Entre 5 e 9 de maio, aconteceu a 1ª
Semana Nacional de Educação Financeira. É a primeira iniciativa da Estratégia
Nacional de Educação Financeira (Enef). O objetivo foi disseminar práticas
conscientes e inteligentes para o bom uso do dinheiro. Foram centenas de
atividades por todos os Estados brasileiros, incluindo palestras, seminários,
debates, distribuição de cartilhas, teatro adulto e infantil, narração de
histórias e mutirões para regularização do nome dos cidadãos. Muitas delas
permanecerão disponíveis on-line. Aparentemente, nenhuma dessas iniciativas é
novidade. Só aparentemente.
Se você já teve contato com alguma cartilha de
banco ou seguradora, certamente desconfiou do caráter comercial dela. Diante de
especialistas, certamente desconfiou da parcialidade dos produtos oferecidos.
A inovação da Enef está em reunir instituições
com interesses potencialmente concorrentes para criar uma pauta de
educação única, com o aval de todas as entidades participantes. É inédita, no mundo,
a união de forças de tantas entidades para um trabalho de larga escala,
simultâneo e, principalmente, em uníssono. É essencial citar as 12 instituições
envolvidas para dar dimensão da importância da iniciativa. São elas: Banco
Central, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros
Privados, Superintendência Nacional de Previdência Complementar, ministérios da
Educação, Fazenda, Justiça e Previdência Social, Associação Brasileira das
Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, BMFBovespa, Confederação
Nacional das Empresas de Seguros e Federação Brasileira de Bancos.
O público-alvo é heterogêneo, com ações para
todas as idades e todos os níveis de renda. A principal delas é o lançamento da
Plataforma Aberta de Livros de Educação Financeira, no portal
edufinanceiranaescola.org.br. Por meio do site, é possível baixar conteúdo e
apostilas para ensino nas escolas para o ensino médio. O ensino fundamental
deverá receber o material no segundo semestre. Tudo gratuito.
Ainda neste ano, será lançado o selo Enef,
para reconhecer iniciativas gratuitas de conscientização e educação financeira,
desde que elas sigam as diretrizes de imparcialidade.
São iniciativas bem-vindas a uma sociedade que
ainda lida mal com o dinheiro. Devem impactar indicadores de consumo, crédito e
investimento. É um alento para a educação de nossos jovens e para a economia do
país. E motivo de atenção para os adultos: em breve, jovens sairão das escolas
sabendo lidar com o dinheiro melhor que seus pais. Estaremos preparados?
Fonte! Este chasque (esta matéria) foi publicado no sítio Mais Dinheiro, no dia 26 de maio de 2014 (originalmente publicado na Revista Época em 25 de maio de 2014).
Abra as porteiras clicando em :http://www.maisdinheiro.com.br/artigos/4/111/o-brasil-tera-educacao-financeira--finalmente
Nenhum comentário:
Postar um comentário