segunda-feira, 28 de maio de 2012

Endividamento atinge quase um quarto das famílias brasileiras, aponta estudo

Dívidas obrigam consumidores a reduzirem volume de compras

Quase um quarto das famílias se endividou mais do que deveria e foi obrigado a reduzir o padrão de vida ou a dar calote. Um estudo da consultoria MB Associados, com base na Pesquisa de Orçamento das Famílias (POF), do IBGE, mostra que 14,1 milhões de famílias comprometeram mais de 30% da renda mensal com dívidas.

Essa marca ultrapassa o limite saudável para o endividamento, pois 70% do orçamento vai para despesas básicas, como comida, habitação ou saúde, conforme mostra a POF. A maior parte dessas famílias superendividadas está na fatia menos favorecida da população: 5,8 milhões na classe C e 6,6 milhões nas classes D e E.

Na média, no entanto, o brasileiro comprometeu 26,2% da renda mensal com dívidas, diz o estudo da MB. Esse resultado é superior à média de 22% estimada pelo Banco Central, porque inclui gastos como crediário de loja sem parceria com banco e despesa à vista no cartão de crédito.
Na semana passada, o governo anunciou um pacote para estimular o consumo por meio do crédito, principalmente na compra de carros. Para José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB, o efeito do pacote será limitado pelo endividamento.

— É um número grande de famílias que ultrapassaram o limite, por isso o nó no mercado de crédito — afirma.

Nos últimos cinco anos, a expansão do crédito, com a entrada de novos consumidores, garantiu um crescimento robusto da economia. Mas, desde meados de 2011, o ritmo de concessão esfriou, à medida que a inadimplência crescia. Em abril, o calote atingiu o recorde de 7,6%.

Fonte! Chasque publicado no sítio do Clic RBS/Zero Hora, do dia 27 de maio de 2012. Abra as porteiras clicando em 
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2012/05/endividamento-atinge-quase-um-quarto-das-familias-brasileiras-aponta-estudo-3771304.html.

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Nota do O Bolso da Bombacha!

Há muitos anos NÃO faço parte desta estatística (leia-se: financiamentos e compras parceladas), pois faz muitos anos que não faço dívidas pelo prazer ou impulso de comprar. Faço as minhas compras somente quando são necessárias e quando tenho dinheiro para tal, e, depois de estar quinze anos "casado" com o cartão de crédito, do mesmo "me divorciei"....

Há quatro anos tenho orçamento doméstico e desde então, muitos ralos de fuga dos cobres (dinheiro) da família foram estancados. Desde então TODOS os integrantes da minha família tem investimentos em previdência privada e acreditem, na bolsa de valores.

Dê um outro rumo na sua vida. Inverta esta jogada e dê outro norte na sua vida. Troque a palavra DÍVIDAS, por QUITAÇÃO das mesmas e depois por INVESTIMENTOS, para fins de APOSENTADORIA e/ou para COMPRA DE SONHOS (faça suas compras à vista com barganha de descontos).

Outra coisa superimportante: SHOPPING não é lugar adequado para passear. Este lugar é apropriado para FAZER COMPRAS (gastar dinheiro quando forem compras por impulso ou investir dinheiro quando for para compras planejadas).

Baita abraço

Valdemar Engroff - o gaúcho taura

Expo Money será realizada gratuitamente no Recife, nos dias 29 e 30 deste mês

Mais uma vez estará na Expo Money o economista Luis Carlos Ewald, que participou do quadro Senhor Dinheiro, do Fantástico. Imagem: Expo Money / Divulgação 



A enxurrada de anúncios sobre redução de juros e o aumento da oferta de crédito têm deixado você tentado a gastar? Calma. Ainda há tempo para evitar as dívidas e multiplicar os seus investimentos. Nos dias 29 e 30 deste mês aporta mais uma vez no Recife a Expo Money, um dos maiores eventos de educação financeira da América Latina. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pela internet, no site www.expomoney.com.br.

Na programação do evento, que acontece do Golden Tulip Recife Palace, em Boa Viagem, mais de 15 palestras que abordarão os mais diversos temas sobre educação financeira, empreendedorismo, investimentos e mercado de ações e opções.

Entre as novidades deste ano está o Espaço Franquia, um lugar em que o visitante terá a chance de conhecer os modelos de franchising e conferir palestras curtas, de 15 minutos cada, para estimular o lado empreendedor. Entre os temas previstos, estão o passo a passo do funcionamento de uma franquia, as opções de escolha existentes no mercado, o detalhamento das micro franquias (cujo investimento é inferior a R$ 15 mil), as marcas estrangeiras etc.

Mais uma vez estará na Expo Money o economista Luis Carlos Ewald, que participou do quadro “Senhor Dinheiro”, do Fantástico. O consultor financeiro Gustavo Cerbasi também estará presente. Ele criou uma palestra exclusivamente para a Expo Money, onde irá falar sobre planos e estratégias de casais inteligentes para se manterem ricos.

Organizada pela GEO Eventos, a Expo Money foi criada em 2003, e de lá pra cá, já se fixou na agenda de 13 cidades brasileiras.

Serviço:

5ª Expo Money Recife
Local: Golden Tulip Palace (Avenida Boa Viagem, 4070)
Quando: 29 e 30 de maio
Horário: das 13h às 21h30
Informações e inscrições: www.expomoney.com.br

Fonte! Chasque publicado no sítio do Diário de Pernambuco do dia 22 de maio de 2012.
http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20120522100034&assunto=69&onde=Economia

quarta-feira, 23 de maio de 2012

10 respostas essenciais sobre previdência privada

Os pontos mais importantes sobre as aplicações voltadas para a aposentadoria

Para formar um colchão para a aposentadoria, basta acumular patrimônio
São Paulo – Para atender às inúmeras dúvidas que chegam à redação acerca dos planos de previdência, EXAME.com preparou este guia com as 10 informações mais importantes sobre esse tipo de investimento. Para isso, colaboraram Fernando Meibak, sócio da consultoria Moneyplan e autor do livro “O futuro irá chegar”, sobre aposentadoria; e o professor e palestrante de finanças pessoais Elisson de Andrade.

Ambos lembram que planos de previdência podem não ser o melhor caminho para quem quer investir para a aposentadoria, tornando-se soluções para quem não tem muita disciplina para investir no longo prazo. Mas a acumulação de patrimônio pode ser feita por outros meios – investimentos em ações, em títulos públicos atrelados à inflação ou mesmo em fundos de investimento comuns. Veja a seguir as 10 respostas essenciais sobre os planos de previdência privada:

1. Quais são as diferenças entre os planos de previdência abertos e fechados?

Os planos de previdência abertos são aqueles oferecidos por bancos, gestoras de fundos e seguradoras, que podem ser contratados pela pessoa física, e geralmente são oferecidos nas modalidades Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

Já os planos fechados são os chamados fundos de pensão, oferecidos por empresas como benefício para seus funcionários. Eles funcionam como se fossem PGBLs, mas as taxas de administração são subsidiadas e só participam deles os empregados da companhia patrocinadora do fundo. Esta muitas vezes também contribui para a aposentadoria dos cotistas, com uma quantia que pode chegar a 100% do valor do aporte de cada empregado.

2. Quais são os regimes tributários dos planos de previdência?

Quem investe em um fundo de previdência aberto ou fechado deve optar por uma das seguintes formas de tributação: progressiva, na qual as alíquotas aumentam conforme a quantia investida no fundo, e regressiva, cujas alíquotas diminuem com o passar do tempo. Veja as duas tabelas a seguir, considerando que a tabela progressiva está nas versões anual e mensal para o ano-calendário de 2012:

Tabela progressiva

Base de cálculo anual (R$) Base de cálculo mensal (R$) Alíquota
Até 18.799,32 Até 1.566,61 Isento
De 18.799,32 até 28.174,20 De 1.566,62 até 2.347,85 7,5%
De 28.174,21 até 37.566,12 De 2.347,86 até 3.130,51 15,0%
De 37.566,13 até 46.939,56 De 3.130,52 até 3.911,63 22,5%
Acima de 46.939,57 Acima de 3.911,64 27,5%
Tabela regressiva

Prazo de acumulação Alíquota
Até 2 anos 35%
2 a 4 anos 30%
4 a 6 anos 25%
6 a 8 anos 20%
8 a 10 anos 15%
Acima de 10 anos 10%

Repare que, com a tabela regressiva, a mordida do Leão para quem deixa o dinheiro aplicado por pouco tempo é enorme em comparação à tabela progressiva, justamente para incentivar a poupança de longo prazo. Ou seja, se você precisar resgatar o dinheiro antes do previsto, o baque dos impostos no seu bolso vai ser grande. Em compensação, quem deixa o dinheiro aplicado por mais de dez anos, pagará apenas 10% de IR.

Mas atenção: as alíquotas mais baixas incidem apenas sobre o dinheiro aplicado há mais tempo. Ou seja, se a ideia for receber uma pensão mensal após o período de acumulação no fundo de previdência, o poupador será beneficiado por essa regra. Mas se resgatar tudo de uma só vez, todo dinheiro depositado há menos de dez anos será tributado a alíquotas maiores de acordo com o tempo em que estiver investido.Em contrapartida, a tabela progressiva beneficia quem não conseguir acumular um grande patrimônio no fundo. Se os aportes ou a rentabilidade forem baixos, ou mesmo se as taxas forem muito altas, é possível que a renda no futuro seja minguada. Se o investidor recebe hoje 1.500 reais por mês de pensão, por exemplo – o que não é fora da realidade, de acordo com especialistas – ele está isento de IR. Mesmo que consiga receber 2.300 reais ao mês, paga apenas 7,5% de IR, menos do que a menor alíquota da tabela regressiva. E a tabela do IR é atualizada com o passar dos anos, o que significa que provavelmente continuará a ser desta forma.

3. Quais as diferenças entre PGBLs e VGBLs?

Os PGBLs permitem ao investidor abater as contribuições para previdência do IR, desde que ele utilize a declaração completa, até um limite de 12% da renda tributável. Já o VGBL, que é um produto securitário, não permite esse abatimento, mas é um instrumento melhor para fazer planejamento sucessório e para quem usa a declaração simplificada do IR.

Outra diferença é que, no caso do PGBL, o imposto só incide na hora do resgate, sobre todo o montante acumulado ao longo dos anos. Já no caso do VGBL, o imposto incide apenas sobre a rentabilidade. Essa forma de tributação é uma vantagem dos planos de previdência em relação aos fundos de investimento comuns, tributados semestralmente na forma do come-cotas. Isso porque nos PGBLs e VGBLs o dinheiro que seria revertido para os impostos continua rentabilizando no fundo com o passar do tempo.

Apenas tome cuidado para não pagar IR duas vezes. Se você utiliza a declaração simples de IR, não contrate um PGBL. Se o fizer, pagará IR sobre o montante de sua renda atual, sem o abatimento, e sobre o montante acumulado no PGBL no futuro, o que corresponde a uma dupla tributação.

4. Quer dizer que o PGBL é mais vantajoso que o VGBL?

Depende do objetivo do investidor e do tipo de declaração que ele entrega à Receita. Mas considerando um contribuinte que entregue a declaração completa, ao aplicar em PGBL ele de fato paga menos imposto ao longo do tempo em relação a uma mesma aplicação em VGBL (veja os cálculos). A diferença é que, no primeiro caso, a mordida do Leão acontece apenas na época dos resgates e pode acabar pesando mais no bolso do investidor.

Se o montante for sacado todo de uma vez, o valor acumulado em um PGBL acaba sendo menor. Mesmo que o resgate seja feito aos poucos, porém, o IR incide sobre todo o montante, enquanto que no VGBL recai apenas sobre a rentabilidade. Ou seja, quem aplica em VGBL paga mais imposto ao longo da vida, mas dilui esses pagamentos de forma mais equilibrada no tempo.

Mas esse mesmo contribuinte pode reduzir o impacto do imposto na aposentadoria investindo, anualmente, o valor que deixou de pagar à Receita referente ao valor aplicado no seu PGBL. Assim ele conseguirá acumular um saldo líquido maior do que conseguiria se investisse em um VGBL exatamente igual. Claro que isso só poderá ser feito se a soma da quantia poupada com impostos e do valor investido anualmente ainda não ultrapassar 12% da renda tributável do contribuinte.

5. Quais são as taxas cobradas nos fundos de previdência?

Além das taxas de administração anuais cobradas em todos os fundos, que servem para remunerar o gestor, os fundos de previdência aberta também cobram uma taxa de carregamento a cada aporte. Ou seja, se o investidor faz aportes todos os meses, a taxa comerá um percentual de cada um de seus depósitos mensais. Essa é a maior desvantagem dos planos de previdência aberta em relação aos demais fundos de investimento, pois eles acabam se tornando caros demais para a pessoa física.

Nos maiores bancos brasileiros, há fundos de previdência que praticam taxas de administração de cerca de 3% ao ano, e taxas de carregamento que chegam a 5% por aporte. Esse custo praticamente inviabiliza o investimento em previdência, principalmente se considerado o alto grau de conservadorismo que esse tipo de fundo costuma ter. Mas já existem hoje disponíveis para a pessoa física fundos de previdência sem taxa de carregamento e com taxas de administração em torno de 1,0% ao ano que, aí sim, podem competir com fundos de renda fixa comuns.

Também podem aumentar os custos ou reduzir o valor do benefício a inclusão de pensões (por morte ou invalidez) e pecúlio, bem como a opção pelo regime de benefício definido no futuro.

6. Onde investem os fundos de previdência?

Os fundos de previdência não admitem alavancagem, mecanismo que pode incrementar os ganhos, mas também as perdas, uma vez que os recursos serão, em tese, imprescindíveis para a sobrevivência dos cotistas na aposentadoria. Entre os fundos abertos, há aqueles que investem apenas em títulos públicos, em renda fixa pública e privada, e os que admitem renda variável (ações, câmbio, juros etc.). Entre estes, há os que aplicam até 15% do patrimônio em renda variável, de 15% a 30%, acima de 30%, os multimercados e os fundos de ações – que aplicam ao menos 67% do patrimônio em renda variável.

Já os fundos de pensão podem aplicar até 70% em renda variável (somente para ações de empresas listadas no Novo Mercado da BM&FBovespa), até 20% em títulos de crédito privado, até 8% em imóveis, até 15% em empréstimos e financiamentos a participantes e assistidos, até 10% de investimentos no exterior e até 20% em investimentos estruturados, onde se incluem os fundos imobiliários e os multimercados.

7. Devo acreditar nas simulações?

Especialistas alertam para o fato de que a rentabilidade estimada nas simulações de previdência privada normalmente é irreal, por ser alta demais, frequentemente ignorando a inflação. Para o professor Elisson de Andrade, tendo em vista o patamar atual de taxa de juros e as intenções da política econômica brasileira daqui para frente, uma taxa de juro real de 2% ao ano – já descontada a inflação, portanto – é mais realista do que usar o CDI.

Uma taxa de 2% pode parecer baixa, e é. Mas esta é a melhor maneira de calcular, sendo o mais conservador possível. Isso porque, por serem investimentos de longo prazo – para 20 ou 30 anos – planos de previdência são também os mais imprevisíveis. É impossível estimar o que vai acontecer com a economia nos próximos 30 anos ou mais.

Devido à baixíssima rentabilidade real que se pode estimar para um investimento como esse, o poupador deve considerar a tabela progressiva depois de fazer uma simulação com uma rentabilidade mais realista. Pode ser que o montante acumulado no seu fundo ou o benefício mensal se encaixe na faixa de isenção ou na da alíquota de 7,5%. 

8. Como reverto o plano de previdência para meus herdeiros?

A designação dos beneficiários daquele valor em caso de morte do titular é praxe, em geral feita sem custo. Ou seja, seus herdeiros receberão ao menos o montante acumulado no fundo, sem necessidade de inventário. Mas é preciso ficar atento a duas coisas. Primeiro, designe seus beneficiários de acordo com as proporções corretas para a divisão entre os herdeiros. Caso esse desenho seja diferente do que está estabelecido por Lei, a divisão poderá ser contestada na Justiça pelos herdeiros que se sentirem lesados, e com isso os recursos ficarão retidos e seguirão para inventário.

Em segundo lugar, quem pensa em investir em um fundo de previdência já em idade avançada, apenas com o intuito de fazer o planejamento sucessório, deve preferir o VGBL ao PGBL, e a tabela progressiva à regressiva. Isso porque o prazo de acumulação será pequeno demais para se usufruir dos incentivos tributários, e o IR incide apenas sobre a rentabilidade, não sobre o saldo total do fundo.

9. É interessante aderir ao fundo de pensão da minha empresa?

Os fundos de pensão costumam ser bastante vantajosos quando a empresa – chamada de patrocinadora – também faz aportes em nome do empregado. Algumas chegam a contribuir mensalmente com uma quantia igual à do cotista. Para cada real investido pelo funcionário, outro real é investido pela empresa, o que de cara dobra o patrimônio do cotista. Outra vantagem é a ausência de taxa de carregamento e a taxa de administração baixa.

Mas é preciso tomar alguns cuidados, caso o funcionário se desligue da empresa. Primeiro porque, dependendo do tempo de permanência, o ex-empregado pode não levar um tostão sequer da contribuição patronal se resolver migrar ou resgatar os recursos. A maioria das patrocinadoras estabelece um tempo mínimo de casa para que o ex-funcionário possa levar consigo ao menos uma parte de suas contribuições.

Em segundo lugar, se tiver optado pela tabela regressiva e decidir resgatar tudo de uma vez, o cotista vai pagar caro pelos últimos aportes que fez no fundo, sujeitos às mais altas alíquotas da tabela. Apenas os aportes feitos há dez anos ou mais sofrerão a incidência da alíquota de 10%, e assim por diante.

Para não sofrer neste caso particular, o cotista tem a opção de fazer a portabilidade para o fundo de previdência de seu novo empregador ou de permanecer no fundo da mesma empresa, fazendo ou não mais contribuições. Caso o novo empregador não ofereça esse benefício aos funcionários, é possível fazer a portabilidade para um fundo aberto, desde que ele seja quase tão barato quanto o fundo de pensão. A portabilidade pode ser feita entre fundos do mesmo gênero (PGBL para PGBL e VGBL para VGBL) sem qualquer custo para o investidor – nem mesmo de IOF.

Se optar por permanecer no fundo, o cotista pode parar de contribuir e esperar até que o último aporte faça aniversário de dez anos para resgatar os recursos. Mas se continuar a contribuir, o cotista deverá esperar para usufruir do benefício apenas na sua aposentadoria, a fim de aproveitar as alíquotas mais baixas de IR.

10. Devo optar pela tabela progressiva ou regressiva?

Como já se viu nos itens anteriores, a opção pela tabela regressiva só deve ser feita caso o investidor tenha perspectivas de acumular um alto patrimônio (o que dependerá de sua capacidade de poupança, se considerada uma simulação mais conservadora) e permanecer no fundo por mais de dez anos.Já a tabela progressiva deve ser escolhida quando a perspectiva de acumulação de patrimônio for baixa e, no caso específico dos fundos de pensão, quando o cotista não tiver expectativa de permanecer por muito tempo na empresa e desejar resgatar todo o montante ao se demitir. Lembrando que, se o patrimônio aumentar acima do esperado, o investidor pode fazer a portabilidade de recursos para outro plano de previdência semelhante, optando pela tabela regressiva. No entanto, uma vez na tabela regressiva, torna-se impossível voltar atrás.

Fonte! Chasque de Julia Wiltgen, publicado no sítio do Portal Exame, no dia 22 de maio de 2012. Abra as porteiras clicando em http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/aposentadoria/noticias/10-respostas-essenciais-sobre-previdencia-privada?page=1&slug_name=10-respostas-essenciais-sobre-previdencia-privada. Retrato de Stock Exchange.

domingo, 20 de maio de 2012

8 coisas que seu banco não vai lhe dizer


  Detalhes sobre produtos financeiros, contas e financiamentos que o gerente dificilmente contaria ao cliente

São Paulo – Ao abrir uma conta, pedir um empréstimo ou fazer um investimento por meio do seu banco, nem sempre as condições ficam claras. E mesmo quando o cliente leu todas as letras miúdas, é possível que ele deixe de aproveitar algum benefício a que tinha direito ou mesmo que tenha alguma surpresa desagradável por causa de desinformação. Veja a seguir 8 coisas que o cliente normalmente não sabe e que os bancos muitas vezes não informam.

1. A quitação antecipada de uma dívida não deve ter custo

É proibida a cobrança de qualquer taxa por quitação antecipada de dívida – seja para fazer a portabilidade do crédito, seja porque o devedor quer realmente pagar de uma vez o restante do financiamento. Para financiamentos iniciados antes de 2007, essa cobrança ainda pode ocorrer, mas nada impede que o cliente recorra à Justiça.

Porém, um mecanismo que pode ser usado para “driblar” a proibição acaba onerando o consumidor da mesma forma. Quando quita sua dívida mais cedo, o devedor tem direito de pagar apenas o saldo devedor referente ao principal, sem os juros. Isso de fato ocorre caso a dívida vença em até 12 meses.

Mas, de acordo com o economista Beto Veiga, ex-funcionário do Banco Central e autor de livros sobre investimentos, quando o vencimento ocorre em um prazo maior que 12 meses, os bancos costumam “trazer a prestação a valor presente”. Assim, se a Selic tiver tido redução desde o início do financiamento até a data de quitação antecipada, o montante referente a juros fica menor. Na hora de retirá-lo do bolo da dívida, o montante a ser pago acaba ficando maior do que deveria ser, simplesmente porque o saldo devedor total não diminui. Ou seja, se de um saldo devedor de 100, 30 eram referentes a juros, o correto seria pagar apenas 70. Mas se o montante dos juros reduzir para 20, o devedor terá que pagar 80. Na prática ocorreu uma “taxa” de 10.

2. Simulações de planos de previdência não são realistas

Planos de previdência tipo PGBL e VGBL estão entre os produtos mais oferecidos pelos gerentes a seus clientes. Para atraí-los, os bancos alardeiam os incentivos tributários existentes para esses fundos e costumam fazer simulações para mostrar, ao final de 20 ou 30 anos, o montante acumulado para uma aposentadoria tranquila. Críticos desses produtos, porém, lembram que os parâmetros utilizados para essas simulações muitas vezes são irreais.

“A pessoa acha que é só fazer o plano para conseguir se aposentar com a renda desejada, e não é bem assim. O que gera a pensão mensal no futuro é o valor que foi acumulado no fundo”, diz Beto Veiga. Ele lembra que não existe garantia alguma de se conseguir aquela renda mensal ao final da aplicação, uma vez que o prazo de acumulação é longo demais para se fazer previsões.

Além disso, considerar uma rentabilidade mensal média elevada é fora da realidade: 0,8% ao mês, por exemplo, já pode ser considerada alta demais. Os rendimentos de fundos de previdência são “comidos” por taxas geralmente altas, além, é claro, da inflação, frequentemente desconsiderada nas simulações. “A simulação tem que ser feita com juros reais, líquidos de impostos e de inflação. Hoje, seria razoável considerar um retorno real de 2% ao ano, mais ou menos. Mas é claro que, com essa taxa, o cliente não se sente tão estimulado a entrar no plano”, diz Beto Veiga.

3. VGBLs não são armas invencíveis no planejamento sucessório

Os planos de previdência tipo Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) podem ser transmitidos diretamente os beneficiários em caso de morte do titular, sem necessidade de inventário e de pagamento do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD). Os bancos usam essas vantagens como argumento para vender esses produtos, mas elas são limitadas.

Em primeiro lugar, apesar de poder designar qualquer pessoa como beneficiário do VGBL, o titular deve se preocupar em manter as regras de divisão de bens. Se estas não forem respeitadas, os herdeiros que se sentirem lesados podem contestar a transmissão do VGBL, e este acabará bloqueado pela Justiça, mesmo que já tenha passado para o nome dos beneficiários. Isso pode acontecer, por exemplo, caso o titular com filhos ponha toda a sua fortuna em um VGBL em benefício de alguém que não seja da família.

Em segundo lugar, não pagar ITCMD sobre o valor investido em VGBL pode não ser lá uma grande vantagem. A alíquota desse imposto cobrado sobre as heranças transmitidas varia, mas em muitos estados é de 4%. Só que o VGBL tem taxa de carregamento e taxa de administração que, dependendo do número de anos que o dinheiro ficar investido, vão superar em muito esses 4% cobrados uma única vez.

4. Título de Capitalização não é investimento

Os títulos de capitalização são muito rentáveis para os bancos, mas não rendem praticamente nada para os aplicadores. O banco fica com um percentual elevado do dinheiro aplicado, e os juros incidem apenas sobre o restante. É por isso que, embora vendido como um produto de rentabilidade igual à da poupança, o título de capitalização, no final, rende menos que a caderneta.

O argumento das instituições financeiras é de que o título é uma forma de “guardar” dinheiro sem sucumbir à tentação de resgatá-lo antes do tempo, e ainda concorrer a prêmios. O dinheiro fica “preso” durante o período de carência, mas mesmo que seja resgatado depois disso, só se recupera parte da aplicação inicial. Para se recuperar o total aplicado é imprescindível ficar até o vencimento.

O título de capitalização não deve ser encarado como invdstimento, mas sim como um jogo. É uma espécie de loteria, em que o poupador concorre a sorteios e cujas chances de vencer são equiparáveis às dos demais jogos do gênero. A diferença é que o dinheiro pode ser recuperado após o prazo do título, praticamente sem rentabilidade alguma. “Depois que você aplica em um título de capitalização, ele se torna o melhor investimento, porque o prejuízo é muito grande se você sair antes do vencimento”, brinca Beto Veiga.

5. Você tem direito a uma conta gratuita

Diversas instituições financeiras oferecem contas correntes isentas de tarifas para clientes que levam sua conta salário para o banco, investem certas somas de dinheiro ou usam poucos serviços. Outra modalidade interessante é a conta eletrônica, operada apenas via internet banking e isenta de custos. As tarifas são cobradas separadamente caso o cliente precise usar algum serviço presencial na agência. São oferecidas contas gratuitas nos bancos Santander, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, HSBC e Caixa.

6. Você poderia pagar bem menos pelo seu carro

Veículos são financiados segundo a tabela Price, que utiliza o sistema de capitalização composta de juros. Mas o devedor que quiser pedir uma revisão de contrato pode ganhar na Justiça o direito de ter seu veículo fiinanciado segundo o chamado Método de Gauss, que utiliza o regime de juros simples.

Pelo menos esse tem sido o entendimento da Justiça em muitos casos, diz o professor Anísio Castelo Branco, presidente do Instituto Brasileiro de Finanças, Perícias e Cálculos (Ibrafin). “Quando o questionamento não é aceito na primeira instância, é aceito na segunda. Aí o banco chama o cliente para fazer um acordo”, diz Castelo Branco.

A redução no valor do financiamento é brutal quando se passa de um regime para o outro. Para um valor financiado de 50.000 reais em 60 meses a juro de 1,75% ao mês, a prestação pela Tabela Price será de 1.352,67 reais, enquanto que pelo método de Gauss a parcela fica a 1.126,68 reais. A diferença total, sem correção, entre um método e outro será de 13.559,09 reais. Um mutuário que tenha pago 25 parcelas pode elevar essa diferença para 19.208,71 reais, pois a Lei permite que a diferença das prestações já pagas seja devolvida em dobro.

7. Em um leasing, o carro não é seu – e isso é bom

Não que não seja claro que um contrato de leasing é, na realidade, um contrato de aluguel. Mas é que algumas práticas do banco podem conferir-lhe tratamento de financiamento quando for conveniente. Quando um cliente faz um leasing de um carro, as “prestações”, na realidade, são parcelas de aluguel, e ao final do contrato, o cliente pode escolher se quer ficar com o carro ou devolvê-lo ao banco.

Por isso, o cliente tem direito de receber um carro novo caso o veículo seja roubado ou furtado na vigência do contrato, ainda que não tenha seguro. Também pode devolver o carro no meio do contrato, sem necessidade de pagar o restante das parcelas – como não se trata de um financiamento, não se pode falar em “saldo devedor”.

O banco não pode “forçar” o cliente a ficar com o carro ao final do contrato. Há duas maneiras de adquirir o bem: pagar apenas as parcelas de aluguel (contraprestação) e deixar para quitar o Valor Residual Garantido (VGR) ao final; ou pagar a contraprestação e o VGR em conjunto, de forma parcelada, até o fim do contrato. “O banco precisa consultar o cliente para fazer essa cobrança em conjunto. Seja como for, quem tiver pago o VGR e não quiser ficar com o carro pode receber o dinheiro de volta corrigido, desde que a decisão seja feita antes de quitar a última parcela”, explica professor Anísio Castelo Branco.

8. Em financiamentos, só podem ser cobrados o valor financiado e o IOF

Tarifa de abertura de crédito (TAC), Gravame eletrônico, taxa de registro de contrato, tarifa de avaliação de bens, tarifa de boleto bancário, serviços de terceiros e seguro prestamista são todas consideradas cobranças indevidas. Em um financiamento, o banco só pode cobrar as prestações pelo valor financiado com juros e o IOF. O cliente pode pedir que o banco retire as demais cobranças, caso elas existam. “Mandar abrir uma conta para conceder um financiamento é direito do banco. Mas a instituição não pode cobrar taxas em cima do contrato”, diz o advogado Antônio Bertoli Junior, sócio do Bertoli Advogados Associados.

Se o banco se recusar a cancelá-las, o consumidor pode enviar uma notificação ao Banco Central e, em último caso, entrar com uma ação no tribunal de pequenas causas. “Em cerca de cinco dias você recebe uma resposta do BC, e o banco devolve o dinheiro na sua conta. Essas cobranças podem elevar um financiamento em algo como 2.000, 5.000 reais”, diz Castelo Branco.

Fonte! Chasque de Júlia Wiltgen, publicado no Sítio do Portal Exame no dia 17 de maio de 2012. Abra as porteiras clicando em 
http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/8-coisas-que-seu-banco-nao-vai-lhe-dizer. Retrato de Alexandre Battibugli. 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Aplicação de baixo risco mais rentável ganha espaço

Isenta de IR, LCI é barata, segura para aportes baixos e melhor que a poupança

Respeitados os limites do FGC, aplicação também oferece segurança

São Paulo – Uma aplicação de renda fixa isenta de imposto de renda e de taxas de administração, e mais rentável que a poupança e muitos CDBs. As Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) ainda estão longe de serem consideradas populares, mas em época de juros baixos, Bolsa problemática, poupança menos rentável e maior dificuldade de conseguir rentabilidade, as LCIs podem ganhar espaço como alternativas interessantes de diversificação.

Corretoras que comercializam LCIs emitidas por diversas instituições financeiras dizem que a procura pelo produto vem crescendo. Na SLW, que oferece papéis de cinco bancos pequenos e médios, a procura aumentou cerca de 15% (em número de clientes) desde o início do ano. “Há dois tipos de clientes: o que está começando agora, com aportes menores, e não quer correr risco de Bolsa; e os clientes mais antigos, com patrimônio maior, e que já buscam corretoras que ofereçam esse tipo de produto”, diz Peter Weiss, sócio-diretor da corretora.

Por serem isentas de IR para o investidor pessoa física, as LCIs permitem ao aplicador visualizar com facilidade o seu retorno. A maioria dos papéis emitidos hoje é indexada ao DI, e costuma remunerar de 80% até 100% do CDI. Há também um bom estoque de LCIs prefixadas. De toda forma, o investidor já sabe que a rentabilidade indicada é de fato a que ele vai receber terminado o prazo do papel.

Emitidas por bancos, as LCIs têm como lastro os recebíveis imobiliários da instituição emissora, ou seja, os financiamentos de imóveis concedidos por ela. Assim como ocorre com os CDBs, o maior risco do investidor é a quebra do banco emissor, mas existe ainda a garantia adicional da alienação dos imóveis financiados. Também semelhante aos CDBs é ausência de taxas de administração, ao contrário do que ocorre com o Tesouro Direto e os fundos de renda fixa.

Considerada uma aplicação de baixo risco, o risco das LCIs, porém, não deve ser desprezado. Embora sejam emitidas por bancos tão sólidos quanto a Caixa Econômica Federal, as instituições que remuneram melhor são as de pequeno e médio porte, de baixa liquidez e mais suscetíveis aos solavancos da economia. Quanto mais alta a remuneração do papel, maior o risco, pois maior é a dificuldade do banco de captar recursos no mercado.

Para reduzir seu risco, o investidor deve atentar para outra característica da LCI comum aos CDBs e também à própria caderneta de poupança. Todas essas aplicações são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até 70.000 reais por CPF por instituição. Em caso de quebra do banco, portanto, o investidor terá direito a receber de volta tudo que tiver aplicado em determinado banco até o valor de 70.000 reais, ainda que com certa demora.

“Eu não aplicaria essa quantia em lugar nenhum. Se você aplica 70.000 reais, o que você ganha de rentabilidade até o banco quebrar fica de fora da cobertura, e você garante apenas o principal”, ressalva o economista e consultor financeiro Beto Veiga. Ele aconselha o investidor a aplicar até 65.000 reais em uma única instituição caso o prazo da LCI seja menor que um ano; 60.000 reais, se o prazo for de um ano; e 50.000 reais, se for maior que dois anos. Assim se garante o principal e a rentabilidade.

“Se o sujeito quiser investir 200.000 reais, por exemplo, ele tem que dividir entre os emissores”, orienta Eduardo Glitz, diretor de varejo da XP Investimentos. Para fazer isso, instituições como a própria XP e a SLW permitem ao investidor aplicar em LCIs de diversos emissores a partir de sua conta na corretora, sem necessidade de abrir contas em todos os bancos emissores. É o caminho mais prático para quem quer investir mais de 70.000 reais ou pulverizar bastante o risco.

Falta de liquidez: um risco adicional

A LCI é mais rentável que a caderneta de poupança mesmo para os investidores que quiserem fazer aportes menores. Aliás, além da isenção de IR, outra diferença da LCI para o CDB é que, até nos bancos grandes, essas aplicações são vantajosas. Se em um cenário de Selic de 8,5% ao ano ou menos a poupança renderá 70% da Selic, uma LCI que renda 80% do CDI – taxa considerada baixa para esse investimento – já está ganhando.

A ausência da cobrança de IR facilita a comparação entre as duas aplicações. Mas não se deve considerar as LCIs como substitutas da poupança, pois a elas falta uma característica crucial da aplicação mais popular do país: liquidez.

LCIs não têm liquidez alguma antes do vencimento, ao contrário da caderneta de poupança, que permite resgates a qualquer tempo. A boa notícia é que existem papéis de diversos prazos, de três meses a mais de um ano. Para quem se dispõe a estimar para quando vai precisar do dinheiro, é uma ótima alternativa às demais aplicações de renda fixa.
“Acho a LCI um produto bastante interessante. Com a queda dos juros, as pessoas começam a se lançar ao risco. É importante, porém, saber o risco que o produto tem e que se pode correr”, diz Jurandir Macedo, professor da Universidade Federal de Santa Catarina e consultor de finanças pessoais do Itaú Unibanco.

Para o professor, a LCI só é interessante para quem tem praticamente certeza de que não vai precisar do dinheiro aplicado antes do vencimento. Pode ser usada para um objetivo de prazo mais longo, como a aposentadoria, ou outro propósito importante e bem definido. “Imagine que você vai precisar pagar as chaves do apartamento que você comprou na planta daqui a dois anos”, exemplifica. Em um caso como esse, o investidor inclusive acaba com a tentação de gastar aquele dinheiro antes do tempo.

Diferentes formas de investir

Bancos grandes: Pode ser que o seu banco ofereça uma LCI de rentabilidade não tão alta e aplicação inicial elevada. Em compensação, existe a garantia de um banco sólido por trás. Na Caixa, por exemplo, a LCI de aplicação mais baixa requer um aporte de 50.000 reais e paga de 83% a 86% do CDI para prazos que variam de dois meses a mais de dois anos. Particularmente na Caixa é possível obter liquidez diária em uma LCI, desde que o investidor aceite receber apenas 83% do CDI como rentabilidade. Já o Santander oferece uma LCI mais interessante, com aplicação inicial de 30.000 reais e remuneração que chega a 88% do CDI após um ano.

Corretoras tipo “shopping center financeiro”: nas corretoras que oferecem diferentes tipos de aplicações financeiras podem ser oferecidas LCIs de diversos bancos, de aporte bem baixo, voltadas para o pequeno investidor. A desvantagem é que essas instituições são pequenas e médias, apresentando, portanto, risco muito maior para o investidor. As vantagens são a alta rentabilidade e a possibilidade de aplicar em várias instituições diferentes a partir de uma única conta, sempre respeitando os limites do FGC.
Na XP Investimentos, por exemplo, as LCIs entregam uma rentabilidade na faixa de 90% a 95% do CDI para prazos de três, seis e 12 meses. As dos bancos Modal, Máxima e BVA aceitam aplicações a partir de 1.000 reais. A LCI emitida pela Brazilian Mortgages exige aplicação mínima de 30.000 reais. E a do Banco ABC, de 50.000 reais. Já na SLW são oferecidos papéis dos bancos ABC, Máxima, BVA, Ourinvest e Pine, com aplicação inicial a partir de 5.000 reais.

LCI “direta”: assim como existe o investimento em CDB pela internet, já existe o investimento em LCI. O banco Sofisa oferece por meio de seu Sofisa Direto LCIs pré e pós-fixadas, de estoque limitado, mas ainda disponíveis. Entre as pós-fixadas, a remuneração vai de 91% a 94% do CDI, para prazos que vão de três meses a um ano. Já entre as prefixadas, a de prazo de seis meses paga uma taxa de juros líquida de 7,40%; a de um ano, de 7,45%; e a de dois anos, de 8,40%. Repare que as prefixadas precificam uma taxa de juro futura bem reduzida, o que ainda parece improvável aos olhos do mercado. Ainda assim, o investidor sabe quanto vai ganhar exatamente ao final do período, o que pode ser suficiente para seu objetivo. Com 1.000 reais já é possível investir.

Fonte! Chasque de Julia Wiltgen, publicado no Sítio do Portal Exame, no dia 15 de maio de 2012.
http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/renda-fixa/noticias/aplicacao-de-baixo-risco-mais-rentavel-ganha-espaco. Retrato de Joe Raedle/Getty Images.

Renda extra mensal pode chegar a 100.000 reais

6 dicas de atividades alternativas que podem render até mais de 100.000 reais 

Com renda extra, controle de gastos que não são essenciais fica muito mais fácil
São Paulo - Não raro, os gastos com lazer acabam ocupando boa parte do orçamento e o plano de fazer um investimento ou pensar na previdência são postergados. Talvez a alternativa seja uma mudança de tática. Pensando nisso, a reportagem da EXAME.com deixou um pouco de lado as propostas de corte de gastos e buscou dicas de como aumentar a receita mensal com fontes de renda alternativas.

O resultado? Dicas que podem chegar a acrescentar centenas de milhares de reais ao orçamento e tornar uma pessoa milionária em alguns meses se as sugestões forem levadas a cabo.

Anísio Castelo Branco, presidente do Instituto Brasileiro de Finanças, Perícias e Cálculos (Ibrafin), defende a estratégia: “Em vez de deduzir da renda fixa as despesas fixas e variáveis, o cálculo de controle das finanças deveria ser feito em duas partes: da renda fixa se deduzem os gastos fixos; e de uma fonte de renda extra são deduzidos os gastos extras”.

Basicamente, todas as sugestões partem do princípio de buscar o seu lado monetizável. E em todas vale ponderar, de acordo com o seu contrato de emprego, até que ponto pode chegar a dedicação à atividade extra, para que ela não gere conflitos.

É importante ressaltar também que as novas receitas, em alguns casos, podem implicar em novas tributações. Se a renda extra não for obtida de uma pessoa jurídica e, portanto, não tiver sido tributada na fonte, ela deve ser declarada no imposto de renda.

E ainda, com fontes provenientes de duas fontes jurídicas, na hora de fazer a declaração do Imposto de Renda, deve ser feito o chamado “mensalão”. “Se as duas fontes somadas resultam em um imposto maior do que o já tributado na fonte, o contribuinte deve declarar e pagar o imposto sobre essa diferença, o recolhimento na forma de mensalão”, esclarece Jorge Lobão, diretor de relações institucionais do Centro de Orientação Fiscal (Cenofisco).

1. Ministre palestras
Todo mundo tem alguma história para contar. E para Thales de Azevedo Leito, sócio-fundador da Ata Palestras, todo mundo tem também uma palestra para dar. Ele trabalha no ramo há 14 anos e conta que recorrem à esta renda extra desde camelôs e especialistas em Acarajé até ex-ministros e o ex-presidente Lula.

Os cachês também variam, e muito. Podem chegar a centenas de milhares de reais e, segundo Thales, não é difícil receber mais de 1.000 reais em uma palestra. “Este é um mercado milionário e tem crescido muito porque a cultura brasileira é muito verborrágica. Qualquer um pode dar uma palestra, para isso basta ser natural e ter alguma coisa para falar que interessaria a alguém mais”, afirma Thales.


A Ata Palestras oferece treinamentos para quem quiser se iniciar na área. Os preços são acordados segundo a perspectiva de retorno que o conferencista oferece à empresa. Isto é, se ele for um palestrante com potencial e concordar em se vincular à empresa, ele pode até não pagar nada pela consultoria.


A Ata também busca empresas que paguem pela palestra. Para isso, ela cobra uma parcela do cachê, que varia de acordo com a remuneração do palestrante.

2. Faça um blog ou crie um site e atraia anúncios

Fazer um blog ou criar um site, dependendo do número de acessos, pode render até centenas de milhares de reais com anúncios.

Segundo Edney Souza , vice-presidente de publishers da Boo Box e coordenador do Curso de Educação Executiva em Redes Sociais da Trevisan, um  veículo criado há pouco tempo e que chegue a ter 10.000 acessos diários pode render mais de 1.000 reais em anúncios em menos de um mês.

Para quem está começando e não sabe como atrair  anúncios, na Boo Box o autor do site ou blog se cadastra de graça e a empresa fica responsável por trazer os anunciantes. Eles encontram as empresas que possam ter interesse em anunciar, de acordo com o perfil do site, e cobram do publisher 50% sobre o valor pago pelo anunciante.

Souza explica que a qualidade da informação é imprescindível para que o autor consiga retorno financeiro. “Para quem quer ganhar dinheiro, a melhor fórmula é pensar qual é o mercado que tem negociante interessante e o que eu tenho de conhecimento que pode gerar interesse”, explica Souza.

3. Participe de um Conselho Administrativo
Antes os conselheiros de administração eram admitidos apenas por indicação e se fossem grandes executivos. Hoje, em muitos casos, recrutadores buscam o profissional ideal ou ele mesmo se apresenta. E não é imprescindível ter um cargo de chefia; ser jovem e ter um conhecimento específico que possa contribuir para a empresa podem ser o suficiente.

Um Conselho de Administração tem a função de definir os rumos de um negócio e a remuneração média de um conselheiro é de 14.000 reais, segundo Heloisa Belotti Bedicks, superintendente do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

O segredo desta renda extra é identificar alguma competência em você que possa ser valiosa a determinada empresa. “É importante ter pessoas com experiência maior, mas em uma empresa de tecnologia pode ser importante ter uma pessoa jovem que seja especialista em mídias sociais”, esclarece Heloísa.

Ela recomenda que qualquer profissional que trabalhe "full time" não participe de mais de um conselho, já que os conselhos exigem um alto nível de dedicação do profissional.

Para quem quiser encarar este “sofisticado” trabalho extra, mas não sabe por onde começar, o IBGC tem um curso de formação com duração de 64 horas. O investimento é de 9.000 reais para associados e 11.000 reais para quem não é sócio.

4. Conquiste clientes para conhecidos e peça comissão

Se você não tem tempo sobrando, mas gostou da ideia de ganhar uma renda extra, esta pode ser a melhor opção para você. Basicamente, ela consiste em pedir uma remuneração por algo que as pessoas fazem banalmente: indicar serviços de médicos, advogados ou consultores a conhecidos.

O professor Anísio Castelo Branco, é um grande adepto da prática. Ele diz que é possível ganhar milhares de reais em apenas uma indicação. “Uma pessoa que fez uma plástica, pode combinar com o cirurgião uma comissão de 10% sobre cada paciente que indicar. Ela vai ganhar um bom dinheiro sem fazer esforço”.
Ele acrescenta que a remuneração aumenta de acordo com o grau de influência da pessoa. Alguém que trabalha na área de vendas, por exemplo, terá uma rede de contatos maior e pode fazer mais indicações.

É o caso da empresária Rebeka Borges, que trabalhava com moda e tinha contato frequente com indústrias do setor de beleza. Um amigo a apresentou ao dono de uma transportadora interessado nos contatos.
Depois de lhe garantir o primeiro cliente, ela passou a cobrar pelo “serviço”. “Eu já ganhei 2.000 reais, 5.000 e até 10.000 reais. Depende do tipo de transação”, relata.

5. Faça traduções de textos
Fazer traduções de livros, artigos, documentos e afins é outra opção que não compromete o seu emprego principal. O tradutor pode determinar a hora e o local do trabalho livremente.

Renata Paiva é analista em uma consultoria. No seu emprego anterior, uma de suas funções era fazer tradução de pesquisas. Ela pediu à ex-chefe que a avisasse se houvesse algum trabalho de tradução. Desde então, tem traduzido pesquisas semanalmente e ganha com isso 1.500, ou 1.600 reais a mais por mês, fazendo em média três traduções.

Na outra empresa, ela contratava free lancers para fazer tradução, e disse que o preço varia de 30 a 50 reais por lauda. “Como eu não sou tradutora profissional, eu cobro um valor 25% abaixo do preço de mercado. Com isso eu consigo receber mais ofertas”.

6. Escreva um livro
Inúmeros sites de editoras possuem um campo de acesso escrito: Seja nosso autor. Com uma boa ideia e alguma vocação é possível se tornar um escritor, mesmo sem dedicação exclusiva à atividade. E, dependendo da aceitação, a renda extra pode ser alta e duradoura.

Mais uma vez, tudo depende de uma avaliação sobre o que você tem para dar e o que o universo esta disposto a pagar.

Rodolfo Araujo, gerente de conhecimento e inovação da Edelman Significa, sempre manteve fontes de renda alternativas. Ele sempre  gostou de escrever, e, por isso, recebeu uma proposta para escrever um livro sobre a grife Chilli Beans. O livro foi publicado há um mês e ele espera um bom retorno. “Eu dou aula, já escrevi outros livros, dou cursos e sou muito curioso. Assim, as oportunidades vão aparecendo”.

Fonte! Chasque de Priscila Yazbek, publicado no Sítio do Portal Exame, no dia 14 de maio de 2012. Retrato de Claudia. Abra as cancelas clicando em http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/renda-extra-mensal-pode-chegar-a-100-000-reais

terça-feira, 15 de maio de 2012

Aposentadoria por idade, períodos urbano e rural

As leis previdenciárias, assim com a legislação em geral, evoluem com a sociedade. No que se refere à Previdência Social, benefícios antigos dão lugar a novos e a legislação previdenciária aplicada à área rural vem evoluindo nas últimas duas décadas. A legislação previdenciária, atualmente, deixa claro que o agricultor familiar, aquele que sobrevive da atividade agrícola e o que produz excedente, deve ter tratamento diferenciado. Em 2008, houve modificação no conceito do segurado especial, o que possibilitou a inclusão de milhares de pessoas. Essa lei permitiu que o segurado somasse, para fins de aposentadoria por idade, tempo de atividade rural e urbana, que vem sendo chamada de aposentadoria híbrida. O INSS vem reconhecendo, administrativamente, que é possível somar períodos urbanos e rurais, apenas quando a atividade agrícola é a última.

Trata-se de uma interpretação restritiva e que não condiz com a realidade. Isso afronta o princípio da isonomia: se aos trabalhadores rurais é permitido computar períodos urbanos, também deve ser permitido aos trabalhadores urbanos somar os de atividade agrícola. O TRF da 4ª Região vem se posicionando pela possibilidade de aposentadoria por idade, computando-se períodos rurais e urbanos, ainda que a urbana seja a última atividade. A idade para a aposentadoria híbrida é de 60 anos para a mulher e 65 anos para o homem, ou seja, não há a redução de idade em cinco anos. A aposentadoria híbrida é uma alteração importante na nossa legislação previdenciária. Cabe ao aplicador da lei estar aberto para o que o legislador determinar, não buscando reduzir a sua efetividade, mas receber e dar cumprimento às novas normas. Essa é a função do INSS. Essa é também a função do Poder Judiciário.

Fonte! Chasque de Jane Lucia Wilhelm Berwanger - Presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, publicado no Jornal do Comércio de Porto Alegre, na edição do dia 15 de maio de 2012.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Especialista ensina como poupar de acordo com cada idade

Iglesias apresentou ontem a palestra "Investimentos para cada fase da vida", e explicou onde é ideal investir a depender da idade

Os estudantes Daniel de Oliva, 18 anos, e Carlos Eduardo Da Rin, 19, foram ontem à abertura do ciclo de palestras Expo Money, no Hotel Fiesta, em Salvador, com a intenção de aprender mais sobre o mercado financeiro. "Já guardo dinheiro na poupança, mas rende muito pouco, pretendo aprender a investir na Bolsa de Valores", disse Oliva. "Quero saber como fazer o dinheiro render com menor risco", explicou Da Rin.
Especialista ensina como poupar de acordo com cada idade

A ansiedade dos jovens por ver o patrimônio se multiplicar ilustra uma característica da chamada geração Y: o imediatismo. "Essa geração, formada por pessoas de até 30 anos, tem muita informação à disposição, é imediatista e consumista", explica o consultor do Itaú Unibanco, Martín Iglesias.

"Para esses jovens, o ideal é focar nas reservas de emergência. Recomendo que guardem sempre o correspondente a três vezes o valor dos gastos de um mês". Para o especialista, a geração Y deve focar em aplicações mais conservadoras, como a poupança e outras de renda fixa, como o DI e o CDB, ideais para fazer reservas.

Iglesias apresentou ontem a palestra "Investimentos para cada fase da vida", e explicou onde é ideal investir a depender da idade. Ele sugere que as reservas financeiras sejam colocadas em três "caixinhas": recursos de urgência, aposentadoria e objetivos específicos.

"A caixinha da emergência serve para guardar uma reserva prudente, que pode ser usada em caso de necessidade; a da aposentadoria, como o nome já diz, serve para guardar recursos para o futuro, enquanto a dos objetivos específicos serve para estudos, viagens, festas e gastos específicos em geral", detalhou Iglesias.

Investimentos

O que vai variar de acordo com a idade é em qual caixinha de reservas deve-se focar. A geração anterior à Y é denominada geração X, composta por indivíduos entre 30 e 45 anos. "Essas pessoas já não são tão propensas aos hábitos consumistas, já que tiveram a infância vinculada à crise do petróleo. Eles passaram dificuldades e, por isso, têm mais hábito de poupar", explicou o especialista.

Segundo ele, a principal mensagem para os representantes dessa geração é: ainda dá tempo de fazer uma reserva para a aposentadoria. Iglesias acrescentou que o ideal para a geração X é misturar aplicações em fundos de renda fixa com outros de renda variável. "Nessa idade já vale a pena começar a investir no mercado de ações", orientou, acrescentando que é preciso ter conhecimento para atuar nesse mercado, já que a compra e venda de ações oferecem um risco maior de perder o dinheiro.

A geração anterior à X é a dos chamados Baby Boomers, os nascidos após a Segunda Guerra Mundial, período de grande crescimento populacional. Os representantes dessa geração têm entre 45 e 65 anos e, segundo Iglesias, devem dar foco especial na aposentadoria, mas começando a eliminar as aplicações de risco.

Por sua vez, a   chamada geração do silêncio, os idosos acima de 65 anos, deve focar na "caixinha" dos objetivos específicos, sem esquecer-se, no entanto, de manter o equilíbrio financeiro. "Nessa idade, poupar já não é tão importante, mas é preciso ter cuidado para evitar as dívidas", recomendou o consultor. A Expo Money é gratuita e continua hoje, das 13h40 às 21h20
Fonte! Chasque de Victor Longo - victor.longo@redebahia.com.br, publicado no dia 09 de maio de 2012, no sítio Correio - o que a Bahia quer saber. Abra as porteiras clicando em http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/especialista-ensina-como-poupar-de-acordo-com-cada-idade/

Palestra Gratuita com o Diretor da XP em Porto Alegre - RS

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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Argentum Investimentos: agenda de maio


As melhores informações e ferramentas para seus investimentos!
Confira a agenda desse mês:


Aprenda a Investir no Mercado de Ações
10/05, Quinta-feira, às 19h30

BM&F - Uma ferramenta de proteção ao sistema de produção
17/05, Quinta-feira, às 19h30

Operações Vencedoras
24/05, Quinta-feira, às 19h30

Desvendando os segredos da Análise Técnica
29/05, Terça-feira, às 19h30

Participação gratuita.


Local:
ARGENTUM INVESTIMENTOS
Rua Antônio Carlos Berta, 475 - Auditório
Jardim Europa - Porto Alegre
Tel: (51) 4101-409


Chasque remetido para o nosso sítio por Marcelo Festa - marcelo.festa@argentum.com.br