Na opinião do economista, as perspectivas de médio e longo prazo para a bolsa são muito boas
Para ele, no atual cenário de juros baixos, o investidor deve olhar mais atentamente para o investimento em ações. “A alocação em ações tem que aumentar. Mas isso tem que ser feito olhando o preço das ações, olhando os setores mais promissores. Estamos em uma situação onde algumas ações estão muito baratas e outras não, estão bastante caras. Então isso precisa ser olhado com um pouco mais de cuidado, primeiro por setor e depois por ação”, disse Amorim ao InfoMoney. No último sábado (22), ele fez a palestra “Brasil & Situação Global”, na Expo Money de São Paulo.
Na opinião do economista, a bolsa brasileira ainda deve sofrer com os problemas globais e, no curto prazo, pode continuar patinando. “Se a crise da Europa se intensificar, vamos ver a bolsa caindo em relação aos níveis atuais. A chance disso não é pequena de acontecer, mas à medida que a crise européia se resolver e o mundo acabar retomando o crescimento, o Brasil também vai retomar”, disse. Com esta retomada de crescimento, teremos boa parte dos ativos de bolsa baratos, somado a um cenário de crescimento de longo prazo favorável. "Ou seja: as perspectivas de médio e de longo prazo para a bolsa brasileira são muito boas. As de curto prazo, eu temo que não", afirma.
Por isso, ele ressalta que o investidor deve começar a olhar para o investimento em bolsa com um horizonte maior. “A bolsa sempre foi vista como uma classe se passagem no Brasil. Temos poucos investidores de longo prazo. Normalmente, a pessoa entra para aproveitar o movimento de algumas semanas, alguns meses, e sair logo depois. Precisamos começar a ver a bolsa como um ativo de longo prazo”, ressalta.
Renda fixa
Com a queda de juros no País, o economista aponta que a alocação em renda fixa também vai começar a mudar e o investidor deve cada vez mais sair dos títulos indexados à taxa Selic. “O investimento nestes títulos tem que despencar no Brasil, e vai despencar ao longo desta década”, acredita.
Para ele, uma das alternativas são os títulos indexados aos índices de preços. “Quais tiveram melhor rentabilidade nos últimos anos e provavelmente vão sustentar melhor rentabilidade nos próximos? Os títulos indexados à inflação e os títulos prefixados”. Além disso, ele também aponta os fundos imobiliários como opção para o atual cenário. “É uma mudança de alocação do investidor. É uma mudança estrutural”, conclui.
Fonte! Chasque de Diego Lazzaris Borges, publicado no dia 24 de setembro de 2012, no sítio da Info Money. Abra as porteiras: http://www.infomoney.com.br/onde-investir/acoes/noticia/2566859/Alocacao-acoes-tem-que-aumentar-diz-Ricardo-Amorim
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