Veterinário
Sérgio Juchem mudou a postura em relação
às aplicações, optando por variá-las em
diferentes fundos /
MANUELA
BERGAMIN/DIVULGAÇÃO/JC
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A linha
descendente verificada ao longo do ano pela taxa básica de juros (Selic) vem
movimentando o mercado financeiro. O índice, que em outubro esteve em 8,25% ao
ano, poderá chegar ao patamar de 7% no final de 2017, conforme projeções de
economistas e especialistas - tendência que, se confirmada, levaria o País a
conviver com os juros mais baixos da história. Um cenário que proporciona novas
situações para investidores e clientes das mais diferentes formas de aplicação
financeira - entre elas, dos planos de previdência complementar em que o
próprio contratante pode escolher onde os recursos arrecadados serão aplicados.
Na medida
em que os investimentos mais conservadores de renda fixa vão perdendo
rentabilidade, uma opção que vai ganhando terreno é a diversificação da
carteira de investimentos, eventualmente com aumento dos riscos. Foi, por
exemplo, a escolha do veterinário e pesquisador Sérgio Juchem: realocar uma
parte dos recursos investidos em previdência privada, reduzindo a parcela
destinada a fundos de baixo risco. "Em março e abril, começou a queda dos
juros, e em junho começou a bater nas rentabilidades", lembra Juchem, que
resolveu transferir parte desses recursos para opções multimercado - nos quais
os gestores do fundo investem em ativos de renda fixa e de renda variável,
podendo acompanhar os movimentos de mercado para obter ganhos maiores. "Em
torno de 30% dos meus recursos de previdência estavam alocados em fundos
conservadores, mas agora estão em redução para 22%, já que a rentabilidade
caiu", explica o pesquisador.
Juchem
conta que começou a buscar informações sobre planos de previdência complementar
ainda em 2016. A ideia inicial era encontrar opções nas quais fosse possível
abater do Imposto de Renda parte dos valores investidos, o que o levou
inicialmente aos planos Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). Mas o processo
não terminou aí. "O que realmente mudou a minha postura foi entrar em
contato com alguém que não fosse um vendedor, mas um técnico em previdência,
indicado pela seguradora", relata o pesquisador, que acabou optando por
variar os investimentos.
Além dos
recursos investidos em previdências PGBL e Vida Gerador de Benefício Livre
(VGBL), Juchem hoje também tem investimentos em banco, para uso imediato, além
de aportes mediados por uma corretora - em fundos de risco variável, incluindo
os multimercados. "Vi que poderia colocar dinheiro em diferentes fundos. A
previdência deu a facilidade de comprar um tíquete menor", observa:
"É mais ou menos como fazer compras: algumas coisas valem a pena comprar
no mercadinho da esquina. Para outras, é melhor ir no macroatacado."
O
veterinário reconhece que a maioria da população ainda não está inteirada das
possibilidades de investimentos disponíveis. "A gente ainda carrega, no
Brasil, um trauma do sequestro de recursos. Vivemos em um País onde pessoas
guardam dinheiro em casa. Nossa instabilidade política força as pessoas a se
reservarem. Somos um país que está há pouco tempo na democracia. Ainda há
dificuldade de as pessoas tomarem conta do seu destino, o empreendedorismo é
novidade. Temos direito a ser autônomos, mas ainda não usamos toda essa
autonomia", analisa Juchem, ressaltando que a solução não é outra senão a
busca constante de conhecimento e informação: "Fundos de previdência são
alternativas de investimento. Assim como em outros investimentos, há um leque
de opções. É importante ir atrás das informações".
Fonte! Chasque (postagem) veiculado no Caderno Seguros e Previdência, da edição do dia 31 de outubro de 2017, do Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS
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