quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Com autofalência, Aplub suspende pagamentos de 6 mil beneficiários em setembro

Prédio-sede em Porto Alegre é avaliado em R$ 22 milhões e terá de ser vendido para quitar dívidas / APLUB/DIVULGAÇÃO/JC

autofalência da Aplub Prev, a sigla como é mais conhecida a Associação dos Profissionais Liberais Universitários do Brasil, decretada pela Justiça terá como primeiro efeito imediato a suspensão dos pagamentos a 6 mil beneficiários do plano de previdência complementar. Já o braço de capitalização do grupo não foi atingido e tem operação normal.
 
Os depósitos totais de R$ 4 milhões deveriam ser feitos no dia 25, mas não ocorrerão, confirma o escritório Scalzilli Althaus, contratado pelo interventor nomeado para a Aplub Prev pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Os valores variam de R$ 50,00 a R$ 3 mil, mas há benefícios maiores. Além disso, os valores que outros 10 mil contribuintes atuais têm direito também passam a depender dos próximos passos da falência.
 
Os 16 mil integrantes do plano terão direito a valores de contas bancárias e à receita de leilões de ativos, mas estarão na terceira posição entre os credores, atrás de passivos trabalhistas e com tributos. 
 
"A Aplub Prev pagava 6 mil pessoas com valores mensais, que a partir de agora não receberão mais, mas terão seus direitos resguardados na falência", garante a advogada Gabriele Chimelo, sócia do Scalzilli Althaus. A intervenção, considerada a maior em andamento no País, foi em fim de 2015. Em agosto de 2018, foi decretada a liquidação extrajudicial da companhia pela Susep. 
 
Gabriele lembra que a instituição nunca havia atrasado o pagando dos beneficiários. "Sempre honrou em dia. A notícia é triste para os gaúchos! Afinal, estamos tratando de uma das empresas mais queridas e participativas na comunidade", comenta a sócia do Scalzilli Althaus. A marca chegou a ser estampada na camisa do Inter como uma das patrocinadoras do Colorado. A Aplub foi criada há 56 anos.
 
O administrador Dani Giacomini já foi nomeado pela Justiça para cuidar dos procedimentos pós-falência. Sua tarefa será fazer a arrecadação dos bens da associação para levar à leilão. Os ativos serão a fonte para liquidar dívidas, que são admitidas em mais de R$ 700 milhões, com a maior cifra formada pelos valores de contribuintes e beneficiários. A Aplub Prev é credora em ações judiciais avaliadas em R$ 200 milhões.
 
Gabriele esclarece que a análise feita durante a intervenção apontou prejuízo mensal de R$ 4 milhões. Os ativos são avaliados em R$ 300 milhões. Para quitar todos os credores, a previdência precisará de quase R$ 400 milhões a mais, lembrou. 
 
A autofalência foi pedida no começo da semana passada na Vara de Direito Empresarial, Recuperação de Empresas e Falências da Comarca de Porto Alegre. A solicitação foi atendida em menos de 24 horas. A partir de agora, será feita também a perícia contábil, a verificação dos motivos da quebra da associação e a apuração dos responsáveis, que podem gerar processos na área cível e criminal.
 
A Aplub já teve 30 mil associados e 120 empregados, além de distribuidores e corretores em todo o País. Hoje restaram apenas 17 funcionários.
 
O escritório explicou que a tentativa de vender ativos para pagar devedores não deu certo nos últimos anos. Por isso, a saída foi pedir a decretação da autofalência. "Tivemos de estancar essa sangria o quanto antes ou os danos seriam ainda maiores", justificou a advogada.
 
A Aplub tem ativos em Porto Alegre - como a sede na avenida Júlio de Castilhos - avaliada em R$ 22 milhões -, em Caxias do Sul e em outros estados. "É muito difícil precificar todos os bens, pois muitos estão desativados há anos e em estado péssimo", adiantou Gabriele.
 
A associação tem ainda R$ 150 milhões em aplicações financeiras que compõem o ativo total. Este valor será usado, junto com a renda da venda de imóveis, no pagamento dos débitos. Os recursos nos bancos já podem ser destinados ao pagamento do passivo trabalhista - no limite de 150 salários mínimos por credor. O que sobrar será usado para pagar tributos e parte dos valores dos contribuintes e beneficiários.
 
"A intenção é vender ativos e fazer de forma muito ágil um quadro de credores e rateio de valores", projeta a sócia do Scalzilli Althaus. 
 
Nos últimos anos, a Aplub recebeu ofertas de compra por sua carteira de ativos, mas os interessados não mostraram consistência nas propostas de pagamento. O negócio, apontado como a fonte das dificuldades que levaram à liquidação, foi um acordo acertado em 2013 para transferir o controle da empresa gaúcha à seguradora Capemisa, com sede no Rio de Janeiro. A transação foi desfeita pela Susep.
 
A associação acionou a Capemisa na Justiça, alegando que a seguradora realizou "manobras administrativas e financeiras para apropriar-se de produtos e receita da Aplub", segundo informação no site do Tribunal de Justiça do RS (TJ-RS). 
 
Fonte! Chasque (post) publicado no sítio oficial do Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS, por Patrícia Comunello, em 20 de setembro de 2020. Abra as porteiras clicando em: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/economia/2020/09/757605-aplub-deixa-de-pagar-6-mil-beneficiarios-com-a-autofalencia.html

Recebi meu primeiro salário

Celebre, você conseguiu seu primeiro emprego. Aprenda a lidar com seu dinheiro

Créditos! https://www.focus.jor.br/


Recentemente, participei de um bate-papo com estagiários, jovens celebrando o primeiro emprego, investindo nos estudos para acelerar a carreira e apreensivos com o desafio de bancar suas próprias despesas.
 
Receber o primeiro salário é uma sensação incrível. Ainda me recordo de quando recebi o meu, aos 15 anos de idade, e o entreguei todinho para minha mãe, que fazia mágica com o pouco dinheiro que tínhamos. Certamente o exemplo dela me ensinou muito.
 
O salário chega sem manual de instrução. A lista de compromissos e desejos é grande, e provavelmente demanda mais dinheiro do que o salário, especialmente o primeiro, é capaz de pagar.
 
Compartilhei com os jovens minha experiência em observar que as pessoas que se dão bem com as finanças ao longo da vida não são as que ganham muito, mas as que gastam pouco, e planejam antes de gastar.
 
O primeiro passo do planejamento financeiro tem muito a ver com autoconhecimento, entender como nos relacionamos com o dinheiro, nossos hábitos de consumo, as coisas que são importantes na nossa vida.
 
Válido lembrar que o dinheiro não tem significado algum, o que importa é o que fazemos com ele. O dinheiro não tem valor em si mesmo, é apenas um meio para realizar nossos sonhos. Se colocarmos propósito, significado, nas coisas que queremos comprar ou realizar, maiores serão as chances de fazermos boas escolhas.
 
Cada um desses jovens terá o desafio de equilibrar o presente e o futuro, terá vida longa e será seu próprio provedor. Sugeri que construam um patrimônio gerador de renda de tal forma que não se tornem reféns do seu próprio trabalho. Que possam parar de trabalhar um dia e viver dos rendimentos proporcionados pelo patrimônio que sabiamente construíram.
 
A vida é feita de escolhas. Com dinheiro, não é diferente. Para reduzir a chance de errar, algumas dicas valiosas:
 
Nunca gaste mais do que você ganha.
 
Organize as despesas, separe o que precisa, suas necessidades, do que você quer, seus desejos.
 
Estabeleça limites e pare quando o dinheiro acabar. Não gaste antecipadamente o dinheiro que você ainda não tem.
 
Não faça dívidas, principalmente as impagáveis, contraídas com o crédito rotativo do cartão de crédito e cheque especial. Esse tipo de dívida financia consumo e não constrói riqueza.
 
Use crédito para construir patrimônio: casa própria, seu próprio negócio, seus estudos, são bons exemplos.
 
Não tenha um carro, principal vilão do orçamento.
 
Pague a você mesmo em primeiro lugar, comece com pelo menos 10% do salário e aumente sempre que puder.
 
Aprenda a economizar. Guarde primeiro, gaste depois. Tenha disciplina, guarde sempre, não espere sobrar, não vai sobrar.
 
Investir não é fácil, dá trabalho e requer muito conhecimento. Estude, pesquise e aprenda a investir.
Se você não entender o produto a ponto de explicar em detalhes para um amigo ou parente, não invista.
Não existe investimento sem risco! Conheça e entenda os principais riscos dos investimentos em ativos financeiros: risco de crédito, risco de liquidez, risco de mercado.
 
Não existe o melhor investimento. Existe o mais adequado para atingir seu objetivo, respeitando seu nível de tolerância a risco.
 
Não acredite em milagres, se parece bom demais pra ser verdade, mantenha distância! Consulte somente fontes confiáveis, sempre.
 
Fonte! Chasque (post) da planejadora financeira Márcia Dessen, nas páginas do Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS, na edição do dia 21 de setembro de 2020, na coluna "Opinião".

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Fundos de Pensão somam patrimônio de R$ 982 bilhões e operam em níveis pré-crise

Reforma, Selic e pandemia aceleraram interesse do brasileiro pela seguridade, diz Martins

Reforma, Selic e pandemia aceleraram interesse do brasileiro pela seguridade, diz Martins / ABRAPP/DIVULGAÇÃO/JC


Os fundos de pensão tiveram desempenho positivo novamente em julho, com resultados semelhantes ou superiores aos registrados no período pré-pandemia. Os ativos das entidades fechadas de previdência complementar (EFPCs) somaram R$ 982 bilhões, equivalentes a 13,7% do PIB, retomando praticamente o nível anterior ao do impacto do coronavírus. As informações são do Consolidado Estatístico da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), que reúne os fundos de pensão.
 
Outro dado que mostra a rápida recuperação do sistema é a rentabilidade acumulada pelos fundos de pensão nos primeiros sete meses do ano, cujo resultado foi de 1,83%, recuperando-se portanto da rentabilidade negativa registrada em março, de -6,3% . No mês de julho, a rentabilidade das EFPCs foi de 3,10%, em comparação à TJP de 0,92%.
 
Além disso, as EFPCs reduziram bastante o déficit líquido (superávit menos déficit) nos últimos meses. De acordo com o levantamento da Abrapp, esse resultado despencou para R$ 9,3 bilhões em julho, em comparação aos R$ 58 bilhões de março deste ano, quando a disseminação do coronavírus ganhou força no país.
 
Os planos instituídos (aqueles criados por entidades de classe e sindicatos, entre outros) continuaram a ter crescimento no período. O número de participantes nesses planos somou 552,4 mil em julho, mais que o dobro do registrado há 5 anos, quando esse total era de 250,3 mil pessoas.
 
O diretor-presidente da Abrapp, Luís Ricardo Marcondes Martins, destacou que a reforma da previdência, a queda na taxa de juros e, mais recentemente, a pandemia do novo coronavírus são acontecimentos que impulsionam o interesse dos brasileiros pela consolidação de um plano de previdência privada. "A população está vendo que o Estado vai estar cada vez mais distante da sua condição de grande provedor das previdências públicas", disse Martins em entrevista coletiva para detalhamento do desempenho realizada nesta quinta-feira).
 
A região Sul tem 44 fundos de pensão e se mantém como a segunda mais relevante - atrás apenas do Sudeste. Os investimentos das fundações na região somam R$ 65,1 bilhões e são 277 mil participantes ativos, além de 451 mil dependentes.
 
No Rio Grande do Sul, o maior fundo de pensão é a Fundação Família Previdência, que tem mais de 17 mil participantes, beneficiando cerca de 30 mil pessoas. A Fundação Família Previdência, ex-Fundação CEEE, ocupa o 23º lugar no ranking nacional da Abrapp, que abrange cerca de 300 entidades fechadas de previdência complementar.
 
Fonte! Chasque (post) publicado nas páginas do Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS, na edição dos dias18, 19 e 20 de setembro de 2020, por Roberto Mello.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Após economia de R$ 11 mil com sistema fotovoltaico, família amplia investimento em energia solar

Redução de quase 100% na conta de luz serviu de combustível para moradores de Alvorada comprarem mais um sistema de energia solar fotovoltaico 

Em pouco mais de três anos, os moradores de uma casa do bairro Jardim Algarve, em Alvorada, já economizaram mais de R$ 11 mil com a geração de energia solar. Desde a instalação do sistema fotovoltaico, que ocorreu no início de 2017, o valor da conta de energia elétrica foi reduzido para a taxa mínima – na média, ao custo de aproximadamente R$ 50. De acordo com os cálculos da equipe de monitoramento da Elysia, empresa responsável pelo projeto, a residência já deixou de emitir cerca de 2 toneladas de CO2 na atmosfera.

Como funciona a energia solar?

A estimativa dos técnicos da Elysia projeta que o retorno do investimento deve ser atingido já no próximo ano. Momento em que o sistema completará cinco anos de operação. Em 2021, portanto, a família já terá atingido o valor investido com a economia na conta de energia elétrica. E ainda terá pela frente ao menos 20 anos de funcionamento pleno do sistema fotovoltaico. Para imóveis residenciais, a média de payback (retorno do investimento) tem ficado em torno de 4,5 anos. Com o crescimento da inflação energética no Brasil, esse tempo deve diminuir ainda mais nos próximos anos.

Faça um orçamento gratuito 

Um acerto financeiro e ambiental

Valdemar Engroff, proprietário do imóvel, considera um acerto ter apostado na energia solar em um período em que a tecnologia ainda estava no início de sua expansão no Brasil. “Hoje geramos a própria energia de uma forma sustentável e vemos a economia bater na porta todo final de mês, quando chega a fatura da conta de energia elétrica. É uma dupla sensação satisfatória: economizar dinheiro e ajudar o planeta”, afirma Engroff. 

A residência de Engroff conta com um sistema de 2,52 kWp, cuja potência de geração é de 290 kWh/mês, na média anual. A quantidade energética é suficiente para a família atingir a independência energética. No local, foram instalados oito painéis e um inversor solar.

Impacto positivo motivou aquisição de mais um sistema 

Vendo de perto as diversas vantagens econômicas e ambientais colhidas pela família, a filha de Valdemar, Bibiane Engroff, também decidiu aderir à geração fotovoltaica. A residência da primogênita, que também fica em Alvorada, recebeu a instalação de um sistema fotovoltaico composto por 9 painéis solares. É o suficiente para atender a toda a demanda energética da casa – e se tornar autossuficiente na geração de energia elétrica.

Energia solar vem se popularizando no Brasil

Desde a chegada do energia solar ao Brasil, que ocorreu após a publicação da Resolução Normativa 482, de 2012, a tecnologia fotovoltaica vem crescendo a passos largos. Antes considerada uma energia de difícil acesso para a população em geral, em razão dos valores mais altos de investimento, a energia solar vem se popularizando e tornando-se acessível para diversas famílias. Esse fenômeno vem ocorrendo por conta das diversas opções de financiamento disponíveis no mercado. Além da queda do preço dos insumos do sistema fotovoltaico, que chegou a uma redução de 75% nos últimos dez anos.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil atingiu recentemente mais um recorde na capacidade instalada em energia solar. O país já conta com 255 mil sistemas fotovoltaicos instalados, que acumulam investimentos de R$ 15,2 bilhões desde 2012, ano em que a tecnologia foi liberada. Com isso, o Brasil atingiu a marca histórica de 3 gigawatts (GW) de capacidade instalada de sistemas de geração de energia solar distribuída. 

Apesar da marca expressiva, a tecnologia fotovoltaica distribuída representa apenas 0,4% das unidades consumidores existentes no Brasil, atualmente da ordem de 84,4 milhões.

De acordo com a entidade, dos 255 mil sistemas instalados, a maior parte (72,4%) está relacionada a consumidores residenciais. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (18%), consumidores rurais (6,6%), indústrias (2,6%) e poder público (0,4%). Em potência instalada, o setor de comércio e serviços lideram o uso da energia solar fotovoltaica distribuída, com 39,5% da capacidade. Os consumidores residenciais estão logo em seguida, com 38,5%.

Rio Grande do Sul é terceiro polo de energia solar do Brasil

Até dezembro de 2019, foram instaladas 12,1 mil unidades de geração fotovoltaica no Rio Grande do Sul, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O volume representa expansão de 142% em relação a 2018. Esse dado consolida o Estado como o terceiro maior polo produtivo do país, com 19,6 mil usinas ativas, atrás apenas de Minas Gerais e São Paulo. 

Os clientes residenciais são os protagonistas da expansão das estruturas de energia limpa no país, conforme a Aneel. No Rio Grande do Sul, eles respondem por 66% dos pontos em operação. No entanto, a maior potência instalada está entre os clientes comerciais, hoje responsáveis por 44% do total.  

Com a presença cada vez mais frequente dos painéis fotovoltaicos nos municípios gaúchos, a potência instalada quase quadruplicou entre dezembro de 2018 e o mesmo mês do ano seguinte, passando de 62,4 mil quilowatts (kW) para 234,1 mil kW, conforme a Aneel.

Fonte! Chasque (post) publicado no sítio oficial da Elysia Energia Solar no dia 16 de agosto de 2020. Abra as porteiras clicando em: https://elysia.com.br/sistema-energia-solar-alvorada/?fbclid=IwAR0BbMsghWL6K-3EottToBiwgvUHOIFZ1E7aYKfBJgvFQZchwaQxRWh1zCc

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Nosso primeiro projeto..... abra as porteiras clicando em:  https://obolsodabombacha.blogspot.com/2017/08/atitude-94-energia-fotovoltaica-chegou.html

Saudações

Valdemar Engroff