O consultor James C. Hunter atraiu empresários, executivos e estudantes para sua palestra na Capital
Porto Alegre. Ele vendeu, apenas no Brasil, mais de 2 milhões de unidades de sua mais famosa obra, O Monge e o Executivo, um mix de gestão de pessoas com boas doses de autoajuda e religiosidade.
É com essa carta de apresentação que o norte-americano James C. Hunter atraiu para o Teatro do Sesi, ontem à noite, na Capital, gestores, empresários, executivos, gerentes e estudantes. O best-seller está na lista dos mais vendidos praticamente desde seu lançamento por aqui, em 2004, e disseminou-se primeiro entre empresários e executivos. Posteriormente, ganhou status de leitura obrigatória entre gerentes de qualquer setor, porte ou ramo de atividade e entre estudantes.
Hunter conquistou o público com um enredo tão simples como a palestra proferida na noite de ontem: ele conta a história de um diretor de empresas em crise profissional e pessoal, que descobre um curso ministrado em um monastério. No programa, pequenos grupos discutem um novo perfil de liderança: o líder servidor, cuja fonte de inspiração é um ex-executivo que se tornou monge.
Confira abaixo alguns dos conselhos de Hunter que prenderam a atenção da plateia:
1) Pergunte a si mesmo: que tipo de chefe eu sou? Eu gostaria de ser meu funcionário? Você é o chefe que gostaria de ter? Pense no chefe que você gostaria e seja exatamente isso. Essa regra resume tudo. Certamente, ele será um bom ouvinte, terá paciência, respeito, caráter. A regra é básica e conhecida há muitos anos: não faça aos outros o que não gostariam que fizessem a você.
2) Uma boa notícia é que existem muitos livros que ensinam a ser grandes líderes. A má notícia é que isso não resolve o seu problema. As pessoas esperam por um pó mágico, um livro ou um powerpoint que simplesmente as tornem melhores. Você vai ter que mudar, colocar tudo em prática.
3) O líder precisa dar o que as pessoas precisam, não necessariamente o que elas querem. O que elas querem e o que precisam talvez não seja o mesmo. Os melhores chefes têm de identificar o que seus colaboradores precisam e dar isso a eles.
4) Liderar não tem nada a ver com gerenciar. Conheço muitos executivos e gestores que sabem ler balanços, analisar contas e a estrutura. Isso é gerenciar. Liderar é diferente. É inspirar as pessoas, é deixar a sua marca.
5) Liderança é a marca que você deixa nas pessoas, na empresa em que você trabalha. Pense se a empresa é pelo menos um pouco melhor porque vocês estão lá. Você é do tipo que pega as coisas e as deixa como estão ou as melhora?
6) Um líder não nasce feito. Não é DNA. Liderança é habilidade que se desenvolve. Se você tem consciência de que é uma habilidade e que para isso precisa se desenvolver constantemente, e que isso implica mudar, está no caminho certo.
7) Para ser melhor é preciso praticar. Ninguém aprende a nadar ou jogar golfe lendo um livro. Aprende nadando, jogando golfe. Se leu meu livro e acha que já melhorou, não investiu bem o seu dinheiro. Pratique, faça embaixadinhas e aprenda a jogar.
Fonte! Chasque publicado em ZH Dinheiro - http://zerohora.clicrbs.com.br/especial/rs/zhdinheiro, no dia 17 de março de 2010.
Retrato de Tadeu Vilani.
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