domingo, 19 de dezembro de 2021

Poupança volta a pagar 0,5% ao mês

Selic acima de 8,5% acionou o gatilho que muda a remuneração da poupança 
 

Créditos!  https://forbes.com.br

O Copom determinou um novo aumento de 1,5 ponto percentual e a Selic subiu para 9,25% ao ano. Assim, o gatilho da rentabilidade da poupança foi acionado e o investidor voltará a ser remunerado por uma taxa prefixada de 0,5% ao mês, mais a variação da TR que está zerada desde 2018.
 
Recordando a regra: o gatilho é Selic de 8,5%; se igual ou superior a 8,5%, a rentabilidade será de 0,5% ao mês mais TR; se inferior a 8,5%, será de 70% da Selic. 
 
Este é um cenário ruim para os investidores da poupança, já que a rentabilidade prefixada equivalente a 6,17% ao ano é pouco competitiva perante a taxa básica de juros que se encontra em trajetória ascendente em razão da inflação, também crescente.
 
O que complica ainda mais a competitividade da poupança é que a Selic deve se manter em patamar de dois dígitos, acima de 10% ao ano, por um bom tempo. Quanto mais tempo perdurar esse cenário, menos competitiva será a rentabilidade da poupança em relação a outros produtos de renda fixa, tão conservadores quanto a poupança.
 
Um CDB-DI (Certificado de Depósito Bancário), por exemplo, pode remunerar 100% (ou mais) do CDI, com liquidez diária e garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), mecanismo que também garante os depósitos em poupança. Mesmo depois do imposto de renda, os rendimentos líquidos do CDB serão superiores aos da poupança.
 
Um exemplo numérico para conferir, supondo o CDI igual à Selic e estável em 9,25% ao ano. Em 12 meses, após IR de 17,5%, o CDB pagará rentabilidade líquida de 7,63% contra 6,17% da poupança.
Se o provável cenário de novo aumento na Selic ocorrer na próxima reunião, a Selic (e o CDI) subiria para 10,75% ao ano, aumentando significativamente a diferença em relação à poupança que permanecerá prefixada em 6,17% ao ano.
 
Além das aplicações em depósitos bancários os investidores podem avaliar investir em títulos públicos federais que, apesar de não serem protegidos pelo FGC, são considerados livres do risco de crédito. 
 
No portal do Tesouro Direto o investidor encontra algumas alternativas. O Tesouro Selic remunera 100% da taxa Selic, sendo a opção mais adequada para os investidores conservadores com baixa tolerância ao risco de oscilação de preços. 
 
Quem gosta de saber exatamente quanto vai ganhar, disposto a esperar o vencimento do título para garantir a remuneração contratada, pode se interessar pelo Tesouro Prefixado 2024, por exemplo, que oferecia rentabilidade ao redor de 11% ao ano na semana passada. 
 
Quem tem horizonte mais longo e tem o objetivo de proteger o capital contra a inflação, talvez se interesse pelo Tesouro IPCA+ 2026, um título que corrige o valor aplicado pela variação do IPCA e acrescenta uma taxa real de juros, na faixa de 4,90% ao ano aos investidores que podem esperar a data do vencimento do título.
 
E não se trata apenas de ganhar mais do que a poupança, mas de defender o capital contra a inflação que continua muito alta. Quem permanece na poupança deixa de ganhar mais, e perde poder de compra para a inflação de 10,74% acumulada em 12 meses (até novembro).
 
As expectativas registradas no relatório Focus do Banco Central sugerem que a Selic permanecerá elevada, com dois dígitos, durante todo o ano de 2022. Significa que a perda dos investidores que permanecerem na poupança não será passageira. 
 
Esse contexto merece a reflexão e, quiçá a decisão, de investir ao menos parte do capital em ativos mais rentáveis e não especulativos, respeitando o perfil conservador dos investidores que buscam na poupança um lugar percebido como seguro. Não contra a inflação...
 
Fonte! Chasque (coluna Opinião) de Marcia Dessen, publicado no Jornal do Comércio de Porto Alegre (RS), edição impressa do dia 13 de dezembro de 2021.

sábado, 18 de dezembro de 2021

Reforma do IR: relator quer arquivar projeto e criar novo texto para votação

Para o senador, o texto da reforma do imposto de renda não poderia ser aprovado sem amplo debate com os setores afetados.

Durante um evento realizado na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) nesta sexta-feira (3), Angelo Coronel, relator da reforma do Imposto de Renda no Senado, afirmou que a proposta em andamento será arquivada e um novo texto será criado para votação na Casa.

O senador criticou a proposta aprovada pela Câmara dos Deputados e disse que a matéria não poderia ter sido apreciada sem discussão ampla com os setores que mais pagam impostos.

“Não existe fazer algo que mexe com a vida de milhões de brasileiros sem ouvi-los. Não temos de ouvir só o recebedor, temos de dar a oportunidade de o pagador falar. Não se pode aprovar uma peça dessa natureza com total rapidez e com quórum bastante elevado. 90% dos que aprovaram na Câmara não devem saber nenhum capítulo, nenhuma linha, nenhum artigo desse projeto”, criticou.

Reforma tributária

Aprovado em setembro na Câmara, o texto, de autoria do governo, foi classificado por Coronel como “talvez dos mais horríveis que já tramitaram”. 

“Esse projeto não será somente arquivado, ele tem de ser extinto. E que nasça um novo projeto, com mais base, mais conteúdo, mais debatido, que não sei se vai agradar 100% dos brasileiros, mas pelo menos que a grande maioria abrace”, afirmou o senador, que também chamou o projeto de “uma obra de arte da imperfeição”. “Foi um projeto feito no açodamento, feito para sacrificar os pagadores de impostos do Brasil”, criticou.

Fonte! Chasque (post) publicado no sítio Contábeis em 07 de dezembro de 2021. Abra as porteiras clicando em:  https://www.contabeis.com.br/noticias/49679/reforma-do-ir-relator-quer-arquivar-projeto-e-criar-novo-texto-para-votacao/

Energia solar fotovaltaica é alternativa para propriedades rurais

Fonte de energia limpa e inesgotável, a energia solar fotovoltaica avança em propriedades rurais do Noroeste gaúcho. A alternativa tem chamado atenção principalmente por promover economia nas contas de energia, aumentando a rentabilidade do agricultor. Neste ano, três agricultores de Santo Ângelo implantaram sistemas de energia solar, com apoio da Emater/RS-Ascar desde a busca de informações até a elaboração do projeto técnico.

A energia elétrica é produzida por painéis fotovoltaicos, capazes de transformar a luz solar em eletricidade. A partir do momento em que a energia elétrica é produzida nos painéis, pode ser armazenada em baterias injetadas diretamente na rede elétrica convencional. A energia gerada é cedida à distribuição pública através de um aparelho inversor. Estes sistemas podem ter diversas potências, funcionar em rede monofásica, bifásica ou trifásica. No meio rural têm sido aproveitados para diferentes atividades, desde energia para a própria residência, irrigação, sistemas de ordenha, secagem e armazenagem de grãos, estufas, criação intensiva de animais, agroindústrias, entre outros.

A extensionista da Emater/RS-Ascar Márcia Dezen explica que normalmente as placas são instaladas nos telhados das construções rurais, em área que incida luz solar o dia inteiro e em relação à indicação. “Cada caso é analisado conforme a viabilidade do sistema, em relação aos custos com energia da propriedade”, explica. Além de promover o acesso à informação em relação à tecnologia, a Emater/RS-Ascar auxilia na elaboração de projetos de crédito rural para financiamento dos sistemas.

O casal Gilmar e Schirley Mayer implantou o sistema em sua propriedade neste ano. Em pouco tempo já percebeu a diferença. O excedente da produção é compartilhado também com o filho Carlos Henrique, que assim como os pais, se dedica à bovinocultura de leite. "Decidimos implantar por causa do custo da energia, que é alto por causa da atividade leiteira, e a Márcia da Emater nos orientou em relação ao financiamento", comenta Shirley. Com o projeto elaborado pela Emater/RS-Ascar, em pouco tempo conseguiu a liberação dos recursos via Banco do Brasil, onde foi financiado por 10 anos, com juros de 3% ao ano, pelo Pronaf Bioeconomia.

Logo após, o material foi adquirido e a empresa responsável efetuou a instalação das 18 placas fotovoltaicas, cada uma com capacidade de 325 W. Em 10 dias, a RGE já realizou a troca do medidor. Assim, a energia passou a ser gerada e contabilizada a partir do dia 17 de setembro deste ano.

Com a Resolução Normativa da ANEEL nº 482, é permitido ao consumidor gerar sua própria energia a partir de fontes renováveis e tornar-se também um fornecedor de energia elétrica à rede pública, ao fornecer o excedente de sua produção. É o caso dos Mayer, que participam deste sistema de compensação, em que toda a energia que é produzida será descontada em sua fatura, gerando renda e autonomia. "Agora neste mês de novembro foi a primeira vez que recebemos a conta depois da instalação, aqui é feita leitura a cada três meses. Ficamos muito contentes com o resultado. Da última vez tivemos uma conta de mais de 600 reais e agora contabilizando as duas casas deu 80 reais", relata Schirley.

Além da economia na conta de energia elétrica, o produtor que adota a energia renovável em sua propriedade contribui com a diminuição dos impactos ambientais e com a preservação dos recursos naturais disponíveis.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Santa Rosa
Jornalista Deise A. Froelich
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