sujeito ao IR. Já o VGBL não tem a vantagem da dedução, mas só os rendimentos do investimento são tributados.

Filhos

As mulheres casadas, solteiras ou divorciadas com filhos devem planejar não só sua aposentadoria, mas pensar em proteção para as crianças, diz Russo, da Fenaprevi. “Não só mais mulheres trabalham hoje como um número muito maior são chefes de família. Elas têm que se preocupar com o que acontecerá com toda a família”, diz ele.

Para o especialista, a mulher deve definir se quer proteger somente a si mesma ou também o restante da família. Se quiser planejar só seu próprio futuro, deve pensar na acumulação de reservas; se quiser proteger sua família em caso de sua morte ou de um acidente, deve procurar seguros de vida e acidentes pessoais.

Para as mulheres solteiras ou divorciadas sem filhos, Cinara diz que uma das maiores dificuldades é se organizar para conseguir guardar parte da renda. “O plano de previdência privada ajuda nisso, porque já é automaticamente feito o débito em conta. O que sobrou é o que pode ser gasto”, diz ela.

Cinara afirma que o investimento para a aposentadoria pode ser feito com qualquer instrumento financeiro, já que o mais importante é guardar dinheiro. Mas, segundo ela, os planos de previdência privada trazem a vantagem fiscais, já que o Imposto de Renda sobre os valores só é pago quando os pagamentos começarem a ser feitos, depois da aposentadoria.

“Com um fundo de investimentos que renda 8% ao ano, se você investir R$ 100 mil, em 30 anos terá R$ 715 mil líquidos. Já em um VGBL [tipo de previdência privada], o valor sobe para R$ 915 mil líquidos”, exemplifica a especialista.

Outra dica da especialista, para todas as mulheres, é adaptar o tipo do investimento à sua idade. Quem começa a investir cedo para a aposentadoria pode escolher um investimento mais agressivo, com uma parcela maior aplicada em renda variável (como ações). “Quando chegar aos 50 anos, a mulher pode migrar para um plano mais moderado, já que existe a portabilidade na previdência privada’, diz Cinara.

Fonte! Chasque do G1 publicado no sítio eHlpCarolina - brasileiros em conexao, no dia 26 de maio de 2010 - http://www.ehelpcarolina.com/

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Atitude 3! A Paulinha quebrou o porquinho

Bueno! Entrei com foco na educação financeira em abril de 2008. De lá pra cá muita coisa aconteceu. Fiz uma planilha de entradas, saídas e saldos financeiros, pra mim, pra esposa e pras duas filhas e comecei a deversificar os nossos (pequenos) investimentos financeiros. Sei, dia após dia e no final do mês, o quanto foi gasto e investido por cada um dos integrantes da nossa família. Paralelo a isso, utilizo uma planilha discriminada por grupos de contas, que me dá um panorama geral das receitas, das despesas e dos investimentos, onde as despesas são separadas por grupos de contas, tais como: despesas com a residência, pessoais, com instrução, com o veículo e outras despesas. Assim eu levo a vida de rédea curta (controlada financeiramente). Sei quando posso comprar alguma coisa e isso, se for estritamente necessário. E os investimentos (meus: fundo de ações, clube de investimentos, fundo de pensão, PGBL, VGBL e poupança; da esposa e das filhas: VGBL e poupança, ambas respectivamente), são os primeiros itens a "ser pagos" no início do mês, ou seja, nós nos pagamos primeiro.... Criei gráficos com os investimentos mês a mês e os rendimentos.

Em meados de outubro do ano passado, comprei um porquinho pra minha filha Ana Paula, de 12 anos. Ela começou a colocar as moedinhas e algumas notas de dinheiro, inclusive dinheirinho que ela ganhou da nona Lourdes, da dinda Jaque e dindo Gilson. E no dia 17 deste mês, ela quebrou o porquinho. Ali tinha de tudo. A nota de maior valor era a de R$ 20,00. Além disso, algumas notas de R$ 10,00. R$ 5,00 e R$ 2,00. Por incrível que pareça, a moeda de menor valor era e de R$ 0,01 (isso mesmo! um centavo). Descobri algum tempo atrás que a gente deve selecionar as moedas, colocando somente moedas de valor maior, podendo ser a menor de R$ 0,25. E o que mais tinha em termos de moedas no porquinho da Paulinha eram moedas de R$ 0,05 e 0,10, ou seja, as moedas que mais faltam nos caixas dos bolichos. Um desperdício na ocupação de espaço dentro do cofrinho. Mesmo assim, juntando todas as moedas e notas de dinheiro, deu um valor de R$ 117,07, cujo valor foi arredondado para R$ 120,00 e depositado na caderneta de poupança dela.

O vivente também poderá gostar de ler o chasque: Juntando dinheiro com o "cofrinho" - http://obolsodabombacha.blogspot.com/2010/03/juntando-dinheiro-com-o-cofrinho.html

Abraços e bom final de semana


Valdemar Engroff

FGTS: quem aplicou em ações teve lucro de 901%

Mesmo volátil, aplicação em ações pode dar bons lucros para trabalhador

Fernando Bortolin
Agência BOM DIA

O trabalhador que aplicou parte do FGTS em ações da Petrobras - em 17 de agosto de 2000 - e da Vale do Rio Doce - em 27 de março de 2002 - registram ganhos de 420,76%, no caso da Petrobras, e de 901,09%, no caso da Vale.

Para exemplificar, se a aplicação foi de R$ 10 mil à época, hoje o trabalhador teria em conta R$ 52.076,00 em lucros com ações da Petrobras, e R$ 100.109,00 em lucros com ações da Vale.

“Esse é um exemplo de sucesso da entrada de investidores iniciantes e sem experiência na Bolsa de Valores”, afirma o analista de mercado da YouTrade, Marcelo Coutinho. “Mas, infelizmente, não houve mais iniciativas do gênero, uma vez que o governo precisa do dinheiro do FGTS para equilibrar as contas públicas e também para uso no financiamento da casa própria.”

Para quem é iniciante e olha a Bolsa de Valores como alternativa de investimento, há algumas alternativas: os fundos de investimentos em ações, os clubes de investimento e a operação direta, de compra e venda através dos home brokers, sistema que todas as corretoras e bancos brasileiros possuem hoje.

Mas quando é o momento de entrar no mercado de ações? Para Coutinho, a Bolsa é uma boa opção sempre, independentemente do momento atual, onde o mercado sofre as agruras da crise na Europa.

“A primeira coisa é educação. O brasileiro precisa ter a cultura de poupar e investir bem o seu dinheiro”, aponta o analista, ao dizer que 70% dos norte-americanos aplicam dinheiro em ações, o equivalente a 212,1 milhões de pessoas, ante o Brasil, que conta com 557 mil investidores pessoa física.

“A meta da BM&FBovespa é chegar a 5 milhões de aplicadores pessoas físicas, mesmo assim, ainda é pouco”, relata. Coutinho alerta que é preciso entender o mercado primeiro, para depois aplicar. “A experiência do FGTS passou, mas a Bolsa permite que o aplicador tenha bons ganhos.”

Aprender como funciona o mercado é regra básica

A principal dica do analista de mercado da YouTrade, Marcelo Coutinho, é a necessidade de treinamento antes de acessar o universo dos pregões em bolsa de valores.

“O novato em ações precisa entender como funciona o mercado, como é comprar e vender ações e depois de um período de treino, técnico e prático, ai sim pode montar sua carteira de investimentos e obter ganhos expressivos ao aplicar nesse mercado”, diz.

A YouTrade, por exemplo, ministra cursos pagos para investidores iniciantes. Um pacote de quatro cursos, feitos num espaço de tempo de seis meses, custa R$ 3 mil.

“O que eu percebo é que muitas vezes a pessoa acha caro pagar por cursos de formação, prefere pegar o dinheiro, criar uma conta num home broker e, passados seis meses, perde tudo o que tinha. Isso é muito ruim para o mercado de ações, porque a pessoa se afasta e nunca mais volta”, diz.

Bolsa tem 557 mil aplicadores

O mercado de ações conta hoje com a participação de 557.538 investidores pessoas físicas, dos quais, 421.123 homens e 136.415 mulheres, que mantêm R$ 103,3 bilhões aplicados em ações negociadas na BM&FBovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).

No geral, a pessoa física é a terceira maior força dos pregões diárias da Bolsa paulista, com 26,1% dos negócios. Perde apenas para os investidores institucionais (fundos de pensão), com 35% de participação e para os investidores estrangeiros, que transacionam volume equivalente a 28,6% do giro de negócios.

Em 2002, apenas 85.249 pessoas físicas operavam na bolsa, ante as atuais 557.538.

Retorno se dá no longo prazo

Apesar das sucessivas quedas sofridas pelas bolsas hoje, corretoras fazem bons prognósticos para algumas ações. A Corretora Concórdia, por exemplo, aponta, em relatório do dia 13 de maio, um potencial de valorização de 36,17% para as ações preferenciais da Vale (VALE5).

Em valores ajustados, de acordo com o fechamento do pregão de ontem da bolsa paulista, quando as ações da Vale caíram 1,83%, ao preço de R$ 39,27, o potencial de lucro ajustado passou a 53,96%. Para a corretora, o preço justo dos papéis da Vale é de R$ 60,46.

“Esse exemplo é importante”, diz o analista Marcelo Coutinho. “É comum o investidor comprar hoje e achar que lucrará rapidamente. Não é assim. A aplicação deve ser feita visando o longo prazo. No curto prazo é comum acontecer isso e a pessoa se desespera. Busque sempre o longo”, afirma.
 
Fonte! Chasque publicado no dia 20 de maio de 2010, no sítio da Rede Bom Dia, na seção Economia - http://www.redebomdia.com.br/.

Lula sinaliza que deve vetar fim do fator previdenciário

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem a aprovação no Congresso Nacional do fim do fator previdenciário. Na quarta, 19, o Senado aprovou reajuste de 7,7% aos aposentados e o fim do fator. Em discurso de encerramento da 13 Marcha dos Prefeitos, Lula sinalizou que deve vetar pelo menos parte da proposta.

"Vocês viram agora com a votação do fator previdenciário. Tem gente que acha que ganha votos fazendo isso, quando na verdade se o povo compreender o que significa isso, essas pessoas podem não ganhar o tanto de votos que esperavam", criticou. Segundo Lula, o governo deve agir com "responsabilidade" para evitar danos irreparáveis aos cofres públicos.

O aumento do reajuste para os aposentados também preocupa o governo. A proposta inicial, enviada por meio de medida provisória ao Congresso, era de 6,4%, retroativo a janeiro. O reajuste de 7,7% representa um gasto extra de R$ 1,7 bilhão em relação à proposta original.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que Lula deve vetar, pelo menos, o fim do fator previdenciário. Já o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, destacou que o presidente "vetaria reajustes exorbitantes".

Fonte! Chasque e retrato publicados no dia 21 de maio de 2010, no Correio do Povo de Porto Alegre - RS, na seção Economia - http://www.correiodopovo.com.br/.
 
Crédito do retrato: Fernando Rezende / Especial / CP, onde "Lula falou no encerramento da Marcha dos Prefeitos".

Investimento na previdência privada deve começar desde cedo, alerta professor da FEI

Para manter um padrão de vida na aposentadoria, o ideal é que os investimentos sejam feitos desde cedo. De acordo com o professor do curso de graduação em Administração do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana), Wilson Pires, os planos de previdência privada são boas opções para quem precisa de renda complementar. “Já existem planos de previdência privada até para recém-nascidos”, destaca o professor da FEI. Segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), em 2009 o mercado de previdência privada cresceu 21,79%.

Com sua forte disseminação no Brasil há pouco mais de 10 anos, os planos de previdência privada abertos, oferecidos por instituições financeiras, são divididos em duas subcategorias: PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). A principal diferença entre os dois está na tributação. “O PGBL dá benefício de abater o limite de 12% do rendimento tributável”, ensina Pires.

O especialista explica que no caso de um contribuinte ter rendimento bruto anual de R$ 36 mil terá de pagar sobre R$ 31.680,00 (R$ 36.000,00 – 12%) que se tornará a nova base de cálculo. O IR sobre os R$ 4.320,00, aplicados em PGBL, será no resgate desse dinheiro, caso a pessoa resolva não transformá-lo em renda vitalícia. “Essa opção só é vantajosa às pessoas que fazem a declaração completa do IR. Para quem não atinge o valor piso para começar a recolher I.R, o VGBL é a melhor opção”, destaca o professor da FEI.
 
Fonte! Chasque publicado no dia 20 de maio de 2010a no sítio Portal Fator Brasil - http://www.revistafator.com.br/.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Previdência privada chega às médias empresas

Planos de previdência privada, usados para complementar a renda da aposentadoria pública, são um benefício comum no conjunto dos pacotes oferecidos pelas grandes empresas.

Sejam planos abertos (distribuídos por bancos que podem ser acessados por pessoas físicas) ou fechados (exclusivos para os funcionários da empresa), as grandes companhias têm poder de barganha para pleitear taxas de administração mais baixas e isenção de taxa de carregamento (percentual que incide sobre as contribuições).

Mas já saturado para as seguradoras e corretoras de seguros, o mercado de grandes empresas é de rouba-montes e disputa de taxas - o que diminui a rentabilidade do produto. Com o reaquecimento do mercado de trabalho e a necessidade das médias empresas em reterem seus funcionários, passaram a ser alvo da indústria de previdência.

A corretora de seguros Aon, por exemplo, criou uma carteira de clientes de médias empresas, na qual está apostando. O foco são empresas de 50 a 500 vidas.

A expectativa de crescimento da carteira para este ano é de 40%.

"Existe uma carência de oferta de serviços para esse público, que é ávido por produtos e serviços competitivos. Mas a oferta ainda é pequena", diz Marcos Yoshida, diretor de Vida e Previdência da Aon. A ideia é juntar várias empresas em uma carteira, para ter volume, e ir ao mercado de seguros. Os que oferecerem as melhores condições levam e dividema carteira.

Por melhores condições, entendam- se vantagens mais próximas das oferecidas às grandes empresas e taxas mais distantes das oferecidas à pessoa física. "Individualmente, as médias empresas não têm poder de barganha. Mas uma carteira com 500 empresas com 50 funcionários cada uma tornase atrativa para as seguradoras", afirma o diretor da Aon.

Para as seguradoras, trabalhar com o mercado de médias empresas é mais caro, por conta das dificuldades em distribuir o produto.

Para as seguradoras de bancos, esse é um problema a menos, já que podem acessar esses clientes da carteira de middle market das instituições. A Bradesco Vida e Previdência tem 45 mil pequenas e médias empresas em carteira - sendo o segundo grupo mais de 90% desse número - na sua clientela de previdência.

O produto da empresa exige um volume mínimo de contribuições de R$ 3 mil, o que em uma empresa de 50 funcionários equivale a uma contribuição de R$ 60 por pessoa, contabiliza Eugênio Velasques, diretor- executivo do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência.

Sob medida Não é de hoje que a indústria está de olho no segmento. Contudo, agora começou a atentar para o fato de que não basta fazer umproduto padrão e ofertálo.

"Algumas seguradoras até lançaram produtos para o segmento, mas eram de prateleira, que são bons para o setor, mas não para as médias empresas, pois as taxas são muito próximas das cobradas para a pessoa física", diz Yoshida.

Para Velasques, além de taxas mais baixas, é importante que as médias empresas tenham acesso a planos com boa rentabilidade, em uma instituição sólida e com e boa capacidade de gestão dos recursos. A taxa de carregamento, porém, é cobrada nos planos de médias empresas. "A escala é pequena e o trabalho de administração, o mesmo", justifica Velasques.

"O cliente sabe que a taxa de administração cobrada dele é um pouco maior do que a de grandes empresas, mas muito menor do que a de clientes pessoa física", destaca.

Thais Folego
Brasil Econômico
13/05/2010

Fonte! Chasque publicado no sítio da Apólice - a Revista do Mercado de Seguros - http://www.revistaapolice.com.br/.

Lei obriga prestadoras de serviço a enviarem novo recibo aos consumidores

Na prática, significa que os 12 comprovantes mensais serão substituídos por um

Carine Simas

Até agora, para comprovar que não tinha débitos com prestadores de serviço, o consumidor precisava guardar os comprovantes de pagamento de energia elétrica, água, cartão de crédito, mensalidade de TV a cabo e outros por cinco anos. Neste mês, passou a valer uma norma que vai diminuir a papelada.

A lei federal 12.007 obriga as pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos ou privados a emitir e a encaminhar aos consumidores declaração de quitação anual de débitos. Na prática, significa que os 12 comprovantes mensais serão substituídos por um, que deve continuar sendo guardado por cinco anos.

Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho do ano passado, a legislação determina que a declaração anual seja encaminhada ao consumidor no mês de maio. No caso de haver débitos, porém, poderá ser remetida apenas a partir da quitação. Por isso, o não recebimento do documento pode ter dois significados: de que a empresa está descumprindo a lei ou de que consta algum débito do cadastro, destaca a advogada da Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor Tatiana de Queiroz.

– A declaração pode vir na própria fatura que vence em maio ou em um documento separado, mas tem de ser bem clara ao consumidor – diz.

Tatiana lembra que, para as empresas que não cumprirem a legislação, cabem as sanções da lei sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos (lei 8.987).

Escolas e condomínios estariam incluídos na lei

Sobre os serviços incluídos na medida, a coordenadora executiva do Procon-RS, Lorilei Pilla Domingues, explica que são todos os prestados de forma contínua, por empresas. Por isso, não valeria para aluguéis, não considerados serviços, mas abrangeria condomínios, escolas e universidades.

– O condomínio agrega uma série de pessoas e as representa e, como os condôminos precisam guardar os comprovantes de pagamento por cinco anos, achamos que as administradoras deveriam se adequar à lei – diz Lorilei.

O Departamento de Proteção e Defesa do Direito do Consumidor do Ministério da Justiça confirma a obrigatoriedade para condomínios e instituições de ensino. Mas o Sindicato da Habitação tem visão diferente. Por meio da assessoria de imprensa, informa que o condomínio não é um serviço, mas um rateio entre os moradores para pagar as despesas e que as administradoras prestam serviço apenas para o condomínio. As instituições de ensino, conforme o Sindicato do Ensino Privado, devem cumprir a medida.

Saiba mais

GUARDE TUDO
- Por precaução, como a lei ainda é nova, recomenda-se guardar os comprovantes de pagamento mensais. E lembre de que as declarações anuais também devem ser guardadas pelo período de cinco anos.

O QUE DIZ A LEI
- Pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos ou privados são obrigadas a emitir e a encaminhar ao consumidor declaração de quitação anual de débitos

O QUE ESTÁ INCLUÍDO
- Todos os serviços contínuos, como telefonia, energia elétrica, água, cartão de crédito, TV a cabo, condomínios e instituições de ensino

QUANDO SERÁ ENVIADA
- O documento referente aos 12 meses de 2009 deve chegar neste mês ao endereço do consumidor

SE NÃO RECEBER
- Entrar em contato com a prestadora de serviço. Se o problema persistir, recorra às agências reguladoras e ao Procon.

Fonte! Chasque publicado no sítio do ZH Dinheiro, no dia 19 de maio de 2010, na Seção Economia - http://zerohora.clicrbs.com.br/especial/rs/zhdinheiro

Caderneta de Poupança?

A Poupança é considerada por muitos a mais tradicionais opções de investimento. No Brasil a Caderneta de Poupança é a forma mais popular de se guardar dinheiro. Isto ocorre graças a suas principais vantagens como a segurança, o baixo valor inicial para abrir uma poupança e a facilidade de investir. Qualquer um com CPF, identidade e comprovante residência pode abrir uma poupança sem pagar nada.

A segurança da poupança está na garantia de até R$ 60.000,00 por poupador/instituição financeira fornecida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Caso o banco onde sua poupança se encontrar entrar em falência, o seu dinheiro até o limite de 60 mil está garantido.

Os valores depositados em Poupança são atualizados com base na Taxa Referencial (TR) do dia do depósito, acrescido de juros de 0,5% ao mês. Desta forma a poupança nunca tem rendimento negativo. No mínimo você sempre receberá 0.5%.

Veja quanto você pode juntar de dinheiro através de depositos mensais na poupança para comprar a casa própria, compra um carro zero ou carro usado ou até mesmo para realizar o sonho de se casar, realizar uma viagem ou comprar qualquer coisa sem depender de financiamento. Utilize o simulador de poupança - http://www.simuladorpoupanca.com/index.html.
 
Fonte! Chasque publicado no sítio do Simulador Paupança - www.simuladorpoupanca.com.  

Medida Provisória prevê multa dupla para contribuinte

Brasília - O contribuinte pessoa física poderá ser punido duas vezes por um erro ou infração que cometer na declaração do Imposto de Renda. Além disso, multa que ainda será criada poderá ser aplicada sem que haja comprovação de dolo e má-fé. Essas possibilidades poderão ser garantidas pela Medida Provisória nº 472, que já foi aprovada pelo Senado e deve entrar na pauta de votação da Câmara na próxima semana.

O objetivo da medida é tornar a penalidade da Receita ainda mais pesada e, dessa forma, conter a sonegação de imposto. Para isso, a MP cria uma multa de 50% sob o valor da dedução ou compensação de tributos feita indevidamente com o objetivo de aumentar a restituição recebida, independente da comprovação do dolo ou má-fé do contribuinte. Como não há extinção de outras multas, o contribuinte corre o risco de ser multado duas vezes pela mesma irregularidade. Na avaliação de tributaristas, a Receita Federal tem instrumentos para punir os sonegadores e que, portanto, não haveria a necessidade da criação de uma multa.

O relator da matéria no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) explicou que a multa para pessoa física que se utilizar de dedução ou compensação indevida não pode ser limitada apenas aos casos em que seja comprovadamente constatado dolo ou má-fé. Isso porque o contribuinte pode fazer a autorregularização, caso tenha sido cometido simplesmente um erro.

Segundo o tributarista Rogério Gandra Martins, a legislação já prevê uma multa de 75% do valor devido para os contribuintes que foram pegos pela fiscalização por incoerências na declaração de Imposto de Renda. Se identificada má-fé, essa multa salta para 150% do valor devido. Na avaliação de Martins, com a aprovação da MP, além dessas penalidades, o contribuinte poderá pagar ainda uma multa de 50% sobre o valor que deduziu ou compensou indevidamente. "Não pode existir dupla penalidade para o mesmo fato", afirmou Martins. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 
Fonte! Chasque publicado no sítio do Portal Exame, no dia 18 de maio de 2010 - http://www.portalexame.abril.com.br/ , na seção Finanças.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Romero Jucá muda texto e reajuste de aposentado pode cair

Por Folha Online

Nomeado relator do projeto que concede reajuste de 7,72% aos aposentados, Romero Jucá concluiu na noite passada o esboço de seu relatório. Líder de Lula no Senado, Jucá manteve o aumento. Mas modificou o texto aprovado pelos deputados em 4 de maio.

Espera-se que a votação ocorra nesta quarta (19). Se as mudanças sugeridas por Jucá prevalecerem no plenário do Senado, o projeto terá de voltar à Câmara. Como se trata de uma medida provisória, a proposta tem prazo de validade. Expira em 1º de junho.

Significa dizer que, para que o reajuste não decaia, os deputados teriam de realizar nova votação ainda na semana que vem. Jucá alterou uma tabela que viera da Câmara com erros de cálculo. Modificou também o trecho que mandava à sepultura o fator previdenciário.

A correção da tabela é um imperativo. Se mantida, levaria parte dos aposentados a receber aumentos inferiores a 7,72%. Quanto ao fator previdenciário, Jucá age a pedido do governo, contrário à extinção do mecanismo. Foi criado sob FHC, para coibir as aposentadorias precoces.

Na sessão vespertina desta terça (18), Jucá foi ao microfone para avisar aos colegas que injetaria alterações no projeto. Houve protestos instantâneos. Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que a alteração da tabela é um ajuste de redação, não de mérito. Por isso, não precisaria retornar à Câmara.

Paulo Paim (PT-RS) chamou de “manobras” os ajustes de Jucá. Disse que, na prática, condenam o reajuste à extinção. Acha que a Câmara não vota antes de 1º de junho. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), disse não ter dúvidas de que a tabela que calcula os reajustes mês a mês precisa ser alterada.

Reconhece que saiu da Câmara com erros. Qualifica a mexida de “alteração de mérito”, não de redação. Os deputados terão de referendar. Líder de Lula na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), diz que, se a medida provisória cair antes de ser votada novamente na Câmara, Lula editará outra.

Nesse caso, o presidente pode restabelecer o reajuste que propusera inicialmente: 6,14%. Admite-se, no máximo, a concessão de 7%, não de 7,72%.
 
Fonte! Chasque e retrato publicados no dia 19 de maio de 2010, no sítio da Primeira Edição (Alagoas), na seção Negócios - http://www.primeiraedicao.com.br/.

Bolsa de valores pequenos investidores

Criando oportunidades de investimento para pequenos investidores - Diferentemente de outros empreendimentos que necessitam de grandes somas de capital, o investimento em ações é aberto para quaisquer indivíduos, sejam eles grandes ou pequenos investidores. Um pequeno investidor pode adquirir a quantidade de ações que está de acordo com sua capacidade financeira, tornando-se sócio minoritário (mesmo tendo participação percentual ínfima no capital da companhia), sem que tenha que ficar excluído do mercado de capitais apenas por ser pequeno. Desta forma, a bolsa de valores abre a possibilidade de uma fonte de renda adicional para pequenos poupadores.

Fonte! Chasque publicado no sítio do Planilha Bolsa, no dia 18 de maio de 2010 - www.planilhabolsa.blogspot.com/.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Previdência privada na versão empresarial

Produto se espalha para empresas de médio porte, como um atrativo para manter funcionários especializados e não perder talentos

Rosa Falcão - rosafalcao.pe@dabr.com.br

Um novo mercado se abre na previdência complementar. São os planos empresariais de previdência privada. Antes contratados apenas pelos altos executivos das empresas de grande porte, hoje esse produto se espalha para empresas de médio porte, como um atrativo para manter funcionários especializados e não perder talentos. De janeiro a março deste ano os planos empresariais de previdência cresceram 17,95% no país, com captação de R$ 1,4 bilhão. Enquanto os planos individuais arrecadaram R$ 8,3 bilhões no período, o que corresponde ao crescimento de 34,7% em relação a 2009.

A queda da taxa de natalidade e o aumento da expectativa de vida são motivos suficientes para as pessoas planejarem a aposentadoria com qualidade de vida. Como os benefícios pagos pela Previdência Social estão cada vez mais baixos, para manter o mesmo padrão de vida da ativa, as pessoas contratam a previdência complementar. "Há um movimento produtivo nos últimos anos por parte das empresas e das pessoas físicas de preparação para o futuro. O brasileiro hoje raciocina que é importante acumular no presente para ter no futuro", salienta Eugênio Velasques, diretor-executivo da Bradesco Vida e Previdência.

De olho nesse potencial de mercado a Bradesco reuniu empresários pernambucanos para apresentar o plano empresarial de previdência privada. Na contratação coletiva do plano, os custos são menores e podem ser adotados dois tipos de modelos: instituído e averbado. No plano instituído, funcionários e empresa contribuem para o plano. Em geral, o empregado desconta por mês entre 2% e 3% do salário, e o empregador entra com o mesmo percentual. No plano averbado, a empresa empresta o CNPJ para o grupo de funcionários contratarem o plano de previdência.

Os optantes do plano empresarial de previdência podem aderir ao modelo PGBL (com desconto de até 12% do Imposto de Renda) ou ao VGBL, mais indicado para as pessoas que fazem a declaração do IR no modelo simplificado. É bom lembrar que além da contribuição mensal, os funcionários podem destinar aportes esporádicos para o plano, quando receberem alguma gratificação extra, o décimo terceiro salário ou a restituição do IR.

De acordo com Velasques, antes esse produto se destinava apenas aos funcionários que ocupavam cargos executivos e de chefia, mas as empresas alertaram para a importância de oferecer um diferencial aos empregados, além do plano de saúde e do seguro de vida. Uma forma de valorizar o funcionário e criar um clima produtivo no ambiente de trabalho. Segundo ele, esse tipo de produto tem maior capilaridade nas Regiões Sudeste e Sul do país, mas as empresas nordestinas estão se movimentando para fazer a contratação coletiva da previdência.

A Bradesco Vida e Previdência registrou em Pernambuco nos primeiros quatro meses de 2010 a arrecadação de R$ 63,7 milhões em planos de previdência privada e seguro de vida. Um crescimento de 53,85% na comparação com o mesmo período de 2009. Do total, R$ 62,5 milhões se referem aos planos de previdência e R$ 1,2 milhão a prêmios deseguros de vida
 
Fonte! Chasque publicado no Diário de Pernambuco, no dia 13 de maio de 2010, na seção Economia - http://www.diariodepernambuco.com.br/

Poupança rende menos que a inflação este ano

No 1º quadrimestre de 2010, aplicações na caderneta renderam 2,10%, a inflação oficial subiu 2,65% e a poupança perdeu 0,53% de poder de compra

Márcia De Chiara - O Estado de S.Paulo

O dinheiro aplicado em caderneta de poupança perdeu poder de compra no primeiro quadrimestre deste ano e registrou a segunda maior queda em relação à variação da inflação no período em oito anos, desde o início do governo Lula, em janeiro de 2003.

Entre janeiro e abril deste ano, o rendimento acumulado das aplicações em caderneta de poupança foi de 2,10%. No mesmo período, a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 2,65%. De acordo com os cálculos da Economática, a rentabilidade da caderneta de poupança ficou negativa em 0,53%, em comparação com a inflação. "Em 2010, o poupador está amargando perdas de poder aquisitivo", afirma Einar Rivero, responsável pelo cálculo e gerente de relações institucionais da consultoria.

Rivero dá um exemplo prático da perda de poder de compra das aplicações na poupança. Um poupador, diz ele, que no fim do ano passado depositou R$ 1.000,00 na caderneta, teria no fim de abril R$ 1.021,00. Da mesma forma, uma cesta básica, que custava R$ 1.000,00 no fim do ano passado, valia R$ 1.026,50 no fim do mês passado. Isso significa que, para levar para casa a mesma cesta básica no fim do mês passado, o poupador teria de colocar mais R$ 5,50, além do que estava aplicado na poupança. "Isso significa perda de poder aquisitivo", diz o economista.

Rivero diz que, desde janeiro de 2003, início do governo Lula, a poupança perdeu para a inflação no quadrimestre três vezes. A retração de 0,53% registrada no primeiro quadrimestre deste ano foi a segunda maior perda para a inflação em oito anos.

A maior perda dos rendimentos da caderneta para a inflação ocorreu no primeiro quadrimestre de 2003. Entre janeiro e abril daquele ano, a inflação subiu 6,15%, diante das incertezas do novo governo que fizeram o dólar disparar e os preços também. No mesmo período, as aplicações em caderneta de poupança tiveram rentabilidade de 3,86% e ficaram 2,16% abaixo da inflação acumulada no período.

De acordo com o estudo, o terceiro momento em que a poupança ficou atrás da inflação nos oito anos foi o segundo quadrimestre de 2004, com o IPCA acumulado de 2,85% e a poupança rendendo 2,76%. Resultado: a perda de rentabilidade da poupança em relação à inflação foi de 0,09%.

Apesar de a poupança ter ficado na "lanterninha" nesses três momentos, Rivero pondera que desde o início do governo Lula até o dia 30 de abril a rentabilidade da caderneta superou a inflação. Nesse período, o IPCA acumulou alta de 51,86% e a poupança rendeu 80,89%, sem descontar a inflação.

Fonte! Chasque publicado no dia 11 de maio de 2010 no Estadão (O Estado de São Paulo), na Seção Economia - http://www.estadao.com.br/.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O fim do fator previdenciário

Instituído no ano de 1999, por meio da lei n 9.876, de 26/11/1999, ainda no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o fator previdenciário, nada mais é do que mecanismo criado para reduzir o valor dos proventos daqueles segurados do RGPS que atingiram as condições para a inativação. Isto porque, para o cálculo do valor do benefício, leva em consideração, além do salário de benefício (média dos salários de-contribuição desde julho/94 até o mês anterior à aposentadoria), elementos como a expectativa de sobrevida do segurado, tempo de contribuição e idade deste.

Destaque-se que este mecanismo é utilizado para o cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição e, de forma opcional, para as aposentadorias por idade.

Desde o ano de 2008, a partir do projeto de lei n 3.299, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), o fator previdenciário tem sido objeto de calorosos debates e motivo de preocupação para aqueles trabalhadores que se aproximam da época de aposentar-se.

Finalmente, no início do mês, a Câmara Federal acabou de aprovar o referido projeto de lei, já com diversas emendas, pondo fim ao famigerado fator previdenciário. O projeto de lei, desde o dia 11/05, tramita no Senado Federal, que, ao que tudo indica, também votará pela extinção do fator, que, depois disso, irá à sanção presidencial, com possibilidade de veto pelo presidente da República.

Juntamente com a queda do fator previdenciário, a Câmara aprovou reajuste de 7,72%, retroativo a janeiro, para os aposentados que recebem benefício com valor superior ao salário mínimo. Todavia, segundo o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), há uma polêmica em torno do índice de reajuste aprovado pela Câmara, pois a mesa diretora fez um ajuste de redação na medida provisória 475/09, na emenda que trata do tema.

Segundo ele, "o teto dos aposentados seria de R$ 3.444,00, valor que corresponde a 7% de reajuste, mas o índice aprovado, de 7,72%, teria que aumentar o valor do teto, o que não foi feito no texto aprovado pela Câmara e enviado ao Senado". Para ele, "se o Senado aprovar do jeito que saiu da Câmara, o presidente da República não tem a mínima condição de sancionar, porque é uma coisa que prejudica uma parte dos aposentados, vai gerar milhares de ações judiciais".

Portanto, em que pese boa a notícia, a questão ainda não está definitivamente resolvida e, por certo, continuará a ser motivo de preocupação para a sociedade.
 
Fonte! Chasque publicado no Correio do Povo de Porto Alegre - RS, no dia 16 de maio de 2010, na coluna IN VERBIS, de autoria do advogado Vilson Lanzarini - http://www.correiodopovo.com.br/.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Prepare-se para a aposentadoria

Aposentados e quem está prestes a aposentar estão com os olhos atentos a duas votações que devem acontecer no Senado nos próximos dias: o reajuste de 7,7% e o fim do fator previdenciário. É assunto para muita discussão e que desperta muitas paixões.

Os políticos estão de olho nos votos; os aposentados querem ver os seus direitos respeitados. E diante de tudo isto: uma conta que não fecha nem aqui, nem em qualquer parte do mundo: a questão previdenciária. Todo ano, as contas fecham no vermelho. Em 1996, foi de quase R$ 1 bilhão. Se o ano tivesse fechado em fevereiro, o rombo seria de R$ 41,4 bilhões.

As reclamações são inevitáveis: os aposentados não ganham o que recebiam quando estavam na ativa, muitos são obrigados a voltar para o mercado de trabalho, o qual reserva poucas oportunidades de trabalho para quem ganha pouco.

Quem está longe de se aposentar deve pensar nela. “Um dia você vai precisar”, diz o consultor em previdência Renato Follador. O melhor momento é o início da carreira.

Uma das melhores formas são os planos de previdência privada – os famosos PGBLs e VGBLs. Quanto mais cedo começar, maior vai ser o volume guardado e maior vai ser o benefício recebido. Vai servir para complementar o benefício do INSS. Pense também em uma reserva aparte.

E a questão não é só financeira. É preciso pensar que é uma nova fase da vida. Uma pesquisa feita banco americano Merril Lynch, mostra que, cada vez mais, um número maior de aposentados quer continuar trabalhando para permanecer mental e fisicamente ativo e em contato com as pessoas.

Uma dos motivos que a conta da previdência não fecha é demográfica. Estamos vivendo mais. Nos anos 40, a expectativa de vida de alguém que tinha 60 anos era de chegar aos 72,8 anos, segundo o IBGE. Hoje, os sessentões tem um horizonte de vida que chega aos 81,2 anos.

Fonte! Chasque publicado no dia 9 de maio no sítio (blog) E eu com i$$o - http://wp.clicrbs.com.br/eeucomisso.

Aumento de aposentados e fim do fator podem nem ir à Presidência

O presidente do Senado, José Sarney, afirmou que é "vontade geral" votar o mais rapidamente possível o reajuste de 7,72% para as aposentadorias acima de um salário mínimo, aprovado dia 4 pela Câmara. Mas ressaltou que há um problema regimental, uma vez que a pauta de votações do Senado está trancada por medidas provisórias e projetos que regulamentam a exploração do petróleo no pré-sal.

Outro complicador na votação é que a Câmara não aprovou apenas o aumento de aposentadorias e pensões, mas incluiu na matéria o fim do fator previdenciário a partir de 2011. O fator reduz em cerca de 40% o beneficio inicial das aposentadorias, ao levar em conta a expectativa de vida dos brasileiros. A emenda aprovada pela Câmara acaba com o fator, mas não diz como os benefícios devem passar a ser calculados.

“Só podemos fazer a votação de qualquer matéria depois de votar as medidas provisórias que trancam a pauta e cujos relatores nem apresentaram ainda os relatórios. Além disso, temos mais duas MPs que chegaram e já foram lidas. Acho difícil que a pauta seja reaberta para que possamos votar as matérias normais da casa”, disse Sarney à Agência Senado.

Faltando apenas 16 dias chamados úteis para 1º de junho, prazo final de validade da MP nº 475, que deu o reajuste aos aposentados, dos quais nem todos são de votação no Congresso, o tempo efetivo é bastante escasso. Dessa forma, há grande possibilidade de o aumento nem ser votado, perdendo a eficácia. Nesse caso, terá de ser editado um decreto legislativo para que os aposentados não sejam obrigados a devolver os valores já recebidos por conta do reajuste determinado pela MP.

Assim, a decisão do Congresso nem chegaria ao Executivo e a Presidência não teria de vetar no todo ou em parte a proposta, como já manifestou o presidente Lula. Se a MP cair antes da votação, além do decreto legislativo, para que os valores já pagos não tenham de ser devolvidos, seria preciso adotar alguma medida para que os milhões de aposentados e pensionistas que recebem acima do salário mínimo não fiquem sem correção em 2010.

Fonte! Chasque publicado no dia 8 de maio no sítio do ClickPB - http://www.clicpb.com.br/.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Fator Previdenciário é ferramenta para adiar aposentadoria no Brasil

O Fator Previdenciário é essencial para as contas do governo, porque o Brasil não tem idade mínima de aposentadoria, ao contrário do que acontece em outros países do mundo. Na Alemanha, por exemplo, ela está sendo ampliada: passou para 67 anos.

O Brasil criou essa fórmula: quanto mais vai aumentando a expectativa de vida da população brasileira, mais se adia a época de se aposentar. Isso tem que ser feito ou as pessoas podem se aposentar cedo demais, o que causa um custo enorme.

O Fator Previdenciário é a única ferramenta criada para adiar a aposentadoria no Brasil, que é muito precoce.

Fonte! Chasque publicado no dia 06 de maio de 2010 no VNews, na seção Economia - http://www.vnevs.com.br/.

Muito cuidado com a guerra das corretoras

Com o forte interesse das pessoas físicas em aplicar em ações, as instituições oferecem facilidades que, muitas vezes, podem sair caro

Vera Batista - Correio Brasiliense - 09/05/2010

De olho no interesse cada vez maior dos investidores pelo mercado de ações, as corretoras de valores — únicas instituições autorizadas a operar direto no pregão da Bolsa de Valores — declararam guerra entre si na disputa pela clientela. E essa briga tem se concentrado na parte mais sensível do ser humano: o bolso. Vale tudo. O preço da corretagem (taxa cobrada quando se executa uma ordem de compra ou de venda) chega quase a zero.

Antes de pequeno porte, muitas corretoras, em pouco tempo, tornaram-se gigantes e estão liderando o ranking da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa). Elas abriram filiais nas principais capitais do país. Proliferaram os agentes autônomos, contratados aos montes para atender os clientes mais de perto, nos ponto mais remotos do Brasil. Mas que fique bem claro: em algumas situações, o barato pode sair caro.

Além dos tradicionais riscos do mercado acionário, do sobre e desce dos preços dos papéis, as instituições, muitas vezes, avançam todos os sinais para cumprir a promessa de lucro. E são justamente as que mais cresceram nos últimos anos as campeãs em reclamações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula e fiscaliza o mercado de capitais brasileiro.

Compromisso

Basta uma rápida pesquisa para se ter uma ideia de como está sendo facilitada a entrada de poupadores inexperientes na bolsa. O mercado oferece de tudo — até pacotes pré-pagos de corretagem. Mas é aí que mora o perigo. Facilidade demais sempre é sinônimo de prejuízo. A oferta de serviço pode não ser acompanhada de um profissional capacitado para explicar os meandros da bolsa e deixar claros todos os perigos que envolvem investimentos de renda variável. Em períodos de crise, como o atual, em que problemas na Grécia estão provocando terremotos mundo afora, um bom consultor faz a diferença.

Esse alerta vale, sobretudo, quando o negócio é fechado por meio de agentes autônomos, pois, muitas vezes, eles estão mais interessados em garantir os ganhos das corretoras para as quais trabalham do que para os clientes. Por isso, a CVM decidiu apertar o cerco em torno desses profissionais. Uma discussão pública foi aberta e as sugestões recebidas garantirão regras mais rígidas.

“O que se percebeu foi que o agente autônomo, quando distante da Bolsa de Valores, age como se fosse dono do cliente. Ou seja, decide por ele. Mas o agente tem a função de distribuir produtos. Não está habilitado e não pode administrar carteira de ações, devido ao conflito de interesses”, alerta Otávio Yazbek, diretor da CVM(1).

Para ele, ao agir fora dos padrões, os agentes acabam incorrendo em conflito de interesse, com a corda sempre arrebentando do lado mais fraco, o do investidor. “Por isso, estamos exigindo compromisso de todos, das corretoras e dos autônomos. Queremos que as instituições treinem e controlem seus contratados. Às vezes, quando acontece um problema, o cliente não sabe a quem responsabilizar. Fica um jogo de empurra entre a instituição e o agente”, complementa.

Proteção

A fiscalização dos autônomos é simples, garante Yazbek: basta que as corretoras comecem a observar o perfil de cada um de seus clientes, se um jovem, um aposentado, um juiz e um jogador de futebol. Com certeza, nenhum deles atuará da mesma forma. Na visão do diretor da CVM, se todos têm carteiras de ações semelhantes, algo está errado. Segundo Yazbek, a partir do momento em que a CVM editar as novas normas para os agentes autônomos, é possível que aumente o custo de operação para as corretoras. Mas, a seu ver, o ganho na proteção do cliente não tem preço.

Ele ressalta, porém, que, independentemente de toda a legislação em vigor, os investidores de primeira viagem devem fazer uma pesquisa nos sites da Comissão (http://www.cvm.gov.br/) e da BM&Bovespa (http://www.bmfbovespa.com.br/) e verificar o número de reclamações contra a corretora selecionada e acompanhar de perto o uso do seu dinheiro. “O investidor tem que ter capacidade de decisão. Não se deve esquecer nunca que o mercado de ações envolve risco. A opção pelo comodismo pode ser catastrófica”, diz Yasbek.

1 - Regulação

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão vinculado ao Ministério da Fazenda que regula o mercado de capitais para assegurar o funcionamento eficiente da Bolsa de Valores e outras instituições. Entre suas funções, estão a de proteger os titulares de ações contra emissões irregulares e atos ilegais de administradores e controladores de empresas com capital aberto, coibir fraudes ou manipulações destinadas a criar condições artificiais nas negociações e garantir aos negociantes o acesso a informações claras sobre os títulos.

Garantia de segurança

Algumas corretoras, a maioria administrada por jovens executivos, já estão se preparando para as mudanças impostas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em relação aos agentes autônomos. Uma delas é a TOV, que ganhou 25 posições no ranking da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&Fbovespa) no último ano, subindo para o 9° lugar. A instituição cobra R$ 5 por ordem de compra e venda e ainda dá desconto para aposentados — R$ 2,50 por operação. A TOV tem 40 filiais espalhadas por 13 capitais (a sede está em São Paulo). Recentemente, deu início ao processo de internacionalização. E, até o fim do ano, poderá receber autorização para operar na Bolsa de Nova York. “As negociações estão avançadas. Depende apenas do processo seletivo da SEC (a CVM americana)”, afirma André Jorge, gerente de canais eletrônicos. Ele conta que a empresa começou a atividade na década de 1980, operando câmbio. Em 2002, entrou para a renda variável.

Jorge garante que todas as regras da CVM são cumpridas à risca. “A TOV é a única corretora no Brasil que tem quase toda a sua base de assessores em filiais e não em escritórios independentes. Neste ano, investimos R$ 5 milhões em tecnologia”, afirma. Foi implantada uma nova plataforma eletrônica, a TOV Trader, ferramenta que permite ao cliente comprar e vender ações, com menor risco e maior retorno. “Vamos cobrar R$ 70 pela plataforma contra R$ 220 do mercado”, ressalta.

Educação

A XP Investimentos está no topo do ranking da Bovespa, com 450 funcionários e 130 escritórios, distribuídos por 70 cidades. “Várias razões nos levaram ao sucesso”, diz Guilherme Benchimol, sócio-diretor da instituição. A primeira delas é a preocupação com a educação dos investidores. “Há 10 anos, trabalhava como agente autônomo, com um sócio e tinha uma ideia na cabeça. Quando visitava os clientes que o sócio indicava, em Porto Alegre, percebia que as pessoas queriam aprender. Assim, em vez das visitas em casa, passamos a fazer pequenas palestras. Ia à padaria, comprava suco, pão de queijo, jogava uma toalha branca na mesa e começava a trabalhar”, lembra.

O processo evoluiu e as palestras se transformaram em cursos pagos. “Já capacitamos mais de 200 mil pessoas”, orgulha-se Benchimol. A XP tem hoje dois planos:o Express, pela internet, no qual cobra R$ 14,90 por ordem, e o Private (a taxa é de 0,5% por transação). (VB)

Fonte! Chasque publicado no dia 9 de maio de 2010 no sítio (blog) Economia no Cotidiano - http://mainichiokane.blogspot.com/.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Como investir com segurança na bolsa de valores

Por: Juliano Lima Pinheiro

A maioria dos investidores, quando vai comprar ou vender ações, decide baseado nas seguintes razões: recomendação de um operador (corretor), um familiar ou um amigo, sua própria experiência no mercado de capitais e informação que vê ou lê sobre o comportamento de uma determinada empresa. Os motivos que levam um investidor a tomar esse tipo de atitude são: a falta de conhecimento sobre o que são ações, seus tipos e direitos, como ocorrem os ganhos com ações, a diferença entre preço versus valor, o que é governança corporativa, como se analisam as ações e como é a forma de investimento..

É importante salientar que os ganhos relacionados com ações ocorrem somente através da propriedade e através da comercialização. Os ganhos através da propriedade são resultantes da manutenção das ações de empresas lucrativas que distribuem seus resultados aos acionistas em forma de dividendos. Estes ganhos não são vinculados ao desempenho dos preços das ações no mercado, mas sim, ao desempenho da empresa em seu segmento.

Os ganhos resultantes da comercialização referem-se à diferença de preços entre a compra e venda das ações. Um exemplo é quando compramos um papel por R$ 10,00 e o vendemos por R$ 12,00. Neste caso, houve um ganho de R$ 2,00 por cada ação negociada. O problema da busca por este tipo de ganho é quando as expectativas de alta não se concretizam e ocorrem perdas resultantes da venda das ações a preços abaixo dos adquiridos.

Para o investidor que deseja segurança a análise fundamentalista é um importante instrumento. Por meio da avaliação de tópicos que se relacionam com o desempenho da empresa, ela possibilita a conclusão sobre suas perspectivas. Esta análise utiliza os fundamentos econômico-financeiros para a determinação do valor da empresa.

O principal objetivo dessa análise é avaliar o comportamento da empresa visando à determinação do valor dela. Ela parte do princípio de que as ações têm valor real, que está associado com a performance da companhia emissora e com a situação geral da economia. São estudados os fatores que explicam o valor real de uma empresa, setor ou mercado, colocando em segundo plano os fatores de mercado, como preço e volume. Esses fatores são chamados de valores fundamentalistas.

Para esta análise, é adotada a hipótese de que o mercado de capitais é eficiente a longo prazo, podendo ocorrer ineficiências na valorização a curto prazo, que seriam corrigidas ao longo do tempo. O processo decisório dessa escola de análise de investimento envolve o cálculo do valor hipotético da empresa, que corresponderia a seu “preço justo” em determinado momento, e, pela comparação desse com seu preço de mercado, seleciona para investimento a empresa com menor relação valor real/preço de mercado

Fonte! Chasque publicado no dia 5 de maio de 2010 no sítio (blog) Papo de Bolsa - http://www.papodebolsa.com/, que teve como fonte o Moneyletter (Expo Money)

Evento aponta preocupação das mães com o futuro financeiro dos filhos

Participantes femininas da ExpoMoney relatam que poupam para a próxima geração

Mãe é tudo igual, só muda o endereço, certo? Pode até ser, mas mesmo que o carinho e a atenção sejam muito similares, as preocupações podem ser bem diferentes. Nessa época festiva, muitas mães estão mais focadas em oferecer uma boa educação financeira aos filhos do que ganhar presentes ou ver o próprio filho endividado.

Elas sabem que não basta um bom trabalho, mas é preciso saber administrar as finanças, poupar e investir para garantir um futuro financeiro mais tranquilo. Isaura Daniel, 36 anos, é mãe do "Dudu" de um ano e sete meses. Desde que o pequeno nasceu ela e o marido economizam R$ 50 por mês na poupança, pensando no futuro do herdeiro.

– Quero que o nosso filho saiba lidar melhor com as finanças e tenha um controle sobre os gastos, por isso, já estamos estimulando com o cofrinho – conta a mãe.

Ela faz parte de um grupo seleto que busca informação e conhecimento para passar de geração para geração, seja para continuar a educação que recebeu dos pais ou para visualizar uma vida diferente e mais produtiva para os filhos, longe das dívidas e do consumo excessivo.

Na Expo Money, maior evento de educação financeira e de investimentos da América Latina, cresce a cada ano o número de mulheres que participam do evento. Esse ano em São Paulo cerca de 40% do público inscrito são mulheres e na primeira edição, em 2003, eram menos de 20% do público. Entre as participantes, 20% possuem dependentes e aproveitam as palestras para incrementar a educação dos filhos. Isaura é um desses exemplos.

– Já fiz a minha inscrição e do meu marido. Será aniversário do filhote, mas vamos durante a semana. Temos que ensinar o Dudu a não ser um gastão e controlar o dinheiro – acrescentou.

Por natureza, as mulheres pensam no longo prazo, se arriscam menos por pensar nos filhos e no futuro. Por conta disso, também tomam mais decisões sobre as finanças e investimentos da família.

– A grande maioria do público feminino ainda investe na caderneta de poupança, mas aos poucos as mulheres têm percebido que investir na Bolsa de Valores no longo prazo tem baixo risco – explica Raymundo Magliano Neto, diretor da TradeNetwork, organizadora da Expo Money.

A participação do público feminino no mercado acionário tem demonstrado ascendência e cresce cada vez mais o interesse pela modalidade investimento. Segundo dados divulgados pela BM&FBovespa, em março de 2010, as mulheres correspondiam 24,54% dos 556.830 investidores individuais. São ao todo 136.510 investidoras ativas na Bolsa.

Para a consultora financeira Sandra Blanco, autora do título A Bolsa para Mulheres (Coleção Expo Money/Campus-Elsevier), as mulheres ainda encontram na caderneta de poupança um porto seguro, mas o acesso informação e sua participação no mercado financeiro estão mudando o perfil das investidoras que buscam agora, equilíbrio entre rentabilidade e segurança.

– A mulher entendeu que é preciso correr mais risco para conseguir maior rentabilidade – afirma a autora.

Sandra explica ainda que o aumento da participação das mulheres na Bolsa coincide com o aumento da renda da população entre 2003 e 2009. Embora mais ativas, principal receio ainda é perder dinheiro.

– As perdas afetam nosso emocional muito mais do que os ganhos – reconhece.

O recomendável é que as mulheres tirem proveito desse ótimo momento que vivem na Bolsa e da facilidade de procurar por ajuda, façam uma seleção de profissionais, produtos ou empresas criteriosa e mantenham uma disciplina de investimentos adequada aos seus objetivos. Afinal, para qualquer mulher, qual a dificuldade de manter a gestão de um projeto no longo prazo com foco na tranquilidade e segurança?

Calendário da ExpoMoney no Sul:
:: 15 de Abril – Expo Money Curitiba
:: 8 e 9 de junho – Expo Money Florianópolis
:: Data a definir em novembro – Expo Money Porto Alegre

Fonte! Chasque publicado no dia 05 de maio de 2010, no sítio Donna DC, do Click RBS (Porto Alegre) - http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/donnadc.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Atitude 2: As perguntas que deveriam ser feitas e não são!

Bueno! Tenho certeza que tu já foste indagado, quando criança e que indagaste o teu filho, sobrinho ou filho de um amigo teu, com a seguinte questão:

- O que tu vais ser quando crescer?

E as respostas são as mais diversas, desde a citação de alguma profissão, como ser médico, professor, bombeiro e até jogador de futebol.

Penso que a educação financeira pode começar de uma maneira bem informal, como, em forma de perguntas, contrapondo a pergunta do parágrafo anterior. Sabemos que para a grande maioria da população, é uma barreira a ser transposta, um paradigma a ser quebrado. Ainda é muito difícil perguntar para um(a) filho(a), sobrinho(a) ou até um amigo(a) jovem que esteja entrando no mercado de trabalho, com os seus 18, 19, 20 anos de idade ou mais, mas que tal fazer perguntas do tipo:

- Em quanto tempo tu vais querer te aposentar?

- Com que valores pretendes de aposentar? E podemos aprofundar a questão:

- Sabendo que a aposentadoria oficial, do INSS sempre é insuficiente, o que pretendes fazer para almejar uma aposentadoria digna?

Questões deste tipo não merecem mais respostas do tipo "ainda é cedo prá pensar em aposentadoria....". Fazem, isto sim, despertar para pensar no assunto e começar a se inteirar lendo chasques a respeito, como os sítios (blogs), que estão na mídia eletrônica.

Um destes sítios que me chamou atenção esta semana, foi o blog do Renato Follador, que abordou o tema com o título "Previdência pra Filha", onde propôs para a filha, que tem 24 anos, que assumisse uma previdência privada que ele abriu pra ela já há algum tempo. Em contrapartida, ele colaboraria neste mesmo investimento, com a metade do valor enquanto ele viver (cada um investe R$ 70,00 mensais). Leia o chasque completo clicando http://blogs.band.com.br/follador/previdencia-para-filha/.

Abraços Valdemar Engroff

Dez respostas sobre a sua aposentadoria

Você quer saber se está tudo em ordem para a sua aposentadoria? Não sabe se já tem direito a se aposentar? E como funciona a aposentadoria por insalubridade? Já ouviu falar do Juizado Especial Previdenciário, onde é possível pedir revisão da aposentadoria?

1) Quais são os requisitos para pedir aposentadoria por idade?

Para o trabalhador rural: homem deve ter 60 anos de idade e a mulher, 55 anos de idade. Para o trabalhador urbano, o homem deve ter 65 anos de idade e a mulher, 60 anos.

Além disso, o segurado terá de provar ter no mínimo 15 anos de contribuição (exceção: quem se filiou antes de 27.4.94 poderá provar 156 meses em 2007, 162 meses em 2008, 168 meses em 2009 e 174 meses em 2010. A partir de 2011, o tempo mínimo será de 180 meses para todos).

2) Quais são os requisitos para pedir aposentadoria proporcional?

São idade mínima e tempo de contribuição. A mulher deve ter no mínimo 48 anos de idade e 25 anos de contribuição. O homem deve ter no mínimo 53 anos de idade e 30 anos de contribuição.

É ainda necessário calcular um pedágio de 40% sobre o tempo que faltava para se aposentar de forma proporcional até 16.12.1998, data em que a Emenda Constitucional nº 20 que instituiu a reforma da Previdência entrou em vigor.

Um exemplo: na data da emenda, um homem contava com 20 anos de contribuição. Faltavam, portanto, mais dez anos de contribuição para que atingisse o tempo mínimo para se aposentar proporcionalmente.

Assim, aplicando-se o pedágio de 40% sobre os dez anos faltantes obtém-se um acréscimo de mais 4 anos de contribuição. Ou seja, este homem teria de trabalhar mais 14 anos para ter direito a requerer a aposentadoria proporcional, o que resultaria num período de contribuição de 34 anos.

Se trabalhasse mais um ano, teria direito à aposentadoria integral.

É importante ressaltar que se a pessoa tivesse completado o tempo mínimo de contribuição à data da emenda, nenhum pedágio seria aplicado.

A advogada Maria Faiock informa que, neste caso específico, seria aplicável ainda a regra antiga de cálculo da aposentadoria, em que se utiliza a média dos três últimos anos de trabalho e sobre o qual não incide o fator previdenciário.

3) Quais são os requisitos para pedir aposentadoria especial?

A pessoa deverá ter trabalhado 15, 20 ou 25 anos em atividades insalubres; possuir, no mínimo, 180 mensalidades.

Exceção: quem se filiou antes de 27.4.94 terá de provar 156 meses de contribuição em 2007, 162 meses em 2008, 168 meses em 2009 e 174 meses em 2010. A partir de 2011, o tempo mínimo será de 180 meses para todos.

O trabalhador deve ainda demonstrar que, durante todo o tempo, em caráter habitual e permanente, esteve exposto aos agentes nocivos físicos, químicos ou biológicos acima dos limites de tolerância.

Para este tipo de aposentadoria, não se aplica o fator previdenciário.

Os documentos necessários para se requerer esta aposentadoria são o Perfil Profissiográfico Previdênciário (PPP) e, no caso de exposição a ruído intenso e constante, é aconselhável o pedido de histograma.

4) Quais são os requisitos para pedir aposentadoria por invalidez?

Este é um benefício concedido aos trabalhadores que, por doença ou acidente, forem considerados pela perícia médica da Previdência Social incapacitados para o trabalho.

Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem que provar uma contribuição de 12 meses à Previdência Social, no caso de doença. Se a causa da invalidez for acidente, esse prazo de carência não é exigido, mas é preciso estar inscrito na Previdência Social.

Não terá direito à aposentadoria por invalidez quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver doença ou lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resultar no agravamento da enfermidade.

Quem recebe aposentadoria por invalidez tem que passar por perícia médica de dois em dois anos, se não, o benefício é suspenso. A aposentadoria deixa de ser paga quando o segurado recupera a capacidade e volta ao trabalho.

5) Como é feito o cálculo da aposentadoria?

Atualmente, o cálculo da aposentadoria é o resultado da média dos 80 maiores salários de contribuição desde julho de 1994. Sobre este resultado aplica-se o fator previdenciário, que na prática aumenta a renda de quem se aposenta mais tarde e diminui a renda daquele que se aposenta mais cedo.

6) Onde posso fazer uma simulação do cálculo da minha aposentadoria?

Resposta: É possível fazer uma simulação no site do Ministério da Previdência Social. O endereço é o http://www.previdencia.gov.br/.

7) Ainda estou trabalhando, mas queria saber se está tudo em ordem com os papéis para pedir minha aposentadoria. Como é possível saber se está tudo em ordem com os documentos?

Resposta: Todo trabalhador deve periodicamente pedir um documento ao INSS chamado CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais). Neste documento, constam todos os vínculos de trabalho, com data de entrada e saída dos empregos.

O trabalhador deve pedir ainda a relação dos salários que estão sendo pagos pelo empregador para verificar se o INSS está sendo pago em dia e sobre o salário efetivo do funcionário. Pode-se ainda solicitar à Caixa Econômica Federal o extrato analítico do Fundo de Garantia, pois o depósito do fundo também é uma prova do vínculo empregatício.

8) Como posso saber se tenho direito à revisão?

Segundo a advogada Maria Faiock, há muitas teses que discutem revisões de cálculo de aposentadoria, mas apenas seis oferecem atualmente uma boa expectativa de ganho na Justiça.

São elas: revisão da ORTN, IRSM/URV, aposentadoria por invalidez, revisão da pensão por morte, revisão do 13º salário, revisão do teto. As ações têm demorado em média dois anos do pedido de revisão ao início do pagamento.

9) Como posso dar entrada no pedido de revisão pelo Juizado Especial Previdenciário?

Resposta: Qualquer pessoa pode entrar com pedido no Juizado Especial Previdenciário, bastando, para isso, que o valor da causa não supere os 60 salários mínimos vigentes à época do ingresso da ação. Calcula-se este valor multiplicando o salário de benefício por 12. Este resultado não pode exceder os 60 salários mínimos (R$ 22.800,00).

Uma nova determinação da Justiça prevê que só pode ingressar no Judiciário quem já fez prévio requerimento administrativo de revisão no INSS. Para causas mais complexas, é aconselhável procurar o auxílio de um advogado.

10) Quanto tempo leva para a concessão da aposentadoria?

Resposta: A lei fala que o pedido deve ser analisado dentro de 30 dias e após concluída a análise e deferido o pedido o INSS tem até 45 dias o primeiro pagamento. Na prática, o INSS tem demorado mais de seis meses para analisar os pedidos.

Sophia Camargo
 
Fonte! Chasque publicado no dia 3 de maio de 2010 no sítio do Sindicacau - http://www.sindicacau.blogspot.com/.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Busca por R$ 1 milhão toma tempo e disciplina

Quem não tem vontade de acumular R$ 1 milhão? A quantia alimenta os sonhos de muita gente e não é impossível, contanto que o poupador seja extremamente disciplinado e esteja disposto a esperar boa quantidade de anos para alcançar a meta.

Hoje, sem contar a possibilidade de catástrofes econômicas no País, a melhor maneira de acumular a quantia é aplicando parcelas mensais na caderneta de poupança e aguardar, ao menos 20 anos, para chegar ao R$ 1 milhão. "Chegar na semana que vem ao R$ 1 milhão é impossível", afirma um dos vice-presidentes da Ordem dos Economistas do Brasil, José Dutra Vieira Sobrinho.

Especialista em matemática financeira e professor do Insper, Dutra Sobrinho explica que a caderneta de poupança é mecanismo de renda fixa, com retorno médio de 0,5% ao mês. Portanto, quando se investe nesta modalidade, não existe chance de redução do capital, que é a quantia aplicada pelo poupador, sem contar os rendimentos.

É preciso considerar que quanto menor o rendimento mensal, maior deverá ser o investimento de capital. Segundo Dutra Sobrinho, se o poupador aplicar R$ 2.164,31, por mês na poupança, em 20 anos terá R$ 1 milhão.

Segundo a progressão de rendimento, durante 20 anos, para atingir a quantia em instrumento com rentabilidade de 1% ao mês, o consumidor deverá destinar parcelas mensais de R$ 1.010,86. Mas será necessário investir em renda variável para alcançar esse retorno.

Conforme a BM&FBovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo), o Ibovespa, principal indicador da valorização das ações mais negociadas na Bolsa, apresentou rentabilidade de 1,3% ao mês nos últimos dez anos terminados em dezembro.

Como a apuração do indicador começou em 1992, o rendimento mensal acumulado em 15 anos terminados em dezembro foi de 1,5%. E sendo variável, o mercado de ações não garante o retorno do capital para o investidor, pois tudo depende da vontade do mercado por determinadas ações, dos investimentos e resultados das empresas listadas na Bolsa e da economia nacional e mundial.

Considerando 20 anos de investimentos fixos mensais, seria necessário R$ 174,08 em retorno de 2%, R$ 24,92 em 3% ao mês, R$ 3,27 para 4%, calcula Dutra Sobrinho. Ele destaca que em caso de emprestar para agiotas durante 20 anos, que pagam 5% ao mês, o indivíduo desembolsaria R$ 0,41 por mês. O matemático ressalta que também é preciso descontar a inflação, pois R$ 1 milhão de hoje não terá o mesmo poder de compra daqui a 20 anos.

Fonte! Chasque publicado no dia 2 de maio de 2010, no sítio do Diário do Grande ABC - http://www.dgabc.com.br/, na seção Economia, de Pedro Souza.

Jovens têm mais tempo e poupam com menos esforço

O investimento mais indicado são as ações. Em caso de crises, há tempo para recuperar; no longo prazo, a rentabilidade é mais alta

Os jovens ainda têm uma carreira a trilhar e muitos anos de trabalho antes de chegar à esperada aposentadoria, o que pode soar como desvantagem. Por outro lado, eles têm mais tempo para poupar. Quando o início do planejamento começa cedo, há a vantagem de não ser preciso poupar um valor tão alto ao mês. Assim, o esforço é menor.

A modalidade de investimento mais indicada para pessoas em torno de 20 anos são as ações de empresas negociadas em bolsa de valores, segundo consultores. “É uma fase de formação e ampliação de patrimônio. A postura mais ariscada está mais alinhada a este objetivo”, afirma André Saito, professor do laboratório de finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA).

Como há tempo, é possível recuperar o que foi perdido se as ações caírem muito. “Caso aconteçam crises como a de 2008, os mais novos têm mais tempo para se recuperar”, diz Mauro Calil, consultor financeiro do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil.
Foto: Getty Images
Fase é de formação e ampliação do patrimônio

Além disso, quando somados perdas e ganhos da bolsa de valores, no longo prazo, a rentabilidade será sempre superior à renda fixa. “Com aplicações em bolsas de valores, o retorno mensal, em média, supera 1,5%”, afirma. Enquanto a poupança rende em torno de 6% ao ano, a bolsa renderá por volta de 18%. Se esse cenário não se concretizar, em função de crises, por exemplo, o ganho das ações volta a superar as aplicações de renda fixa em alguns anos.

Os consultores sugerem investir em empresas sólidas e grandes, que têm pouca chance de quebrar, além de opções variadas. “O investimento não dever ser em apenas uma ação”, alerta Humberto Veiga, consultor financeiro e autor do livro “Tranquilidade financeira – saiba como investir no seu futuro”.

Quando a postura do jovem é mais conservadora, a sugestão é inserir outros ingredientes ao portfólio de investimentos. O poupador pode, ao mesmo tempo, adquirir ações, contratar a previdência fechada e ter uma poupança. “O importante é ser regrado”, salienta o consultor Cláudio Boriola, consultor financeiro da Boriola Consultoria, especialista em economia doméstica.
Foto: Getty Images
Para os mais conservadores, a sugestão é diversificar

Nos cálculos de Veiga, um jovem que comece a poupar aos 25 anos, com o objetivo de aposentar aos 55 anos e viver mais 40 anos com R$ 4 mil ao mês - sendo R$ 2 mil do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) -, deve acumular R$ 600 mil para viver apenas dos juros. “Assim, ele deixa o dinheiro para os herdeiros”, diz Veiga.

Caso opte por gastar o dinheiro - e não deixar nada para os filhos - é preciso que chegue a R$ 494 mil até momento da aposentadoria. Uma simulação feita pelo iG com a ajuda de economistas sugere seguinte possibilidade de planejamento: aplicações mensais de R$ 151 durante dez anos, em bolsa de valores. Nos dez anos seguintes, os investimentos devem ser de R$ 350 ao mês, divididos entre renda fixa e renda variável. Nos últimos dez anos, será preciso poupar em torno de R$ 480 ao mês e colocar todo o dinheiro em modalidades de investimento mais seguras, como poupança e Tesouro Direto,

Fonte! Chasque publicado no dia 3 de maio de 2010, de Olívia Alonso (iG São Paulo), no sítio do iG -  http://economia.ig.com.br/, na seção Economia / Finanças Pessoais

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Não entregou a declaração do IR? Saiba o que fazer

Saiba como - e a que custo - os retardatários podem regularizar sua situação tributária

Um segundo depois do prazo estabelecido pela Receita Federal e não tem mais jeito. Quem deixou para entregar a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física depois do dia 30 de abril terá de arcar com um desembolso de no mínimo 165,74 reais. Este é o piso da multa de 1% ao mês sobre o imposto devido com limite de 20% em cima do valor apurado. Para quem não tem imposto devido ou receberá restituição, mas está atrasado, a multa é de 165,74 reais.

Os especialistas aconselham os atrasados a regularizar a situação o mais rápido possível. "Se você tem que fazer isso mais cedo ou mais tarde, melhor que seja antes para sofrer com menos encargos", aconselha o tributarista Mario Shingaki. Na inexistência de imposto devido, a multa não varia com o tempo. Do contrário, o tributo continuará subindo.

É importante lembrar que os retardatários não poderão declarar por meio do formulário impresso. A declaração só poderá ser feita através de uma nova versão do programa IRPF 2010, que estará disponível no site da Receita a partir do dia 3 de maio. O arquivo gerado deverá ser enviado pela internet pelo programa Receitanet ou entregue em disquete nas unidades da Secretaria da Receita Federal.

O software também detecta o prazo expirado e faz o cálculo da multa baseado nas informações do contribuinte. A notificação é emitida no ato, permitindo que o sujeito imprima o Darf (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) e realize o pagamento em agências bancárias. Se continuar inadimplente e tiver restituição a receber, o valor da multa será debitado automaticamente no momento da devolução dos recursos.

Acertadas as contas, é importante guardar todos os comprovantes por cinco anos, tempo que a Receita considera para analisar a situação tributária de quem paga impostos. Vale ressaltar que quem é obrigado a declarar IR e não apresenta a documentação, fica em situação irregular no Cadastro de Pessoas Físicas e, consequentemente, é impedido de tirar passaporte, pedir empréstimos, abrir conta em bancos e até tomar posse em concursos públicos.

Se você tem dúvidas sobre a declaração do IR 2010, veja a página especial do Portal EXAME - http://portalexame.abril.com.br/financas/imposto-de-renda/.

Fonte ! Chasque publicado no sítio do Portal Exame, de Marcela Ayres, de EXAME.com, no dia 30 de abril de 2010 - http://www.portalexame.abril.com.br/.

Poupar por conta própria para o futuro

Especialistas dão opções para quem quer se aposentar sem depender da previdência social

A modalidade de previdência privada têm crescido exponencialmente no Brasil. Mas, segundo especialistas em finanças pessoais, não é a única forma de planejar a aposentadoria. Há alternativas que permitem ao investidor gerir o próprio dinheiro. Alguns cálculos revelam que essas opções podem até resultar em rendimentos maiores que os da previdência

A liberdade de movimentar o dinheiro, o que possibilita ao investidor aproveitar as bonanças do mercado no decorrer do tempo, é o grande diferencial entre a elaboração de uma carteira para a aposentadoria e a tradicional previdência. Além disso, com a alternativa para o planejamento, o cliente fica livre de taxas de administração, de carregamento e de saída cobradas pelos bancos.

“São muitas taxas num plano de previdência. Esses custos, a longo prazo, reduzem o rendimento”, diz Otto Nogami, professor de finanças do Insper (ex-Ibmec).

Carteiras que mesclam renda fixa com variável são a alternativa mais recomendada por especialistas. Para Rodrigo Menon, da Beta Advisor, “a regra é diversificar”. Ele recomenda a um investidor com, no mínimo, 15 anos para se aposentar aplicar: 25% em ações; 20% em títulos atrelados à inflação; 20% em títulos prefixados e 25% em DI (que segue as taxas de juros pós-fixadas).

Os mais velhos, próximos da aposentadoria, devem manter 15% em ações e adicionar 10% em DI, segundo o especialista. “Essas são recomendações a investidores padrão, ou seja, com perfil moderado”, observa Menon.

Décio Pecequilo, operador sênior da TOV Corretora, é mais arrojado e diz que jovens podem ter 80% ou até 100% em ações. “Eu, por exemplo, acumulei patrimônio somente com investimentos nesses papéis”, diz.

Para o professor do Insper, porém, independentemente da idade, quem planeja a aposentadoria deve manter 50% dos investimentos em títulos públicos ou CDB. Nas contas dele, 30% ficariam em bolsa e os 20% restantes, na poupança ou em fundos DI. A ideia, diz ele, é que o investidor desloque os recursos caso haja uma boa oportunidade no mercado.

“Mas, atenção, em todos os quesitos, sobretudo na bolsa, o investidor precisa conhecer bem o produto”, aconselha o professor.

Os especialistas frisam que planejar a aposentadoria fora da previdência é só para quem é disciplinado com o orçamento. “Caso contrário, é melhor manter o dinheiro no piloto automático da previdência”, diz Menon. “Investir em ações precisa de acompanhamento e atenção”, completa Pecequilo.

Comprar imóveis para locar pode ser outra alternativa. “Aluguéis servem como complemento de renda”, diz Menon. Os mais indicados são os imóveis comerciais, com maior potencial de retorno.

Segundo Nogami, do Insper, o investidor que optar o caminho próprio não terá os benefícios fiscais concedidos nos planos de previdência. Roberta Scrivano

DICAS

1Quanto antes começar a poupar, melhor
2 Não ter um portfólio 100% conservador ou totalmente arriscado
3Montar carteira mesclando renda variável com renda fixa. Porcentuais variam conforme idade e perfil do investidor
4As blue chips (ações mais importantes da Bovespa) são bastante recomendadas para investimentos de longo prazo
5Jovens podem arriscar mais, ou seja, aportar 80% ou mais da carteira em ações, Os outros 20% podem ser mantidos na poupança
6Para os mais velhos, que estão mais próximos da aposentadoria, o ideal é manter uma carteira mais conservadora, com 20% em ações e 80% em renda fixa
 
Fonte! Chasque publicado no dia 26 de abril de 2010 sítio (blog) Economia do Cotidiano - http://mainichiokane.blogspot.com/, que teve como fonte o Jornal da Tarde.

Fundos de previdência podem garantir futuro tranquilo

Produto é adequado para quem deseja poupar por 15 anos ou mais e não quer ter uma redução do padrão de vida após a aposentadoria
Quanto mais cedo se começa a investir em previdência complementar, melhor

Manter um bom padrão de vida depois da aposentadoria geralmente não é tarefa fácil para quem tem um bom salário. O único jeito de não ser obrigado a abrir mão de diversas despesas é começar a investir tempo e dinheiro na formação de uma fonte secundária de renda muitos anos antes de parar de trabalhar. Uma das opções disponíveis no mercado são os fundos de previdência privada, que contam com uma infinidade de produtos e regras - às vezes difíceis de entender. Para não se perder nesse universo de siglas, taxas e alíquotas tributárias, são imprescindíveis muita pesquisa para escolher o plano mais adequado, disciplina para poupar e informação para fazer o dinheiro render.

Em geral, a previdência complementar é destinada a quem ganha acima do teto das aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Isso porque, para esses trabalhadores, o valor do benefício da previdência social será menor que o salário da ativa. No entanto, especialistas acreditam que, na realidade, qualquer pessoa com condições de poupar algum dinheiro por mês pode pensar em planejar sua aposentadoria, com vistas a uma vida mais confortável no futuro.

Para honrar esses planos e atingir a renda desejada na aposentadoria, os fundos de previdência privada requerem contribuições periódicas predefinidas, com o objetivo de poupança. Mas a ideia é que esse dinheiro se multiplique com o passar do tempo. Esses fundos funcionam como qualquer outro fundo de investimento, aplicando em diversos tipos de ativos sob a gestão de um especialista. Quando o investidor se aposenta, pode começar a resgatar seus recursos na periodicidade que preferir.

No entanto, os fundos de previdência seguem algumas regras próprias. Como precisam tentar garantir alguma rentabilidade, não permitem alavancagem (possibilidade de perda maior que o patrimônio do fundo) e só podem ter no máximo 49% da carteira composta por renda variável. Além disso, como incentivo aos investimentos de longo prazo, as alíquotas de Imposto de Renda diminuem substancialmente na proporção inversa do tempo em que o dinheiro permanece aplicado.

Por isso, quanto mais cedo se começa a investir, menores serão as contribuições mensais e maiores os benefícios tributários. O ideal é contribuir por, pelo menos, 15 anos. Na opinião de Renato Russo, vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), os fundos de previdência só não são aconselháveis para quem está muito perto de se aposentar, algo em torno de cinco anos, pois os rendimentos não compensarão o valor das taxas de custeio e do imposto. "Por outro lado, uma pessoa que resolve investir com vinte e poucos anos pode começar, por exemplo, com 5% de sua renda e ainda assim garantir um benefício razoável no futuro. Hoje em dia já existem planos de previdência que aceitam contribuições mínimas de 30 reais", garante.

O planejamento ideal

O planejamento da aposentadoria deve levar em conta uma série de fatores. Primeiro, é preciso estimar a renda total desejada, quanto seria possível receber pelo INSS (no caso de quem contribui) e, consequentemente, de quanto deve ser a complementação. Em seguida, deve-se definir quanto é necessário poupar por mês para, no longo prazo, atingir essa renda complementar em um fundo de previdência privada. É claro que essa contribuição também varia de acordo com o tipo de plano e com a composição da carteira.

Porém, é preciso ficar atento ao fato de que a renda gerada por um fundo de previdência pode ser apenas estimada, pois não há como garantir a rentabilidade. Além disso, investidores disciplinados devem ter em mente que, dependendo de seus objetivos, outras aplicações de longo prazo podem ser mais vantajosas do que os fundos de previdência. Finalmente, deve-se pensar também em investimentos de curto e médio prazo para atender às necessidades financeiras mais imediatas.

Todas as instituições que oferecem planos de previdência têm simuladores de aposentadoria. Pode-se também fazer o cálculo com a ajuda de um profissional dessas entidades. Mesmo depois de adotado um plano, o investidor precisa consultar seu corretor, a cada cinco anos, para verificar se a projeção que ele fez ainda se sustenta. "Pode ser que a pessoa perceba que vai precisar de uma renda maior no futuro, que o fundo tenha rendido mais que o esperado ou que ela passe a ter condição de poupar mais. Isso muda todo o planejamento", explica o vice-presidente da Fenaprevi. O cálculo da aposentadoria deve levar em conta três fatores:

1) A renda que o investidor estima precisar no futuro. Considerando-se o que ele deve receber pela Previdência Social, estabelece-se que será preciso uma renda complementar correspondente a uma porcentagem do salário da ativa - por exemplo, 60% ou 70% dos atuais rendimentos. A meta será, portanto, atingir uma reserva equivalente a esse percentual.

2) O tempo de acumulação. Considera-se a idade em que o investidor começará a investir e quantos anos ele terá quando se aposentar.

3) Quanto o investimento vai render. Isso é uma estimativa, pois seja o fundo aberto ou fechado, não é possível definir com precisão a renda mensal futura, uma vez que a rentabilidade dos fundos varia de acordo com o cenário econômico. No entanto, carteiras compostas de ativos de maior risco têm mais chance de obter maior rentabilidade.

Mesmo após todos esses cálculos, ainda é importante tomar alguns cuidados. Fundos de previdência são aplicações de longo prazo. Resgatar o investimento com pouco tempo de carteira não é bom negócio pois a alíquota de IR pode ser mais alta do que a de outros fundos de investimento de longo prazo (saiba mais sobre a tributação dos fundos previdenciários na página 4). Por isso, especialistas recomendam que a previdência não seja a única forma de aplicação.

"O investidor deve ter formas diferentes de poupança atreladas aos seus diferentes objetivos financeiros. Aposentadoria é apenas um deles. É necessário ter aplicações de curto e médio prazo para emergências e para metas mais imediatas, como os estudos dos filhos", explica Fábio Gallo Garcia, professor de finanças pessoais da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "A aposentadoria pode ser um investimento de 30 anos. É difícil precisar que tipos de ativos serão mais rentáveis até a hora de receber o benefício. O ideal é diversificar para se resguardar", diz André Luiz Marques, presidente do Instituto dos Advogados Previdenciários de São Paulo (IAPE) e sócio do escritório Expósito e Marques.

Qual o melhor plano para mim?

Basicamente há três formas de contribuição para garantir a aposentadoria:

1 - INSS: A contribuição para o INSS é compulsória para o trabalhador com carteira assinada e corresponde a 11% do salário bruto mensal. Mas quem não tem carteira assinada - como autônomos e profissionais liberais - também pode contribuir como forma de usufruir de uma previdência certa e garantida pelo governo, além de benefícios que nenhum plano de previdência privada traz, como auxílios em caso de doença ou acidente de trabalho.

2 - Fundos de previdência fechados: São os fundos de pensão de empresas voltados para seus próprios empregados. Também há fundos fechados mantidos por entidades representativas dos trabalhadores, como sindicatos, cooperativas e associações. Por não terem fins lucrativos, as taxas de manutenção são bem mais baixas que as dos fundos de previdência abertos. No caso dos fundos patrocinados, ainda há a vantagem de que a empresa ajude na contribuição para a aposentadoria do funcionário com a mesma quantia depositada a cada mês pelo próprio trabalhador, o que aumenta consideravelmente seu patrimônio.

3 - Fundos de previdência abertos: São os planos comercializados por bancos, seguradoras e outras entidades de previdência aberta, em duas modalidades básicas: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). As duas diferem apenas no que diz respeito à tributação. As composições de carteira e a rentabilidade são variadas. As taxas cobradas podem ser muito altas e devem ser estudadas com cuidado para não corroerem demais os rendimentos.

Quando investir em fundos fechados

Para os especialistas em previdência, quem tem acesso a esse tipo de fundo deve aproveitar. Eles são, em geral, mais vantajosos que os fundos abertos, por terem rentabilidade semelhante, mas com menos custos para os pensionistas. Como não há fins lucrativos, só é preciso pagar uma taxa de administração, normalmente mais baixa que as praticadas no mercado de previdência aberta. Além disso, não há cobrança de taxa de carregamento, em geral cobrada pelos fundos abertos para cobrir custos de comercialização.

Há ainda outras vantagens. Os fundos fechados permitem ao investidor participar dos processos de decisão sobre as aplicações ou ter contato direto com quem participa. Como descontam a contribuição diretamente do salário, também facilitam a vida do investidor indisciplinado. No caso dos fundos patrocinados, a contribuição do trabalhador pode até dobrar, uma vez que a empresa onde ele trabalha também deposita o mesmo valor que o empregado todos os meses. E, se o empregado sair da empresa antes de se aposentar, tem sempre o direito de resgatar ao menos os recursos que foram depositados por ele mesmo.

Esses fundos dispõem, ainda, de diferentes faixas de contribuição entre as quais o trabalhador pode optar. "Na medida em que seu salário aumenta, o trabalhador pode ir mudando de faixa de contribuição. Mas se o valor mais alto ainda não for condizente com a renda desejada na aposentadoria, é aconselhável diversificar os investimentos", explica o professor Fábio Gallo Garcia.

Para o especialista em direito previdenciário André Luís Marques, os fundos fechados são, na verdade, o segundo pilar da previdência, ao lado da previdência social. E, para quem tem acesso a esse tipo de investimento, não há porque preferir um plano aberto. "A previdência fechada é um instrumento importante para a verdadeira universalização de cobertura dos riscos sociais no caso dos trabalhadores que ganham acima do teto da previdência social", afirma Marques.

Em relação à tributação, o IR é cobrado no momento do resgate, com base em uma das duas tabelas existentes: a regressiva e a progressiva. A primeira é a mais vantajosa para quem de fato poderá fazer de seu plano de previdência um investimento de longo prazo. Isso porque, segundo essa tabela, quanto mais tempo o dinheiro fica investido, menor a alíquota do IR. Esta varia de 35% - para aplicações de até dois anos - a 10% - para aplicações de mais de dez anos. A cada dois anos, a alíquota diminui 5%. Já a tabela progressiva é a tabela normal do Imposto de Renda, com alíquotas que variam de zero a 27,5% de acordo com o montante investido. Esse modelo de tributação só é vantajoso caso o tempo de contribuição até a aposentadoria seja curto e a não haja mais a perspectiva de formação de uma poupança considerável.

Fundos de previdência abertos

Quem não tem a possibilidade de contribuir para um fundo fechado tem a opção de fazer um plano de previdência aberta. São diversos os produtos que o mercado oferece, com diferentes benefícios incluídos. As duas principais alternativas são o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Eles funcionam como seguros com cobertura em vida, seguem o mesmo modelo de tributação dos fundos fechados (com opção entre duas tabelas), não garantem benefício mínimo, mas exigem uma contribuição fixa por mês, o que ajuda a disciplinar o investidor.

A única diferença entre esses dois planos diz respeito à cobrança do Imposto de Renda. Quem adota o PGBL pode abater do IR até 12% da renda tributável anual. Essa opção é destinada apenas a quem entrega a declaração completa do Imposto de Renda. Entretanto, isso não significa isenção de imposto, mas sim postergação. Quando for resgatar seus recursos na aposentadoria, o investidor deverá pagar o IR sobre todo o montante aplicado, de acordo com a alíquota referente ao tempo em que deixou seu dinheiro no fundo.

Já o VGBL não permite esse abatimento. Em compensação, na hora do resgate, o IR incide apenas sobre os rendimentos. Essa modalidade é destinada a quem faz a declaração simplificada do Imposto de Renda (que adota desconto único, de 20% sobre a renda tributável), a profissionais liberais cujas aplicações podem variar de ano a ano ou a quem deseja investir mais do que 12% de sua renda bruta em previdência. Nesse caso, o melhor é investir 12% em PGBL e o restante em VGBL.

Mas, afinal, qual a vantagem de abater do IR o percentual investido em PGBL se, no futuro, a cobrança do imposto compensa esse benefício? O professor de direito tributário da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Marcos Figueiras, explica: "Isso serve para incentivar o contribuinte a investir aquele percentual abatido. Se ele não fizer isso, no fim das contas, dá na mesma."

Contudo, é nos custos que os fundos de previdência abertos podem pesar mais. As taxas cobradas podem ser muito altas, o que demanda paciência para pesquisar e barganhar na hora de escolher o melhor plano. "Como os fundos de previdência abertos visam ao lucro, existem muitos custos envolvidos, que podem reduzir substancialmente o valor dos resgates durante a aposentadoria", alerta o especialista em direito previdenciário André Luís Marques.

Além da taxa de administração - percentual ao ano cobrado sobre o patrimônio líquido do fundo para cobrir os custos com gestão e administração - os fundos de previdência podem cobrar também uma taxa de carregamento, que incide sobre a contribuição mensal e serve para cobrir os custos de comercialização dos planos. Ou seja, se o investidor contribui com 100 reais e há uma taxa de carregamento de 1%, apenas 99 reais serão, de fato, investidos. O valor dessa cobrança é limitado a 10%.

Embora não haja cobrança de taxa de performance, os fundos de previdência podem cobrar, ainda, uma taxa de saída, caso o montante aplicado seja resgatado ou transferido antes de determinado prazo de carência, que pode variar entre 60 dias e dois anos, dependendo do administrador. Na opinião do especialista em finanças pessoais da FGV, Fábio Gallo Garcia, não deveria haver essa carência, uma vez que a lei garante a portabilidade de investimentos entre diferentes administradores, desde que seja para um plano do mesmo segmento.

O professor aconselha, ainda, que se opte por fundos cuja taxa de administração não ultrapasse 1,5% ao ano. Mas o primeiro custo a ser verificado deve ser mesmo a taxa de carregamento. "O ideal é que não exista, e algumas instituições já não cobram", diz Garcia. As estimativas da Fenaprevi são condizentes com a recomendação do professor. Segundo Renato Russo, as médias das taxas de administração da indústria vêm caindo, e têm oscilado entre 1,5% e 1,7% ao ano. Já as de carregamento normalmente são menores e também estão diminuindo.

É claro que as taxas variam também segundo os benefícios contratados. O segurado pode escolher a forma de fazer o resgate - se de uma só vez ou periodicamente, se pelo resto da vida ou temporariamente. Já em caso de morte, é possível reverter a renda aos beneficiários que escolher. Não há carência para usufruir desses benefícios.

Outras opções

Existem ainda outros planos, menos conhecidos, que dão algumas garantias mínimas aos seus segurados. Bem parecidos com os PGBLs, há o Plano com Atualização Garantida e Performance (PAGP), o Plano com Remuneração Garantida e Performance (PRGP). Já o Vida com Atualização Garantida e Performance (VAGP) e o Vida com Remuneração Garantida e Performance (VRGP) se assemelham em funcionamento aos VGBLs.

O PAGP e o VAGP garantem que os recursos aplicados serão corrigidos por um índice de inflação previamente acordado, além de eventuais repasses de excedentes financeiros - isto é, o rendimento que ultrapassou as perspectivas iniciais de ganho. Já o PRGP e o VRGP garantem, além da reposição da inflação e dos repasses de excedentes financeiros, o pagamento de uma taxa de juros até o limite de 6% ao ano.

Apesar das vantagens para o investidor, a oferta desses produtos é muito pequena devido à dificuldade e ao risco de se oferecer uma garantia após um prazo tão longo. "Esses produtos têm sido colocados em segundo plano porque têm risco financeiro para a seguradora. Com a redução nas taxas de juros com o passar do tempo, dar uma remuneração atraente para o consumidor ficou muito difícil", esclarece o vice-presidente da Fenaprevi.

Riscos

Assim como as aplicações em fundos de investimento, os fundos de previdência também envolvem riscos que devem ser bem medidos, uma vez que essa poupança será indispensável para o investidor depois de sua aposentadoria. Os fundos podem ser mais ou menos conservadores, dependendo da composição de sua carteira. Existem aqueles que apenas aplicam em renda fixa e os que admitem alguma renda variável, sem ultrapassar o limite máximo de 49%. Carteiras com mais renda variável são mais recomendáveis para quem ainda tem muito tempo de aplicação pela frente. Cotas de outros fundos, como os imobiliários, também estão entre as opções de ativos.

Entretanto, não existe garantia alguma para os investidores caso o fundo amargue grandes perdas no longo prazo. Por exemplo, se o fundo for à falência, seus investidores perdem os recursos acumulados por tantos anos. O advogado André Luís Marques critica esse modelo, principalmente o fato de valer inclusive para os fundos de pensão. "O Estado entende que a previdência complementar é facultativa, mas com a redução paulatina do teto dos benefícios previdenciários, o Estado está empurrando cada vez mais trabalhadores para esse tipo de previdência."

O presidente do IAPE explica que o artigo 11 da Lei 109/01, que dispõe sobre o regime de previdência complementar, estabelece a contratação de operações de resseguro ou de fundos de solvência para fundos de previdência. No entanto, ainda não houve regulamentação desse trecho da lei. Se esses dispositivos fossem obrigatórios, seriam formados fundos garantidores que assumiriam o fundo de previdência caso ele entrasse em liquidação. "O trabalhador que investe em um fundo de previdência está submetido às regras do mercado de capitais, mas não deveria correr tanto risco", acredita Marques.

Por isso, além de conhecer bem os produtos de previdência e seus custos, o investidor precisa pesquisar bastante e se certificar de que a instituição que vai administrar seus recursos é sólida e tem credibilidade. "A pergunta que eu preciso fazer é se essa entidade ainda vai existir quando eu resgatar meu dinheiro", diz o professor Fábio Gallo Garcia. É preciso verificar se existe algum processo contra a instituição e checar sua idoneidade junto aos órgãos fiscalizadores: a Secretaria de Previdência Complementar, no caso dos fundos fechados, e a Superintendência de Seguros Privados (Susep), no caso dos fundos abertos.

Na hora de pesar os riscos dos fundos de previdência cabe também se perguntar se esse é realmente o tipo de investimento de longo prazo ideal. A principal vantagem dos fundos de previdência é o fato de eles disciplinarem o investidor, pois o obrigam a contribuições mensais para a sua aposentadoria. Também há produtos capazes de resguardar a família do segurado no caso de morte ou invalidez. Se a intenção for investir por mais de dez anos, a alíquota de IR também é vantajosa.

A as pessoas disciplinadas conseguem formar um bom patrimônio até mesmo com a caderneta de poupança", ressalva André Luís Marques. Apesar da rentabilidade modesta, essa modalidade não envolve custos e é considerada segura, podendo ser inclusive uma possibilidade de diversificação para quem quer se proteger contra os riscos dos fundos.

Seja como for, quem aplica em um fundo de previdência deve sempre acompanhar seus balanços de desempenho e ter em mente que, caso aplique em um fundo aberto e não esteja satisfeito por qualquer motivo, a lei lhe garante o direito de portabilidade para outro administrador. Para fugir de possíveis armadilhas que dificultem essa migração, o ideal é que o investidor peça para seu gerente ou corretor fazer a conta na ponta do lápis para saber se os possíveis custos de mudar de administrador valerão a pena.

Fonte! Chasque publicado no sítio do Portal Exame, no dia 29 de abril de 2010, de Julia Wiltgen, de EXAME.com  - www.portalexame.abril.com.br.