Instituição leva educação financeira às comunidades para conquistar 50 milhões de novos investidores
Brasília — Para fazer com que 50 milhões de brasileiros comecem a economizar, o Banco Central (BC) investirá em educação financeira. Uma das iniciativas é fazer softwares de jogos e distribuir tablets em áreas pobres e favelas das grandes cidades para habituar as pessoas a aplicarem na poupança. Para incentivar esse comportamento entre a população de menor renda, o BC encomendou uma pesquisa sobre os hábitos bancários da classe C. Essa parcela da população teve um papel importante na retomada do crescimento, por meio do consumo, após a crise global de 2009.
Antes mesmo dos resultados do estudo, a autoridade monetária já traça projetos para incentivar a poupança em 2014 — o último ano do programa de inclusão financeira da autarquia. O foco é sempre formar “multiplicadores”, ou seja, pessoas das próprias comunidades que possam repassar os conhecimentos. Aí entram os joguinhos nos tablets.
De acordo com o Banco Central, há pessoas que preferem não colocar o dinheiro na caderneta por acreditar que precisam deixá-lo por pelo menos três ou seis meses rendendo. Acabam mantendo na conta corrente por medo de precisar da quantia de imediato. Técnicos dizem que se essas pessoas soubessem que podem usar os recursos da caderneta a qualquer momento, mas que só recebem os rendimentos a partir de 30 dias do depósito, ficariam mais tranquilas e poderiam fazer parte das estatísticas de investidores brasileiros. Com essas dificuldades de entendimento, muitos continuam fora do grupo de poupadores do país, mas já fazem parte da população “bancarizada”, que teve um incremento substancial com a ascensão da nova classe média. Em outubro, o Brasil ultrapassou a marca de 100 milhões de contas correntes, o que significa crescimento de 27% nos últimos cinco anos.
Os tablets serão entregues às mulheres. Com ajuda de cooperativas de crédito e do Ministério de Desenvolvimento Social, o BC começa a identificar grupos que já se reúnem para atividades como, por exemplo, costurar. O equipamento passará de mão em mão, num jogo educativo que se multiplica para amigos e familiares. “Este é o maior desafio: sensibilizar a população a fazer aplicações de mais longo prazo”, afirmou o diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do BC, Luiz Edson Feltrim.
Parte do 13º pode auxiliar o desafio
São Paulo — Escaldado do consumo excessivo dos últimos anos que levou à escalada da inadimplência, o brasileiro está mais cauteloso. O principal destino da segunda parcela do 13˚ salário será a poupança, revela pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em parceria com o Instituto Ipsos. A enquete que ouviu mil pessoas em 70 cidades entre 19 de novembro e 1˚ de dezembro revela que 32,6% pretendem poupar esse dinheiro, enquanto 30,4% planejam comprar presentes.
Pela primeira vez, desde 2009, a poupança é o principal destino da segunda parcela do 13˚ salário. Em anos anteriores, o que liderava o ranking era o gasto com presentes. Em 2010 e em 2012, por exemplo, essas compras dividiram o pódio com o pagamento de dívidas.
Fonte! Chasque (reportagem) publicado no jornal Correio do Povo de Porto Alegre (RS), na edição do dia 16 de dezembro de 2013.
Créditos do Retrato: http://www.ebc.com.br/noticias/economia/2013/03/entidades-dizem-que-brasil-ocupa-boa-posicao-em-ranking-sobre.
Brasília — Para fazer com que 50 milhões de brasileiros comecem a economizar, o Banco Central (BC) investirá em educação financeira. Uma das iniciativas é fazer softwares de jogos e distribuir tablets em áreas pobres e favelas das grandes cidades para habituar as pessoas a aplicarem na poupança. Para incentivar esse comportamento entre a população de menor renda, o BC encomendou uma pesquisa sobre os hábitos bancários da classe C. Essa parcela da população teve um papel importante na retomada do crescimento, por meio do consumo, após a crise global de 2009.
Antes mesmo dos resultados do estudo, a autoridade monetária já traça projetos para incentivar a poupança em 2014 — o último ano do programa de inclusão financeira da autarquia. O foco é sempre formar “multiplicadores”, ou seja, pessoas das próprias comunidades que possam repassar os conhecimentos. Aí entram os joguinhos nos tablets.
De acordo com o Banco Central, há pessoas que preferem não colocar o dinheiro na caderneta por acreditar que precisam deixá-lo por pelo menos três ou seis meses rendendo. Acabam mantendo na conta corrente por medo de precisar da quantia de imediato. Técnicos dizem que se essas pessoas soubessem que podem usar os recursos da caderneta a qualquer momento, mas que só recebem os rendimentos a partir de 30 dias do depósito, ficariam mais tranquilas e poderiam fazer parte das estatísticas de investidores brasileiros. Com essas dificuldades de entendimento, muitos continuam fora do grupo de poupadores do país, mas já fazem parte da população “bancarizada”, que teve um incremento substancial com a ascensão da nova classe média. Em outubro, o Brasil ultrapassou a marca de 100 milhões de contas correntes, o que significa crescimento de 27% nos últimos cinco anos.
Os tablets serão entregues às mulheres. Com ajuda de cooperativas de crédito e do Ministério de Desenvolvimento Social, o BC começa a identificar grupos que já se reúnem para atividades como, por exemplo, costurar. O equipamento passará de mão em mão, num jogo educativo que se multiplica para amigos e familiares. “Este é o maior desafio: sensibilizar a população a fazer aplicações de mais longo prazo”, afirmou o diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do BC, Luiz Edson Feltrim.
Parte do 13º pode auxiliar o desafio
São Paulo — Escaldado do consumo excessivo dos últimos anos que levou à escalada da inadimplência, o brasileiro está mais cauteloso. O principal destino da segunda parcela do 13˚ salário será a poupança, revela pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em parceria com o Instituto Ipsos. A enquete que ouviu mil pessoas em 70 cidades entre 19 de novembro e 1˚ de dezembro revela que 32,6% pretendem poupar esse dinheiro, enquanto 30,4% planejam comprar presentes.
Pela primeira vez, desde 2009, a poupança é o principal destino da segunda parcela do 13˚ salário. Em anos anteriores, o que liderava o ranking era o gasto com presentes. Em 2010 e em 2012, por exemplo, essas compras dividiram o pódio com o pagamento de dívidas.
Fonte! Chasque (reportagem) publicado no jornal Correio do Povo de Porto Alegre (RS), na edição do dia 16 de dezembro de 2013.
Créditos do Retrato: http://www.ebc.com.br/noticias/economia/2013/03/entidades-dizem-que-brasil-ocupa-boa-posicao-em-ranking-sobre.
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