Essa semana percebemos certo viés pessimista em torno da recuperação na economia mundial. Notícias vindas de fora mostraram que os números trimestrais de Bank of America, Morgan Stanley, entre outros, vieram piores do que o esperado. Soma-se a isso a notícia de que a China aumentará o aperto financeiro, levando os bancos a reduzir os volumes de empréstimo.
Pois é, o que acontece na China reflete no mundo e, principalmente, no Brasil, afinal de contas nossas empresas mais relevantes dependem e muito das compras do player asiático. Para citar um dado importante da recente onda pessimista, o Bank of America teve perdas de US$ 5,2 bilhões, diante de uma expectativa de US$ 3,9 bi.
Calma e foco nos objetivos
Todos esses dados demonstram que a economia é uma ciência no mínimo interessante e que pode viver mudanças repentinas e intensas. Mais, quando determinados dados surgem, podem imediatamente refletir no humor do mercado. Pode ser que amanhã surja uma nova notícia que altere todo o entendimento de hoje e o mercado passe a operar de forma mais tranqüila.
Para o investidor, é hora de manter a calma e o foco. Lembre-se do planejamento. Nessas oportunidades em que alguns papéis são afetados pela volatilidade, boas oportunidades podem surgir, portanto atenção! Ao mesmo tempo, se você ganhou muito com a alta da Bolsa no ano passado, talvez seja hora de rebalancear sua carteira e acertar os percentuais de investimento dentro de suas expectativas. Planejamento, controle e respeito são fundamentais sempre.
Ventos continuam favoráveis?
De toda forma, mais do que nunca o momento requer compreensão de que os ventos aqui ainda são favoráveis, principalmente quando lembramos do nosso mercado interno e de toda a necessidade de infraestrutura que o Brasil necessitará. Já se fala em PAC 2 e ótimos negócios surgirão para empresas que se beneficiarão do Programa. Vêm ai a Copa e as Olimpíadas.
Não se esqueça: mantenha os pés no chão e opte por programar bem suas contas. Em 2009, a emissão de cheques sem fundo foi recorde, no maior percentual desde 1991. Esses índices demonstram que o entusiasmo em comprar está sendo maior do que o planejamento. Em época de bonança, o mais importante é formar reserva para os momentos ruins. Então, se não puder comprar, não compre. Não entre em dívidas justamente no momento em que pode vitaminar sua poupança e seus investimentos. Até a próxima.
Fonte! Chasque de Ricardo Pereira, publicado no Dinheirama - http://www.dinheirama.com/, no dia 21 de janeiro de 2010.
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