quinta-feira, 22 de maio de 2014

Cartão de crédito, todos nós temos ou teremos um

Eles vieram para ficar, não são mais um modismo. São os cartões de crédito, “o dinheiro de plástico”. Atualmente, a posse de cartões entre a população com mais de 18 anos de idade, em onze das principais capitais brasileiras, atingiu 76%, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). O inusitado, agora, é que os consumidores que compõem as classes C, D e E ampliaram sua presença no mercado de cartões e detiveram 60% dos plásticos ativos no Brasil no final do ano passado, segundo estudo do Itaú Unibanco. 

Em 2010, o número chegava em 50%. Já os clientes da classe A diminuíram sua participação, passando de 10% em 2010 para 3% atualmente. No caso da classe B, o percentual foi reduzido de 42% para 37%, na mesma base de comparação. Com os novos instrumentos, sobretudo contas pré-pagas, os consumidores já começam a ter experiência no mundo de cartões e têm apetite maior para produtos desta natureza, começando a se habituar a consumir – e a se endividar –  mais produtos digitais. Com o tempo, esse cliente deve migrar das contas pré-pagas para cartões. Essa migração importante deve continuar aumentando a representatividade das classes C, D e E em cartões de crédito, segundo especialistas do setor.

O gasto médio por cartão de crédito no Brasil cresceu 23% entre 2010 e 2013, passando de R$ 566,00 para R$ 699,00 mensais. Também as mulheres aumentaram sua presença nos cartões de crédito, ainda segundo estudo do Itaú. A presença do público feminino foi a 53% em 2013 ante 48% em 2010. O número de clientes de cartões de crédito pessoa física que afirmou ter usado o plástico, nos últimos dias, avançou 4 p.p. no período de referência, passando de 60% para 64%.

Não surpreende, então, que o mercado de cartões de crédito e débito deve crescer em média 17% ao ano até 2016. O maior crescimento deve vir dos plásticos de débito que devem avançar 20%. Já o aumento dos cartões de crédito deve ser de 15%. Os meios eletrônicos de pagamento já respondem por 50% do volume financeiro gasto por mês pelo brasileiro, apresentando uma evolução de participação gradativa frente aos 42% de 2011. Esse ganho foi obtido com a redução da representatividade dos demais meios de pagamento, como dinheiro, cheque, boleto bancário e carnê. A fatia de dinheiro em uso foi a que mais reduziu no período, recuando de 43% para 37%, enquanto a participação do cartão de débito subiu de 19% para 23%, ainda segundo a pesquisa.

No auge da sua popularidade, o comediante estadunidense Jerry Lewis, que fez dupla, em diversos filmes, com o também ator e cantor Dean Martin, aparecia em uma produção mostrando sua carteira com pelo menos 15 cartões de crédito. Isso lá pelos anos de 1960, quando o “dinheiro de plástico” ainda não era popular no Brasil. Isso só ocorreria pelo menos 20 anos depois. Hoje, quem não tem pelo menos um cartão de crédito? O fato é que todos nós temos ou teremos, pelo menos, um cartão de crédito, com validade até internacional, uma boa comodidade. Porém, a facilidade é de tal forma que muitas pessoas têm três ou quatro cartões no Brasil.

Fonte! Este chasque é o editorial do Jornal do Comércio de Porto Alegre - Rs, da edição do dia 10 de abril de 2014.

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Nota do sítio O Bolso da Bombacha!

1 - Já tive cartão de crédito antes de ter a consciência e a educação financeira na minha família. Era de um grande banco, com afinidade ao meu time do coração;

2 - Depois de estar "casado" com o cartão por uns 16 anos, pagando religiosamente em dia, "quebrei" o contrato pois o "negócio" era muito bom para a empresa de cartões (e o banco) e péssimo pra mim;

3 - Bastava ler as "obrigações" na fatura, tais como "juros e multas por atraso num percentual de R$ 14,99% ao mês", visto que a maioria das aplicações financeiras não dão este rendimento em um ano....;

4 - É um impulso suprimido um cartão de crédito que não existe no bolso da minha bombacha. Só faço as minhas compras à vista e de preferência, somente se o bem a ser adquirido é indispensável e se tem dinheiro, pois o parcelamento é zero;

5 - Somente em caso de renovação de seguros (veículo), me permito o parcelamento, pois (de forma errada) as seguradoras cobram o seguro em quatro vezes sem juros e não permitem o desconto quando me proponho a pagá-lo à vista;

6 - Uma das avenidas percorridas pelos seriamente endividados (e falidos consumidores) é via dívidas com o cartão de crédito, que tem os juros mais salgados deste terra que chamamos de mundo;

7 - Cheguei a conclusão que NÃO PRECISO MAIS E NÃO VOU TER MAIS CARTÃO DE CRÉDITO!

Valdemar Engroff 

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