terça-feira, 21 de março de 2017

Selic e inflação estimulam fundos imobiliários

Especialistas orientam que cotista conheça e visite
os imóveis da carteira Antônio Paz/Arquivo JC
A redução de dois dos principais indicadores que determinam a rentabilidade de diferentes investimentos pode determinar mudanças no foco das aplicações pessoais. A queda na inflação a um patamar próximo de 4,5%, projetada pelo governo e que tende a se manter ao longo deste ano e de 2018, assim como a queda da taxa de juro Selic indo para um dígito (9,5% na previsão oficial do governo para até dezembro), deve retirar algumas "comodidades" que facilitavam os ganhos. 

Até o ano passado, os investidores se acostumaram e se acomodaram em investimentos como renda fixa e DI. Com a taxa em 14% em 2016 e taxa de inflação próxima de 7% mais o desconto no Imposto de Renda sobre a lucratividade, era possível conseguir ganhos acima da inflação com certa facilidade, até de 8%, em alguns casos. Agora, dificilmente passará muito de 4%, avalia Telêmaco Genovesi Jr., sócio e gestor da GGR Investimentos. 

Para o executivo, uma das tendências é a expansão da procura por fundos estruturados, como são os imobiliários, que tendem a ter taxas de retorno ainda elevadas. Mas vale lembrar da regra básica de que, em busca de mais rentabilidade, também há riscos maiores. Esse é um dos principais fatores com que investidores devem voltar a se adequar.

No caso dos fundos imobiliários, avalia Genovesi, a vantagem para quem tem um perfil mais conservador, mas que não abre mão de uma rentabilidade razoável, é de não se estar comprando um papel, mas um imóvel mesmo. "Como diz o próprio nome, é um fundo em que vários investidores compram juntos um imóvel, que pode ser desde um pequeno prédio comercial até shopping centers e centros de compras", diz o executivo. Só que, no lugar de ter o imóvel na sua totalidade, o investidor, neste caso, tem parte dele. 

A principal recomendação é que, assim como na compra de um imóvel convencional, o cotista visite os imóveis que compõem a carteira do fundo imobiliário no qual pretende investir. Isso inclui verificar questões como valor de locação pedida pelos administradores e o índice de vacância (especialmente em shoppings e centros de compras). "Também é que a pessoa interessada observe a frequência de público no local, o perfil e o que ele visualiza ali como pontos de interesse e potenciais valorizações", alerta Genovesi. 

Outra vantagem do sistema, de acordo com o executivo, é de ter isenção fiscal por dividendos. Genovesi exemplifica com um cálculo simples esse diferencial. Se um investidor aplicou R$ 100 mil em um determinado fundo, e a distribuição dos dividendos referentes ao aluguel gerou um retorno de R$ 1 mil mensais, esse valor é livre de Imposto de Renda. A taxa, diz Genovesi, será cobrada apenas quando e se o fundo vender o imóvel. "Se esse valor for, digamos, de R$ 150 mil, aí o investidor terá de recolher o Imposto de Renda sobre o lucro de R$ 50,00 do investimento total", ressalta o gestor da GGR Investimentos, que destaca também a possibilidade de o investidor utilizar o home broker do mercado de ações convencional, operando ele mesmo, de casa, as negociações de suas cotas, se quiser.

Fonte! Chasque (matéria) de Tiago Copetti, veiculado nas páginas do Jornal do Comércio de Porto Alegre, na edição do dia 13 de março de 2017.


terça-feira, 14 de março de 2017

Mercado financeiro em alta


Affonso Ritter
O Grupo L&S, de Porto Alegre, pretende chegar, até o final deste ano, a um patrimônio em custódia de R$ 1 bilhão, partindo de R$ 575 milhões e mais de 2,2 mil clientes. Ele é formado por seis empresas com atuação nacional e nos EUA, que atuam em todas as áreas do mercado financeiro: L&S Capital, L&S Educação, L&S Quant, L&S Análise, LSM Inteligência Imobiliária e Liberta Global - esta sediada em Miami. A meta de quase dobrar o patrimônio em menos de um ano é fruto da ampla compreensão do mercado e foco na educação financeira, somado à tecnologia de ponta, segundo o CEO Marcel Laste. "Transformamos esse know how em empresas sólidas", afirma. O grupo foi criado em 2016, mas atua no mercado há 14 anos pela Leandro&Strommer, dos sócios Alexandre Wolwacz e Leandro Ruschel. 

Fonte!  Chasque (postagem) de Affonso Ritter, em sua coluna "Observador" da edição impressa do dia 10 de março de 2017, do Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS.

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Nota do O Bolso do Bombacha

Em um destes saudosos eventos da Expo Money, realizado em Porto Alegre, conhecemos um dos integrantes, o Fabiano Dorndelles, da então afilhada da XP, a Derivés Investimentos. 

Abrimos conta e canalizamos os nossos pequenos investimentos periódicos e mensais. 

Posteriormente a Derivés deixou de ser afiliada da XP e migramos então para a BR Capital e posteriormente para a Leandro & Stormer, que atualmente estão administrando os nossos cobres (dinheiro).

Queremos deixar registrado neste espaço, aqui neste sitio de bombachas que com orgulho fazemos parte desta instituição. 

Valdemar Engroff
Marilene C. Engroff
Bibiane C. Engroff
Ana Paula C. Engroff

Conheça o casal que guardou 70% da renda e se aposentou aos 30 anos para viajar

Para conseguir, Jeremy Jacobson e Winnie Tseng precisaram cortar gastos com residência, transportes e até alimentação

Jeremy Jacobson e Winnie Tseng se aposentaram aos 30 anos para viajar o mundo
Reprodução. Jeremy Jacobson e Winnie Tseng se
aposentaram aos 30 anos para viajar o mundo
Você já imaginou como seria a vida se pudesse, ao invés de trabalhar, apenas viajar ao redor do mundo? O casal Jeremy Jacobson e Winnie Tseng, sim. Mais que isso: eles colocaram a ideia em prática. 

Para conseguir viver dessa maneira, os dois precisaram cortar uma série de gastos durante 10 anos. "Eu vendi minha casa, meu carro e minha motocicleta. Me mudei para uma casa compartilhada perto do trabalho, comecei a ir de bicicleta até o escritório e fazia as refeições em casa", disse Jacobson. 
O mais importante de tudo, no entanto, foi investimento. O casal aplicava 70% da sua renda de US$ 135 mil. Como fruto destes esforços, conseguiram se aposentar com apenas 30 anos. "Agora, ao invés de duas semanas, minha família tem 52 semanas de férias por ano". afirmou.

Ao contrário do que muitos podem pensar, no entanto, eles não vieram de famílias ricas. Quando criança, Tseng se viu obrigada a passar mais de dois anos em um orfanato, pois seu pai desapareceu e sua mãe precisava trabalhar para colocar a vida delas de volta nos trilhos. 

Jacobson tinha dívidas ao terminar a faculdade e precisou trabalhar por seis anos sem tirar férias para conseguir pagá-las. Além disso, chegava a passar até 80 horas por semana no escritório. 

"Eu só conseguia pensar em trabalhar. Mas, aos poucos, a praia, os maravilhosos frutos do mar e os drinks tropicias fizeram sua mágica e eu percebi que vinha fazendo tudo errado. Era sobre aquilo que a vida se tratava", contou. 

Foi aí que começou a busca de Jacobson e Tseng pelo modo de vida que passaram a considerar ideal. O objetivo foi atingido há três anos, quando começaram a visitar lugares como México, Taiwan e Guatemala. 

As viagens de Jacobson e Tseng passam longe do estilo "mochilão". Piscinas privadas e restaurantes luxuosos fazem parte do pacote de regalias alcançadas pelo casal, que pretende aproveitar os próximos 60 anos da melhor forma possível. 

Fonte! Chasque (postagem) publicado no sítio do Ig em 24 de fevereiro de 2016. Abra as porteiras clicando em

segunda-feira, 13 de março de 2017

Uber pode salvar vendas de carros a jovens

Consultoria de mercado dos EUA diz que geração "millenial" está recuperando o interesse nos carros, agora vistos como fonte de renda complementar

Jovens agora querem comprar carros para trabalhar para aplicativos como o Uber, diz pesquisa
Uber! Jovens agora querem comprar carros para
trabalhar para aplicativos como o Uber, diz pesquisa
Diversos analistas de consumo e comportamento vinham observando que, nos mercados norte-americano e europeu, uma parte considerável das crianças e adolescentes que deveriam formar a próxima leva de consumidores de automóveis não tinham o mesmo fetiche por carros típico das gerações anteriores: preferiam investir seu dinheiro em gadgets eletrônicos, como smartphones e tablets, ou mesmo gastá-lo com viagens e experiências de vida. É claro que isso acendeu um alerta vermelho nas montadoras - algumas até tentaram adaptar seu discurso a essa mentalidade incipiente, declarando que não vendem carros, mas "soluções de mobilidade". 

Mas uma pesquisa feita nos Estados Unidos pela consultoria de mercado Mintel descobriu que há um fator novo que está invertendo essa tendência e promete salvar a pele das fabricantes, garantindo suas vendas junto aos chamados "Millenials" - as pessoas nascidas entre 1978 e 2000. E o nome do salvador da pátria é... Uber.

De acordo com a pesquisa, o surgimento e a proliferação dos aplicativos de transporte privado (dos quais o Uber é o representante mais famoso, rivalizando com Cabify e Lyft, entre outros) passou a incentivar essa geração a comprar carros. Nos EUA, cerca de 15% dos consumidores de carros nessa faixa etária estão fazendo a compra com a intenção deliberada de trabalhar para esses aplicativos.

Em entrevista ao jornal "Washington Post", o analista Buddy Lo explicou que uma boa parte dos millenials percebeu que precisa buscar apoio em um plano B para complementar sua renda e até dar suporte à sua busca pela verdadeira vocação profissional.

Essa geração nascida nos anos 80 e 90 entraram no mercado de trabalho em um período em que os custos de vida e habitação dispararam e, para a Mintel, a ideia de desembolsar o valor de um carro novo (cerca de US$ 15 mil, ou R$ 47 mil, nos EUA) já não parece tão absurda ou distante para eles.

"Esses aplicativos foram uma bênção para esses jovens, pois eles passaram a ganhar dinheiro em cima de um ativo, o carro, que só se deprecia com o tempo", declarou o analista da agência - que apurou, ainda, que 84% desses jovens planeja comprar modelos zero-quilômetro e não usados, para ter acesso aos últimos recursos tecnológicos e de segurança.

Fonte! Chasque (postagem) publicado no Jornal do Carno, um "caderno" do Estadão, em sua página virtual, em 05 de março de 2017. Abra as porteiras clicando em 

A imoral e desumana Previdência Social



Em 2016, o Regime Geral de Previdência Social (INSS) destinado aos trabalhadores de segunda classe (empresas privadas), com 100,6 milhões de participantes (70,1 milhões de contribuintes e 30,5 milhões de beneficiários), gerou um déficit previdenciário da ordem de R$ 138,1 bilhões (déficit per capita por participante de R$ 1.372,76).

Em 2016, o Regime Próprio da Previdência Social destinado aos trabalhadores de primeira classe (servidores públicos), União, 26 estados, DF e 2.087 municípios mais ricos, com apenas 9,8 milhões de participantes (6,2 milhões de contribuintes e 3,6 milhões de beneficiários), gerou um déficit previdenciário da ordem de R$ 126,2 bilhões (déficit per capita por participante de R$ 12.877,55).

Em 2016, a Previdência Social brasileira total (RGPS E RPPS) gerou um déficit previdenciário total de R$ 264,3 bilhões, cobertos com as fontes de financiamentos (Cofins e CSSL), que são uma das maiores aberrações e excrescências econômicas e desumanas já conhecidas, visto que essas contribuições atingem todos os brasileiros de forma generalizada, mesmos os que não fazem parte do grupo coberto pela Previdência, tais como: os desempregados e os empregados informais sem carteira de trabalho assinada, contingente composto de quase a metade da população economicamente ativa.

Essa bomba-relógio foi montada de longa data, e até hoje, sem nenhuma indignação da sociedade brasileira, agora somente nos resta assistirmos à falência total do sistema, começando pelos estados e municípios, o INSS, que já vem falindo paulatinamente de longa data, ou seja: se aposenta com um valor em salários-mínimos e, em 10 anos, o segurado estará recebendo a metade do valor em salários-mínimos. E a União, como sempre o Brasil foi um país totalitário e centralizador, jamais será atingida. 

Fonte! Chasque (artigo) do Analista Financeiro Ricardo Bergamini, publicado nas páginas do Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS, edição impressa do dia 1º de março de 2017.

domingo, 12 de março de 2017

Reforma e o negociado sobre o legislado

Em discussão no Congresso Nacional, a reforma trabalhista desenhada pelo governo federal prevê, entre tantos outros itens, a prevalência do negociado sobre o legislado. Isso significa que as convenções e os acordos coletivos acertados entre patrões e empregados passam a valer sobre a legislação, tanto para criar e reforçar direitos quanto para retirá-los. Desde há muito que a Justiça do Trabalho entende que, quando a lei determina algum tipo de ganho para o trabalhador que a negociação pretende suprimir, o texto legal - ou o "legislado" - se impõe ao produzido por acordo com o patrão - ou o "negociado". Na maioria dos casos, o conceito só se inverte quando se tratam de melhorias nas condições de trabalho, sejam elas de ordem financeira ou social.

A partir de 2016, uma tendência contrária vem se verificando nas cortes federais, o que abre caminho para que a mudança seja efetivada pela proposta de reforma.

Em setembro passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é possível flexibilizar o direito do trabalhador de receber o pagamento de horas in itinere (horas extras performadas em deslocamento), passando a valer o acordado em negociação. É o mais recente precedente aberto pelas altas instâncias legais do País no sentido de permitir perdas do que se convenciona chamar de direitos patrimoniais. As leis trabalhistas, ainda que antigas, foram criadas para trazer equilíbrio às relações entre empregadores e empregados, garantindo que a parte com menos poder - via de regra, o trabalhador - não saísse prejudicada. Ao mudar esta regra específica, o que se vislumbra no horizonte - afora a fragilização tanto da classe trabalhadora quanto dos sindicatos, em um momento de crise que afeta especialmente o lado mais fraco - é a quebra do princípio de irredutibilidade, ou o começo do fim do Direito do Trabalho. 

Fonte! Chasque (artigo) do advogado Luiz Alfredo Costa, publicado nas páginas do Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS, na edição impressa do dia 27 de fevereiro de 2017.
Reforma e o negociado sobre o legislado - Jornal do Comércio (http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/02/opiniao/548942-reforma-e-o-negociado-sobre-o-legislado.html)