Cultivos de erva-mate, uva e cítricos deixam de ser usados apenas para o segmento de alimentação e bebidas e ganham o mercado da beleza
Veja também o se faz com uvas e frutas cítricas gaúchas
Fonte! Chasque de Joana Colisse, do dia 27 de junho de 2013, publidado na página eletrônica do Jornal Zero Hora de Porto Alegre (RS). Abra as porteiras:
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2013/06/cosmeticos-fabricados-a-partir-da-lavoura-4183513.html
Da propriedade de Eduardo Guadagnin saem folhas de erva-mate
usadas em cosméticos vendidos no país inteiro
Foto: Lidiane Mallmann / Especial
Em meio às araucárias, no interior de Putinga, no Vale do Taquari, o produtor Eduardo Guadagnin, 58 anos, cultiva erva-mate ao lado da mata nativa. Com o manejo agroflorestal, o ambiente é preservado desde o cultivo, sem fertilizantes e defensivos químicos, até a colheita, com uso orientado de foices e facões. Da propriedade, saem folhas de erva-mate usadas em cosméticos vendidos no país inteiro.
Há mais de um ano, a colheita da erva é feita em processos distintos: um para as plantas que serão destinadas ao mate do chimarrão e outro para o que se transformará em linha de cosméticos da Natura. Quando a colheita é destinada ao chimarrão, 30% do produto é madeira e os outros 70% são folhas de mate. Para o beneficiamento da erva-mate tradicional, a presença dos "palitos" de madeira garantem a textura e o sabor à bebida.
— Para os cosméticos, separamos apenas as folhas, sem madeira. E a erva passa apenas por um processo de secagem, sem ser moída — explica Guadagnin, um dos proprietários da Ervateira Putinguense.
Numa secagem mais branda, a 60°C, sem contato direto com o fogo, são preservadas as propriedades da planta. Com ajuda da biotecnologia, as folhas secas são transformadas em novos produtos. Por meio de processos químicos e testes laboratoriais, as propriedades do extrato benéficas à pele são retiradas e transformadas em cosméticos com efeitos e aromas específicos. A escolha dos 69 hectares de ervais de Guadagnin se deve às práticas que renderam à ervateira certificação internacional para produtos florestais não-madeiráveis da Mata Atlântica, o selo verde Forest Stewardship Council.
Ao destinar parte da produção aos laboratórios da Natura, em São Paulo, o produtor dobrou o valor recebido pelo quilo do produto. Enquanto o quilo certificado para chimarrão é vendido a R$ 9,50, a erva pura folha é negociada por mais de R$ 20. A cada cem quilos da folha são gerados três quilos de extrato aromático usados em uma linha masculina de perfume, desodorante, xampu e sabonete — todos os produtos levam o nome da Ervateira Putinguense.
Há mais de um ano, a colheita da erva é feita em processos distintos: um para as plantas que serão destinadas ao mate do chimarrão e outro para o que se transformará em linha de cosméticos da Natura. Quando a colheita é destinada ao chimarrão, 30% do produto é madeira e os outros 70% são folhas de mate. Para o beneficiamento da erva-mate tradicional, a presença dos "palitos" de madeira garantem a textura e o sabor à bebida.
— Para os cosméticos, separamos apenas as folhas, sem madeira. E a erva passa apenas por um processo de secagem, sem ser moída — explica Guadagnin, um dos proprietários da Ervateira Putinguense.
Numa secagem mais branda, a 60°C, sem contato direto com o fogo, são preservadas as propriedades da planta. Com ajuda da biotecnologia, as folhas secas são transformadas em novos produtos. Por meio de processos químicos e testes laboratoriais, as propriedades do extrato benéficas à pele são retiradas e transformadas em cosméticos com efeitos e aromas específicos. A escolha dos 69 hectares de ervais de Guadagnin se deve às práticas que renderam à ervateira certificação internacional para produtos florestais não-madeiráveis da Mata Atlântica, o selo verde Forest Stewardship Council.
Ao destinar parte da produção aos laboratórios da Natura, em São Paulo, o produtor dobrou o valor recebido pelo quilo do produto. Enquanto o quilo certificado para chimarrão é vendido a R$ 9,50, a erva pura folha é negociada por mais de R$ 20. A cada cem quilos da folha são gerados três quilos de extrato aromático usados em uma linha masculina de perfume, desodorante, xampu e sabonete — todos os produtos levam o nome da Ervateira Putinguense.
Com ajuda da biotecnologia, as folhas secas são transformadas em
novos produtos. Foto: Lidiane Mallmann, especial
— Não se trata apenas do ganho da venda, até porque a quantidade é pequena na comparação com a erva que vai para beneficiamento tradicional. Nos tornarmos referência em cultivo sustentável, agregamos valor a nossa produção — resume o produtor, que fornece em torno de 3 mil quilos por safra à indústria de cosméticos.
Com alto poder antioxidante, a folha de erva-mate tem propriedades que combatem os radicais livres — associados ao envelhecimento precoce, com aparecimento de manchas e rugas.
— E as pessoas valorizam ainda mais produtos que trazem em seu DNA a sustentabilidade — avalia Edimilson Miguel, gerente de mar-keting da Regional Sul da Natura.
novos produtos. Foto: Lidiane Mallmann, especial
— Não se trata apenas do ganho da venda, até porque a quantidade é pequena na comparação com a erva que vai para beneficiamento tradicional. Nos tornarmos referência em cultivo sustentável, agregamos valor a nossa produção — resume o produtor, que fornece em torno de 3 mil quilos por safra à indústria de cosméticos.
Com alto poder antioxidante, a folha de erva-mate tem propriedades que combatem os radicais livres — associados ao envelhecimento precoce, com aparecimento de manchas e rugas.
— E as pessoas valorizam ainda mais produtos que trazem em seu DNA a sustentabilidade — avalia Edimilson Miguel, gerente de mar-keting da Regional Sul da Natura.
Veja também o se faz com uvas e frutas cítricas gaúchas
Fonte! Chasque de Joana Colisse, do dia 27 de junho de 2013, publidado na página eletrônica do Jornal Zero Hora de Porto Alegre (RS). Abra as porteiras:
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2013/06/cosmeticos-fabricados-a-partir-da-lavoura-4183513.html
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