sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Muito cuidado nesta tal de "sexta-feira negra" (Black Friday)....

  E a turminha dos consumistas fica em polvorosa com o tal do "Black Friday".

Isso nada mais é do que uma maneira criativa de arrancar dinheiro do bolso dos incautos.

Responda: qual produto você está precisando neste momento ?

Se demorou mais de 5 segundos para responder, significa que você não precisa de nada. N-A-D-A. Por isso, para que perder tempo pesquisando preços de produtos em sites que dizem oferecer "descontos incríveis" ?

Funciona assim: as lojas estimulam a cobiça e a compulsão dos ávidos por compras, especialmente os jovens. A pessoa não precisa comprar nada, então as lojas começam a anunciar grandes descontos para chamar a atenção. A mídia colabora bastante, publicando fotos dos ingênuos nas lojas com os carrinhos cheios e praticamente disputando mercadorias a tapa. 

Então, mesmo que não esteja precisando comprar nada, a turma fica "caçando" supostas pechinchas. Exemplo: o cidadão tem em casa uma TV excelente que tem pela frente pelo menos 15 anos de vida útil, mas no site vê uma TV maior e supostamente melhor, observa que o preço era R$ 3.000, mas está sendo vendida com um "desconto" de R$ 500. Então num momento de impulso, ele dá alguns cliques, digita os números do cartão de crédito e pronto, está feita a besteira, ou melhor, a compra.

Se você comprar um produto que não está precisando, por mais barato que ele possa parecer, na verdade pagou caro. Quem compra coisas que não precisa sempre sofre prejuízo.

CHEGA DE TORRAR DINHEIRO COM PORCARIAS !!!

Concentre seus esforços em pesquisar AÇÕES negociadas em Bolsa de Valores que sejam boas e baratas. Aí sim, pode ter certeza de que está fazendo um excelente negócio.

De qualquer maneira, para todos existe o livre arbítrio: se você é do tipo que gosta de jogar o dinheiro no lixo, o problema é seu.
 
Chasque (e retraro) de fundamento e contundente publicado no sítio Facebook  Educação Financeira. Abra as porteiras clicando em https://www.facebook.com/abcinvestidor.
 
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Quem não cai nestas armadilhas?
1 - Quem tem um pouco de equilíbrio emocional
2 - Quem tem controle orçamentário em seu rancho (casa / família)
3 - Quem tem foco em outra direção: investimentos para algum sonho, como a compra de um bem à vista ou aposentadoria, pois está na hora do vivente parar de empilhar quinquilharias dentro de casa, dentro dos armários e prateleiras. Alguém poderiam me responder por que uma possoa tem que ter duzentos pares de sapatos??????  É hora de para com este tipo de torra torra de dinheiro (sapatos é apenas um exemplo, pois pode ser qualquer outro produto...)
 
Abraços
 
Valdemar Engroff

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Atitude 78! Na Feira do Livro de Porto Alegre gastei as minhas alpargatas.....

Bueno! Por natureza e por opção a gauchada (os nascidos e criados nos pagos do Rio Grande do Sul) é bairrista.

Crédito: www.feiradolivro-poa.com.br/
Aqui nos dividimos, no futebol, entre tricolores e colorados. Os demais clubes não tem torcida por aqui. Aliás, tem, e tem muita. Basta um adversário qualquer, de qualquer estado brasileiro, ou de qualquer país,  vir jogar por aqui que tem a favor de si toda a torcida do rival.... 

Somos e bradamos aos quatro cantos que somos um povo que lê muito jornal, um dos melhores índices de leitura no país. O mesmo acontece com os livros..... e além disso temos o melhor índice de qualidade de vida, quanto falamos em longevidade média per capita.... E se formos falar em cultura regional, tradicionalismo e folclore locais, nos orgulhamos pelo que cultuamos em cada canto do nosso Estado...., com mais de 1.500 Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) somente no Rio Grande do Sul (e mais de 1.500 centros nos outros estados brasileiros e em outros países), irmanados e filiados a uma Federação - o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), que tem similares federações em outros estados brasileiros, que, estão todas filiadas a uma confederação, a CBTG (Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha).
Crédito! www.editoragente.com.br
Também temos na capital gaúcha um evento singular, a Feira do Livro, que simplesmente "é a maior feira do gênero, a céu aberto da América Latina", com 124 bancas expositoras (no ano passado eram 146), encravadas na tradicional Praça da Alfãndega, com as mais diversas editoras e livrarias estabelecidas na capital gaúcha e em outras cidades do Rio Grande do Sul. 

O diferencial mais importante neste evento é o valor economizado e que fica no bolso da bombacha. De forma linear, TODAS AS OBRAS tem desconto de 20%, do preço praticado na livraria; também tem descontos diferenciados que ultrapassam e muito este percentual linear, para obras específicas, tipo promoção relâmpago, ou do dia.... Além disso, tem os balaios com saldos e pontas, com livros bons (de conteúdo e qualidade do papel), a partir dos cinco pilas (R$ 5,00). 

Lembro bem que numa destas feiras anteriores comprei o livro A Volta ao Mundo em 80 Dias, de Júlio Verne, que nos valores de hoje seriam R$ 5,00, comprado num destes balaios de saldos e pontas de estoque....

Bueno! Fazia alguns anos que eu não ia de mala e cuia tomar um mate na Feira do Livro (faz tempo que não ia às compras....). Fui nesta - a 59ª edição do evento, realizada de 01 a 17 de novembro, bem no centro de Porto Alegre.
Crédito: http://www3.vitrola.com.br/
Fui na feira em nome desta bairrismo que também me acompanha, pois os livros que eu queria levar para o meu rancho eu poderia ter comprado via internet..... mas em nome do bairrismo....  gastei a sola das minhas alpargatas (calçado típico gaúcho) e tive dificuldades de conseguir o que eu estava procurando.

Fui na véspera do feriado, no dia 14 de novembro, de banca em banca, a procura de:
1 - Dinheiro é um Santo Remédio, de Conrado Navarro e André Massaro
2 - Separe uma Verba para ser Feliz, de Mauro Calil.

Crédito: www.editoragente.com.br 
Neste dia achei apenas o livro do Mauro e levei outro que não estava na minha lista de compras: "Casais que lucram", de Deborah Price. Voltei no penúltimo dia (dia 16 - sábado) e me desloquei à Central de Informações. Lá me deram uma lista de bancas de livrarias que poderiam ter obras da Gente Editora e livros do gênero "negócios". Fui em todas as bancas listadas e a resposta sempre foi a mesma: "não trabalhamos com a Gente Editora", ou então "só temos livros desta editora que são pontas de estoque" (descartados os lançamentos 2013), ou ainda "só temos livros do Gustavo Cerbasi"....

Já estava desolado e cansado e faltava uma banca que me foi indicada na central de informações e foi nesta que consegui o livro do Conrado Navarro e do André Massaro.

Apenas uma observação! A Gente Editora poderia olhar com mais carinho para o Sul do Brasil, principalmente com as suas obras direcionadas aos "negócios" e educação financeira, pois tive dificuldades para achar o que estava procurando, no maior evento do gênero da América do Sul.

Alguns dados do evento: 

A 59ª Feira do Livro de Porto Alegre se encerrou no último domingo (17) com a venda de 420.384 exemplares nos 17 dias do evento, aberto em 1º de novembro. O desempenho é 2,26% superior à edição do ano passado, quando foram comercializados 411.056 exemplares. A diferença é de 9.328 livros a mais. De acordo com estimativas da Brigada Militar (BM), a feira foi visitada por cerca de 1,450 milhão de pessoas.

Os números foram divulgados em entrevista coletiva, nesta segunda-feira (18) à tarde, pela direção da Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL). Ao anunciar os resultados, o presidente da entidade, Osvaldo Santucci Júnior, destacou que o aumento de vendas se torna ainda mais significativo quando se leva em conta que o número de expositores neste ano caiu para 124, contra 146 em 2012.

A redução se deu em consequência da perda de espaço pela Feira, por causa das obras em andamento no Cais do Porto.Com isso, as atividades tiveram de ser concentradas, basicamente, na Praça da Alfândega. “Tínhamos receio pela diminuição da área utilizada, mas os resultados se mostraram além das nossas expectativas”, afirmou Santucci.

O presidente da CRL ressaltou também que, nem mesmo a chuva forte em um dos dias da Feira, quando a maior parte das barracas encerraram o atendimento às 18h (três horas antes do horário previsto), impediu a elevação das vendas. “Foi uma edição tranquila, aconchegante e de sucesso”, reforçou.

Nos últimos anos, não tem sido realizado o levantamento dos títulos mais vendidos – uma decisão tomada, em parte, para deixar que a escolha dos leitores flua mais livremente, sem a influência que esse tipo de pesquisa normalmente acarreta. A observação dos livreiros, no entanto, leva à conclusão de que este ano houve uma tendência à procura maior por histórias em quadrinhos e pelo gênero de terror – um interesse que pode ter sido motivado pelos eventos relacionados a estes dois temas inseridos na programação geral.

Durante os 17 dias da Feira, houve 643 sessões de autógrafos. A programação para adultos teve 20 sessões de cinema, 30 atrações artísticas, 37 oficinas e 158 encontros relacionados à literatura. Na área infantil, foram promovidas 416 atividades. A Feira do Livro deste ano foi financiada em 40% por leis de incentivo fiscal (LIC e Lei Rouanet). Os 60% restantes foram custeados pelos associados da Câmara Rio-Grandense do Livro, em conjunto com parceiros e apoiadores.  Bueno! Os dados deste chasque (texto) foram publicados no sítio do Evento. Abra as porteiras clicando em http://www.feiradolivro-poa.com.br/noticias/feira-do-livro-comemora-crescimento-de-quase-3-nas-vendas.  

Bueno! Fora do evento em si, os livreiros também levam estes descontos para dentro dos seus estabelecimentos. E uma destas promoções nem foi de um livreiro e sim de um educador financeiro que colocou suas obras a preços e promoção de feira do Livro.
Livro 1
Éverton Lopes é economista e é o primeiro educador financeiro do Rio Grande do Sul. Ele promoveu dois dos seus livros, com entrega via correios, totalmente grátis, além dos preços mais baixos pelos mesmos. Então me presenteei com  o "Seu Bolso no Divã", levando de forma gratuita a obra "Do Economês para o Português".

O primeiro livro nos trás a história de um brasileiro, que se encontra com a corda no pescoço, ou seja, endividado. Mas ele pretendo dar um chega pra lá nesta delicada situação e quer parar de pagar juros abusivamente altos nas suas contas, passando pro lado de cá, do lado onde o seu dinheiro trabalha para ele. Para vir pro lado de cá e ali permanecer, do lado bom, do juro do seu lado, ele passou a ter orientações de um especialista em finanças pessoais e investimentos... Bah.... te recomendo a leitura do mesmo....
Livro 2
Do Economês para o Português é uma guia prático de finanças pessoas que cabe no bolso da tua bombacha, na tua guaiaca, na tua mala de garupa. É recomendável que tu o tenhas no teu bolicho (escritório), no teu rancho (casa) pois ele é bom, tanto no preço, no tamanho e no seu conteúdo, pois ele vai sanar as tuas dúvidas e cuidar dos teus cobres (dinheiro), com dicas numa linguagem simples (sem o tradicional economês). 

A fonte (livros 1 e 2) é o sítio do Éverton, que também te recomendo. Abra as porteiras clicando em www.semprecomdinheiro.com.br.  

Baita abraço a todos

Valdemar Engroff 

As perdas dos poupadores

Está prestes a entrar na pauta de julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) a análise das perdas dos clientes das cadernetas de poupança durante os planos econômicos Bresser (1987), Verão (1989), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991). Tudo indica que estamos diante de uma questão que tem tudo para se tornar uma celeuma nacional por conta dos múltiplos interesses envolvidos, tanto dos consumidores quanto do governo federal e dos bancos. Ao todo, são 400 mil ações judiciais reivindicando a correção de valores.

De acordo com a metodologia envolvida os cálculos dos montantes devidos podem variar, mas ficam sempre na escala dos bilhões. Segundo estimativa do Banco Central, a quantia pode chegar a R$ 149 bilhões. Já para o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) os números tiveram um recuo de R$ 60 bilhões pelo fato de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter invalidado um
lote de ações coletivas, que teria prescrição em cinco anos, ao contrário das ações individuais, com prescrição de 20 anos. Os valores em discussão correspondem a R$ 20,5 bilhões do Plano Bresser, R$ 48 bilhões do Plano Verão, R$ 7,27 bilhões do Plano Collor 2 e R$ 74 bilhões do Plano Collor 1, de acordo com planilha elaborada pelos bancos.

Em face de uma conta que poderá ficar salgada para os banqueiros e para o Erário, uma vez que também instituições financeiras oficiais, como é o caso da Caixa Econômica Federal (CEF), vão ter que indenizar os poupadores, houve uma união de forças entre bancos e governo para pressionar os ministros do STF a votarem pela não revisão dos índices já aplicados. Contudo,
sabe-se que o Judiciário brasileiro tem um largo histórico de independência e vai analisar a questão de forma isenta e imparcial. Se os clientes têm direito a serem creditados por eventuais diferenças, que o sejam de forma plena, para evitar o enriquecimento ilícito alheio. Se não o tem, que esse pronunciamento seja feito de forma livre, sem depender de articulações de bastidores para tentar fazer vencedora esta ou aquela posição no plenário do STF.

Fonte! Este é o editorial do jornal Correio do Povo de Porto Alegre, edição do dia 25 de novembro de 2013.

domingo, 24 de novembro de 2013

Juros compostos traduzem o avanço da vida


dinheirama-post-juros-compostos-avanco-vida Não podemos dizer que juros compostos são um assunto pouco abordado. Na verdade, existem muitas pessoas que explicam, comentam e opinam sobre ele, inclusive eu. No entanto, ao perceber que pessoas esclarecidas e inteligentes ainda possuem um conceito que pode ser ampliado, é importante voltar ao tema.

Vamos conversar sobre a capitalização composta, ou como comumente costumamos falar, juros compostos. Ou ainda, juros sobre juros.

Chamado juridicamente de anatocismo, esta forma de capitalizar ainda é vista por muita gente bem informada como um artifício maléfico, uma espécie de invenção ardilosa para prejudicar as pessoas comuns.

Pior do que isso, é visto como crime. Um crime que seria praticado diariamente pelos bancos e instituições financeiras, pois o fato é que o mercado financeiro funciona usando este critério no Brasil e no Mundo.

Juros compostos na prática

A capitalização composta se caracteriza pelo fato de remunerar os juros, assim como o capital inicial. Desta forma, gera um crescimento exponencial ao longo do tempo. Exatamente por isso, muita gente a vê com desconfiança, mas é exatamente por isso que ela é um método mais adequado à realidade.

Isso porque considera e incorpora a geração de valor como plataforma para a geração de mais valor. Se você prestar atenção, as coisas funcionam da mesma forma na vida.

O aprendizado, por exemplo, funciona da mesma maneira, seja ele científico ou não. Quando você está lendo este artigo, está usando um saber que foi adquirido antes, no caso a leitura. A leitura não só foi adquirida, como foi incorporada, e com base nela você está compreendendo o que eu escrevo.

Você não volta para a alfabetização todas as vezes que precisar ler. A mesma coisa ocorre na matemática. Para resolver uma equação, você não volta para aprender as quatro operações, pois isso já foi incorporado ao conhecimento.

Sem esta incorporação, não haveria avanços na ciência porque as pesquisas sempre teriam que começar do zero, sem considerar o que foi devidamente descoberto no passado ou por outro pesquisador.

Voltar ao ponto de partida sempre impediria que alguém completasse o caminho de Santiago, pois a cada parada teria que voltar ao começo. Também impediria que um atleta surfasse a maior onda do mundo porque teria sempre que começar com as menores, como fazia no começo da carreira.

Juros compostos para o bem e para o mal

Talvez a compreensão fique melhor quando constatamos os efeitos deste tipo de capitalização numa situação inversa, já que habitualmente as críticas só existem nos financiamentos.

Vamos abordá-lo pela ótica dos investimentos. Imagine que você tem R$ 100.000,00 e os guarda em investimento de sua preferência. Como o seu dinheiro ficará à disposição de terceiros, você tem direito a uma remuneração. Nada mais justo.

Digamos que esta remuneração seja de 1% por cada mês que você deixe o dinheiro lá, o que faria você ter direito a R$ 1.000,00 ao final dos primeiros 30 dias. Agora imagine que você não retirou esta quantia que soma agora R$ 101.000,00.

Suponha que, mesmo assim, mês após mês, o banco continuaria remunerando apenas o capital inicial de R$ 100.000,00, desconsiderando os rendimentos. Certamente, você iria reclamar, pois ele estaria usando o principal e os rendimentos que você não sacou. Certamente, os mesmos que criticam a capitalização composta reclamariam.

Ora, se você não retirou o dinheiro do rendimento, o correto é que ele seja considerado na hora de remunerar seu investimento no mês seguinte. Sem isso haveria uma grande perda para você – e esta perda se acentuaria quanto mais tempo você deixasse o dinheiro lá, quando deveria ser exatamente o contrário.

De que lado dos juros compostos você deve estar?

Fica claro que no intuito de reduzir o impacto dos pagamentos (dívidas geralmente não pagas), se questione o regime composto, mas nunca vi ninguém reclamar dos bancos porque eles adotaram este regime na hora de capitalizar o investimento.

Se assim fosse, seriam dois pesos e duas medidas para a mesma moeda, porque pagamento e recebimento, financiamento e investimento, são dois lados da mesma operação.

Se o sistema financeiro remunerasse você com juros compostos e recebesse o que seus clientes devem via juros simples, quebraria na certa e levaria a economia inteira junto.

O regime composto de capitalização é, na verdade, uma forma adequada de representar matematicamente o que a vida nos ensina todos os dias. Aquilo que você conquista hoje pode e deve ser usado para que você conquiste mais coisas amanhã.

Foto “growth graph”, Shutterstock.

Fonte! Chasque (texto) de Tibério Rocha Júnior, publicado no sitio Dinheirama no dia 07 de novembro de 2013. Abra as porteiras clicando em http://dinheirama.com/blog/2013/11/07/juros-compostos-traduzem-avancos-vida/.

Meu gerente bancário não é lá muito meu amigo


Meu gerente bancário não é lá muito meu amigoQue me desculpem os gerentes de banco, mas hoje vou “criar caso”. Gerentes são profissionais destinados a atender o público bancário, mas obviamente contratados e pagos pelos bancos para atender, primeiramente, os interesses dos bancos (e, quando possível e compatível, os dos clientes).

Conflito de Interesses

Interessante a postura do gerente bancário, não? Trata-se de uma situação complicada: eles posam de defensores dos interesses de seus clientes, dizem oferecer o melhor para você e eu, mas na verdade defendem os bancos e buscam atingir – muitos a qualquer custo – suas metas pessoais.

Um exemplo disto que falo é o esforço que fazem para vender títulos de capitalização. É comum ver gerentes oferecendo este produto a clientes no momento da tomada de empréstimos. Santo Deus do céu, como isto é cruel com o cliente!

O sujeito está apertado, precisando tomar um empréstimo e o gerente bancário tenta empurrar – e muitas vezes consegue – um produto que é pouco rentável (rende menos até que a poupança), sob o apelo dos sorteios. O produto é tão lucrativo para a instituição que eu não conheço um gerente de varejo que não tenha meta agressiva de venda de títulos de capitalização.

Bom, se você está lendo e entendendo o que eu digo, não vai investir enquanto estiver endividado (muito menos comprar título de capitalização) e, se quiser fazer seu joguinho, que seja na Mega-Sena, de preferência na Mega da Virada, pois, se ganhar, paga a dívida e “investe pra valer”.

Despreparo

Pior que o conflito de interesses, a meu ver, é o despreparo do “gerente médio” que está atendendo o varejo. É comum que não conheçam adequadamente o que o próprio banco tem nos oferecer, especialmente quando tratamos de produtos um pouco mais sofisticados.

Passou do “arroz com feijão”, ou seja, poupança, título de capitalização e meia dúzia de fundos, é provável que sua pergunta não será prontamente respondida. Boa parte não sabe falar (ou não quer!) sobre Tesouro Direto – alguns se dão ao trabalho de pesquisar e te dão retorno posteriormente, é verdade.

Se não conhecem sequer os produtos que o banco para o qual trabalha disponibiliza, quanto mais saber o que o mercado oferece. É ainda mais improvável conseguir uma comparação minimamente razoável com o que está posto. Cabe a você, portanto, conhecer o que cada um oferece, entender os riscos e os bônus, comparar e aplicar seu dinheiro da forma mais adequada. Sim, é você quem tem que cuidar disto, não dá para delegar e esquecer.

Conclusão

Tentando resumir o meu recado de hoje, é melhor você mesmo procurar tomar conta do seu dinheiro. Ouça seu gerente bancário, mas tenha condições de entender e ponderar com ele, buscando o melhor produto para você. E escute outros gerentes, de outras instituições e também especialistas e consultores isentos. Ah, e não “invista” em títulos de capitalização.

É claro que não se pode generalizar, então interprete este texto como uma crítica a um (grande) grupo de profissionais. Você tem alguma experiência com gerentes de banco para compartilhar? Se não concorda, comente. Vamos debater? Deixe seus comentários no espaço abaixo. Até a próxima.

Foto “Accounting”, Shutterstock.

Fonte! Chasque (texto) de fundamento de Daniel Meinberg, publicado no sítio Dinheirama, no dia 08 de novembro de 2013. Abra as porteiras clicando em  http://dinheirama.com/blog/2013/11/08/meu-gerente-bancario-nao-e-la-muito-meu-amigo/.  

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Bueno! A melhor coisa é trabalhar com o banco que está a serviço da empresa onde tu trabalhas, com um posto avançado dentro desta empresa.

É o meu caso. É o caso do banco estabelecido no interior da empresa onde trabalho.

O posto atendo as demandas da empresa e dos servidores desta. No caso específico, o banco é público, e sendo público, tem umm índice menor desta "venda" de produtos para alcançar metas, como acontece nos grandes gonglomerados financeiros privados brasileiros.

Baita abraço

Valdemar Engroff

sábado, 23 de novembro de 2013

Gastar, gastar e gastar... não importa qualquer coisa pode ser comprada...

- Preciso pagar o hotel no débito - diz a pessoa que só usa cartão de crédito.
- Qual a razão?
- Estourei o limite do cartão de crédito.
- Credo! Seu limite é altíssimo, maior que seu salário!
- Pois é, não que eu tenha estourado pagando o cartão parcelado, é que as prestações que tenho no cartão chegaram no meu limite.
- O que aconteceu?
- Gastos, gastos. Duas meninas precisam de muita roupa. Eu preciso de roupa. As crianças agora na escola precisam usar tablet, cada uma tem um ipad, mas tive que comprar um galaxy para cada uma porque só ele é compatível  com os programas da escola.

Lá fiz uns cálculos mentais e por mais que tentasse não conseguia chegar no valor que atingisse o tal limite absurdo do cartão de crédito. Cada uma das crianças também tem um iphone e a dona do cartão outro.

Fomos jantar. Adoro o Spaghetto em Curitiba. Promoção: um avental comemorativo dos vinte e cinco anos de existência do restaurante custando apenas R$ 9,00. Nem me passou pela cabeça comprar. O que faria com o dito avental? E a pessoa adquiriu feliz um avental.

No outro dia, após uma manhã de palestras sobre sustentabilidade, acompanhamos uma colega até o hotel e ao lado uma linda "brigaderia". Aqueles docinhos pediam para ser levados. Embalagens lindas. E nossa amiga comprou quatro panelinhas daquelas coloridas com brigadeiro de colher no total de R$ 56,00. Fui mais comedida e comprei quatro vidrinhos com a mesma quantidade das panelinhas por R$ 28,00, pois o que iria fazer eu com panelinhas coloridas que dão até dó de jogar fora? Detalhe que a pequena colher que vinha junto é da brinox e agora temos em casa companheiras para xícaras de cafezinho.

E continua a saga. Palestras da tarde e a pessoa me mostra um iphone 5 perguntando o que achei do preço. Respondi que o preço estava normal, realmente é o que custa e, na minha opinião, vale cada centavo para quem precisa de um bom aparelho, só questionei o fato da necessidade considerando que o iphone 4 dela parecia ainda ótimo, bem cuidado e sem bateria viciada tanto o cuidado no recarregar sempre no momento certo.

- Sabe o que é? Eles me mandaram um chip com internet mais rápida, mas não serve no 4, então preciso comprar o 5.

????????????? E lá vai o cartão ficar mais estourado ainda.

Vendo minha blusinha da Marisa de usar por baixo das camisas transparentes exclama:

- Credo, está toda desfiada!
- Pois é, nem vai voltar na mala, só indo para o lixo mesmo, paguei R$ 19,00 e já está destruída. Ainda bem que tenho essa outra da Zara que custou R$ 25,00 e é ótima.
- Boas mesmo são aquelas da Dudalina, próprias para usar embaixo de camisas. Lindas mesmo!
- Quanto custa essa coisa?
- Cento e poucos reais!
- Muito caro!
- Mas são lindas!

Ok. Chegamos no aeroporto e me distanciei um pouco dizendo que logo a encontraria. Onde estava a moça? Adivinhem? Na Dudalina, não havia a menor dúvida de que a encontraria por ali.

- Sabia que te encontraria por aqui.
- Preciso de uma daquelas blusinhas brancas para usar embaixo da roupa, a minha da Dudalina já não está mais branca.
- Que bom que Dudalina também acaba! É um consolo para a minha da Marisa. Quanto custa isso?
-  R$ 120,00 só que tem desconto de 10% porque é o mês do meu aniversário! E você acredita que ainda não pude ir ver outras coisas nessa loja por falta de tempo e perderei o desconto?
- Mas... esquece - eu ia perguntar se realmente estava precisando de alguma coisa, se o cartão já não estava estourado e desisti e ela sabe dessas coisas que penso porque sempre falo, sempre com moderação e sem insistência, mas falo.

Sempre que falo ela me chama de sovina e diz que eu lembro uma amiga dela, riquíssima, que está fazendo um ano sabático e pede uma marmita para três pessoas. Rimos juntas e cada qual segue a vida que escolheu.

O que seria mesmo sustentabilidade? O que representa o consumo consciente na sua vida? Porque determinadas pessoas precisam gastar tanto e ao mesmo tempo sem qualquer planejamento? 
 
Fonte! Este chasque (esta postagem) é de autoria de Ziula Sbroglio, publicado no seu sítio Hora de Mudar, no dia 23 de novembro de 2013. Abra as porteiras clicando em: http://ziulasbroglio.blogspot.com.br/2013/11/gastar-gastar-e-gastar-nao-importa.html. 
 
Crédito do retrato! http://liquidificadordigital.blogspot.com.br/2010/12/vou-confessar-que.html
 
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Observação! Tudo isso se resolve numa guinada de 360 graus, regado de muita educação financeira. Basta acabar com o limite do cartão, com o próprio cartão e comprar realmente só à vista e pensar bem antes de se "atirar" no consumo compulsivo e desenfreado, pois indo neste galope, com certeza "a vaca vai pro brejo", como se diz na minha terra. Traduzindo para presente chasque (trexto) da Ziula: a fonte vai secar, o dinheiro vai acabar e a pobreza vai pedir passagem e não precisa ir longe pra isso acontecer.... vai ser logo ali, na velhice de quem age assim de forma tão desenfreada.
 
Grande abraço Ziula. Parabéns pelo ótimo trabalho no teu sítio.
 
Valdemar Engroff 

domingo, 17 de novembro de 2013

Atitude 77! Três vezes Bodas de Prata....

Bueno! Muita coisa aconteceu no mês de janeiro de 1989. Cito três!

CORLAC em 02.01.1989 (1)
1 - Chamada de um concurso da CORLAC, uma empresa de Economia Mista do Estado (do Rio Grande do Sul), com assinatura do contrato de trabalho no dia 02;

2 - Formatura do Curso de Ciências Contábeis, onde me formei na UNISINOS de São Leopoldo, alguns dias depois;

3 - Casamento marcado para o final daquele janeiro de 1989, na capela São Pedro da Linha 17, atual município de Montauri - RS.
Da Corlac, transferência para a Emater RS
 Ascar em março de 1993(2)


Barbaridade.... fui me dar conta que vamos entrar 2014 em bodas de prata "triplamente", pois ainda trabalho, ou seja, o meu contrato de trabalho continua em vigor..... e exerço a função contábil, com 25 anos de colação de grau.... E o casamento...... são 25 anos de alegrias, expectativas, conquistas, e uma bela família constituída.

Formatura em janeiro de 1989 (3)
Em plenos festejos farroupilhas (setembro) , reativei o meu "litrão", o meu "porquinho" e vamos ao propósito, pois em outra oportunidades, objetivos foram alcançados, como as primeiras passagens aéreas, compradas com o estouro de um litrão com somente moedas de R$ 1,00 e a compra de dois pneus noutra oportunidade, mais recentemente...
Nosso casamento: 28/01/1989 (4)

Bodas de prata em 2014.... E aí tu vais me perguntar:
1 - Churrascão à moda gaúcha pros amigos?
2 - Uma baita viagem pra beeeem longe?
3 - Ou então uma janta num restaurante ou pizzaria?

Pois olha! Já passei por dois eventos de 15 anos, que foi das filhas Bibiane e Ana Paula.

O da Bibiane custou o olho da cara, pois foi feito numa época onde a educação financeira ainda não tinha dado o seu oh de casa lá pelo meu rancho, em 2005. Decididamente minha filha hoje declinaria deste evento....

Os 15 anos da Ana Paula foram pagos, quase na sua totalidade..... por ela. Foi recentemente e isto virou chasque (postagem) que tu podes ler abrindo as porteiras com um clic: http://www.obolsodabombacha.blogspot.com.br/2012/08/atitude-65-uma-festa-de-15-anos-paga.html. Foi feito assim pois a Educação Financeira bateu lá por casa lá em meados de 2008 e está mateando conosco desde então....

Em 2012: 15 anos da filha Ana Paula
Também no retrato Marilene (esposa) e
a filha Bibiane (5)
Pois em relação às bodas de prata, ainda não sabemos, mas as três questões (indagações) acima citadas estão, salvo melhor juízo, descartadas e o grande inconveniente em termos de viagem, em 2014, é o maior evento esportivo do planeta: a Copa do Mundo.

Não pretendemos gastar o dinheiro que não temos e muito menos subtrair valores que direcionamos para a nossa aposentadoria complementar, pois o fator "tempo perdido" morou lá por casa por muito tempo, pois começamos a investir muito tarde, onde eu comecei num fundo de pensão aos 40 anos e a Marilene aos 48 num VGBL.... No mínimo estamos correndo atrás da máquina para não contar apenas com os senhores SUS e INSS na nossa velhice.

Além disso, os nossos parcelamentos são zero, ou seja, não nos endividamos em nenhum momento e pagamos tudo à vista, quando necessário o investimento ou então não compramos...

Com certeza as nossas bodas de prata serão SEM LOUCURAS FINANCEIRAS! 

Desde já e continuadamente, agradecimento louco de bueno e louco de especial aos familiares diretos: esposa Marilene Centenaro Engroff e as filhas Bibiane e Ana Paula.

Créditos dos retratos:
(1):  http://flickrhivemind.net/Tags/corlac/Interesting
(2): http://eigatimaula.blogspot.com.br/2012/01/excursao-para-concurso.html
(3): http://redeescoladegoverno.fdrh.rs.gov.br/conteudo/1407/unisinos---universidade-do-vale-do-rio-dos-sinos
(4 e 5): arquivo pessoal

Saudações gauchada amiga

Valdemar Engroff - o gaúcho taura!

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Letras de crédito caem no gosto dos investidores

Atualmente, estoque supera R$ 116 bilhões em valor de mercado e reflete a popularização da modalidade entre os brasileiros

Zenaro afirma que isenção de IR
 permite que  valor líquido supere
 aplicações em títulos públicos
  (CETIP/DIVULGAÇÃO/JC)
Uma das alternativas de renda fixa para os tradicionais investimentos em CDB e poupança tem caído no gosto dos investidores. Os reflexos da popularização das chamadas letras de crédito podem ser medidos pelo avanço dos estoques registrados na Câmara de Custódia e Liquidação (Cetip). Em setembro, a soma atingiu valores de mercado superiores a R$ 116 bilhões - um crescimento acima de 50% nos últimos 12 meses.  

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos emitidos por instituições financeiras, lastreados em financiamentos imobiliários e do agronegócio. A fórmula é simples: o investidor empresta o dinheiro ao banco em troca de uma remuneração que pode ser pré ou pós-fixada (geralmente fixada em um percentual do CDI mais uma taxa prêmio atrelada à inflação ou juros). 

Na outra ponta da operação, os bancos se apropriam dos recursos como forma de captação de aportes para linhas de crédito imobiliário ou rural. O principal diferencial desses papéis é a isenção do Imposto de Renda (IR) sobre os ganhos obtidos com a aplicação, o que costuma garantir rentabilidades superiores a qualquer outro produto de renda fixa disponível. 

Uma LCI bastante comum no mercado, que pague 90% do CDI, com vencimento em 90 dias, terá uma taxa equivalente a um CDB de 115,86% do CDI, por exemplo. Ou seja, o aplicador somente terá rentabilidade igual se adquirir um produto que entregue os mesmos 115,86%. 

Conforme explica o gerente executivo de desenvolvimento e novos negócios da Cetip, Fábio Zenaro, a isenção de IR permite que, no agregado, o valor líquido supere inclusive as aplicações em títulos públicos (LFTs e LTNs indexadas à Selic e com cobrança de IR na fonte). “Os volumes crescem consideravelmente. O início desse movimento se deu com a baixa dos juros, pois, nesse cenário, qualquer ganho econômico sobre os rendimentos se torna um diferencial”, sintetiza.

No entanto, mesmo com a reversão da curva da Selic e a perspectiva de juros futuros cravados acima de R$ 10,25% ao ano pelo mercado, os papéis não perdem fôlego ao longo de 2013. Segundo dados da Cetip, o valor de mercado associado às LCIs saltou de R$ 62,3 bilhões em dezembro de 2012 para R$ 90,3 bilhões em outubro deste ano. No período, os estoques de LCAs também avançaram de R$ 22,2 bilhões no encerramento de 2012 para R$ 26,1 bilhões. 

Na soma, os R$ 116,5 bilhões registrados na principal câmara de liquidação do País refletem o sucesso dos dois produtos. Para Zenaro, a explicação está na relação risco retorno. Isso porque o único temor associado à modalidade é uma eventual liquidação do banco emissor. 

Nesse caso, contra uma improvável falência da instituição financeira, os títulos ainda contam com uma cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) de até R$ 250 mil aplicados por um único investidor. “É um reforço importante e que permite aos bancos menores concorrer de maneira mais justa com os maiores. Só existe investimento em maior risco se houver um prêmio melhor e taxas mais competitivas”, avalia. 

Por isso, o diretor de gestão de recursos da Ativa Corretora, Arnaldo Corvello, alerta que alguns bancos maiores extraem uma parcela das isenções tributárias, indexando os papéis na faixa entre 85% e 90% do CDI. “Se comparar com um CDB, ainda é melhor, mas o grande banco está ficando com um quarto ou a metade de um ganho que seria exclusivo do investidor. Quando se opta pelos bancos médios, é possível obter aplicações com 100% de CDI livre de imposto. Aí, sim, conseguem-se rentabilidades mais interessantes”, comenta.

Inexistência de mercado secundário trava disseminação entre investidores pessoa física

Assim como todos os produtos de renda fixa, com exceção dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, a inexistência de um mercado secundário emperra a pulverização das Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio entre as pessoas físicas. Isso porque o fato torna quase impossível a saída dos investidores antes do encerramento do prazo estipulado pela operação, que pode se arrastar por até três anos em alguns casos.
 
“O cliente não consegue se desfazer da posição. Em uma eventual urgência, teria que vender para outro investidor. O problema é achar alguém que queira comprar naquelas exatas condições acordadas no momento da emissão”, afirma o diretor de investimentos da TOV, Pedro Paulo Afonso. 

A falta de liquidez diária nos papéis também dificulta o lançamento por parte dos bancos de menor porte. Segundo o analista, o mercado não pode ser considerado popular, e sim um atrativo para os grandes gestores de fortunas. “É pouco desenvolvido, e a quantidade de ativos  disponíveis é escassa. Embora exista um trabalho nos bancos médios, é complicado ampliar a emissão desse tipo de produto. O estoque aumenta, mas não o acesso pulverizado nos pequenos investidores”, complementa. 

De acordo com Afonso, a resolução do problema exige uma regulamentação que permita a formação das chamadas operações compromissadas, neste caso, entre os bancos e os clientes secundários. O modelo seria semelhante aos ripples, ou ondulações, bastante comuns em qualquer tipo de ativo de renda fixa operado no mercado norte-americano. “É nítida a inexistência disso nos produtos brasileiros. Seria essencial para fomentar a criação de uma demanda por negociações diárias em LCI e LCA”, defende.  

Apesar do entrave, o diretor de gestão de recursos da Ativa Corretora, Arnaldo Corvello, afirma que a modalidade de investimento segue em alta. Como é possível definir a taxa de retorno, é comum encontrar operações híbridas, com uma parcela atrelada à inflação (IPCA, pós-fixado) e outra pré-fixada ao CDI no vencimento. “Hoje, isso se torna interessante, pois tanto a inflação quanto os juros subiram e continuam cotados para cima no mercado futuro”, comenta. Corvello ainda lembra que há um ano, a aplicação costumava ser vinculada à inflação e mais 2,5% de cupom em média. Atualmente, é possível obter rentabilidade composta por IPCA e mais 5,5% ou 6% de prêmio. “Falar em ganho real acima de 5% é um referencial importante para entender o potencial do apelo desse tipo de ativo”, afirma.
Fonte! Chasque (reportagem) publicada no dia 11 de novembro de 2013, nas páginas do Jornal do Comércio de Porto Alegre, por Rafael Vigna

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Nova mentalidade para se aposentar bem

”Consumo de qualidade é gastar mais dinheiro com o que nos dá prazer, e menos com aspectos burocráticos e onerosos da vida.” 
 
O planejamento das contas das famílias passou por muitas transformações nas últimas duas décadas. Até os anos 1990, a regra de sobrevivência era gastar tudo o que podíamos, quanto antes. Devido à alta inflação, se demorássemos a usar nosso salário, perdíamos rapidamente o poder de compra. Havia a figura da correção monetária nas aplicações overnight, mas as limitadas ferramentas financeiras da época obrigavam os correntistas a ir ao banco tanto para aplicar quanto para resgatar, e isso consumia muito tempo. Era mais compensador ir às compras no dia do pagamento, fazer estoque e, quando o gasto era maior que a verba, parcelar o valor da compra por vários meses.

 No início do novo século, tivemos o despertar da educação financeira. Com os juros elevados, ficou evidente a oportunidade de poupar para alcançar rapidamente a independência financeira, enquanto os empréstimos e financiamentos se mostravam os maiores vilões da classe média brasileira. Na época, os brasileiros consumiam cerca de 30% de sua renda com o pagamento de juros. Um bom planejamento financeiro se traduzia em adotar um estilo de vida restritivo, com compras à vista e um grande esforço de poupança.

Hoje, a realidade é distinta desses dois períodos anteriores. A economia é mais estável, com maior nível de emprego e menor temor dos trabalhadores quanto a seu futuro. Os juros são mais baixos. Isso torna os financiamentos de bens duráveis menos proibitivos. Há ainda um debate intenso sobre qualidade de vida, sustentabilidade e empreendedorismo.

O planejamento financeiro deixou de ser sinônimo de corte no orçamento e formação de poupança. Passou a significar construção do equilíbrio e sustentabilidade. Em vez de sacrifícios para alcançar amanhã aquilo de que abrimos mão agora, um bom planejamento se traduz por gastar com qualidade o dinheiro que temos, investindo com inteligência o mínimo de recursos de que precisamos para sustentar esse bom estilo de vida. Consumo de qualidade é gastar mais dinheiro com o que nos dá prazer (como lazer e confortos cotidianos), e menos com aspectos burocráticos e onerosos da vida (como despesas com moradia e carro).

Investir com inteligência é desenvolver continuamente a sagacidade de se defender contra as oscilações da economia e de encontrar oportunidades de dar pequenos saltos na evolução do patrimônio. Esse novo planejamento exige mais tempo para se aposentar. Isso não é problema quando se vive com qualidade. Os futuros aposentados precisarão ainda empreender com seu patrimônio, para manter a renda em crescimento depois de parar de trabalhar. Sem isso, a conta não fecha mais.

Gustavo Cerbasi é consultor financeiro e autor de Casais Inteligentes Enriquecem Juntos (Ed. Gente), Como Organizar sua Vida Financeira (Elsevier Campus) e Os Segredos dos Casais Inteligentes (Ed. Sextante). Acesse os perfis no Twitter e Facebook

Publicado originalmente na Revista Época em 08/11/2013. 

Fonte! Chasque (artigo) publicado por Gustavo Cerbasi no sítio Mais Dinheiro no dia 08 de novembro de 2013. Abra as porteiras clicando em http://www.maisdinheiro.com.br/artigos/6/102/nova-mentalidade-para-se-aposentar-bem

domingo, 10 de novembro de 2013

Atitude 76! Quando alguns centavos se transformam em vários reais

Bueno! Desde a aquisição do meu primeiro veículo - um popular Fiat Mille, em 2003, faço todas as anotações de consumo de combustível, com valor de cada abastecida, quilometragem inicial e final e finalmente a média de quilômetros por litro.

Crédito: http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?id=1313944
Mas desde então, em Porto Alegre, sempre se via os preços nas bombas mais ou menos parelhos, sem muita diferença nos valores por litro, tanto da gasolina comum, da gasolina aditivada, bem como do etanol e do óleo díesel.

Mas, faz um tempinho que me chamou atenção, os valores discrepantes  fora da capital gaúcha. Bastava entrar na cidade de Canoas, ao longo da BR 116, que os preços literalmente baixavam. Assim acontecia ao longo da BR 116, até Novo Hamburgo. 

Hoje, o preço que mais se vê em Porto Alegre, pra gasolina comum é R$ 2,799. Este valor é praticado por grande percentual dos postos de combustível na capital gaúcha. Alguns aplicam o valor menor que é de 2,699, que era praticado pela maioria destes postos antes de aparecer na mídia a possibilidade dos preços dos combustíveis subirem. Mas há postos que praticam o valor de 2,749 e os mais afoitos cobram R$ 2,849 e outros cobram R$ 2,899. 

No entanto, meus pais moram em Estância Velha - logo após Novo Hamburgo. E na divisa destes dois municípios, um posto (Mundo Novo) cobra o valor de R$ 2,597. Este preço foi reajustado recentemente e a última abastecida que efetuei neste posto foi hoje - dia 10 de novembro.

Se formos ver, são centavos. Poucos centavos, mas, vamos trabalhar com tanque cheio e comparar. Uso como exemplo um tanque (cheio) de 40 litros e uma media de 150 litros mês:
1 - 40 litros a R$ 2,597 dá um total de R$ 103,88, valor que eu pagaria no Posto Mundo Novo em Novo Hamburgo.
2 - 150 litros por este valor dá um total de R$ 389,55, também no Posto Mundo Novo.
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3 - 40 litros a R$ 2,699 totaliza R$ 107,96 por abastecida. A diferença de R$ 0,10 dá R$ 4,08 enchendo o tanque. É o caso de um postos situado no meu bairro em Alvorada e alguns postos em Porto Alegre.
4 - 150 litros por este valor totaliza R$ 404,85, com uma diferença de R$ 15,30 num mês.
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5 - 40 litros a R$ 2,749 dá um total de R$ 109,96. Comparado com o preço do Posto Mundo Novo, dá R$ 0,15 por litro e R$ 6,08 por tanque.
6 - 150 litros por este valor vai totalizar R$ 412,35, com uma diferença de R$ 22,80 num mês.
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7 - 40 litros ao preço de R$ 2,779 dá um total de R$ 111,16, com uma diferença de R$ 7,28. Este é o preço da grande maioria dos postos de Porto Alegre e aí te pergunto por que a gasolina em Porto Alegre é tão cara????
8 - 150 litros nos dá um valor total de R$ 416,85, com uma diferença de R$ 27,30 no mês.
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9 - 40 litros ao preço de R$ 2,889 totaliza R$ 115,56, com uma diferença de R$ 11,68. Preços praticados pelos postos mais afoitos em Porto Alegre. E o que é pior, tem gente que abastece a este preço....
10 - 150 litros totalizam R$ R$ 433,35, com uma diferença pro bolso da bombacha de R$ 43,80.

Sim. Eu sei que são centavos e num mês, alguns reais. Mas o que mais me deixa indignado é o alto preço dos combustíveis na capital gaúcha. E fico indignado também pois atravessando o Rio Gravataí, entrando em Canoas, os preços dos combustíveis literalmente diminuem.

Se quiseres, continue fazendo este jogo matemático multiplicando por seis (leia-se seis meses) ou então por 12 (doze meses). Vais visualizar que os poucos reais referidos acima, se transformarão em centenas de reais a menos no bolso da tua bombacha....

E claro que não te convido para ires abastecer em Novo Hamburgo ou Estância Velha. Mas que muitas vezes vale a pena tu ires até Canoas, isso eu te garanto que vale....

Baita abraço

Valdemar Engroff

Aposentar-se custa caro

Não raro, encontro opiniões de especialistas que sugerem que, ao planejarmos nossa aposentadoria, devemos projetar uma renda de cerca de 70% do que ganhamos por volta dos 45 anos. O argumento é que o encerramento da carreira coincide com a saída dos filhos de casa, ou que, ao deixarmos de trabalhar, não teremos mais de arcar com despesas de networking – happy hours, por exemplo – e vestuário de primeira.

Tenho fortes ressalvas em relação a esse tipo de recomendação. Acredito que nosso custo de vida não deveria diminuir na aposentadoria – mas sim aumentar.

Explico com três argumentos.


O bom senso e as estatísticas mostram que os gastos com saúde aumentam com o passar dos anos. Por mais saudáveis que sejamos, o avançar da idade nos induz a gastar mais com terapias tanto preventivas como corretivas. Isso todos nós sabemos.

O que muitos esquecem é que a aposentadoria nos premia com uma grande disponibilidade de agenda. Tempo livre nos convida ao lazer, que não custa pouco.

Independentemente de onde você viva ou se imagine vivendo na aposentadoria, certamente terá muito mais a fazer em seu tempo livre se tiver recursos disponíveis. Não importa se sua predileção é pela cultura, pelas viagens, pela prática de esportes ou pela filantropia: dinheiro nos permite usar o tempo com mais criatividade e produtividade. Em outras palavras, nos mantém jovens por mais tempo.

Além dos gastos com saúde e lazer, meu terceiro argumento para o aumento dos custos se relaciona às obrigações sociais. Costumamos não perceber que, com o avançar nos anos, simplesmente aumenta o número de… parentes! Quanto mais passa o tempo, mais aumenta nossa lista de filhos, de netos, de enteados, de afilhados e afins, que nos convidam para toda sorte de celebrações: aniversários, formaturas, casamentos e chás de cozinha e de bebê, entre outros. Se você quiser cumprir com dignidade a necessidade de presentear e de se vestir bem nos diversos eventos, terá de contar com um bom orçamento.

Quando ignoramos esses fatos da vida no começo do planejamento financeiro, ainda na juventude, tendemos a nos conformar com o envelhecimento e a consequente redução das opções que teremos, como se fosse um fato da natureza.

A quem não tem opções não resta outra coisa a não ser envelhecer, entregar-se à restrição de atividades sociais e de lazer e ver o tempo passar. A falta definitiva de dinheiro nos faz enterrar de vez a juventude.

Se não pudermos viver como antes, se não conseguirmos viajar com amigos, praticar um esporte ou fazer um curso que nos encante, o que nos resta? A cadeira de balanço? O pijama? A televisão no domingo à tarde? Perceba que o envelhecimento está associado à rotina que a falta de dinheiro nos impõe. Existem jovens de 40 anos que aparentam ter muito mais, em razão do estresse imposto pelo trabalho excessivo e diversas frustrações, assim como há jovens de 80 anos que aparentam ter muito menos, pois sabem viver a vida. Normalmente, os que sabem viver têm mais saúde -inclusive a saúde financeira.

Se você tem tempo para planejar seu futuro, leve isso em consideração. Não seja modesto com a poupança que faz. Seja otimista com a vida que você quer ter. Adote uma vida mais simples, que seja sustentável.

Se o prazo que você tem não permite mudar muita coisa em termos de formação de poupança, repense a aposentadoria. Não se imagine parado, simplesmente aproveitando o tempo. Não conseguirá juntar o milhão de reais que gostaria para viver com uma boa renda? Lembre-se que, se tiver menos dinheiro, mas que permita montar um negócio bem planejado e em uma atividade que você gosta, poderá continuar trabalhando e, com isso, obter a mesma renda.

A única posição não recomendada é a acomodação. Se chegar à aposentadoria e perceber que não alcançou seus objetivos, você já não terá mais escolhas a fazer. Aja enquanto pode.



Gustavo Cerbasi é consultor financeiro e autor de Casais Inteligentes Enriquecem Juntos (Ed. Gente), Como Organizar sua Vida Financeira (Elsevier Campus) e Os Segredos dos Casais Inteligentes (Ed. Sextante). Acesse os perfis no Twitter e Facebook


Publicado originalmente no jornal Folha de S.Paulo, em 01/08/2011. 


Fonte! Chasque (artigo) de Gustavo Cerbasi, publicado no sítio Mais Dinheiro no dia 02 de agosto de 2011. Abra as porteiras clicando em  http://www.maisdinheiro.com.br/artigos/6/23/aposentar-se-custa-caro.  

Sansacional a Charge do Radicci

Bueno! O Radicci é um cartunista muito conhecido nos pagos do Rio Grande do Sul, e na semana passada, traçou na medida a sua charge quando o mega empresário brasileiro Eike Batista "entregou os pontos" tendo inclusive que sair da BOVESPA. 

Quem é Radicci?

Carlos Henrique Iotti é natural da cidade de Caxias do Sul, nascido no dia 27 de Fevereiro de 1964. Aos 14 anos ele descobriu que o desenho poderia ser uma profissão como qualquer outra. A partir daí começou a batalhar o seu espaço dentro de um campo não muito valorizado na Comunicação. Iotti costuma dizer que “ todos são desenhistas, mas a maioria, depois de uma certa idade, fica séria, adulta e pára de desenhar. Apenas 1%, os mais loucos, continuam.”

Te convido para dares uma camperiada no sítio do Carlos, quero dizer, do Radicci. Abra as porteiras clicando em www.iotti.com.br.

Fonte! A charge acima foi publicada no sítio Facebook do Radicci. Abra as porteiras clicando em https://www.facebook.com/RadicciFM.  

Com juros em alta, fundos de ações valem a pena?


O investimento em bolsa nunca fez sucesso entre os consultores financeiros. No cenário atual de elevação da taxa Selic pelo Banco Central, o desprezo por esse tipo de aplicação aumenta. Essa estratégia faz sentido? A bolsa é recomendável para qualquer tipo de investidor? Quais as diferenças entre os fundos de ações? Descubra qual tipo de fundo atende mais a seu perfil.


O passado de aplicações de rentabilidade elevada e baixo risco afastaram o investidor brasileiro da bolsa. Apesar da alta recente da Selic, o patamar atual de juros é um dos mais baixos da história. Nesse contexto, a bolsa é indicada a qualquer investidor? Não. Antes de pensar em investir para o longo prazo, a pessoa física deve constituir uma reserva financeira para suportar imprevistos como perda de emprego e doenças e despesas de curto prazo como viagens e festas.

Nessa reserva emergencial, aplicações de alta liquidez e baixo risco são fundamentais. A rentabilidade deve ficar em segundo plano. Contudo, concluída essa primeira etapa, o investidor deve pensar em uma poupança de longo prazo. E essa parcela exige diversificação. Aplicações com maior prazo de maturação, de maior risco e de menor liquidez devem fazer parte da carteira. Aqui, o investimento em ações passa a ser fundamental.
O passado de aplicações de rentabilidade elevada e baixo risco afastaram o investidor brasileiro da bolsa.
É verdade que, em linhas gerais, a elevação momentânea da Selic para debelar a inflação trabalha contra a bolsa. A razão é simples: juros altos elevam as despesas financeiras das empresas e reduzem a atividade econômica com impacto sobre a receita das companhias. Com resultados mais modestos, o desempenho das ações é prejudicado. Mas é possível encontrar empresas mais resilientes ao cenário adverso. Dessa forma, mesmo fundos de ações tradicionais ou carteiras próprias podem apresentar boa rentabilidade.

Além disso, a indústria de fundos hoje apresenta outras opções. Há os fundos “long-short”, por exemplo, onde uma parte da carteira está comprada em algumas ações, enquanto outra parte está “vendida”, ou seja, o fundo ganha com a queda dessas ações. Nesse caso, apesar de o fundo ser classificado como de ações, a exposição líquida à bolsa pode ser baixa ou neutra. Há, ainda, os fundos “long biased” onde o gestor possui discricionariedade para administrar a parcela comprada, aumentando-a em momentos favoráveis à bolsa e reduzindo-a em cenários adversos.
Com algum estudo, o mercado acionário pode abrir uma gama enorme de conhecimentos ao aplicador no campo da economia, contabilidade, direito societário e gestão de negócios.
O importante é que o investidor se interesse pelo tema para enfrentar o novo mundo de juros baixos. Ao contrário da insossa aplicação em renda fixa, o mercado acionário é fascinante. O investimento em ações não é um cassino como apregoado pelo senso comum. Existem técnicas como o método do fluxo de caixa e os múltiplos para avaliar as empresas. Com algum estudo, o mercado acionário pode abrir uma gama enorme de conhecimentos ao aplicador no campo da economia, contabilidade, direito societário e gestão de negócios. Esse conhecimento não é estéril. Entender porque a OGX capitulou e como foi a disputa entre Abilio Diniz e o grupo Casino pela posse do Pão de Açucar podem render gostosas discussões com os amigos.

A redução estrutural dos juros veio para ficar, apesar da alta momentânea da Selic. A bolsa terá que fazer parte da sua vida, caso contrário seu bolso sentirá as consequências.

Fonte! Este é um chasque (reportagem) de André Rocha (economista e advogado, é analista credenciado pela Apimec. Responsável pelo blog estrategista.net, é colunista do Valor Econômico, ministra cursos e palestras sobre finanças pessoais e mercado acionário), publicaod no sítio Comparação de Fundos, no dia 1º de novembro de 2013. Abra as porteiras: http://www.comparacaodefundos.com/blog/com-juros-em-alta-fundos-de-acoes-valem-a-pena/