Dá para aplicar em ações com pouco
"A partir de que valor posso começar a aplicar em ações?". Taí uma das perguntas que mais ouço de amigos interessados em melhorar os investimentos.
Bem, em tese, o valor mínimo é o preço (cotação) de uma ação da companhia na qual você quer investir. E os preços das ações variam bastante – de centavos a mais do que R$ 100. Mas precisamos considerar também os aspectos práticos.
O primeiro é o custo. A gente paga taxas às instituições envolvidas na aplicação. Para comprar ou vender ações, é preciso ter conta numa corretora, à qual se paga, a cada operação, a taxa de corretagem, que é fixada pela corretora. Pode ser variável ou fixa e, neste caso, costuma oscilar entre R$ 10 e R$ 40.
Tem também uma fatia _0,035% da cifra aplicada, que é chamada de taxa de emolumentos e é paga à Bolsa. Ela é cobrada diretamente na conta do aplicador na corretora de valores e pode ser verificada no extrato ou resumo financeiro.
Além disso, há a taxa de custódia, R$ 6,90 por mês, paga à BM&FBOVESPA, que guarda os registros dos investimentos. A cobrança não vem pra gente, investidor. É feita junto à corretora, que pode repassá-la ao cliente ou não, o que depende, geralmente, da realização de um determinado número de operações, compras ou vendas, por mês.
(E, embora não interfira no valor mínimo de investimento, vale lembrar a tributação: quando se faz, num só mês, vendas acima de R$ 20 mil, paga-se 15% de Imposto de Renda sobre os ganhos gerados nas operações.)
Planejando o investimento em Bolsa, temos de considerar mais um fator. Acontece que as ações, modo geral, são negociadas em lotes de cem, padronização que facilita e amplia os negócios. Dá para contornar o padrão operando no mercado fracionário, segmento em que as ações são negociadas por unidade. O investidor pode comprar uma ação ou várias, sem se limitar aos múltiplos de cem (um lote).
Enfim, o valor mínimo para investir não é um ponto estático, mas o cálculo do valor a partir do qual, considerando as taxas, o investimento vale a pena, ou seja, tem perspectiva de pagar as despesas e ainda ganhar alguma coisa.
Ficou no ar? Para ganhar firmeza nos primeiros passos, considere um clube de investimentos, que é um grupo de pessoas – amigos, colegas de empresa, membro de um sindicato etc – se reúne para investir em ações, como se fosse um aplicador só, o que dissolve os custos. Além do mais, os participantes ficam mais motivados enquanto aprendem sobre o mercado e se acostumam a poupar.
Fonte! Chasque de Juliana Garçon, publicado no sítio da BM&F Bovespa, em "Mulheres em Ação", no dia 14 de fevereiro de 2011. Acesse abrindo a cancela clicando em http://www.bmfbovespa.com.br/.
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Nota deste sítio! Muitas questões que sempre pairam no ar dentre os futuros investidores estão respondidas neste chasque (texto). Ademais, o vivente precisa estudar, ler muito e ter "estômago" quando uma grande perda financeira se avizinhar (como a crise de 2008, com plena recuperação das perdas já no ano seguinte). Com certeza, no longo prazo, os ganhos serão na maioria das vezes, fabulosos.....
Baita abraço
Valdemar Engroff - o gaúcho taura
Muito bom o artigo, bastante claro e objetivo.
ResponderExcluirParabéns pela escolha, Valdemar!
Bom Dia Adriano!
ResponderExcluirRealmente foi um dos artigos mais completos e objetivos que achei nas minhas camperiadas (pesquisadas ) pela internet. Praticamente responde a todas as perguntas...
Tenha uma ótima semana.
Valdemar,
ResponderExcluirEu conheço uma pessoa que comprou uma ação literalmente. Não me recordo de qual empresa, mas os custos da compra chegou a 50 % do valor da ação.
Nem sei qual foi o final desse caso, mas que é uma tremenda falta de informação por parte do investidor, isso sim é.
Abraços