domingo, 31 de janeiro de 2010

Bolsa em queda: analistas recomendam calma e até novas compras

Apesar das quedas expressivas registradas pela Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) nos últimos dias, não é hora de deixar de investir em ações. Ao contrário: o momento é de contra-ataque, dizem analistas.

Os tombos sofridos nos últimos dias pela Bolsa estão ligados a fatores externos. Entre eles, o destaque é o aumento no depósito compulsório implementado pela China na terça-feira (26). A medida é equivalente a um aumento de juros no país asiático, o que poderia indicar um desaquecimento da economia chinesa e, com isso, frear a recuperação da economia mundial.

Outro fator que preocupa investidores é o plano para uma maior regulamentação do setor bancário americano, anunciado pelo presidente Barack Obama na semana passada. O objetivo é fazer com que nenhum banco use depósitos garantidos pelo governo para financiar operações especulativas ou de risco no mercado.

“Aliados ao fato de haver aversão mundial ao risco, [esses indicadores] provocaram uma corrida por ativos de menor risco”, diz George Sanders, analista de renda variável da Infinity Asset Management. Segundo ele, isso fez com que os investidores estrangeiros saíssem da Bovespa nos últimos dias, provocando a queda expressiva do índice.

Recheando a carteira

A perspectiva, porém, é positiva. “Aos 65 mil pontos, ainda é difícil dizer se [a baixa] é realização de lucros [venda de ações para embolsar lucros recentes] ou tendência de queda”, diz Sanders. E recomenda: “Quem está dentro é para ficar”. Apesar da semana em baixa, a corretora reafirma a expectativa de que a Bolsa feche 2010 com um ganho de 25%, já contabilizadas as perdas recentes. Ele lembra a reviravolta sofrida pela Bovespa desde o agravemento da crise mundial, que fez com que a Bolsa fechasse 2009 com ganhos de 82%.

MAIS ECONOMIA

A recomendação dos especialistas, então, é se manter otimista. "É claro que depende da carteira de ações, mas o investidor tem que suportar esses movimetnos de ajuste", afirma Pedro Galdi, analista da corretora SLW.

Além de preservar os investimentos, a dica de Galdi é sair às compras. "As pechinchas estão começando a aparecer", diz ele, que não alterou a perspectiva de que a Bolsa encerre 2010 entre 80 mil e 85 mil pontos.

A expectativa positiva em relação à economia brasileira, que deve encerrar este ano com crescimento em torno de 5%, é o que mantém a boa perspectiva dos analistas. Segundo Galdi, se o país vai bem, é hora de olhar para as empresas com foco no Brasil, que poderão ter seus resultados atrelados à atividade industrial forte e ao aumento do consumo. "As ações recomendadas, as 'queridinhas', são as ligadas ao consumo", indica.

Mas as commodities não devem ficar de fora da carteira de investimentos. Entre elas, o analista destaca o desempenho da Vale (VALE5), "porque vai faltar minério de ferro neste ano", e da Gerdau (GGBR4). "Porque a expansão da economia brasileira levará a um aumento na demanda por aço. Além disso, Barack Obama deve lançar um pacote de combate ao desemprego com foco em infraestrutura, o que pode ajudar a Gerdau."

Entre as boas compras para este período, Galdi destaca também os papéis dos varejistas Pão de Açúcar (PCAR5), Natura (NATU3) e Renner (LREN3). Entre as pechinchas estão as ações da Klabin (KLBN4), que registram queda de 8,29% nos últimos cinco dias.

Opções

Outra maneira de operar o mercado em momentos de grande instabilidade como o atual é lançar mão de opções. Com estratégias corretas, o investidor consegue maximizar ganhos ao mesmo tempo em que limita o tamanho de suas perdas.

Para o sócio da consultoria InvestCerto, Luiz Rogé, uma boa oportunidade surge com as ações da Petrobras. Segundo ele, uma estratégia nesse momento é fazer uma venda coberta. O investidor compra o papel à vista e vende uma opção de compra, no caso a PETRB34. Com isso, ele consegue baratear a operação.

Dólar

Para quem tem viagem planejada ao exterior e só vê o dólar subir, a recomendação é comprar a moeda aos poucos, mesmo havendo flutuações. A estratégia é mais recomendada do que ficar à espera de uma queda repentina, que pode não ocorrer.

(Com informações de AFP, Reuters e Valor Online)
 
Fonte! Chasque publicado no dia 31/01/2010, no galpão virtual Estratégia e Mercado - http://www.estrategiaemercado.blogspot.com/, por Andressa Rovani

Aposentados devem R$ 22 bilhões aos bancos

Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão pendurados em dívidas. No ano passado, eles pegaram R$ 22,3 bilhões em empréstimos no sistema financeiro, montante 152,3% maior que os financiamentos obtidos em 2008, o ano da crise econômica mundial. Esse volume de empréstimos representa um quarto de todas as operações de crédito consignado realizadas no ano passado por trabalhadores públicos ativos e inativos e mais os segurados do INSS, segundo dados do Banco Central.

Só em dezembro, as operações de empréstimo com desconto em folha feitas pelos aposentados somaram R$ 1,85 bilhão, com alta de 122,7% em relação a dezembro de 2008. O empréstimo consignado é a modalidade de financiamento que mais cresce no sistema financeiro. O motivo é a taxa de juros bem mais em conta. Segundo o Banco Central, enquanto os juros do crédito pessoal chegam a alcançar, em média, 44,4% ao ano, a taxa do crédito com desconto em folha(1), com menor risco para os bancos, fica em 27,2% ao ano. Para os segurados do INSS, o juro pode ser ainda menor. O Conselho Nacional de Previdência Social fixou o teto máximo de juros para os aposentados em 2,34% ao mês. Em muitos casos, eles ficam em torno de 1%.

A Previdência Social atribui o crescimento do volume de crédito ao aumento de 10% do comprometimento da renda, permitido para o empréstimo consignado no ano passado. Até a decisão do conselho, os segurados só podiam comprometer 20% da renda com o pagamento do empréstimo. Os outros 10% , se necessários, tinham que ser pegos na modalidade cartão de crédito, que é mais cara e, na prática, inibia as operações de financiamento.

Pelos dados da Previdência Social, mais de 60% das operações de crédito realizadas em dezembro foram feitas pelos aposentados e pensionistas com renda de até um salário mínimo. No total, eles pegaram R$ 875,3 milhões de crédito, cerca de 47% do volume total liberado pelos bancos para os segurados no mês. (Correio Braziliense)

Fonte! Chasque publicado no dia 29/01/2010 no galpão virtual Diário dos Fundos de Pensão (ABRAPP) - http://www.abrapp.org.br/.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Teu CTG não tem BLOG? SITE?

          Bueno! Penso que o tradicionalismo precisa evoluir em termos de comunicação global e a internet é uma realidade que não dá mais pra ficar de fora. Penso que cada CTG, DTG ou PTG desta cidade deveria ter pelo menos um BLOG, como o do CTG Glaucus Saraiva, comentado com euforia no chasque abaixo - http://ctgglaucussaraiva.blogspot.com/2010/01/buenas-gauchada.html. E para criar um blog é muito fácil. É só acessar o www.blogger.com e começar a construção do tal de galpão virtual da entidade, inteiramente grátis! Gauchada! Façam como o CTG Amanhecer na Querência: mãos à obra. Visite – www.ctgamanhecernaquerencia.blogspot.com.
          Fonte! Chasque de Valdemar Engroff (O Gaúcho Taura), publicado no Jornal A Semana de Alvorada (RS) - coluna Tradição e Cultura, do dia 28 de janeiro de 2010.

Mito ou Verdade: Previdência Privada é uma boa opção de investimento?

Apesar de ter uma rentabilidade compatível com outras aplicações, o mérito deste tipo de investimento é permitir a manutenção do seu padrão social, diz o professor da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite.

Verdade, e melhor, a aplicação tem a vantagem e o propósito de garantir um futuro financeiro mais tranquilo, aposta o professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite.

"Apesar de ter uma rentabilidade compatível com outras aplicações, o mérito deste tipo de investimento é permitir a manutenção do seu padrão social. Além disso, força o investidor a se comprometer em continuar com o período de contribuição", disse o professor. No entanto, segundo Alcides Leite, a tão sonhada tranquilidade financeira a longo prazo não está garantida. "Quem investe sempre corre algum risco, e a longo prazo o cuidado deve ser ainda maior", avalia.

A previdência privada, também chamada de previdência complementar, é uma forma de seguro contratado para garantir uma renda ao comprador ou seu beneficiário. Os valores dos prêmio é aplicado pela entidade gestora, que com base em cálculos atuariais, determina o valor do benefício.

De acordo com o Ministério da Previdência Social, além da aposentadoria, o participante normalmente tem à sua disposição proteção contra riscos de morte, acidentes, doenças, invalidez, etc. No Brasil existem dois tipos de previdência complementar: a previdência aberta e a previdência fechada.

Ambas funcionam de maneira simples: durante o período em que o cidadão estiver trabalhando, paga todo mês uma quantia de acordo com a sua disponibilidade. O saldo acumulado poderá ser resgatado integralmente ou recebido mensalmente, como uma pensão ou aposentadoria tradicional.

Já as principais diferenças entre a previdência privada e os fundos de investimentos tradicionais são a tributação e as taxas. A previdência permite, por exemplo, abater o valor deduzido da declaração do Imposto de Renda (até o limite de 12% da renda) no caso dos fundos tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e têm além da taxa de administração uma taxa de carregamento, cobrada sobre cada depósito uma única vez.

As instituições que trabalham com planos de previdência aberta são fiscalizadas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), do Ministério da Fazenda.

(Maria Cecília Ferraz - www.ultimoinstante.com.br)

Fonte! Chasque publicado no galpão virtual Último Instante - http://www.ultimoinstante.com.br/

Cresce número de brasileiros "desaposentados"

Na semana da Previdência Social, aberta oficialmente na segunda-feira, milhares de aposentados brasileiros participam de uma corrida aos tribunais para tentar fazer o caminho inverso: desaposentar-se pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Eles se aposentaram cedo demais com o benefício curto, continuaram trabalhando e recolhendo ao INSS. Querem, agora, rever os valores na Justiça, incorporando na aposentadoria os valores pagos a mais de contribuição previdenciária. É preciso tomar cuidado, porém, porque a figura jurídica da desaposentação é, por enquanto, uma realidade apenas para quem migrou do regime da Previdência Social para o do serviço público. É o caso da pedagoga Maria Alpha dos Santos, de 64 anos, de Belo Horizonte, que já começa a receber em torno de R$ 1 mil a mais em janeiro na condição de desaposentada. Fazer isso para quem é aposentado do INSS e continua trabalhando na iniciativa privada é bem mais difícil.

Maria Alpha se aposentou pela primeira vez em 1995, ganhando R$ R$ 1,9 mil. Foi morar fora com o marido e voltou ao Brasil como assessora da pró-reitoria de uma universidade pública, com o salário valorizado. Trabalhou durante cinco anos no cargo, recolhendo como funcionária pública. Para receber a aposentadoria à altura, recorreu à Justiça. Em menos de um ano, já obteve decisão reformando o benefício para cerca de R$ 2,9 mil, referendada pela Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça.

Já a aposentadoria de quem começou a recolher pelo INSS, trabalhando na iniciativa privada, e quer se desaposentar pelo mesmo INSS, ainda é uma incógnita judicial. Para o instituto, a aposentadoria é irrevogável e irrenunciável. Os pedidos, por enquanto, apenas empilham sobre as mesas dos juízes e ajudam a enriquecer os escritórios de advocacia especializados em previdência. Não há ainda sentença de última instância determinando que o INSS reveja os valores sem alguma contrapartida da outra parte. É o caso, por exemplo, de Iran Ribeiro Coutinho, de 66 anos, que conseguiu o direito de se desaposentar. Em 15 de dezembro, ganhou a ação na 6ª Vara da Justiça Federal. O juiz concedeu a ele o direito de renunciar ao benefício e se aposentar depois, de novo, recebendo sob o teto. Fez, porém, uma exigência, teria de devolver à previdência todo o valor embolsado nos últimos 15 anos, o que daria em torno de R$ 150 mil. “Não entrei na Justiça para pagar e, sim, para receber o que paguei a mais. Vou recorrer”, afirma.

“Há no Brasil uma tendência judicial favorável à desaposentação, mesmo não julgando caso concreto. Só existem julgamentos isolados que concederam a desaposentação com direito à revisão sem condicionar à devolução”, alerta o advogado Lásaro Cândido da Cunha. Segundo ele, os únicos dois precedentes abertos no Brasil estão localizados em Manaus e no Rio de Janeiro; no Rio Grande do Sul também já existe, mas condicionou o réu a devolver os valores pagos anteriormente. “Já renunciar à aposentadoria do INSS para levar o tempo para outro regime previdenciário não é de agora, já é ponto pacífico em todos os tribunais há muito tempo. Todos os tribunais dão. Nesse caso dos funcionários públicos a vitória é mais fácil porque é unilateral, não depende do INSS”, completa.

Desaposentar é quase tão sério quanto aposentar. Antes de tomar a decisão é preciso fazer os cálculos, com cuidado. Na maioria dos casos, o valor do benefício tende a melhorar. Em outros, porém, pode não compensar financeiramente. “Dependendo da situação do cliente o benefício até piora em alguns casos, ao contrário de aumentar”, alerta Cunha. Ele recomenda que, antes de fechar o contrato com advogado para se desaposentar, é preciso exigir do profissional que ele assine documento garantindo melhora no valor do benefício, caso ele ganhe a causa.
 
Fonte! Chasque publicado no dia 26/01/2010, no portal UAI - http://www.uai.com.br/. De autoria de Sandra Kiefer (O Estado de Minas)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Você acredita na aposentadoria do INSS?

Eu não, gente, desculpa. Quando meu pai se aposentou, há muuuuitos anos atrás, o nível de vida da minha família foi lá para o chão. Eu era criança, não lembro de tudo. Só sei que antigamente, quando meu pai ainda trabalhava, era tudo bem mais tranquilo. De uma hora para outra, tivemos de apertar os cintos. Começaram a rolar queixas sobre falta de dinheiro aqui em casa, coisa com a qual não estava acostumada. Foi na época em que entrei num hospital público pela primeira vez – situação que se repetiu pelos dez anos seguintes. Tinha de depender do SUS para tudo.

Hoje, com meu irmão casado e eu trabalhando e recebendo meu próprio salário, as coisas estão mais suaves para meus pais. O que não significa ter melhorado tanto assim. A aposentadoria do meu pai, 15 anos atrás, era equivalente a x vezes o salário mínimo. Mas ao longo dos anos, o salário aumenta, inflação multiplica e o benefício dele já é equivalente à metade do número de salários mínimos de antigamente. Tudo fica mais caro! Só não sobe o reajuste dos aposentados. Quando sobe, é um reajuste tão sem vergonha que nunca acompanha o salário. A inflação, então? Jamais.

[Mais:]

Resumindo, aposentados como meu pai só vão perdendo o poder aquisitivo a cada dia, a renda vai diminuindo, quando deveria ser o contrário.

Não é nada justo, ainda mais para alguém que suou a camisa trabalhando a vida inteira e nunca faltou por uma dor de dente sequer desde que me entendo por gente. Não é justo com quem tem de sustentar uma família e depende do benefício do INSS para isso.

Você ainda espera pelo INSS?

Olhem essa notícia sobre o déficit na Previdência Social em 2009. Não é de hoje que a previdência anda mal das pernas e isso é fenômeno mundial. A população vai envelhecendo e os cofres públicos vão arrecadando menos dinheiro da população economicamente ativa. Logo, a conta não fecha. E isso tende a piorar.

Por isso, respondendo à pergunta, eu não espero pelo INSS não.

Tive a sorte de ser ter carteira assinada(CTPS) em três dos quatro empregos que tive. Mas nem conto com o dinheiro da aposentadoria formal, da Previdência Social. Tô menosprezando a grana? Claro que não. Todo dinheiro é bem vindo. E ele poderá servir para pagar um plano de saúde (que é caríssimo para os velhinhos - depender do SUS, gente, é a coisa mais triste do mundo. Posso dizer isso com propriedade, de quem realmente dependeu por muitos anos e esperava meses e meses para conseguir fazer um exame babaca).

Mas eu quero aposentar e fazer um montão de coisa. Principalmente viajar, curtir. Ir para os bailinhos da terceira idade (há). Não quero chegar à idade da aposentadoria e ver meu nível de vida decair drasticamente... e principalmente não aproveitar os últimos anos da minha vida tão bem quanto aproveito os atuais.

E é por isso que tenho meu próprio plano de aposentadoria. Que pode dar certo ou não, dependendo da minha disciplina e sorte.

Você também deveria ter o seu, que pode tanto ser investir bastante até somar o montante necessário para conseguir viver do rendimento que tais aplicações lhe retornarão, ou fazer um plano de previdência privada, sobre os quais vou falar nos próximos posts, combinado?

Fonte! Chasque publicado no galpão virtual Papo Econômico - www.interney.net/blogs/papoeconomico/ , escrito por Evelin Ribeiro e postado no dia 25 de janeiro de 2010.

Finanças Pessoais em Equilíbrio *

“A parte mais sensível do corpo humano é o bolso.” 
(Delfim Netto)

Administrar finanças pessoais pouco difere de gerenciar o caixa de uma empresa ou mesmo de um país. Mudam apenas a proporção e a complexidade. Você precisa analisar dois conjuntos de contas: as receitas e as despesas.

Se você é assalariado, é fácil fechar as contas e saber o quanto comprometeu de sua poupança ou renda futura.

Por outro lado, se você é empresário, consultor, profissional liberal, enfim, se exerce qualquer atividade com remuneração variável, talvez esteja diante de um problema ainda, face à eventual sazonalidade de seus ganhos.

O lado das receitas é normalmente meio engessado. O assalariado pode buscar uma elevação de sua renda fazendo horas extras, desde que com a anuência da empresa. Uma alternativa consiste em realizar pequenos jobs ou ‘bicos’, isto é, trabalhos autônomos para terceiros, a fim de reforçar o caixa.

Já o profissional com remuneração variável, ao mesmo tempo em que não dispõe da segurança proporcionada por um salário no final do mês, tem à sua disposição a possibilidade de, fazendo uso de sua habilidade e criatividade, gerar novos negócios, buscar novos clientes, aumentar suas receitas.

Mas é no campo das despesas que este jogo acontece. E o segredo é relacionar todos os gastos possíveis dividindo-os em categorias conforme ilustrado a seguir:

- Grupo da habitação: prestação da casa ou aluguel, IPTU, seguro residencial, sistema de segurança, condomínio, água, energia elétrica, gás encanado ou de cozinha, telefone fixo, jardineiro, piscineiro, babá, empregada doméstica, móveis e eletrodomésticos, artigos de cama, mesa e banho, manutenção da casa;

- Grupo da saúde: assistência médica (convênio ou seguro-saúde), assistência odontológica, médico especialista (psicólogo, terapeuta, fonoaudiólogo etc.), exames e cirurgias, farmácia, academia de esportes;

- Grupo da alimentação: supermercado, feira livre ou sacolão, açougue, padaria, restaurantes, lanchonetes, churrascarias, pizzarias, cafés;

- Grupo da educação: escola e/ou faculdade (própria e/ou dos filhos), transporte escolar, material didático, aulas particulares, atividades extracurriculares (judô, balé, computação etc.), cursos de idiomas, seminários, congressos, palestras, livros;

- Grupo do transporte: prestação do carro ou aluguel, IPVA, seguro obrigatório, seguro do veículo, combustível, lavagem, multas, transporte coletivo (ônibus, trem, metrô, fretado), táxi, estacionamento pago, pedágio, manutenção do carro;

- Grupo da cultura e do lazer: cinema, teatro, museus, bares, shows, danceteria, clube, assinatura de jornais e revistas, TV por assinatura, videolocadora, CDs, DVDs, jogos, provedor de acesso à internet, passeios e recreações, festas (aniversários, casamento etc.), viagens (passagens, hotéis etc.);

- Grupo das despesas financeiras: tarifas bancárias, juros do cheque especial, juros do cartão de crédito, multas por atraso no pagamento, juros de empréstimos, juros embutidos em financiamentos;

- Grupos dos diversos: produtos de limpeza, artigos de higiene pessoal, produtos e tratamentos estéticos (salão, cabeleireiro, cosméticos etc.), vestuário e acessórios, telefone celular, pensão alimentícia, mesada, fumo, bebida, apostas em loterias, gorjetas, doações, presentes, animais de estimação;

- Grupo da poupança preventiva: previdência privada, seguro-educação, seguro de vida, consórcio, fundo de reserva.

Ainda que algumas contas não tenham sido contempladas na listagem acima, os itens relacionados já são suficientes para demonstrar como nos enganamos na administração de nossas despesas pessoais. Isso acontece porque estamos habituados a considerar apenas aqueles gastos mais próximos e palpáveis, negligenciando os que têm que ser provisionados, ou seja, previstos porque eventualmente ocorrerão. Isso acontece, por exemplo, com medicamentos, multas de trânsito e todo tipo de manutenção.

De todas as contas apresentadas, uma muito perniciosa merece atenção: juros e tarifas bancárias. Isso porque desde o fim da inflação inercial (aquela de 30% ao mês que chegou ao extremo de 3% ao dia nos idos dos anos 1980) os bancos passaram a cobrar por todo e qualquer serviço prestado. Não é à toa que hoje as tarifas bancárias são suficientes para pagar, com folga, toda a folha de salários da maioria dos bancos que atuam no Brasil.

Uma pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), realizada no ano de 2002 com 3.477 consumidores na cidade de São Paulo, demonstrou que 29,83% da renda das famílias destinava-se ao pagamento de encargos financeiros. Este índice subia para 35,43% no caso do trabalhador de menor renda (um a cinco salários mínimos).

Assim, diante deste quadro, algumas sugestões mostram-se pertinentes:

1. Monte sua própria planilha de despesas de acordo com sua realidade. Você poderá concluir, por exemplo, não ser este o momento adequado para adquirir um carro ou trocar o modelo atual.

2. Analise quais gastos podem ser eliminados, substituídos ou reduzidos. Sempre com os olhos voltados para sua receita, você descobrirá que certos serviços precisam ser eliminados de sua cesta, talvez reduzindo seu padrão de vida atual. Isso pode simbolizar o cancelamento da TV paga, uma visita a menos por mês a um restaurante ou o uso mais regrado do telefone celular.

3. Evite comprar por impulso ou através de financiamento com juros. Opte por comprar à vista, sempre que possível. Um exercício interessante é aguardar uma semana para adquirir algum novo bem. Após este prazo, pergunte-se com franqueza se ainda precisa daquele objeto.

4. Ataque de frente e sem piedade suas despesas financeiras. Saia do crédito rotativo do cartão de crédito. Cancele-o e busque um juizado de pequenas causas para efetuar o pagamento do saldo devedor sem a incidência atroz de juros que ultrapassam 15% ao mês. Faça o mesmo com seu cheque especial, negociando seu parcelamento com taxas reduzidas.

Em suma, tome as rédeas de sua vida financeira e tenha na disciplina sua maior aliada.
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* Texto escrito e enviado por Tom Coelho - Educador, conferencista e escritor com artigos publicados por mais de 400 veículos da mídia em 15 países. É autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional”, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: http://www.tomcoelho.com.br/ e http://www.setevidas.com.br/
 
Chasque publicado no galpão virtual Icó é Notícia - http://www.icoenoticia.com/, no dia 26 de janeiro de 2010.
 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Volatilidade na economia: hora de manter o foco

Essa semana percebemos certo viés pessimista em torno da recuperação na economia mundial. Notícias vindas de fora mostraram que os números trimestrais de Bank of America, Morgan Stanley, entre outros, vieram piores do que o esperado. Soma-se a isso a notícia de que a China aumentará o aperto financeiro, levando os bancos a reduzir os volumes de empréstimo.

Pois é, o que acontece na China reflete no mundo e, principalmente, no Brasil, afinal de contas nossas empresas mais relevantes dependem e muito das compras do player asiático. Para citar um dado importante da recente onda pessimista, o Bank of America teve perdas de US$ 5,2 bilhões, diante de uma expectativa de US$ 3,9 bi.

Calma e foco nos objetivos

Todos esses dados demonstram que a economia é uma ciência no mínimo interessante e que pode viver mudanças repentinas e intensas. Mais, quando determinados dados surgem, podem imediatamente refletir no humor do mercado. Pode ser que amanhã surja uma nova notícia que altere todo o entendimento de hoje e o mercado passe a operar de forma mais tranqüila.

Para o investidor, é hora de manter a calma e o foco. Lembre-se do planejamento. Nessas oportunidades em que alguns papéis são afetados pela volatilidade, boas oportunidades podem surgir, portanto atenção! Ao mesmo tempo, se você ganhou muito com a alta da Bolsa no ano passado, talvez seja hora de rebalancear sua carteira e acertar os percentuais de investimento dentro de suas expectativas. Planejamento, controle e respeito são fundamentais sempre.

Ventos continuam favoráveis?

De toda forma, mais do que nunca o momento requer compreensão de que os ventos aqui ainda são favoráveis, principalmente quando lembramos do nosso mercado interno e de toda a necessidade de infraestrutura que o Brasil necessitará. Já se fala em PAC 2 e ótimos negócios surgirão para empresas que se beneficiarão do Programa. Vêm ai a Copa e as Olimpíadas.

Não se esqueça: mantenha os pés no chão e opte por programar bem suas contas. Em 2009, a emissão de cheques sem fundo foi recorde, no maior percentual desde 1991. Esses índices demonstram que o entusiasmo em comprar está sendo maior do que o planejamento. Em época de bonança, o mais importante é formar reserva para os momentos ruins. Então, se não puder comprar, não compre. Não entre em dívidas justamente no momento em que pode vitaminar sua poupança e seus investimentos. Até a próxima.

Fonte! Chasque de Ricardo Pereira, publicado no Dinheirama - http://www.dinheirama.com/, no dia 21 de janeiro de 2010.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Previdência, 87 anos

A previdência privada tem obtido resultados expressivos nos últimos tempos. A captação do mercado de previdência aberta, vinculado a instituições financeiras, alcançou R$ 33,2 bilhões entre janeiro e novembro de 2009, 21,3% a mais que o obtido no mesmo período de 2008. A carteira de investimentos do setor - ativos que garantem as provisões técnicas - cresceu 25,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, atingindo R$ 178,2 bilhões. Já os 372 fundos de pensão, vinculados às estatais e empresas em geral, administram hoje R$ 460 bilhões de ativos e atendem a 2,6 milhões de participantes e assistidos. Desde dezembro de 1998, o segmento cresceu 393%, em valores absolutos. Ao mesmo tempo, os regimes públicos, um vinculado às aposentadorias dos servidores públicos das três esferas de governo e três poderes, e o outro, garantidor de benefícios aos trabalhadores do setor privado, apesar de "oficiais" relatórios negativos, se constituem em instrumentos de redistribuição de renda, em especial o do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

No setor público, os entes municipais e estaduais organizam e consolidam seus regimes próprios, aos poucos. Ao todo, são mais de 9,3 milhões de brasileiros vinculados aos regimes próprios, sendo cerca de 35% deles já inativos ou beneficiários de pensão. Já o modelo do INSS apresenta trajetória ascendente ao chegar aos 87 anos neste 24 de janeiro, data que relembra o marco inicial, lá em 1923, da Lei Eloy Chaves, criando as primeiras Caixas de Aposentadorias e Pensões para trabalhadores ferroviários.

Apesar de se constituir em somente um dos subsistemas previdenciários, a cada dia se consolida mais e mais no seu papel social, relevante e inconteste. São 27,9 milhões de aposentadorias, pensões e outros benefícios (18,8 milhões urbanos e 8,1 milhões rurais) mantidos religiosamente, com pagamentos pontuais, que colocam mensalmente na economia mais de R$ 20 bilhões, beneficiando, por extensão, quase 80 milhões de brasileiros.

Enquanto a arrecadação tributária sofreu impacto expressivo em decorrência da crise que afetou a economia mundial, a arrecadação previdenciária foi uma das poucas que se elevou em 2009, em comparação com 2008. Estas e outras informações têm que estar sempre presentes na memória de todos aqueles que, volta e meia, atacam o sistema previdenciário e o taxam de deficitário e incapaz de atender aos seus desígnios constitucionais. Nada disto! Devemos sempre saudar e homenagear a existência da Previdência brasileira, fundamental e indispensável amortecedor social numa Nação ainda fragilizada pela miséria de parcela de sua população. Felizes 87 anos, Previdência!

Fonte! Chasque publicado no Correio do Povo de Porto Alegre (RS). Edição do dia 24 de janeiro de 2009, de autoria de Vilson Antonio Romeri - presidente do Sindifisco Nacional em Porto Alegre.

A classe C vai à bolsa

Investidores de baixa renda descobrem a Bovespa e despertam a atenção do mercado de capitais. Depois de iogurtes, frangos e geladeiras, será a vez das ações?

A partir de meados da década de 90, a emergência da classe C transformou diversos setores da economia brasileira. Em segmentos como os de telefonia celular, varejo e veículos, para citar alguns, esses consumidores passaram a ser um dínamo de crescimento e, por isso, hoje ninguém pode subestimar o poder de compra das famílias com renda mensal entre 1 500 e 5 000 reais - um contingente de 95 milhões de pessoas. É com base nessas experiências que o mercado de capitais acompanha com atenção a chegada da classe C à bolsa de valores. Um levantamento feito por EXAME junto às corretoras (não há estatísticas oficiais sobre o tema) indica que há cerca de 30 000 investidores da classe C na Bovespa. O número ainda é insuficiente para lotar um Morumbi ou Maracanã, é verdade. Mas é quase o triplo do que havia em 2008 e mais de dez vezes a soma de 2006. Mais importante que isso: o recente movimento em direção à bolsa pode ser apenas o início de uma tendência transformadora do mercado. Uma pesquisa recente do instituto Data Popular mostrou que mais da metade das famílias de classe C consegue fazer economia, ainda que de forma irregular. Se apenas uma parcela desse pessoal migrar para a bolsa, o Brasil poderá repetir o fenômeno de popularização do mercado já visto em economias maduras, como a americana.

No passado, a chegada de investidores de baixa renda à bolsa já foi vista como um problema. Uma das histórias mais conhecidas da crise de 1929 é a de Joseph Kennedy, pai do ex-presidente americano John Kennedy. Conta-se que ele teria decidido vender suas ações pouco antes da derrocada da bolsa de Nova York porque ouviu seu engraxate comentar animadamente sobre os papéis que havia comprado. “Se até os engraxates estão aplicando em ações, é sinal de problemas”, teria dito Kennedy. Mais do que o número de aplicadores - nesse período, pouco mais de 1% dos americanos tinham ações -, o que de fato preocupava investidores mais experientes era a agressividade com que os novatos entravam na bolsa. Em poucos anos, milhares de americanos colocaram quase todas as suas economias no mercado, e alguns chegaram a tomar dinheiro emprestado para comprar e vender ações no curtíssimo prazo. Hoje, 88% dos americanos aplicam na bolsa como estratégia para a aposentadoria - e, com isso, a entrada de faxineiros, porteiros e taxistas no mercado deixou de ser vista com desconfiança.

A POPULARIZAÇÃO DO MERCADO de ações que começa a ganhar corpo no Brasil guarda semelhanças com o movimento que ocorreu nos Estados Unidos não em 1929, mas na década de 50. Foi quando a classe média ascendente conseguiu economizar parte da renda e a bolsa de Nova York colocou em prática um programa de aproximação com o cidadão comum - um exemplo foi a criação de uma rádio com informações sobre ações. Em cerca de 15 anos, o percentual de acionistas subiu de 4% para 10% da população. Esse aumento está por trás da expansão do mercado de capitais no país: na década de 50, o valor das empresas listadas dobrou e a bolsa americana se tornou uma opção de financiamento para um número maior de companhias - empreendedores e donos de empresas recém-criadas, como HP e Polaroid, abriram o capital para levantar recursos e expandir seus negócios, coisa rara no passado. Mas foi só a partir dos anos 80 que a classe média dos Estados Unidos deixou-se seduzir pela bolsa. Atualmente, metade dos americanos aplica em ações, diretamente ou via fundos, e estima-se que 20 milhões deles tenham renda familiar mensal inferior a 4 000 dólares, o que os coloca na base da pirâmide social local.

Por aqui, cerca de 1% da população - 2 milhões de pessoas - investe na bolsa ou em fundos de ações. Por enquanto, os aplicadores de renda mais baixa são uma minoria incapaz de mexer com o mercado. Mas somente na classe C há cerca de 14 milhões de potenciais investidores, segundo a pesquisa do instituto Data Popular. “Essas pessoas, que representam 15% da classe C, conseguem poupar regularmente e parte delas começa, aos poucos, a buscar aplicações que rendam mais que a tradicional caderneta de poupança, que ainda é a aplicação preferida desse público”, diz Renato Meirelles, sócio do Data Popular. O hábito de poupar - comum em países asiáticos, mas ainda raro no Brasil - pode ser o novo salto transformador desse público. Os primeiros reflexos do aumento da renda dessa parte da população foram o crescimento e a sofisticação do consumo - foi assim com iogurtes, frangos, celulares, geladeiras, fogões e carros nos últimos anos. Agora, espera-se, chegou a vez das aplicações financeiras. Do ponto de vista macroeconômico, a entrada em cena de novos investidores pode ser vital para elevar a capacidade de poupança do país, uma lacuna antiga da economia brasileira. No caso das bolsas, a entrada de mais pessoas físicas tende a tornar o mercado menos volátil. Quanto mais aplicadores, menor a influência dos fundos de pensão e outros gigantes institucionais sobre os preços das ações. “Durante a crise de 2008, ficou evidente no Brasil a importância das pessoas físicas para a bolsa. Enquanto muitos estrangeiros debandaram, boa parte desses acionistas ficou, o que ajudou a conter a queda do mercado”, diz Paulo Oliveira, diretor executivo da BM&F Bovespa.

No Brasil, os neófitos do mercado de ações são pessoas como o brasiliense Raimundo Albuquerque Júnior, de 38 anos, que faz bicos como pintor, encanador, motorista e até passeador de cachorros e ganha, junto com a mulher, 4 000 reais por mês. “Faço todo tipo de serviço, só não mato”, diz. Albuquerque começou a investir na bolsa há pouco mais de dois anos, depois de receber 2 000 reais da mãe - antes disso, tinha só uma reserva de 800 reais na poupança. “Eu queria aplicar em ações há algum tempo, porque via muitas notícias de que a bolsa estava subindo muito. Mas achava que precisava de bem mais dinheiro para entrar.” Ao descobrir que os 2 000 reais eram suficientes, aplicou em papéis da Petrobras. Mais tarde, conseguiu economizar mais 500 reais e passou a comprar ações do Banco do Brasil, da CSN e da Gerdau. “Estou estudando o mercado e vou à biblioteca pública sempre que posso para ler os jornais e acompanhar as notícias das empresas nas quais invisto. Quero continuar aplicando na bolsa por dez ou 20 anos”, diz Albuquerque Júnior, que participou de três cursos gratuitos feitos pela sua corretora, a XP. Seu exemplo ilustra também os riscos da bolsa: as aplicações já chegaram a valer mais de 4 000 reais, mas caíram com a crise, se recuperaram recentemente e hoje ele tem quase 3 000 reais em carteira.

NO PASSADO, ALGUNS incentivos do governo levaram parte dos investidores de classe C ao mercado - um deles foi a possibilidade de usar os recursos do FGTS para comprar ações da Petrobras e da Vale; outro foi a distribuição de ações de empresas de telefonia a quem comprava uma linha telefônica. A recente adesão de membros da classe C à bolsa marca uma nova fase, já que, desta vez, os investidores não são movidos por um incentivo específico. Um dos obstáculos à ascensão da baixa renda na bolsa são as taxas de negociação cobradas pelas corretoras, altas para a maior parte desses investidores. A mais pesada é a taxa de custódia, que geralmente custa entre 7 e 30 reais e deve ser paga todos os meses. “Isso significa que o investidor que só tem 1 000 reais na bolsa pode pagar até 3% ao mês de custódia”, diz Roberto Lee, diretor da Win Trade, home broker da Alpes Corretora. As corretoras que querem crescer na baixa renda já começaram a baixar suas taxas - é o caso da Tov, da Ativa e do Banif, em que o cliente pode ficar isento da custódia. “Queremos ser a Casas Bahia da bolsa”, diz Valestan Ribeiro, gerente de home broker da Tov.

Na tentativa de atrair novos clientes, a corretora carioca Um Investimentos realiza cursos na faculdade Anhanguera, que oferece mensalidades a preços acessíveis. “São cursos bem básicos para ajudar os estudantes a entender como a bolsa de valores funciona”, diz Rafael Giovani, gerente da Um Investimentos. Na corretora gaúcha XP, os corretores são preparados para atender esse público por telefone, caso eles não queiram - ou não possam - operar pela internet. “O cliente que hoje tem 2 000 reais em aplicações pode ter 5 000 reais amanhã, e queremos crescer com ele”, diz Rossano Oltramari, sócio da XP. Números da Fundação Getulio Vargas mostram que, de cada 100 pessoas da classe D, 30 sobem anualmente para a classe C. A mudança também ocorre entre quem já é classe C: de cada 100 pessoas, cinco são promovidas à B. Se depender do passeador de cachorros Albuquerque Júnior, o contingente de aplicadores vai mesmo crescer. “Minha mulher ainda acha que bolsa é uma roleta-russa, mas ainda vou fazê-la mudar de ideia”, diz.

Fonte! Chasque publicado no dia 24 de janeirro de 2010 no galpão virtual do CORECON - RJ (http://www.corecon-rj.blogspot.com/),  que teve com fonte o Portal Exame, por Guilherme Fogaça

Hoje é dia da Previdência Social

Certamente, você já ouviu falar da previdência social. Você sabe o que significa esta que é considerada um direito de todo o cidadão brasileiro?

Pois bem, se você não sabe, vai saber agora. A previdência social estabelece e rege um contrato que o trabalhador faz com o governo federal. Neste contrato, ele se compromete a pagar todo mês, uma quantia previamente calculada, ao Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS).

O ministério, por sua vez, se compromete a devolver a quantia sob a forma de benefícios sempre que o empregado não puder trabalhar temporariamente por ter sofrido um "acidente de trabalho" ou se aposentar por opção ou por invalidez.

Previdência na História

Através do decreto, conhecido como Lei Elói Chaves, de 24 de janeiro de 1923, era criada a Caixa de Aposentadoria e Pensões para beneficiar os empregados das empresas de estradas de ferro e seus familiares.

A partir daí, começa a ser traçado o sistema previdenciário brasileiro, cujo objetivo é garantir o sustento das pessoas que não poderiam mais fazer parte do mercado de trabalho, seja por aposentadoria ou por doença.

Logo após a promulgação da Lei Elói Chaves, outras empresas foram beneficiadas e seus empregados passaram a ser segurados pela previdência social.

Atualmente, a previdência social brasileira engloba três importantes órgãos, cada um exercendo funções específicas na prestação de assistência social e seguridade. São eles: o Ministério da Previdência e Assistência Social, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (DATAPREV).

Trocando em miúdos

No Brasil, funcionam dois sistemas de previdência, o público e o privado. O primeiro pode ser regido de duas formas: pelo Regime Geral de Previdência Social, através do INSS, dirigido a todos os trabalhadores da iniciativa privada e funcionários públicos não concursados; e pelo regime especial voltado para os servidores públicos concursados, militares e pessoal que trabalha nos poderes Judiciário, Executivo e Legislativo.

Há quem prefira, mesmo estando segurado pelo INSS ou faça parte do regime especial, recorrer a um plano de previdência privada, que funciona como uma poupança a longo prazo para complementar a aposentadoria.

Segundo o Ministério da Previdência e Assistência Social, há dois tipos de plano: o aberto e o fechado. O primeiro é vendido por bancos e empresas seguradoras a empregados de empresas ou a autônomos, sendo fiscalizados pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Já o segundo é popularmente conhecido como Fundos de Pensão. São comercializados por instituições privadas e fundações sem fins lucrativos somente para empregados ou grupos de empregados de um empresa, e supervisionados pela Secretaria de Previdência Complementar vinculada ao ministério.

Acidentes de Trabalho

Uma das atribuições do Ministério da Previdência e Assistência Social é propor políticas que avaliem e controlem os riscos de acidente nos ambientes de trabalho e identificar os setores que merecem mais atenção por parte de governo em termos de prevenção.

Segundo dados do MPAS, só será considerado acidente de trabalho quando o funcionário se encontrar em uma das três situações relacionadas abaixo:

quando se acidenta em virtude das características próprias da atividade profissional exercida (acidente típico)

quando o acidente ocorre no percurso entre a casa e o trabalho (acidente de trajeto)

quando o acidente decorre de uma doença profissional provocada pelo exercício da atividade profissional (doença de trabalho)

Após a ocorrência do acidente de trabalho, algumas conseqüências se verificam. O funcionário pode recorrer a um simples atendimento médico e, logo após, retornar às suas atividades. Pode ser considerado incapaz temporariamente de exercer sua função (incapacidade temporária). Ou ainda ficar incapacitado (incapacidade permanente) de exercer não só o trabalho que exercia como qualquer outro, tendo que recorrer à aposentadoria por invalidez. Se for constatada a incapacidade parcial, recebe o auxílio-doença e poderá retornar ao trabalho, contanto que exerça outra atividade. Fonte: IBGE

Fonte! Chasque Publicado no galpão virtual Obsrvatório Comunitário - http://www.obsrvatoriocomunitario.blogspot.com/, no dia 24/01/2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Fundos de pensão de entidades são futuro do sistema

Especialistas dizem que os planos instituídos são os que têm maior potencial de crescimento, em número de participantes

Enquanto os fundos de pensão apresentam crescimento modesto em termos de novos participantes, os fundos instituídos - fundos de pensão de entidades de classe, conselhos de profissionais liberais, sindicatos e cooperativas - caminham na contramão do mercado. "Atualmente, o avanço que o sistema apresenta, em número de participantes, vem dos fundos instituídos. Isso porque as entidades ligadas às empresas não fazem grandes contratações, além de ser muito oneroso montar um fundo de pensão", explica José Ribeiro Pena Neto, vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).

A previdência associativa foi criada em 2001, com a edição da Lei Complementar nº 109. Hoje, o mercado conta com mais de 100 mil participantes, R$ 692,8 milhões em patrimônio e 53 planos de 439 instituidoras

A previdência associativa foi criada em 2001, com a edição da Lei Complementar nº 109, mas só saiu do papel em 2003. Hoje, o sistema soma cerca de 100 mil participantes, patrimônio de R$ 692,8 milhões e 53 planos de 439 entidades instituidoras (um plano pode ser instituído por várias entidades). Antes, só existiam os planos patrocinados, vinculados a empresas. Com a LC nº 109, o benefício do plano de previdência foi ampliado para pessoas ligadas a associações, cooperativas, sindicatos e entidades de classe. "A previdência fechada vai crescer com os planos instituídos", afirma Helder Molina, presidente da Mongeral Aegon, seguradora que faz a gestão do risco de morte e invalidez de 18 fundos instituídos.

Atualmente, o maior fundo instituído é o da Ordemdos Advogados do Brasil (OABPrev) - isso se somado os participantes das oito seccionais; apenas os estados de Alagoas e Bahia não estão abrangidos no sistema. De acordo com Roberto Dias Perecini, diretor-presidente seccional de Minas Gerais, ao final de 2009, o OABPrev contava com 40 mil participantes e R$ 300 milhões em patrimônio. A expectativa é avançar entre 15 mil e 20 mil participantes em 2010. "Creio que até o final de 2011 devemos estar entre os cinco maiores fundos de pensão, em número de participantes. Ou seja, devemos superar os 100 mil participantes", afirma.

Mas o potencial de crescimento é ainda maior dado o universo de advogados brasileiros e seus familiares. "A massa de advogados no Brasil é de 730 mil. Como o fundo pode ser comercializado também aos familiares, o universo de potenciais participantes do sistema pode chegar a dois milhões. Isso sem considerar os estagiários associados àOAB", diz Perecini.

Outra vantagem dos planos instituídos são as taxas de administração inferiores às praticadas no mercado, comenta Molina. "Isso é possível porque os fundos são sem fins lucrativos", ressalta o executivo.[2]

A taxa de administração do OABPrev-MG, por exemplo, é de 1,5% ao mês para patrimônio até R$ 10 mil e 0,5% aomês para montantes superiores a R$ 10 mil. "A partir deste ano, a taxa de carregamento será zerada. Ou seja, o valor do aporte que o participante fizer será contabilizado integralmente", completa Perecini.

Distribuição

Em um fundo de pensão tradicional, patrocinado por empresas, a distribuição do plano é feita por meio do RH, já na previdência associativa, como as entidades são espalhadas por todo o Brasil contam com o poder de venda da seguradoras. A Mongeral, por exemplo, tem quatro mil consultores de benefícios distribuídos pelo país.

Fonte! Chasque de Vanessa Correia e Thais Folego (vcorreia@brasileconomico.com.br e tfolego@brasileconomico.com.br), publicado no galpão virtual do Portal Nacional SEGS - http://www.segs.com.br/, no dia 20 de janeiro de 2010.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Cuidado com as taxas

As taxas são as grandes vilãs de qualquer plano de previdência privada. Fique atento a elas, em geral os bancos e as seguradoras não gostam de esclarecer muitos detalhes sobre as mesmas. Veja abaixo:

Taxa de carregamento - incide sobre as contribuições realizados. Em geral, estas taxas variam de 0 a 3%. Veja o exemplo:

Aporte = R$ 1.000,00
Taxa de carregamento = 2%
Desconto do aporte = R$ 20,00
Total aplicado = R$ 980,00

Taxa de administração - custo da gestão dos ativos, que incide sobre a rentabilidade total da aplicação. Em geral varia entre 1,5% e 3%. Cuidado, pois esta taxa é a de maior impacto na aplicação, opte sempre pelo plano que oferece a menor taxa.

Taxa de saída - cobrada no caso do resgate antecipado da aplicação. Contudo, a maioria das seguradoras executam esta cobrança apenas nos primeiros anos. Algumas seguradoras impõe prazos de carência para resgates e transferências externas parciais ou totais.

Fonte! Chasque publicado no dia 20 de janeiro de 2010 no Galpão Virtual Renda Vitalícia - http://www.rendavitalicia.com/.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

DETALHES IMPRESCINDÍVEIS PARA PATRÕES E COORDENADORES

Ao assumirem os cargos, os novos dirigentes enfrentam uma maratona de descobertas. Para facilitar o trabalho, Rogério Bastos relaciona alguns itens fundamentais.

As Regiões Tradicionalistas e as entidades devem estar atentas:
- Devem apresentar a Declaração de Imposto de Renda até abril ou maio de cada ano;
- Anualmente, até março, devem declarar a RAIS;
- Sempre que assumir um novo Patrão ou um novo Coordenador, avisar a Receita Federal, através da Ata de Posse registrada em Cartório de Pessoas Jurídicas
- Manter em dia as negativas de Federais, Estaduais e Municipais;
- Possuir uma conta bancária em nome da entidade com duas assinaturas (patrão ou coordenador) e tesoureiro;
- Coordenadorias deverão encaminhar relatório financeiro semestral ao MTG, conforme modelo enviado a elas (meses de agosto e março)
- Realizar eleições regionais até o primeiro final de semana de dezembro (as entidades, conforme rezam os estatutos);
- ECAD para as entidades: é obrigatório o pagamento e evita aborrecimentos. Mais informações pelo sítio http://www.ecad.com.br/;
- Crie um calendário de eventos para que suas atividades não coincidam com os eventos das entidades mais próximas ou, até mesmo, da Região;
- Esteja atento também para a Lista Destaque, cartão Tradicionalista e Seguro de Rodeios.

Fonte! Chasque de autoria de Rogério Bastos – Diretor Executivo da Fundação Cultural Gaúcha (FCG) do MTG, publicado no Jornal Eco da Tra-dição, edição de janeiro de 2010.

Investir em fundos de ações é possível a partir de R$ 200

Investir em ações pode parecer coisa de outro mundo para muitos simples investidores, acostumados a aplicar na tradicional caderneta de poupança. No entanto, o mercado acionário pode atender a esse público, por meio dos fundos de ações oferecidos e administrados pelos bancos de varejo.

"A grande vantagem é que o cliente não precisa pagar taxa de corretagem (cobrada para compra e venda de ações) e taxa de custódia (cobrada mensalmente para ter uma conta na corretora). Além disso, não precisa ter conhecimento de mercado de ações para investir. O patrimônio é administrado por especialistas do banco e é uma opção para quem não tem tempo ou disposição para gerir seus investimentos", explica o consultor financeiro Josemar Lopes, da JP Investimentos.

A taxa de administração de fundos de ações da Petrobras e da Vale, por exemplo, vai de 1,5% a 4%. Neste tipo de aplicação, a pessoa física pode investir valores menores - o mínimo de investimento é determinado pelo fundo, mas começa em R$ 200 e pode chegar a R$ 1.000 nos principais bancos brasileiros. O dinheiro depositado nos fundos é convertido em cotas, que são atualizadas diariamente.

Lopes destaca que os fundos não têm limite de participantes. "Para os iniciantes, é importante verificar se o fundo é de uma empresa sólida. Também é possível conferir o histórico da rentabilidade do fundo, nos últimos 36, 24 e 12 meses, além do rendimento do ano, do mês e dia anterior. Isso é facilmente obtido nos sites dos próprios bancos, em tabelas de rentabilidades dos investimentos", afirma.

Para quem quer se aventurar em renda variável, as blue chips (papéis mais negociados)Petrobras e Vale são alternativas. As ações de ambas empresas são oferecidas por todos os bancos, inclusive os públicos Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

Na hora de resgatar o dinheiro, é fácil, porém investir em ações deve ser uma prática pensada a longo prazo, já que as oscilações podem ser grandes. "Os fundos têm liquidez diária e podem ser recuperados sem aviso prévio. O dinheiro cai na conta, geralmente, em quatro dias úteis após a solicitação", lembra o economista Jorge Sá Mendes Alvarez.

Ao consultar o saldo do investimento, o cliente já vê o valor com todos os custos deduzidos automaticamente, exceto o Imposto de Renda, que é de 15% sobre o rendimento e, portanto, é descontado no resgate, também de forma automática.

BLUE CHIPS

Além das ações mais negociadas na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) - Petrobras e Vale - o investidor iniciante também pode optar por fundos de ações de bancos, como os papéis do Grupo Itáu, e também da Cielo (ex-Visanet), entre outras.

Quando o assunto é Petrobras, nos últimos 12 meses, as ações renderam cerca de 54%. Já na Vale, a rentabilidade sobe para até 88%. Para investir na Petrobras, bancos como Itaú-Unibanco, Santander, Banco do Brasil, Caixa, HSBC e Bradesco limitam a aplicação inicial entre R$ 200 (BB) e R$ 1.000 (Caixa, Bradesco e Itaú). Nos últimos 12 meses, as ações da Petrobras foram as mais negociadas na Bolsa, com 13,27% das transações.

Os fundos de ações da Vale também têm limites iniciais, que variam de R$ 300 (HSBC) e R$ 1.000 (Caixa, Bradesco e Itaú). Quanto aos valores de resgate e saldo mínimo, cada banco opera independentemente. Os papéis da Vale ficaram em segundo lugar entre os mais negociados na Bovespa nos últimos 12 meses, com 12,45%.

Fonte! Chasque publicado no Diário do Grande ABC (SP), no dia 17 de janeiro de 2010, por Cibele Gandolpho - http://www.dgabc.com.br/.

FGTS pode ser investido em março

São Paulo - Investimento em infraestrutura pode ser a saída para quem pretende obter mais rentabilidade nos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A alternativa deve estar disponível para o trabalhador a partir de março, quando está prevista a regulamentação do Fundo de Investimento em Cotas (FIC-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal.

Por meio do FIC, o trabalhador poderá participar do Fundo de Investimento (FI-FGTS), que aplica recursos do Fundo em energia, rodovias, portos, ferrovias, hidrovias e saneamento. Em 2009, o FI obteve rendimento de 9%, bem acima dos 3,9% obtidos pela remuneração do FGTS. A aplicação será limitada a 30% do saldo do trabalhador e terá carência de um ano para resgate. Durante esse período, o dinheiro investido não poderá ser resgatado, nem nos casos previstos para saque do FGTS, como demissão e compra da casa própria. Se o Fundo der prejuízo, o trabalhador vai arcar com as perdas e não poderá resgatar o dinheiro antes do prazo mínimo previsto. Ao contrário do FGTS, que assegura 3% de ganho ao ano, o FIC não terá rentabilidade garantida. Apesar do risco, o presidente do Instituto FGTS Fácil, Mario Avelino, acredita que a aplicação compensa. "Na minha opinião, o risco é praticamente nulo", disse Avelino. Ele projeta um rendimento de 10% para o FI-FGTS nos próximos anos.

Fonte! Chasque publicado no Correio do Povo de Porto Alegre - RS. Edição do dia 18 de janeiro de 2010 - http://www.correiodopovo.com.br/.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Casamento: como manter a unidade financeira do casal?

Muitos amigos e leitores enviam perguntas com dúvidas sobre a vida financeira no casamento. Querem discutir a divisão de bens, a melhor forma de gerir o dinheiro recebido e principalmente como conviver com as diferenças e as distintas necessidades de um casal. Existem muitas obras que abordam o assunto - nós mesmos, do Dinheirama, já abordamos o assunto em outras ocasiões -, mas é extremamente positivo que a discussão persista e cresça.

O inicio do casamento é uma época marcada por grandes emoções e descobertas. A montagem da casa e as despesas da festa e da cerimônia são significativas e é comum o casal carregar o pagamento dessas despesas por um longo tempo. É importante que, mesmo durante o namoro e o noivado, o planejamento financeiro já esteja no dia a dia do casal.

Se existe algo que aprendi é que casamento não combina com dívidas. Justamente por isso, a grande arma para evitar o esvaziamento do potencial financeiro do casal é a conversa franca e direta sobre o dinheiro da família, respeitando o padrão de vida possível naquele momento. A opção mais acertada para tudo começar bem é: se não tiver dinheiro para a comprar à vista, não compre nada nesse momento.

Duas fontes de receita, um único orçamento.

Hoje, felizmente homens e mulheres dentro do casamento possuem papéis equivalentes. Na maioria dos casais, os dois trabalham e já dividem as tarefas domésticas - isso é extremamente positivo. Mas o fato dos dois trabalharem e terem duas rendas leva à uma situação interessante: dois padrões de vida diferentes para o mesmo casal, já que nem sempre a renda dos dois é igual.

Obviamente que essa situação é extremamente negativa. Se o marido e a mulher possuem salários diferentes, deve-se somar as rendas e o casal viver em comunhão. Duas rendas, um único padrão. Trata-se de um casamento, certo? Não é por que um ganha mais do que o outro que ele terá o direito de gastar mais. Despesas devem ser discutidas em conjunto, essa deve ser uma das regras.

Juntar as meias e as responsabilidades.

Não raro, boa parte dos consultores financeiros recomenda que os casais mantenham uma conta conjunta para concentrar as receitas e despesas relacionadas ao dia a dia familiar e seus objetivos. A leitora Raquel tem essa dúvida e nos disse que seu namorado acredita que a separação de bens é a forma mais correta para o casamento.

De acordo com vários dicionários, o casamento é a união legitima entre duas pessoas. União é uma palavra muito forte e que retrata muito bem o que deve acontecer no casamento. União de corpo, alma e, claro, das finanças.

Dito isso, me arrisco na pergunta da leitora: não sou pactuante do Regime de Separação de Bens, pois acredito que a partir de um casamento a união não pode ser limitada. Neste sentido, a realidade financeira faz parte do conjunto e a consciência é fundamental nesse momento. Parece que a Comunhão Parcial é mais justa e alinhada com o objetivo do casamento: o que se constrói a partir do “Sim” deve ser dos dois.

Casamento é abrir mão de viver sozinho

Se ambos levam para o casamento duas realidades financeiras distintas e não possuem planos para o dinheiro em conjunto, a nova família pode estar diante do primeiro passo para o insucesso. Casamento é somar, não dividir. Sempre ouço uma frase que vale a pena mencionar para efeitos de reflexão: “quem casa pensando em separar, já começa mal”.

Como mencionei anteriormente, essa é minha opinião. Não só como educador financeiro, mas como alguém que vive o casamento há 6 anos e que já enfrentou problemas. E, ainda assim, busco sempre a superação mantida sobre os alicerces da união e dos objetivos familiares comuns.

Fonte! Chasque publicado no galpão virtual do Dinheirama - http://www.dinheirama.com/, no dia 14 de janeiro de 2010, pelo educador financeiro Ricardo Pereira.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Os cuidados com os modelos de previdência privada

Nem sempre a proposta apresentada pela seguradora é a mais vantajosa para os indivíduos interessados em planos de previdência. Certos cuidados são necessários para se fazer um bom investimento que, aliás, poderá ser para a vida toda.

Há um elenco de variáveis técnicas com as quais é preciso ter atenção quando se está considerando investir em um plano de previdência. Distinguir as diferenças entre as ofertas das operadoras de planos de previdência complementar é o primeiro passo para fazer a melhor opção. Veja abaixo algumas delas:

Taxa de carregamento - corresponde ao valor cobrado pela operadora sobre as contribuições realizadas. As taxas de carregamento (que, aliás, variam bastante) são deduzidas da contribuição para pagamento das comissões dos corretores de seguro ou dos gerentes de banco. Se a pessoa paga ao plano a quantia de 1.000 reais e o carregamento é de 5% sobre a contribuição, isso quer dizer que 950 reais vão compor o fundo e 50 reais vão remunerar o corretor de seguros ou o agente do banco que vendeu o produto.

Taxa de administração financeira - equivale ao valor cobrado pela operadora sobre o saldo do fundo acumulado em conta. Varia, em média, de 1 a 3% ao ano. Trata-se de um valor elevado, que chega ao patamar máximo quando o desempenho da operadora não for positivo ou satisfatório.

Taxa de administração do benefício - corresponde a um percentual cobrado sobre o valor da renda a ser paga por ocasião da aposentadoria (momento em que se recebe o valor acumulado). Essa taxa deve ser mínima.

Rentabilidade - corresponde à taxa de juros que o administrador pode obter no mercado, mediante a aplicação dos recursos que você disponibilizou ao longo do tempo. Ela está sujeita às condições do mercado financeiro e ao perfil do produto escolhido.

Taxa de desconto financeiro - consiste na taxa de desconto financeiro que a operadora utiliza para trazer a valor presente a renda que será paga ao participante ou beneficiário. A taxa de juros é o fator determinante do desconto financeiro a ser aplicado nos valores atuais das rendas que serão pagas no futuro. A alteração na taxa de juros tem forte influência sobre o custeio do plano.

Tábua atuarial – a taxa de desconto financeiro e as tábuas atuariais são as duas variáveis mais importantes para a determinação do custo de uma renda. A tábua atuarial determina por quanto tempo a renda será paga ao participante e/ou aos seus beneficiários. No Brasil, existem poucas experiências com relação à construção de uma tábua de mortalidade, valendo-se os atuários brasileiros, em geral, de experiências americanas para expressar os efeitos da sobrevivência em seus estudos (ajustadas para que se aproximem da realidade brasileira).

Vale lembrar que o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) é um produto eminentemente financeiro. Ele não garante qualquer rentabilidade ao indivíduo que o adquire. O risco do desempenho financeiro é do participante. Se a operadora faz uma boa gestão do ativo, excelente. Caso as condições do mercado financeiro não sejam boas, o participante arca com o risco da má performance do administrador.

Além disso, não se pode esquecer da tributação de imposto de renda (IR) que é feita conforme alíquota da tabela progressiva de imposto sobre o valor das contribuições acumuladas e dos rendimentos por ocasião do resgate.

No Plano Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), apesar das aplicações não serem dedutíveis do Imposto de Renda, os tributos incidirão sobre os rendimentos por ocasião do resgate.

Portanto, trata-se de um produto que pode ser utilizado como planejamento para aposentadoria, mas que, em lugar de ser um plano de previdência, é considerado um plano de seguro de vida.

Como escolher a operadora de plano de previdência privada:
Ao escolher a operadora de seu plano de previdência, convém atentar pelo menos para os seguintes aspectos:
• A solidez da operadora
• O não envolvimento da operadora em escândalos, crises ou processos administrativos
• Porte: uma instituição de grande porte possui maior estrutura e pode diversificar melhor seus riscos e ganhar em escala
• Histórico da instituição
• Tradição em previdência privada local e/ou internacional
• Experiência dos profissionais envolvidos na área de previdência
• Olhar se a instituição possui rating (grau de risco) de agências nacionais e/ou internacionais
• Performance da gestão nos últimos cinco anos
• A taxa de administração cobrada
• O registro do plano e da operadora na SUSEP

Com paciência e cuidadosa análise é possível contratar um investimento que trará tranquilidade financeira. Não se esqueça de que a pressa é inimiga da perfeição. Portanto, não embarque na primeira oferta que lhe fizerem.

Estas e outras recomendações podem ser encontradas no livro "O Melhor vem depois. Desvendando o enigma da longevidade", Cardozo & Giardino, Editora Saraiva.

Fonte! Chasque publicado no dia 12 de janeiro de 2010 no galpão virtual de Greice Lemos - http://greicelemos.webnode.com, que teve como fonte Julio Sergio Cardozo (CEO da Julio Sergio Cardozo & Associados e professor livre docente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Website: http://www.cardozo-group.com/. Twitter: http://Twitter.com/juliocardozo)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Labmec ensina a investir na bolsa de valores

O Laboratório de Mercado de Capitais da PUCRS (Labmec) está com inscrições abertas para a quarta edição do curso "Bolsa de Valores: aprenda a investir". As aulas acontecem de 26 a 28 de janeiro, das 19h30min às 22h30min, e serão ministradas pelo professor Leandro Hirt Rassier. O programa traz conceitos e dicas nas áreas de finanças pessoais, tipos de investimento e mercado de ações e será ministrado.

As inscrições podem ser feitas por meio do site www.labmec.com.br ou na Pró-Reitoria de Extensão (Proex), sala 201 do prédio 40, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). Informações complementares pelo telefone (51) 3384-4449.

Fonte! Chasque publicado no Galpão Virtual da PUC/RS - http://www.pucrs.br/, no dia 7 de janeiro de 2010 (linck Notícias).

O que é previdência privada?

A previdência privada, ou previdência complementar, é uma modalidade de aplicação financeira cujo principal objetivo é garantir uma renda mensal no período em que você quer parar de trabalhar, por algum motivo especial, ou simplesmente deseja se aposentar.

Como o próprio nome sugere, é uma renda “extra”, um complemento ao benefício pago pela Previdência Social. Só para lembrar, no Brasil, o piso da aposentadoria por idade é de 65 e 60 anos, para homens e mulheres, respectivamente.

É claro que a previdência privada não é uma modalidade de aplicação exclusiva para quem trabalha, é chamada assim por se tratar de um investimento de longo prazo, cujo usufruto se dá ao final da carreira profissional ou de depois de muitos anos.

Para compreender melhor como funciona esta aplicação, podemos dividi-la em duas fases:

•Fase de acúmulo: fase em que você deposita uma quantia mensal pré-estabelecida durante um longo período de tempo (em geral, de 20 a 35 anos);

•Fase de renda: nesta fase você recebe o dinheiro (se inicia logo após ao término da fase anterior).

É claro que você não receberá apenas a mesma quantia que depositou durante todo o período. Como qualquer outra aplicação, a idéia é fazer crescer o dinheiro, caso contrário, seria melhor guardar dentro de um cofre em casa, concorda?

Por exemplo, depositando R$ 500 mensalmente pelo período de 20 anos, o valor total dos depósitos será de R$ 120 mil. Contudo, o montante resgatado será igual ao valor depositado mais os rendimentos do período.

Antigamente, os rendimentos destes planos eram indexados a algum índice da economia, como por exemplo o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGPM), medido pela Fundação Getúlio Vargas. Atualmente a rentabilidade do seu dinheiro advém de aplicações feitas em renda fixa e ações conversadoras.

Os planos de previdência privada podem ser feitos por pessoas físicas e por empresas, inclusive micro e pequenas empresas. As aplicações individuais representaram 75% do total investido em abril de 2007, enquanto as empresariais e de menores de idade somaram respectivamente 18,5% e 6,5%, de acordo com levantamento da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida). A receita total para o mesmo período foi de aproximadamente de R$ 2,1 bilhões.
 
Fonte! Chasque publicado no galpão virtual Renda Vitalícia - http://www.rendavitalicia.com/, no dia 10 de janeiro de 2010.

Ações estão atraentes

Saiba como investir. Bolsa de Valores promete crescer mais este ano; Ibovespa deve valorizar de 25% a 30%

A Bolsa de Valores volta a chamar a atenção de investidores, especialmente depois de ultrapassar no dia 4, pela primeira vez em 19 meses, o patamar dos 70 mil pontos.

Ontem, no início do dia, ela chegou a superar a marca de 71 mil pontos. O índice Ibovespa, referência para o mercado brasileiro, encerrou com alta de 0,24%, aos 70.433 pontos e volume financeiro de R$ 6,2 bilhões.

Mas, o que é preciso saber para aplicar o capital em ações?

Primeiro, é imprescindível entender o que é a Bolsa de Valores. Investir em conhecimento. "Aprenda os conceitos básicos do mercado. Faça um bom curso, acesse sites ou leia livros sobre o assunto. O importante é compreender como o mercado se movimenta", disse René Scienza, corretor da Scienza Investimentos.

Depois, é necessário procurar uma corretora de confiança para assessorar as aplicações. “Procure uma empresa autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM)”, explica o corretor.

Ela irá auxiliar na identificação do perfil de investidor mais adequado para o cliente. Scienza explica que existem os mais conservadores, que aplicam com frequência e os resultados são ao longo prazo. Os caçadores de oportunidades de médio prazo têm uma visão mais estrategista do mercado e procuram oportunidades de ganhar dinheiro mais rápido, aplicando em vários tipos de empresas. Já o daytrader, são investidores que compram e vendem os papéis quase todos os dias, aproveitando-se da volatilidade dos preços das ações para fazer lucro rápido.

O próximo passo para entrar no mercado é abrir uma conta numa corretora e praticar.

HISTÓRICO. Após forte crise na segunda metade de 2008, a Bovespa se recuperou em 2009, com a retomada dos IPOs (Initial Public Offer, lançamento de ações das empresas na Bolsa de Valores) e o forte investimento de capital estrangeiro.

"Apesar do mercado brasileiro de ações ter iniciado 2009 abaixo de 38 mil pontos, cresceu 84%, e terminou o ano com a maior valorização do mundo", apontou Scienza.

Segundo ele, o mercado de ações brasileiro está bem perto de recuperar o recorde histórico de 73.516 pontos, atingido em maio de 2008. "Para 2010, a promessa é de mais crescimento em função da queda de juros no Brasil - o que torna menos interessante investimento em renda fixa - e pelas excelentes perspectivas de crescimento econômico do país, o que tornará as empresas brasileiras ainda mais cobiçadas pelos investidores.”

As previsões para o Ibovespa giram em torno de uma valorização 25% a 30%, o que colocaria o índice à vista no patamar dos 80 mil a 89 mil pontos", analisa o especialista.

Fonte! Chasque publicado no galpão virtual da Gazeta de Piracicaba (SP), por Priscilla Peres, no dia 12 de janeiro de 2009 - http://www.gazetadepiracicaba.com.br/

sábado, 9 de janeiro de 2010

Administre o seu rancho como deves administrar um CTG

Bueno! Se tu és o patrão do CTG da tua comunidade ou cidade e se tu fazes parte do rol de 98% do universo populacional do nosso país, que passa ao longo da vida à margem da educação financeira e, se tu és uma pessoa que ao trabalhar, recebes teu salário e pagas as tuas contas e que, quase sempre, sobra mês no final do dinheiro e assim sendo, lá bates na sala do gerente do banco pra fazer um “papagaio” (empréstimo) para “colocar as contas em dia”. Mas, ao te aliviar das contas junto ao comércio ou outro banco, agora estás pagando parcelas ao banco com juros mais salgados do que churrasco assado com sal refinado......

Se tu fores assim no teu rancho, provavelmente serás assim um patrão no teu CTG. E sendo assim, não vai levar muito tempo para tu te desgastares junto aos membros da tua patronagem e do conselho deliberativo e como um rastrilho de pólvora, toda a comunidade tradicionalista vai ter ver como um péssimo patrão.

O CTG precisa ser tratado como uma empresa (apesar de no estatuto constar que o CTG é uma sociedade sem fins lucrativos), afinal, pra começo de prosa, ele tem CNPJ. Tem obrigações a seguir que são as normas e as regras perante o fisco municipal, estadual e federal. Logo, o patrão, não necessariamente precisa ser um contador, um advogado ou um administrador, mas precisa se assessorar bem com tradicionalistas destas áreas. A contabilidade deve ser feita por um profissional da área contábil e que também tenha noções em tributos, podendo ser um associado da entidade e para ter êxito em causas jurídicas (quando houver), a entidade vai precisar de um advogado. Geralmente no quadro associativo tem profissionais das áreas contábil, administrativa e jurídica. E se o CTG for partir para a construção ou ampliação do seu galpão ou outra benfeitoria, um engenheiro e ou arquiteto é sempre bem-vindo.

E para ter sucesso na administração do CTG, é preciso planejar com os pés no chão. Ter os custos todos projetados e organizados em planilhas, em especial os fixos, que, com ou sem eventos (receitas), acontecem, bem como as receitas advindas das mensalidades do quadro associativo, dos patrocinadores e dos eventos. Um fandango, para dar certo, necessariamente precisa, antes de começar, já ter 80% de sucesso garantido via bilheteria (com a venda de ingressos antecipados), patrocinadores e vendas no bolicho, para cobrir os custos do conjunto e as despesas com a alimentação (jantar) e do bolicho (bebidas).

O foco principal do MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho) é a preservação da tradição e da cultura do povo gaúcho, onde muitos livros já foram lançados, bem como coletâneas de legislação tradicionalista, com regras e regulamentos. Mas, o MTG, já faz algum tempo tem se preocupado em auxiliar e orientar os patrões e membros de patronagem das entidades tradicionalistas filiadas, bem como os integrantes de coordenadorias regionais e departamentos, com palestras e cursos que enfocam a administração de uma entidade tradicionalista, de uma subcoordenadoria ou coordenadoria regional.

Mas, somente isso não é suficiente. Os administradores de uma entidade tradicionalista devem se atualizar por intermédio dos jornais, revistas e galpões virtuais via internet, com notícias de economia, englobando aí as finanças, tanto pessoais como de sociedades.

Lembre-se que o sucesso de um patrão e sua patronagem à frente de um CTG vai depender muito da sua capacidade de administrar de forma organizada a entidade, sem jamais pisar na Carta de Princípios bem como nas suas regras, regulamentos, crenças e valores do tradicionalismo gaúcho.

Chasque de Valdemar Engroff - o Gaúcho Taura. Retrato do Grupo Musical Gaúcho Os Pampeiros, que animam fandangos e bailes gaúchos em São José dos Campos/SP, no Vale do Paraíba e em todo o Sudeste brasileiro.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Emater/RS-Ascar e Fapers oficializam reconhecimento de dívida

A Emater/RS-Ascar e a Fundação Assistencial e Previdenciária da Extensão Rural do RS (Fapers) assinaram, na tarde de hoje (7), a Escritura Pública de Re-ratificação de Confissão de Dívida da Ascar para com a Fundação. O acordo prevê a implantação do Plano Geral Saldado, que diminui os riscos à gestão da mesma.


O presidente da Emater/RS, Mário Augusto Ribas do Nascimento, destaca a importância da busca de alternativas de receitas como forma de segurança. Ele observou que a dívida de R$ 58 milhões terá 16 anos para ser quitada e que esse é um investimento correto, em prol da Instituição.

O mestre em economia e consultor atuarial contratado pela Emater/RS-Ascar, Sérgio Rangel Guimarães, salienta que essa oficialização garante benefícios previdenciários aos participantes e assistidos. “A entidade está planejando o presente, pensando no futuro”, comemora.

Também acompanharam o ato de assinatura o diretor administrativo da Emater/RS, Cilon Fialho da Silva, o chefe de Gabinete Luiz Antônio Vial, representando a diretora técnica da Emater/RS, Águeda Marcéi Mezzomo, o diretor superintendente da Fapers, Dirlei Matos de Souza, e o presidente do Conselho Deliberativo da Fundação, Theodoro Tedesco Neto.

Para a Emater/RS-Ascar, a assinatura representa a solidificação de sua política de recursos humanos, a qual busca garantir melhores condições de vida aos seus empregados.


Fonte! Chasque e retrato  publicados no galpão virtual da Emater/RS-Ascar - http://www.emater.tche.br/, no dia 07 de janeiro de 2010.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Em que ações investir?

A Bolsa de Valores foi o melhor investimento de 2009, e deverá seguir como o mais rentável também em 2010. É o que concluem e preveem dois especialistas ouvidos por O Estado.

Para eles, ações de empresas ligadas à construção civil e à infraestrutura em geral, ao varejo e a algumas commodities devem ser as mais lucrativas durante o ano e, também a longo prazo, nos próximos anos.

Para o economista e professor Daniel Poit, filiado ao Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-PR), quem ganhou mais dinheiro no mercado financeiro em 2009 apostou na recuperação do mercado de ações.

Em 2010, ele acredita que o investimento vai continuar o mais rentável. Entre os setores que devem ser boas apostas, ele indica os de alimentação, infraestrutura e construção civil.

“O valor dos imóveis também cresceu muito em 2009, e terão bom espaço para valorizar em 2010”, diz Poit. O economista também sugere que os investidores mais qualificados procurem investir em commodities, como o ferro e o aço, e matérias-primas básicas para a indústria alimentícia, como a soja, o açúcar, o trigo e a carne.

Por outro lado, Poit aponta que as maiores perdas do último ano foram para quem apostou no mercado de câmbio. “Quem se alarmou com a crise e apostou que dólar e euro iam continuar subindo em relação ao real, perdeu bem”, comenta.

O economista faz uma comparação para ilustrar ganhos e perdas dos investidores no ano passado. “Quem tivesse R$ 100 mil em janeiro de 2009, estaria em dezembro com R$ 106 mil se aplicou na poupança, R$ 75 mil se comprou dólares e R$ 130 mil a R$ 140 mil se adquiriu um imóvel. Já quem aplicou em ações e administrou bem a sua carteira terminou o ano com quase R$ 200 mil”, calcula.

O gestor de recursos e professor da FAE André Paes também crava a Bolsa como principal investimento de 2009 e melhor aposta em 2010. Para ele, a Bolsa como um todo deve continuar valorizando este ano, com vantagem, além das já apontadas por Poit, para ações de empresas ligadas ao consumo interno e ao setor de petróleo.

Paes lembra que, no ano passado, a renda fixa perdeu espaço para a poupança, devido às quedas nos juros durante o ano. No entanto, ele vê possibilidade de que as taxas sejam ligeiramente maiores este ano, o que pode tornar a renda fixa vantajosa novamente. Já investir no dólar, assim como em 2009, não deve ser uma boa pedida este ano, conforme o professor.

Proteção

Quem não quer ou tem condições de manter investimentos a longo prazo deve focar, segundo Poit, na proteção da moeda. Nesse caso, a melhor opção é a caderneta de poupança. Outra opção mais conservadora é o tesouro direto, que são títulos públicos com aplicação relativamente simples.

“Garante ao menos o valor de compra do capital”, afirma Poit. Já Paes qualifica a opção como a mais segura entre os destinados a pequenos investidores. Ele alerta, no entanto, para as diferentes taxas cobradas pelas corretoras.

Não existe “bolha” no setor imobiliário

De acordo com o economista Daniel Poit, o fato dos imóveis continuarem com tendência de boa valorização em 2010 não leva a crer que existe uma suposta bolha no segmento.

Para ele, o crescimento do mercado imobiliário no Brasil não é artificial, mas consistente, por ser baseado no lançamento de novas unidades e em uma demanda real por moradia existente no País. Ele acredita que, por mais que haja bastante especulação na área, o risco de uma desvalorização dos imóveis é pequeno.

“A bolha é uma metáfora para algo muito grande e sem conteúdo. Não é o caso do mercado imobiliário brasileiro”, diz Poit, lembrando da questão dos subprimes, ocorrida nos Estados Unidos e que foi um dos principais estopins para a crise mundial.

Segundo ele, o mercado nacional é bem aparelhado e sólido e, nas condições atuais, levando-se em conta a forma como são feitos os financiamentos e a origem dos recursos, não há risco de formação de bolha. “No Brasil, não há financiamento de 100% dos imóveis chega-se a 70% a 80%, no máximo”, lembra.

Só para Curitiba, a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário no Estado do Paraná (Ademi-PR) prevê o lançamento de aproximadamente 16 mil novas unidades, sendo aproximadamente 10 mil de médio e alto padrão, e 6 mil para atender o programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. A expectativa de valorização é de 20% a 22%.

Fonte! Chasque publicado no galpão virtual do Revoada.com - http://www.revoada.com/, no dia 6 de janeiro de 2010, que teve como fonte o Paraná Online.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O Mercado Não Tira Férias

A XP EDUCAÇÃO TAMBÉM NÃO

FINANÇAS PESSOAIS

DATA: 20 e 21 de Janeiro de 2010

HORÁRIO: Quarta-Feira das 19h às 22h30min

Quinta-Feira das 19h às 22h30min

LOCAL: XP Investimentos

ENDEREÇO: Avenida Carlos Gomes, 222 - sala 202 - Porto Alegre/RS

INVESTIMENTO: RS 270,00 a vista ou 4x de RS 67,50 (parcelamento sem juros nos cartões de crédito)

Invista em Conhecimento e Informação

INFORMAÇÕES: (51) 3014-3742 ou palestraspoa@xpe.com.br

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Bancos vão oferecer questionários antes de aplicar em fundo

Investidor terá de assinar um documento caso opte por um investimento que contrarie seu perfil

A partir deste mês, bancos terão novas regras para oferecer aplicações, como fundos de investimentos. Deve ficar mais difícil para um gerente “empurrar’’ produtos que não atendam aos interesses do cliente só para cumprir metas internas.

O objetivo é preparar bancos, gerentes e clientes para lidar com investimentos de maior risco, com a queda do juro básico que reduziu a atratividade dos fundos mais conhecidos, como DI e renda fixa.

O investidor terá de assinar um documento caso opte por um investimento que contrarie seu perfil. O principal instrumento é um questionário eletrônico com no máximo 10 perguntas como idade e valor da aplicação. Atribuindo pesos às respostas, é criada a Análise do Perfil do Investidor (API), confrontada com o investimento desejado para ver se há compatibilidade. O preenchimento é voluntário. Cada banco desenvolveu questionário próprio, que pode ser cruzado com o histórico de aplicações. Bradesco, Itaú e Santander, entre outros, já tem API.

Entenda as mudanças

- Análise do Perfil do Investidor (API)
Nome das regras conhecidas como suitability, de adequação da venda de fundos e produtos financeiros de melhor custo/benefício para o perfil do investidor.

- É obrigatório?
Os bancos decidiram voluntariamente adotar as regras a partir de 2010. Como é autorregulação, ninguém é obrigado a participar.

- Qual o objetivo?
Preparar bancos e investidores para aplicações com maior percentual de renda variável, que se popularizaram com o juro baixo.

- Para quais produtos valem as regras?
Para os fundos de investimento. Alguns bancos incluíram também poupança, CDB e previdência privada.

- Qual o benefício ao investidor?
Passa a ser orientado sobre os melhores produtos para suas necessidades, dificultando que o gerente venda produto de interesse só do banco.

- Qual o benefício para o banco?
Não será responsabilizado por ter oferecido produto inadequado.

- Como é feito o perfil de risco?
Bancos aplicam perguntas sobre: a) idade b) proporção do investimento em relação à renda c) prazo da aplicação d) destino dos recursos e) a reação quando perde dinheiro.

Fonte! Chasque publicado no galpão virtual do jornal Zero Hora, no dia 04 de janeiro de 2010, no Caderno ZH Dinheiro - www.zerohora.com.br (tendo como fonte a Folha de S.Paulo e Anbima).

sábado, 2 de janeiro de 2010

Bovespa tem a maior valorização no mundo

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi o melhor investimento financeiro de 2009, ano que começou com forte incerteza quanto à capacidade das empresas de gerar lucro durante a crise, mas que termina próximo do recorde histórico obtido em 2008.

No ano, a bolsa subiu 82,66%, a maior alta desde os 97,3% de 2003, primeiro ano do governo Lula e que recuperou as perdas com a turbulência eleitoral de 2002. Passado o pior da crise, o mercado acionário nacional desponta como o de melhor desempenho no mundo, com os principais investidores do planeta de olho no que acontece no Brasil. A Bovespa teve valorização em dólar de 142,7%, à frente de mercados emergentes como Rússia (113,2%), Índia (87,2%) e China (79,2%).

Para o investidor estrangeiro, responsável por dois terços dos negócios na BM&FBovespa, investir na bolsa brasileira rende, além do ganho de 82,7% em moeda local, a variação de 33,9% do real em relação ao dólar, também a maior valorização cambial de todo o planeta.

O bom momento do mercado financeiro brasileiro é atribuído por analistas a uma conjunção de fatores positivos: saída mais rápida da recessão, mercado interno vigoroso, recuperação no preço das commodities e perspectiva de expansão de 5% a 6% em 2010, além da depreciação internacional do dólar americano. Esse último fator estimula os fundos internacionais a comprar ativos reais – como ações, commodities, moedas e imóveis – para se proteger da desvalorização cambial.

Para Fabio Colombo, administrador independente de investimentos, a alta da Bovespa em 2009 decorre ainda de um movimento natural de recuperação de preço das ações, que desceram a patamares muito baixos no fim de 2008.

Fonte! Galpão Virtual do Jornal Zero Hora de Porto Alegre - RS. Edição do dia 31 de dezembro de 2009 e 01 de janeiro de 2010 - www.zerohora.com.br.