terça-feira, 27 de setembro de 2022

10 Coisas Que Um Profissional Financeiro Não Deve Dizer

Créditos Imagem: AdobeStock

Existem coisas que um profissional financeiro não deve dizer ou prometer para seu cliente. Geralmente essas declarações possuem um teor apelativo e mentiroso, apenas para fechar o negócio.

Para ter um profissional de confiança ao seu lado para te ajudar nas decisões é preciso ficar atento a alguns sinais.

Seu relacionamento com seu consultor, assessor ou gestor deve ser construído com base na confiança e na compreensão mútua. 

Se você não pode confiar nesse profissional, como colocará seu dinheiro suado nas mãos dele?

A melhor consultoria de investimentos segue o Código de Ética, visando a "manutenção dos mais elevados padrões éticos" de práticas no mercado financeiro e de capitais.

Mas nem sempre é fácil saber quando um profissional de investimentos é confiável ou não.

Essas 10 declarações podem ajudá-lo a identificar um profissional que é melhor se afastar.

1- "Eu ofereço uma taxa de retorno garantida."

Sempre que um profissional financeiro diz que pode fornecer uma "taxa de retorno garantida", é uma grande bandeira vermelha.

Nada no investimento é garantido. Os mercados e a economia mudam ao longo do tempo, e os retornos dos investimentos flutuam de acordo.

Por isso, o profissional precisa ser transparente sobre os investimentos, suas respectivas taxas e riscos.

O serviço de consultoria de valores mobiliários não pode assegurar ou sugerir a existência de garantia de resultados para o investidor.

2- "Você terá um retorno maior se transferir todos os seus ativos para mim."

Embora muitos investidores possam se sentir à vontade para delegar todo seu dinheiro a um único profissional, é perfeitamente normal contratar uma consultoria de investimentos e continuar com seu assessor que já possui relacionamento. 

Nenhum profissional deve tentar impor que transfira todos os seus recursos.

A diferença maior está no custo que o cliente continuará tendo se optar trabalhar com mais profissionais.

3- "Nossa taxa é comparável com as taxas de outras empresas de serviços financeiros."

Essa frase pode não parecer nada demais à primeira vista, mas deve-se tomar cuidado quando ele é usada para evitar dar uma resposta direta a uma pergunta importante: quanto você cobra? 

Qualquer profissional que não lhe dê uma resposta direta a isso não deve ser confiável. 

Essa é a principal diferença entre consultores de investimentos e assessores.

Um bom consultor explicará qual é a taxa, como é calculada, com que frequência é cobrada.

Já o assessor de investimentos mantém sua remuneração escondida nas taxas e spreads que ganha por produto indicado.

4- "Este produto de investimento é isento de riscos. Você não precisa se preocupar, seu dinheiro está seguro."

Nenhum investimento é verdadeiramente isento de riscos. 

Até sua conta poupança tem algum risco, mesmo que o maior risco seja não acompanhar a inflação.

Embora o profissional busque os melhores resultados, o cliente precisa estar ciente dos riscos que o mercado financeiro oferece e que podem existir períodos de baixa, que exigem paciência. 

O melhor consultor de investimentos vai lhe dar uma explicação detalhada dos riscos potenciais do investimento antes de você investir, sem assegurar ou sugerir a isenção de risco para o investidor.

5- "Isso é à prova de recessão."

Assim como nenhum investimento é verdadeiramente "livre de risco", nada é " à prova de recessão ".

Existem estratégias de alocação de ativos que podem reduzir os impactos da sua carteira em momentos difíceis do mercado, mas há sempre prós e contras para cada investimento.

Um profissional de confiança irá te explicar todos os detalhes do planejamento e discutir contigo a estratégia elaborada, os prós e os contras de sua recomendação.

6- "Você pode investir e esquecer."

Nenhum portfólio deve ser definido e esquecido. 

Não confunda investir e esquecer com a estratégia Buy and Hold. Nela, você compra ações de boas empresas e continua com elas enquanto permanecerem boas e dentro de suas expectativas, mas em nenhum momento você deve esquecê-las.

Os mercados mudam, os objetivos mudam e os clientes envelhecem, por isso, as carteiras precisam ser monitoradas quanto à tolerância ao risco e objetivos, bem como tendências de mercado.

Um bom profissional estará atento a todas essas mudanças e vai sugerir realocações na carteira conforme as condições mudam.

7- "Não se preocupe sobre como você está investido. Eu cuido disso."

Um profissional financeiro nunca deve incentivá-lo a fechar os olhos para seus investimentos.

Só porque você contrata alguém para te ajudar a gerenciar seus investimentos, não significa que não deva se envolver.

Você e o profissional financeiro devem ser parceiros em sua jornada.

Optando pela ajuda de um consultor de investimentos você não perde o controle sobre seus investimentos. 

O que muda é que terá a recomendação de um especialista, mas toda e qualquer movimentação da sua carteira sempre será discutida com antecedência. É você quem decide aceitar ou não a recomendação.

Desta forma, mesmo que esteja utilizando da ajuda de um consultor, você estará 100% no controle dos seus investimentos. 

Mais controle sobre seus investimentos te trará mais tranquilidade e paz de espírito ao longo de sua jornada de investidor.

8- "Vamos preparar você para se aposentar assim que fizer 65 anos."

Não há nada de errado em um profissional financeiro te ajudar a se aposentar aos 65 anos ou na idade que for se esse, de fato, for seu objetivo.

O problema é que ele não deve presumir que seu objetivo é o mesmo de todos os outros ou, pior, que você não terá eventos ao longo de sua vida que coloquem sua data de aposentadoria desejada em questão.

Os profissionais devem ouvir as necessidades e objetivos do cliente de forma exclusiva.

O consultor de investimentos é um profissional que atua de forma 100% alinhada com o cliente, de acordo com suas necessidades e desejos individuais.

Mesmo que você queira se aposentar aos 65, não é uma garantia até que aconteça, e seu orientador deve informá-lo disso. 

Claro, ele também deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para ajudá-lo a chegar a esse ponto, se se aposentar aos 65 é o que você deseja.

9- "Investir tem tudo a ver com tolerância ao risco."

Embora a tolerância ao risco seja um fator importante nas decisões de investimento, não deve ser a única coisa a ser considerada. 

Fatores como metas de longo prazo e o ambiente de mercado atual também influenciam na hora de montar uma carteira de ativos ideal.

O processo de investimento começa, na verdade, com os objetivos. Por isso, estabelecer uma meta e em quanto tempo quer alcançá-la, ajuda a definir o nível de risco que você deve correr.

A partir daí, é importante entender se suporta esse risco e o impacto que os eventos de mercado podem ter em seu portfólio.

Incorporando vários fatores, os consultores de investimentos podem criar um portfólio personalizado para cada cliente.

10- "É só dinheiro."

A perda pode fazer parte do investimento, mas o profissional financeiro não deve descartar o fato de que perder dinheiro ainda dói emocionalmente. 

Ouvir uma frase como "é apenas dinheiro" ou "fácil vem, fácil vai" pode indicar que um ele não respeita seu dinheiro ou o quanto você trabalhou para ganhá-lo.

Em vez disso, o profissional deve ser compreensivo e reconhecer que a perda pode ser difícil, mas também estar preparado para educá-lo sobre o motivo pelo qual isso aconteceu e ajudá-lo a passar pela volatilidade do mercado.

Fonte! Chasque (post) de André Fogaça, publicado no dia 09 de setembro de 2022, no sítio The Capital Advisor. Abra as porteiras clicando em: https://comoinvestir.thecap.com.br/10-coisas-que-um-profissional-financeiro-nao-deve-dizer

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Independência financeira: o que é e como alcançar a sua


Já pensou em não precisar mais se preocupar com contas ou dívidas? Um bom planejamento financeiro é o primeiro passo para tornar esse sonho possível.

Quando você pensa em independência financeira, qual cenário vem à sua mente: poder viajar quando e para onde quiser? Poder comprar o que quiser, só porque deu vontade? Não precisar trabalhar pelo resto da vida?

Em algum momento, você já deve ter sonhado em alcançar sua independência financeira e não se preocupar mais com dinheiro. Mas, como chegar lá com salário baixo, endividamento, alta nos preços e tantas outras questões?

O primeiro passo é a organização financeira. Da mesma forma que pessoas com uma boa renda não conseguem alcançar a independência financeira por não planejarem suas finanças, quem tem uma renda menor consegue chegar lá planejando sua vida financeira.

No artigo de hoje, você vai entender um pouco melhor sobre o que é independência financeira e a diferença entre independência financeira e liberdade financeira. Confira algumas dicas de como conquistar independência financeira!

O que é independência financeira?

Independência financeira pode significar diversas coisas:

  • Ter menos gastos do que ganhos;
  • Ter um orçamento equilibrado;
  • Possuir reservas e aplicações suficientes para não depender de um trabalho, etc.

De modo geral, uma pessoa consegue conquistar sua independência financeira quando possui uma boa reserva para aplicar nos investimentos certos. Estes, por sua vez, darão os retornos necessários para que essa pessoa consiga manter o estilo de vida que gostaria.

Tipos de independência financeira

Antes de aprender como alcançar a independência financeira, é importante saber que existem quatro tipos principais. Definir qual deles você gostaria de conquistar irá te ajudar a traçar as melhores estratégias. Confira quais são:

Independência de curto prazo

Nela, você tem dinheiro para viver sem seu salário por um período determinado, que pode ser de alguns meses até um ano. Para alcançá-la, é fundamental possuir uma reserva de emergência. Assim, você não corre o risco de se endividar em casos de imprevistos.

Independência das dívidas

Para alcançar a independência das dívidas, é preciso listá-las e buscar estratégias para fazer seu pagamento sem juros altos. Um bom começo é evitar fazer compras parceladas e adquirir apenas itens que você tenha condições de comprar à vista.

Independência do emprego

Este é um nível de independência almejado por muitos. Nele, se sua principal fonte de renda faltar, você não irá se preocupar, pois possui uma segunda fonte de receita. A renda extra pode partir de investimentos e outras formas de renda passiva.

Independência financeira total

O último nível é alcançado pelas pessoas que conseguem viver apenas dos rendimentos de seus investimentos. Com essa renda, é possível cobrir as despesas mensais tranquilamente, além de reinvestir parte dos lucros para aumentar o patrimônio.

Como ter independência financeira?

Independentemente do tipo de independência almejado, o primeiro passo é fazer uma boa análise do seu orçamento. Também é preciso conhecer o momento em que sua vida financeira está para traçar um plano efetivo.

Muitas pessoas não têm o privilégio de poder realmente fazer cortes em seu orçamento. Porém, mesmo que esse seja seu caso, saiba que é possível organizar suas finanças para tentar mudar essa situação no médio para longo prazo.

Quanto preciso para a independência financeira?

Ao contrário do que muitos podem pensar, não é preciso, necessariamente, ter muito dinheiro para alcançar a independência financeira. Isso porque ela está relacionada com o estilo de vida: a quantidade de despesas e os valores necessários para viver tranquilamente,

Para chegar a um valor, o recomendado é que você:

  1. Faça um mapeamento de seus gastos;
  2. Defina um salário ideal para você;
  3. Multiplique esse valor por 12 (correspondente aos meses do ano);
  4. Divida o valor pelos juros reais dos investimentos que você possui (ou pretende fazer).

O total dessa conta é o valor necessário para que você consiga alcançar sua independência financeira. Além disso, para saber o tempo necessário para conseguir esse valor, você precisará avaliar dois fatores:

  • Quanto você pode investir;
  • Qual é a rentabilidade desses investimentos.

Quanto mais rentabilidade e valor disponível para investir, menos tempo é necessário para chegar à independência financeira, e vice-versa. Assim, se você quer conquistar a independência financeira em 5 anos, por exemplo, deve analisar aplicações que tenham uma rentabilidade compatível com base no valor que você pode investir nesse período.

Qual a diferença entre independência financeira e liberdade financeira?

Muitas pessoas confundem esses dois termos pelo fato de eles serem parecidos. Mas, eles não são iguais.

Para alcançar a independência financeira, a pessoa precisa acumular um patrimônio que lhe permita viver de renda. Assim, seus rendimentos serão suficientes para cobrir as despesas sem a necessidade de recorrer a outra fonte de renda.

Por outro lado, a liberdade financeira é a autonomia nessa área. Com ela, a pessoa poderá tomar decisões financeiras de forma mais tranquila, considerando apenas seus objetivos e metas, não suas despesas.

O que é ter liberdade financeira?

Liberdade financeira é a possibilidade de escolher o que fazer com seu dinheiro com tranquilidade. Assim, você pode, por exemplo, escolher viajar duas vezes no ano sem prejudicar sua organização financeira.

Nesse patamar, a renda é suficiente para cobrir os gastos e ter a liberdade de gastar seu tempo e dinheiro em atividades de lazer. Ou seja, é ter flexibilidade para viver da forma como você desejar.

5 passos para alcançar a independência financeira

1. Organização financeira e planejamento 

O primeiro passo rumo à independência financeira é organizar suas finanças, registrando tudo o que você recebe e paga todos os meses. Para isso, anote despesas como aluguel, plano de saúde, contas de consumo, alimentação, e também a parcela de uma viagem e o cafezinho do dia a dia, por exemplo.

Depois que você montar uma planilha com essas informações, poderá ter uma visão mais ampla de quanto você está gastando e com o quê. O próximo passo é somar todas as suas despesas para descobrir quanto você está gastando em cada categoria.

2. Controle seu orçamento

Depois de descobrir quanto e com o quê você gasta, é hora de buscar gastar menos do que você ganha. Estabeleça um teto de gastos para cada categoria e busque respeitá-lo. Além disso, se você tiver dívidas, priorize seu pagamento dentre todas as despesas.

O preço para alcançar a independência financeira é a mudança de hábitos. Procure cortar todos os gastos desnecessários. Além disso, antes de comprar alguma coisa, sempre questione se este item é essencial para sua vida.

3. Defina metas

Este também é um bom momento para listar seus objetivos. Registre todos os seus desejos, sonhos e coisas que gostaria de conquistar com o que você ganha. Fazer essa lista é uma forma de manter o foco para conseguir alcançar suas metas.

Categorize-as em curto, médio e longo prazo. Dê prioridade ao pagamento de dívidas e às necessidades mais urgentes. Coloque como médio prazo as metas que precisam de mais investimento, como uma viagem internacional. Já para o longo prazo, coloque as metas que precisam de mais planejamento financeiro, como a compra de um imóvel.

4. Monte uma reserva de emergência

Possuir uma reserva de emergência é essencial para quem quer alcançar a independência financeira. Esse é o valor com o qual você poderá contar em casos de imprevistos e despesas que demandem mais gastos do que o habitual.

Quando você tiver uma reserva sólida, que possa ser acionada sempre que necessário, é a hora de explorar outras opções de investimento.

5. Faça seu dinheiro trabalhar para você

Seu dinheiro trabalha para você por meio de investimentos. Você deve escolher as aplicações mais adequadas ao seu perfil de investidor e que ofereçam uma boa relação risco x retorno.

Para conseguir os melhores resultados, você precisará gerir o tempo, as taxas e o valor. Ao fazer investimento de longo prazo, você pode ter uma rentabilidade maior devido aos juros compostos. Porém, não poderá mexer nesse dinheiro até o vencimento da aplicação.

Além disso, quanto mais dinheiro você puder aplicar, mais retorno terá no futuro. Porém, é possível ter bons resultados mesmo com uma baixa aplicação financeira. Nesse processo, disciplina e paciência são essenciais.

Conclusão

Alcançar a independência financeira é o sonho de diversos brasileiros. A boa notícia é que ter uma vida financeira saudável e sem preocupações é possível com muito planejamento e disciplina nessa área.

Você sonha em alcançar a independência financeira? Não deixe de nos contar nos comentários se esse conteúdo te ajudou a traçar um bom plano!

Fonte! Chasque (post) do Leonardo, publicado no Sítio Dinheirama. Abra as porteiras clicando em: https://dinheirama.com/independencia-financeira/

domingo, 18 de setembro de 2022

Previdência privada: 7 motivos para você investir hoje mesmo

 


A previdência privada é um produto de investimento muito criticado dentro do mercado financeiro. O motivo principal é que existem muitos produtos ruins hoje na indústria, com altas taxas e baixos retornos, que acabam por influenciar para essa má fama. 

A realidade, porém, é totalmente diferente. A previdência privada, se bem escolhida, é um ótimo produto de investimento para o longo prazo e pode ser interessante para diferentes tipos de perfis de investidores.

Neste artigo, eu, Victor Oliveira, Head de Alocação da Grão Investimentos, vou te falar um pouco mais sobre as vantagens da previdência privada. Por isso, separei aqui 7 motivos para que você queira investir nesse produto hoje mesmo. Confira!

1 – Facilidade de controle

A primeira vantagem da previdência privada é que ela é um produto muito prático, principalmente para você que possui diversas demandas profissionais e não tem tempo de gerir os investimentos.

Isso porque é possível investir e programar os aportes com rapidez. O restante é feito pela gestora, que conta com profissionais qualificados e experientes para escolher os ativos que vão compor a previdência privada.

Portanto, o seu trabalho será apenas antes de investir, quando você terá a tarefa de escolher em qual fundo alocar o seu patrimônio. Aqui você deve considerar questões como melhores taxas, estratégia e alinhamento com o seu perfil de investidor, já que existem produtos mais arrojados e outros mais conservadores.

Feito isso, você pode delegar o restante para a equipe de gestão e apenas monitorar de tempos em tempos o resultado do fundo. 

Dessa forma, você pode aproveitar o tempo de sobra para focar em sua atividade profissional principal e no seu lazer, já que não deslocará mais esforço para escolher ativos e ficar monitorando o mercado financeiro a todo tempo.  

2 – Vantagem na declaração do imposto de renda

Uma outra grande característica da previdência privada são as vantagens tributárias. Esse produto de investimento garante muita eficiência para quem quer pagar menos impostos ao longo do tempo. Uma dessas vantagens é a que vou explicar agora.

Se você investe 12% da sua renda bruta anual tributável em uma previdência privada no modelo PGBL, você pode tirar esse valor do cálculo de pagamento de imposto de renda. 

Ficou difícil? Veja no exemplo abaixo:

Vamos considerar, por exemplo, que você possui uma renda bruta anual de 200 mil reais — lembrando que renda bruta é o seu salário bruto, sem os descontos. 

Desses 200 mil, você pode abater do cálculo de impostos a pagar até 12% do valor, se investir em previdência privada. Sendo assim, nesse exemplo, você deve investir 24 mil reais.

Subtraindo esses 24 mil reais da conta, você só paga impostos sobre os 176 mil reais restantes. 

Sendo assim, considerando a alíquota de 27,5% ao ano e o desconto do INSS, o valor a ser pago em impostos nesse caso será de 38 mil reais. 

Já para a pessoa que ganha 200 mil por ano e não investe em previdência privada será de 44,5 mil.

Ou seja, a sua economia total em impostos, já que investiu em previdência privada, será de incríveis 6.500 reais no ano.

Uma grande economia, não é mesmo?

Para conseguir essa vantagem tributária, você deve se enquadrar nas 3 regras a seguir:

  • Escolher uma previdência privada no modelo PGBL;
  • Contribuir integralmente com a previdência social, o famoso INSS;
  • Fazer a declaração completa do imposto de renda.

3 – Menor alíquota no longo prazo

Outra vantagem tributária que você pode obter na previdência privada é nos investimentos a longo prazo.

Isso porque, se você escolher uma previdência com o modelo de tributação regressiva, depois de 10 anos de investimento você vai pagar uma alíquota de somente 10%.

Se o modelo de previdência ainda for VGBL, esse valor será somente sobre o resgate. 

Essa alíquota é muito baixa se compararmos com outros investimentos. Afinal, muitos ativos de renda fixa, por exemplo, têm como tributação mínima o valor de 15%.

Quando falamos de renda variável, os fundos imobiliários, por exemplo, tem cobrança de uma alíquota de 20% sobre o lucro da venda dos ativos.

Portanto, a previdência privada é um dos investimentos de longo prazo com a menor alíquota de imposto. Sendo assim, mais dinheiro fica para o bolso do investidor.

4 – Portabilidade

Uma das grandes vantagens que a previdência privada oferece tem a ver com a liberdade de escolha.

Isso porque na previdência privada, diferentemente de outros investimentos, é possível trocar de plano caso você julgue necessário. Isso sem pagar impostos ou taxas extras.

Dessa maneira, caso você invista hoje em uma previdência privada ruim, ainda dá tempo de trocar para um plano melhor. 

Essa mudança pode ser feita entre instituições ou até mesmo dentro da mesma instituição, caso você queira migrar para um plano com outro tipo de perfil de risco, por exemplo.

Vale ressaltar apenas que a migração pode ser feita somente entre planos iguais: de PGBL para PGBL ou de VGBL para VGBL.

5 – Planejamento sucessório

A quinta vantagem que destaco para a previdência privada é a possibilidade de um planejamento sucessório efetivo.

Diferentemente de outros tipos de investimentos, a previdência privada não entra no inventário, que é aquele documento em que são levantados todos os bens do falecido após o óbito. 

Sendo assim, é muito mais fácil o procedimento para resgatar o dinheiro, já que não precisa chegar à Justiça.

Portanto, caso a pessoa tenha dependentes e não queira deixá-los desamparados em caso de falecimento, a previdência privada pode ser um instrumento mais efetivo para que esse dinheiro chegue aos beneficiários com mais rapidez. 

6 – A previdência privada não tem influência do come-cotas

A sexta e penúltima vantagem está ligada à sua rentabilidade com o fundo de previdência privada. 

Diferentemente do que ocorre em outros fundos de investimento, na previdência privada não há influência do come-cotas.

Caso você não saiba, o come-cotas é uma cobrança antecipada do imposto de renda nos investimentos em fundos. Ela ocorre a cada seis meses e incide sobre os seus rendimentos.

Na previdência privada, porém, essa cobrança antecipada não existe. O imposto de renda só é cobrado no momento do resgate. 

Sendo assim, você mantém um montante maior aplicado com possibilidade de aproveitar os efeitos dos juros compostos. 

Na prática, no longo prazo, isso vai proporcionar uma rentabilidade maior, que seguirá muito acima mesmo quando você pagar imposto lá no resgate.

Abaixo separamos um gráfico que mostra na prática a rentabilidade de um fundo com come-cotas e outro sem efeito do imposto.

As bases de comparação são as mesmas: 100 mil reais aplicados por 20 anos com uma rentabilidade de 12% ano. Mesmo assim, o exemplo sem come-cotas vence por muito. São 140 mil reais a mais de retorno no final da comparação.

Fundo com incidência do come-cotas na cor azul e sem incidência na cor laranja.

Sendo assim, a previdência privada, por não possuir influência do come-cotas, é um ótimo veículo para um maior retorno no longo prazo. 

7 – Possibilidade de ganhos exponenciais no longo prazo

A última vantagem é um somatório de tudo o que falei acima.

Por possuir diversas vantagens tributárias, não ter influência do come-cotas e ainda poder ter um retorno acima de qualquer outro fundo, a previdência privada se configura como um ótimo instrumento para ganhos exponenciais no longo prazo.

Afinal, você pode ganhar ao pagar menos impostos, pode ganhar no retorno do investimento e ainda assim usufruir do patrimônio total no momento do usufruto. 

Portanto, basta escolher um bom produto e começar a investir agora mesmo para aproveitar as vantagens.

Conclusão

Neste artigo, você viu então que a previdência privada é um ótimo instrumento para enriquecer no longo prazo aproveitando diversas vantagens oferecidas pelo produto. 

Antes de ir embora, eu tenho um convite para te fazer.

Nós da Grão estamos lançando um fundo de previdência privada em parceria com o Grupo Primo, dos influenciadores de finanças Thiago Nigro e Bruno Perini.

Por isso, te convido a conhecer mais sobre o fundo Arca, as suas vantagens e todas as outras informações.

Entre na página especial que fizemos com todas as informações do fundo e se inscreva para a lista de espera!

Um abraço e até a próxima!

Fonte! Chasque (post) de Leonardo, publicado no sítio Dinheirama. Abra as porteiras clicando em https://dinheirama.com/7-vantagens-previdencia-privada/

quarta-feira, 20 de julho de 2022

Defasagem no IR faz quem ganha menos pagar quase 2.000% a mais

Apenas pessoas que ganham acima de R$ 4.670,23 ficariam obrigadas a pagar Imposto de Renda / Katemangostar Freepik.com/Divulgação/JC

 
A falta de correção da tabela do IR (Imposto de Renda), combinada com o aumento da inflação no Brasil, tem gerado um aumento histórico da tributação sobre a população com menor poder aquisitivo.

Essa é a conclusão tirada de um estudo feito pelo Sindifisco Nacional, que representa os auditores fiscais da Receita Federal.
 
De acordo com uma simulação feita pela entidade, uma pessoa que recebe R$ 5.000, após deduções, paga atualmente R$ 505,64 de IR. Se toda a defasagem da tabela fosse corrigida, esse valor cairia para R$ 24,73 -uma diferença de quase 2.000%.
 
Em caso de reajuste, apenas pessoas que ganham acima de R$ 4.670,23 ficariam obrigadas a pagar Imposto de Renda. Isso significa que mais 12,75 milhões de brasileiros estariam isentos do pagamento do tributo, chegando a 23,84 milhões ao todo. Hoje, a isenção é dada ao trabalhador que ganha até R$ 1.903,98.
 
No topo da pirâmide, entre os contribuintes que ganham R$ 100 mil ao mês, a diferença percentual entre corrigir ou não a tabela seria bem menor, de cerca de 5%. A diminuição do imposto pago seria dos atuais R$ 26.630,64 para R$ 25.352,85, segundo a simulação do Sindifisco.
 
"Não corrigir a tabela é uma forma de aumentar o imposto para essa numerosa parcela da população, que, além de arcar com o Imposto de Renda, precisa também lidar com os tributos indiretos, que incidem sobre o consumo", disse presidente do Sindifisco Nacional, Isac Falcão.
 
Mauro Rochlin, economista e professor da FGV (Fundação Getulio Vargas), destaca que, na medida em que o Imposto de Renda não é reajustado, a inflação acaba onerando mais as pessoas de menor renda porque são as que menos poupam e que menos têm condições de se defender da alta de preços.
 
"A renda dessa pessoa é praticamente toda voltada para consumo e, na medida em que a receita não está acompanhando a inflação, ela é relativamente mais punida do que aquelas que têm maior renda, que podem com o restante de sua renda fazer aplicações financeiras e escapar da alta de preços", afirma.
 
No acumulado de 12 meses até junho, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação no país, chegou a 11,89%. No mês, a inflação subiu 0,67% com alta de alimentos fora de casa e plano de saúde, segundo informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
 
A inflação de cada período faz uma grande diferença no cálculo da defasagem. Entre especialistas, o congelamento da tabela é visto como uma estratégia política.
 
"A não correção da tabela progressiva do Imposto de Renda é uma forma de aumentar a arrecadação sem que o Poder Executivo tenha custo político associado à majoração de alíquota, por exemplo", disse o vice-presidente do Sindifisco Nacional, Tiago Barbosa.
 
"É só deixar a inflação agir sem mexer nas faixas que a correção monetária da renda auferida pelos contribuintes causa aumento no tributo pago. Ou seja, trata-se de um tributo oculto de que o governo não quer abrir mão", acrescentou.
 
O levantamento feito pelos auditores da Receita mostra que a defasagem da tabela do Imposto de Renda chegou a 147,37%, considerando o período de 1996 --ano em que deixou de sofrer reajustes anuais-- a junho deste ano. Antes, nos anos de inflação descontrolada, a tabela sofria reajuste automático por um indexador, a Ufir (Unidade Fiscal de Referência).
 
Foi no segundo ano do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que a atualização anual deixou de ser feita. A partir da gestão tucana, a correção passou a ser feita de maneira inconstante, como em 2002 e, nos governos do PT, entre 2005 e 2015 -ano mais recente em que houve reajuste.
 
Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a defasagem está acumulada em 26,6% até junho, de acordo com dados do Sindifisco. O valor está acima de qualquer outro presidente desde a implementação do Plano Real. Segundo a entidade, nenhum outro chefe do Executivo realizou a correção integral da tabela do Imposto de Renda.
 
A tabela de cobrança do Imposto de Renda é a mesma há sete anos, quando o salário mínimo era de R$ 788. Com a previsão de um salário mínimo de R$ 1.294 em 2023, em texto aprovado da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), os brasileiros que receberem R$ 1.941 (1,5 salário mínimo) terão de pagar IR a partir do ano que vem, caso a tabela não seja corrigida.
 
A defasagem faz também com que muitos contribuintes mudem de faixa de renda após reajustes salariais, ainda que abaixo da inflação, e passem a pagar uma alíquota mais elevada em relação ao ano anterior.
 
"O imposto se torna mais regressivo, porque a pessoa muda de faixa salarial sem que tenha tido ganho real de renda. Com isso, ela está sendo mais onerada por força do imposto. Esse é mais um motivo pelo qual a não-correção do Imposto de Renda penaliza as pessoas de menor renda", disse Rochlin.
 
Promover a correção da tabela do IR foi um compromisso assumido por Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018, ainda não concretizado.
 
O projeto de lei da reforma do Imposto de Renda, o PL 2.337 de 2021, defendido pelo ministro Paulo Guedes (Economia), previa a correção da tabela, mas a proposta tinha itens polêmicos, como a taxação de lucros e dividendos. O texto está parado no Congresso. Neste ano, o governo não vê mais espaço para implementar a medida, dizendo haver entraves da lei eleitoral.
 
Fonte! Chasque (post) publicado no sítio oficial do Jornal do Comércio de Porto Alegre (RS), no dia 19 de julho de 2022. Abra as porteiras clicando em https://www.jornaldocomercio.com/economia/2022/07/855960-defasagem-no-ir-faz-quem-ganha-menos-pagar-quase-2-000-a-mais.html