Participantes femininas da ExpoMoney relatam que poupam para a próxima geração
Mãe é tudo igual, só muda o endereço, certo? Pode até ser, mas mesmo que o carinho e a atenção sejam muito similares, as preocupações podem ser bem diferentes. Nessa época festiva, muitas mães estão mais focadas em oferecer uma boa educação financeira aos filhos do que ganhar presentes ou ver o próprio filho endividado.
Elas sabem que não basta um bom trabalho, mas é preciso saber administrar as finanças, poupar e investir para garantir um futuro financeiro mais tranquilo. Isaura Daniel, 36 anos, é mãe do "Dudu" de um ano e sete meses. Desde que o pequeno nasceu ela e o marido economizam R$ 50 por mês na poupança, pensando no futuro do herdeiro.
– Quero que o nosso filho saiba lidar melhor com as finanças e tenha um controle sobre os gastos, por isso, já estamos estimulando com o cofrinho – conta a mãe.
Ela faz parte de um grupo seleto que busca informação e conhecimento para passar de geração para geração, seja para continuar a educação que recebeu dos pais ou para visualizar uma vida diferente e mais produtiva para os filhos, longe das dívidas e do consumo excessivo.
Na Expo Money, maior evento de educação financeira e de investimentos da América Latina, cresce a cada ano o número de mulheres que participam do evento. Esse ano em São Paulo cerca de 40% do público inscrito são mulheres e na primeira edição, em 2003, eram menos de 20% do público. Entre as participantes, 20% possuem dependentes e aproveitam as palestras para incrementar a educação dos filhos. Isaura é um desses exemplos.
– Já fiz a minha inscrição e do meu marido. Será aniversário do filhote, mas vamos durante a semana. Temos que ensinar o Dudu a não ser um gastão e controlar o dinheiro – acrescentou.
Por natureza, as mulheres pensam no longo prazo, se arriscam menos por pensar nos filhos e no futuro. Por conta disso, também tomam mais decisões sobre as finanças e investimentos da família.
– A grande maioria do público feminino ainda investe na caderneta de poupança, mas aos poucos as mulheres têm percebido que investir na Bolsa de Valores no longo prazo tem baixo risco – explica Raymundo Magliano Neto, diretor da TradeNetwork, organizadora da Expo Money.
A participação do público feminino no mercado acionário tem demonstrado ascendência e cresce cada vez mais o interesse pela modalidade investimento. Segundo dados divulgados pela BM&FBovespa, em março de 2010, as mulheres correspondiam 24,54% dos 556.830 investidores individuais. São ao todo 136.510 investidoras ativas na Bolsa.
Para a consultora financeira Sandra Blanco, autora do título A Bolsa para Mulheres (Coleção Expo Money/Campus-Elsevier), as mulheres ainda encontram na caderneta de poupança um porto seguro, mas o acesso informação e sua participação no mercado financeiro estão mudando o perfil das investidoras que buscam agora, equilíbrio entre rentabilidade e segurança.
– A mulher entendeu que é preciso correr mais risco para conseguir maior rentabilidade – afirma a autora.
Sandra explica ainda que o aumento da participação das mulheres na Bolsa coincide com o aumento da renda da população entre 2003 e 2009. Embora mais ativas, principal receio ainda é perder dinheiro.
– As perdas afetam nosso emocional muito mais do que os ganhos – reconhece.
O recomendável é que as mulheres tirem proveito desse ótimo momento que vivem na Bolsa e da facilidade de procurar por ajuda, façam uma seleção de profissionais, produtos ou empresas criteriosa e mantenham uma disciplina de investimentos adequada aos seus objetivos. Afinal, para qualquer mulher, qual a dificuldade de manter a gestão de um projeto no longo prazo com foco na tranquilidade e segurança?
Calendário da ExpoMoney no Sul:
:: 15 de Abril – Expo Money Curitiba
:: 8 e 9 de junho – Expo Money Florianópolis
:: Data a definir em novembro – Expo Money Porto Alegre
Fonte! Chasque publicado no dia 05 de maio de 2010, no sítio Donna DC, do Click RBS (Porto Alegre) - http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/donnadc.
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