sábado, 27 de fevereiro de 2010

Ações: a melhor opção para a aposentadoria

Nos Estados Unidos, aproximadamente 50% da população investe em ações – diretamente na Bolsa ou indiretamente, por meio de fundos de ações. No Brasil, essa realidade ainda é um pouco diferente, uma vez que menos de 1% da população tem autorização para comprar e vender papéis na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e os juros sempre foram muito elevados no País, tornando a alternativa de investir em renda fixa favorável.

A tendência, contudo, é que cada vez mais pessoas passem a investir em ações. A queda na taxa de juros é a responsável por essa mudança de quadro.

Assim, para o investidor que desejar retornos maiores em seus investimentos a melhor opção é investir na Bolsa. Para aqueles que querem se preparar para uma aposentadoria tranquila, a Bolsa oferece basicamente três opções: investir diretamente na Bovespa, aplicar em um fundo de investimento em ações ou participar de um fundo de previdência privada (ou pensão) com uma parcela grande de ações.

A aplicação em ações é um investimento para longo prazo e, historicamente, tem um retorno positivo já no médio prazo. Para entender melhor o histórico da Bolsa, consulte o gráfico de desempenho do Ibovespa, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo, desde 1963 a janeiro deste ano. .


Mas lembre-se: ao decidir investir em fundos de ações é necessário se ater às taxas cobradas pelas instituições financeiras.

O FIA Gradual Mulher, fundo de ações criado especialmente para o Espaço Dela, tem uma das taxas mais competitivas do mercado – 1,8% a.a. – e exige o aporte mínimo de apenas R$ 100,00 para começar a aplicar. Para quem está aprendendo sobre o mercado financeiro e deseja se preparar para uma aposentadoria confortável, essa é a alternativa ideal. Entre na nossa página do FIA Gradual Mulher e saiba mais - http://www.espacodela.com.br/fundo_gradual_mulher.htm

*Fundos de Investimento não contam com garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do fundo garantidor de créditos – FGC.A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura.É recomendada a leitura cuidadosa do Prospecto e Regulamento do Fundo de Investimento pelo investidor ao aplicar seus recursos.

Fonte! Chasque publicado no dia 22/02/2010, no galpão virtual Blog Espaço Dela - www.blogsgradual.com.br/espacodela.  

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Transformando medalhas em ações

Olá, meu nome é Cesar Cielo, sou campeão olímpico nos 50m livre e medalhista de bronze nos 100m, duas conquistas obtidas nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Também sou campeão mundial nos 50m e 100m, estilo livre, graças aos meus resultados em Roma, no ano passado. Sou recordista mundial nos 50m livre, com o tempo de 20s91 e nos 100m livre, com o tempo de 46s91, marcas também obtidas em 2009. Essa é a parte que todo mundo sabe.

O que poucos sabem é para onde vai o dinheiro das minhas medalhas. Tudo o que ganhei nas Olimpíadas em Pequim decidi investir na Bolsa de Valores. Minha premiação era um valor que, ao mesmo tempo, era muito pouco para comprar um imóvel, mas o suficiente para investir em ações. Na verdade, na época eu não cheguei a pegar o valor da premiação, investi tudo direto na Bolsa. O bacana do mercado financeiro é justamente isso: você não precisa ter um valor tão alto para começar a investir, além de não precisar esperar muito tempo para isso.

Já vinha pensando nisso há algum tempo. Faço o curso de Comércio Exterior, com especialização em espanhol, na Universidade de Auburn nos EUA. Nas matérias de Economia e Administração comecei a estudar um pouquinho sobre investimentos. Mais tarde, depois das Olimpíadas e depois de conversar com alguns parentes, resolvi fazer esse investimento. Minha família nunca teve uma educação financeira ou o costume de investir. Acabou sendo algo bem diferente do que eu estava acostumado a fazer e é gostoso poder sair um pouco da rotina.

Meu negócio é natação. Por isso, entrei em contato com o pessoal da Link Investimentos para poder gerenciar melhor meu dinheiro. Por que a Link? Fiz natação durante um tempão com um amigo, cuja irmã trabalhava no Link Trade. Foi assim que eu fiz o “link”, unindo o útil ao agradável. Por isso, acompanho sites e revistas especializados no assunto. Coloquei apenas 15% da minha poupança no início, para aprender e ver como tudo funcionava. Acho que a dificuldade maior é você tirar o dinheiro de algo fixo para começar a colocar em algo de risco. Mas, como sempre tive ajuda de corretores e amigos, tudo foi bem tranquilo.

Depois que me tornei um investidor, a ideia de fazer um comercial do Link Trade surgiu naturalmente. E não tem coisa melhor do que falar de algo que você realmente usa. Aprendi a não ficar afobado com os valores e aprendi a checar as ações regularmente, embora não diariamente. Além disso, entendi que quando você compra uma ação, o importante é realmente se sentir sócio do negócio, ficar feliz quando a companhia cresce e consumir os produtos da empresa em que você investe.

Perdi algum dinheiro no começo, mas já recuperei tudo. Não tenho uma meta específica, mas quero ter uma quantia que me deixe em uma situação estável. Por enquanto estou captando tudo o que posso como nadador, mas sei que não vou nadar para sempre. Então, o que estou conseguindo juntar agora, pretendo gerenciar e investir. Acho que vou poder deixar sempre uma certa quantia de dinheiro nas ações. Se um dia achar que não vale mais a pena, simplesmente paro. Mas é um mercado interessante e o brasileiro deveria explorá-lo mais. Principalmente agora, com os eventos esportivos que estão para chegar por aqui. Não tenho pressa para nada e, basicamente, o que eu ganhar com medalhas, irá para investimentos em ações ou para o que eu considerar mais adequado no momento.

Portanto, vou deixando meu dinheiro com o pessoal que sabe cuidar disso. Estou pensando no retorno a longo prazo enquanto ainda sou jovem, não tem como errar. Quem sabe, quando eu parar de nadar, talvez possa partir para novos desafios no mundo dos investimentos.

Fonte! Chasque de Cesar Cielo publicado no galpão virtual Meu Milhão - http://www.meumilhao.com.br/, no dia 23/02/2010.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Como pagar o Imposto de Renda 2010

Advogado tributarista mostra como contribuinte pode se precaver contra problemas

A Receita Federal liberou nesta quarta-feira (10) as novas regras para o envio da declaração do Imposto de Renda 2010. O R7 listou uma série de problemas comuns, sobretudo causados por distração, quando o contribuinte preenche o documento. Confira abaixo 14 passos para escapar de equívocos comuns. As informações são do advogado tributarista do Cenofisco (Centro de Orientação Fiscal), Lázaro Rosa da Silva.

1º passo: juntar todos documentos

- Quando se fala em informática, em programa de computador, eles costumam resolver tudo. A única coisa que não resolvem é a falta de documentação. O contribuinte tem que juntar todos os comprovantes de rendimentos, pagamentos, comprovantes de compra e venda de bens (joias, carros, quadros, imóvel).

2º passo: separar o que é dedutível

- São dedutíveis do Imposto de Renda a previdência privada, os gastos dos dependentes como mensalidade da escola e gastos com saúde.

3º passo: navegar e conhecer o programa

- É indispensável, sobretudo para quem não ter familiaridade com o programa para não correr riscos. Tem que navegar e conhecer.

4º passo: máximo cuidado com digitação

- Um dos maiores riscos é a digitação. A diferença de um centavo pode levar o contribuinte à malha fina.

5º passo: férias vendidas à empresa

- Aquele um terço das férias que pode ser convertido em dinheiro, o contribuinte deve colocar no campo de rendimentos isentos e não tributáveis. Essa informação vem no informe de rendimentos que a empresa manda para o funcionário.

6º passo: informar apenas deduções que podem ser comprovadas

- A Receita Federal tem um cruzamento de dados muito eficiente a ponto de descobrir aquilo que ela quer. O pior que pode acontecer é o contribuinte ser chamado para explicar uma dedução e não ter comprovante do que declarou. Ele será multado em 75% sobre o valor integral dessa declaração. Ex: a mensalidade escolar declarada de um suposto filho é de R$ 1.000, mas esse filho já está na faculdade (e não mais no colégio). O contribuinte pagará multa de R$ 750.

7º passo: informar todos os rendimentos recebidos

- Tem que informar todos os rendimentos possíveis porque o sistema faz o cruzamento de dados. Eventualmente, a Receita pode ter uma tolerância quanto a baixos valores, mas não há norma do Imposto de Renda.

8ª passo: buscar ajuda especializada

- Se o contribuinte tiver familiaridade e hábito com o sistema e o direito tributário, ele pode fazer sozinho a declaração. O programa fornece toda a informação necessária para fazer a declaração, inclusive com dicas de direito tributário, mas sempre é recomendável procurar um contador.

9º passo: escolher a declaração adequada

- No modelo simplificado, as deduções estão limitadas a 20% do rendimento bruto ou a R$ 12.743,63. Se o contribuinte tiver deduções comprovadas acima desse valor, já é recomendável a completa porque o impacto é menor.

10º passo: patrimônio x rendimentos

- O contribuinte tem que declarar tudo o que pode ser revertido em dinheiro. Claro que fogão, geladeira e televisão não devem estar na declaração, mas carro, casa e moto devem. Se o patrimônio aumentar mais do que os ganhos, haverá um problema.

11º passo: doações

- Se o contribuinte receber uma doação, ela tem que constar como rendimento, independente do valor. A pessoa que doou tem que comprovar que ganhou dinheiro suficiente para repassar os recursos.

12º passo: programar-se

- Tradicionalmente, o brasileiro deixa tudo para a última hora, mas isso cria um transtorno terrível. O risco de erro aumenta significativamente, ele pode esquecer um documento, pode não ter um documento e ainda encontrar o sistema congestionado. Não importa o motivo, se não conseguir transmitir até o horário determinado, vai pagar multa.

13º passo: estrangeiro no Brasil

- O estrangeiro só passa a ser obrigado a declarar a partir do momento que tiver CPF.

14º passo: ganhos acima de R$ 17.215,08 em depósitos

- É recomendável declarar o contribuinte também porque os bancos podem informar a Receita sobre movimentações financeiras. O contribuinte tem que informar de onde veio o dinheiro.
 
Fonte! Chasque publicado no galpão virtual Dicas e Tutoriais - http://www.tutoriaisdown.blogspot.com/

A necessidade de se prevenir para a aposentadoria

Em tempos de incerteza no cenário econômico mundial, o melhor a fazer é seguir o ditado popular, que ensina que prevenir é melhor do que remediar. No entanto, ainda são poucos os brasileiros que levam isso a sério. A aposentadoria, a possibilidade de um acidente e a invalidez para o trabalho, além da redução do orçamento familiar em caso de morte prematura, são preocupações ainda adiáveis para a maioria das pessoas.

Das quase 91 milhões de pessoas que compõem a população economicamente ativa brasileira, cerca de 46 milhões têm cobertura da previdência pública - 38 milhões deles por serem empregadas e 7,9 milhões por contribuírem autonomamente. Cerca de 5 ou 6 milhões estão protegidas por participar exclusivamente de planos de previdência privada. As outras 40 milhões não têm nenhum tipo de previdência privada. No entanto, 8,5 milhões de carros que trafegam no Brasil têm algum tipo de seguro. E por quê? O seguro do carro é uma preocupação imediata e palpável, já que, na prática, protege um bem material. Já a cultura do guardar, do investimento, bombardeada pelo consumo desenfreado e na crença do crédito fácil, fica de lado.

Mas esse quadro está mudando gradativamente e, mudou, principalmente, depois da reforma da previdência e, agora, com a crise financeira internacional. Aos poucos, o brasileiro começou a perceber que, na maioria dos casos, ele é o único responsável pelo futuro da sua família e pela sua aposentadoria. Se antes ele podia se descuidar com a preparação de seu futuro financeiro porque os programas públicos e a inflação (que corroía a poupança e induzia ao consumo antecipado) justificava tal descuido, hoje ele já não conta mais com essas premissas. E já começa a se dar conta de que a ideia de poupar regularmente pode ser um excelente investimento de longo prazo, principalmente em um momento de insegurança e incerteza.

Mas como escolher a melhor forma de investir em planos de proteção não é uma tarefa fácil para a maioria das famílias brasileiras. As empresas devem investir na formação de seus profissionais, qualificando-os como autênticos consultores de benefícios. Uma das grandes preocupações deve ser o desenvolvimento de linguagem mais próxima dos consumidores do que as apólices de seguros que estão no mercado, que costumam ter uma linguagem que o cliente não entende. Essa também deve ser uma busca para a qualidade de todo o processo de comunicação das empresas com os seus segurados. Um profissional capacitado para a venda consultiva sabe reconhecer que a necessidade de previdência de cada família é específica. Ele deve conhecer profundamente as reais necessidades de cada cliente para poder auxiliá-lo na escolha do plano adequado em cada situação.

Um simples caso hipotético é bastante elucidativo de que, no mercado previdenciário, existem coberturas específicas para cada caso. Por exemplo, duas famílias de perfil semelhante, uma "A" e outra "B", ambas com uma mulher de 35 anos, o marido de 40 e dois filhos menores. O provedor de cada família ganha R$ 5 mil mensais e ambas já decidiram uma margem de poupança de R$ 250,00 a cada mês. A diferença entre elas é a de que, na família "A", a esposa não trabalha e eles acabaram de comprar uma casa própria financiada, cujo saldo devedor atual é de R$ 100 mil. Já na família "B", a esposa trabalha, tem renda própria e eles têm casa própria.

A família que tem a dívida com o imóvel tem uma necessidade adicional de proteção e menor capacidade de poupança. É uma forma de garantir dinheiro para quitação da dívida e deixar a esposa e as crianças amparadas, evitando a dramática diminuição do padrão de vida familiar. Já a família "B", por contar com renda adicional e não ter dívida expressiva, pode deslocar mais recursos para a aposentadoria.

Esses programas têm de ser revistos anualmente com o consultor. Até porque, com o tempo, conforme a dívida (no caso da família "A") vai sendo amortizada e as crianças vão crescendo, a necessidade de seguro por morte e invalidez diminui. Paralelamente, cresce a necessidade de guardar dinheiro para bancar a universidade dos filhos. Somente assim, pode-se planejar uma vida mais segura, mesmo diante de algumas surpresas desagradáveis que a vida nos oferece. Viver com prevenção significa viver mais e melhor.

Helder Molina é presidente da Mongeral Aegon e presidente do Comitê Internacional da Limra, fonte de pesquisa e informação sobre o mercado segurador.

Fonte! Chasque postado dia 17 de fevereiro de 2010 no galpão virtual Caminhando Junto - http://www.caminhandojunto.blogspot.com/, por Adriano Carvalho.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Voce sabe o futuro?

Quanto vai fechar o Ibovespa no fim do ano? e daqui há 5 anos? Ou 10 anos? Será que vai chegar nos 200.000 pontos como prediz um certo analista de investimentos famoso? E a inflação? E quanto vai ser o PIB brasileiro ? E a Selic? Vai subir mesmo como o relatório focus e maioria dos economistas acreditam e esperam? A previsão é que a Selic acabe em mais de 11% no fim do ano. E qual a melhor ação para investir? Será a Vale? Petrobras? Gerdau? Itaú? BMF? Alguma small cap? Algum mico? Telebras? Façam suas apostas.

Apesar de todos sabermos que ninguem pode prever o futuro, nem no curto e muito menos no longo prazo, a economia como um todo funciona baseada em expectativas futuras de preços. As pessoas investem na bolsa por que acham que em um determinado período de tempo X ela vai render bem. Investem em uma determinada ação por que acham que ela vai render bem em um determinado prazo, etc. Podemos acompanhar as expectativas da economia através de vários indices sendo os principais os indices futuros do Ibovespa, dolar, DI, entre outros; também em relatórios de economistas como o relatório Focus. Estas expectativas futuras tendem a balisar as decisões de vários agentes econômicos mas a grande verdade é que como qualquer previsão estas são muitas vezes ou na grande maioria das vezes falhas e estão por definição sujeitas a constantes revisões. É verdade que como qualquer pessoa que entenda um pouco de probabilidade sabe, com tantas previsões eventualmente algumas acertam e é nestes momentos que aquele determnado analista de investimentos ou econmista é enaltecido como um grande mago ou guru dos mercados até que suas próximas previsões falhem e ele caia no esquecimento enquanto um novo guru começa a se sobressair.

Os mercados funcionam em um constante movimento de correções das expectativas assim que dados da realidade se tornam disponíveis. Estes ajustes são muito rápidos, fenômeno que é conhecido pelo nome de mercado eficiente (mal compreendido por grande parte dos investidores). Assim por exemplo, quando é divulgado o resultado de um balanço de uma empresa o mercado que já aguardava um determinado valor corrige o preço do ativo de acordo com os dados reais. Agora o que as pessoas sempre esquecem é que esta realidade futura é realmente imprevisível. E apesar das pessoas admitirem isto na teoria, na prática agem tentando sempre "advinhar" qual a melhor ação, qual o melhor momento (timing) de investir, qual o melhor momento de vender, etc. Alguns fazem isto por ingenuidade e ignorancia, outros por ganacia, imprudencia, não importa. O fato é que ignorar isto e "investir" de uma maneira como se pudessemos saber o futuro acaba muitas vezes mal.

Então se voce não sabe o futuro e reconhece que não sabe, não faça apostas direcionais, use a asset allocation; não perca tempo escolhendo a melhor ação, invista em todas através de um fundo indexado e não tente fazer timing.

Encerro com uma frase que acredito resuma bem o que penso sobre o assunto:

"Há 3 tipos de investidores:

1.) Investidores que não sabem como o mercado se comportará - e sabem que não sabem.
2.) Investidores que não sabem como o mercado se comportará - mas acham que sabem
3.) Investidores que não sabem como o mercado se comportará - e são bem pagos para fingir que sabem"
 
Fonte! Chasque publicado no galpão virtual Investimentos e Finanças no dia 07/02/2010 - http://www.investimentosefinançasblogspot.com/.

Na onda do Tesouro

Se você quer se aposentar e não quer depender dos planos de previdência privada, o Tesouro Direto é uma alternativa bem interessante. Por ser uma renda fixa, na qual não se quer correr muitos riscos, e ser um dinheiro emprestado aos cofres públicos, a única questão em jogo é a capacidade de crédito do governo, que considero atualmente muito boa.

Segundo dados do Tesouro Nacional, 63% das aplicações feitas são na faixa de R$ 5.000,00 o que demonstra de fato seu objetivo: Levar pequenos investidores a aplicações com custo baixo e rendimento superior a poupança. Os papéis estão distribuídos na modalidades:

1.Pós-fixados (LFT)
2.Prefixados (LTN e NTN-F)
3.Prefixados com correção inflacionária (NTN-C e NTN-B).

Pode parecer estranho as denominações, mas se você investe ou investiu em fundos de renda fixa, com certeza tem ou teve estes títulos na carteira. Os fundos DI são compostos por estes papéis por exemplo. Os planos de previdência também. E como escolher o meu título? Você precisa combinar o seu objetivo financeiro com o papel adequado. Vamos vê-los:

LFT – Letra Financeira do Tesouro: Pós-Fixado com rentabilidade diária atrelada a Selic. Quanto mais longe a aposentadoria, pode-se aumentar a participação deste título.

LTN – Letra do Tesouro Nacional: Prefixado, definido no momento da compra. Se o governo elevar o juros o investidor não perde nada, mas deixa de ganhar em relação a LFT por exemplo.

NTN-B – Notas do Tesouro Nacional – série B: Pós-fixado e rentabilidade vinculada ao IPCA. O pagamento de juros é semestral. Assim, é necessário reinvestir a remuneração a cada seis meses.

NTN-B Principal: É uma variável na NTN-B. A diferença é que os juros são pagos somente no vencimento do título. NTN-F- Notas do Tesouro Nacional – série F: Prefixado com pagamento semestral e resgate do principal somente na data do vencimento do título.

É isso. Agora, é só montar seu objetivo e começar a aplicar.

Dúvidas e sugestões, acesse mande um e-mail a luiz.motta@objetivofinanceiro.com.br.

Atenciosamente, Luiz Motta

Fonte! Chasque publicado no galpão virtual Objetivo Financeiro no dia 14/02/2010 - http://www.objetivofinanceiro.com.br/.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

As 16 Regras de Ouro da Segurança Financeira

Harry Browne (www.harrybrowne.org), consultor financeiro já falecido, em seu Best Seller "Fail-Safe Investing", advoga o que ele chama de "As 16 regras de ouro da segurança financeira":

1°) Sua Carreira é a fonte de sua riqueza
2°) Não presuma que voce pode repor sua riqueza
Assim trate seu dinheiro como se nunca mais pudesse ganha-lo novamente
3°) Reconheça a diferença entre investir e especular
Quando voce investe, voce aceita os retornos que o mercado está pagando aos investidores em geral; quando voce especula voce tenta se sair melhor que os demais investidores, o que implica na crença que voce é mais esperto que a maioria dos outros investidores. Não há nada de errado em especular, contanto que seja com dinheiro que voce possa perder.
4°) Ninguem pode predizer o futuro
5°) Ninguem pode realizar market timing de maneira consistente e lucrativa
Ninguem pode garantir que voce vai estar sempre no lugar certo na hora certa
6°) Nenhum trading system vai funcionar tão bem no futuro como funcionou no passado
7°) Não use alavancagem
Quando alguem quebra, quase sempre é por que usou alavancagem (dinheiro emprestado de outros)
8°) Não deixe que ninguem tome decisões por voce
9°) Nunca invista em nada que voce não entenda
10°) Não dependa somente de um investimento, uma instituição ou de um pessoa para a sua segurança
11°) Crie um porfolio a prova de falhas para proteção
Para o dinheiro que é precioso para voce e que voce não pode perder, crie um portfolio simples, balanceado e diversificado, o que o Harry Browne chama de Portfolio Permanente. Este portfolio deve assegurar que sua riqueza sobreviva a qualquer evento futuro.
12°) Especule somente com dinheiro que voce pode perder
Se voce quer tentar bater o mercado, crie um segundo portfolio, separado, com o qual voce possa especular, mas tenha certeza que este portfolio contenha apenas dinheiro que voce possa perder; Harry Browne hama este portfolio de portfolio variável, pois pode ser investido em qualquer coisa.
13°) Mantenha alguns investimentos fora do pais que voce vive
14°) Tenha cuidado com qualquer esquema feito para evitar pagar impostos
15°) Reserve dinheiro em um orçamento para diversão pessoal
16°) Quando estiver na dúvida, é sempre melhor errar para o lado da segurança

As 16 regras de ouro da segurança financeira são as mesmas regras consagradas que usamos na vida e que aprendemos na infancia da nossa mãe: Reconheça que voce vive em um mundo incerto; tenha cuidado, seja precavido e não confie em estranhos. Se voce seguir estas regras pode ter certeza que suas finanças agradeceram.

Fonte! Chasque publicado no dia 02/10/2009, galpão virtual Investimentos e Finanças - http://www.investimentosefinanças.blogspot.com/.

PARTICIPAÇÃO NA BOLSA DE VALORES

Vem crescendo a participação da população brasileira na Bovespa, neste mês de janeiro os investidores Pessoa Física totalizaram, 31,45% do total do investimento em ações, incluindo os investidores individuais e os clubes de investimento, seguido pelos investidores institucionais que ficaram com 29,4%, os estrangeiros com 28,03%, as instituições financeiras, com 8,77%, as empresas públicas e privadas, com 2,3%, e o grupo outros, com 0,05%.

Isso mostra que o brasileiro está começando a entender que se quiser obter melhores rentabilidades em seus Investimentos, precisam buscar outras alternativas além da renda fixa, porém, investir na Bolsa requer conhecimento, pois, trata-se de investimento em renda variável e como tal pode incorrer em perdas, no caso de o investidor não ter experiência e conhecimento do Mercado.

Por isso, antes de investir seu capital na Bolsa de Valores, o investidor deve, primeiro, investir em qualificação. Fazer cursos, participar de palestras e eventos sobre o tema é essencial para alcançar bons resultados no investimento em ações.
 
Fonte! Chasque publicado no dia 3/02/2010, no galpão virtual Blog de Educação Financeira e Finanças do Consultor Pena - http://educfin.blogspot.com/.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ações devem ganhar espaço na aposentadoria

Sempre que um analista brasileiro fala de poupança visando à aposentadoria, cita o mercado americano como um exemplo a seguir. Nos Estados Unidos, dizem, aproximadamente 50% da população investe em ações - seja diretamente na bolsa de valores ou por meio de um fundo de pensão ou de investimentos.


No Brasil, essa cultura ainda está longe de ser difundida.

Uma das evidências disso é que pouco mais de 500 mil pessoas físicas têm autorização para comprar e vender papéis na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), menos de 1% da População Economicamente Ativa (PEA), de cerca de 80 milhões de pessoas.

Essa realidade, porém, deve começar a mudar, segundo especialistas. O pano de fundo, claro, é a queda das taxas de juros no País para níveis estruturalmente mais baixos. Com o juro básico atual, de 8,75% ao ano, um investidor não consegue um retorno líquido superior a 5% ao ano, levando-se em conta impostos e outras taxas.

Nesse ambiente, aplicar em renda variável é, ao menos em tese, uma saída para quem não se contentar com uma rentabilidade desse nível. "Vários estudos, livros e modelos mostram que, no longo prazo, as ações rendem mais do que a renda fixa", disse o administrador de investimentos Fabio Colombo.

Como manteve os juros muito elevados por anos a fio, o Brasil tem sido uma exceção à regra. Um levantamento do próprio Colombo mostra que o Índice Bovespa ganhou, em média, 9,7% ao ano entre janeiro de 1968, ano em que foi criado, e dezembro de 2009.

No mesmo intervalo, a renda fixa teve rentabilidade média de 8,5% ao ano. Ambos os cálculos excluem a inflação, as taxas de administração e os impostos.

Se o juro básico mais baixo veio para ficar, como crê a maioria absoluta dos especialistas, os números devem passar a mostrar vantagem cada vez maior para a renda variável.

OPÇÕES

Aqueles que já se decidiram - ou decidirão - enfrentar o vaivém do mercado acionário para aplicar as economias guardadas para gozar uma aposentadoria tranquila têm, basicamente, três opções no Brasil: investir diretamente na Bovespa, aplicar em um fundo de investimento de ações ou participar de um fundo de previdência privada (ou pensão) com uma parcela grande em ações.

"É uma escolha saudável, mas inspira cuidados", disse o professor de finanças do Insper (ex-Ibmec São Paulo) George Ohanian. "Antes de mais nada, o investidor deve entender que pode ter perdas momentâneas. Por isso, não pode fazer o que chamo de análise de banca de revista." A brincadeira refere-se às decisões tomadas em momentos de euforia ou depressão.

ESTÔMAGO

Colombo lembra que, por ser um país emergente, o Brasil tem um mercado financeiro, na média, mais instável que o de nações desenvolvidas. "Por isso, o investidor precisa ter estômago para enfrentar as oscilações."

Entendido o princípio básico, o passo seguinte é escolher a melhor forma de investir no mercado de ações. Tanto Ohanian quanto Colombo desaconselham - do ponto de vista de quem poupa para 10, 20 ou até 30 anos à frente - as aplicações diretas na bolsa, o que pode ser feito, entre outros canais, via home broker.

"É preciso se dedicar muito ao assunto, ter conhecimento de ao menos 10 ou 15 setores da economia e ler relatórios de empresas. Isso sem falar na complexidade na hora de acertar as contas com a Receita", observou Colombo. "É algo só para o investidor sofisticado, que tem tempo, mas, mesmo assim, duvido que dê bons resultados práticos no longo prazo."

FUNDOS

Ambos acreditam que a melhor opção é o investidor escolher um fundo de ações tradicional ou aplicar em um fundo de previdência privada com fatia elevada em renda variável.

Nesses casos, a recomendação é a mesma de qualquer outra aplicação: atenção às taxas das instituições financeiras, sejam de administração, de performance ou de carregamento. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
 
Fonte! Chasque publicado no dia 01/02/2010 galpão virtual Último Segundo - http://www.ultimosegundo.ig.com.br/.

2010: rumo aos 85 mil pontos?

O ano de 2010 começa com um olhar muito mais otimista sobre o futuro das cotações do que ocorreu em 2009. As expectativas são positivas, substituindo o olhar sombrio que há pouco reinava no mercado. Com isto, as recomendações de compra voltam com força, apesar de as oportunidades de investimento serem muito inferiores do que eram há um ano.

É certo que em 2010 a lucratividade das companhias brasileiras apresentará elevação, uma vez que vários setores estarão com demanda mais significativa em comparação a 2009. O ajuste sempre é mais dolorido de ser feito e gera custos/despesas muito superiores, que vão além da simples queda de receitas. A ampliação de capacidade, ao contrário, resulta em diminuição dos custos/despesas de produção, com aumento da produtividade individual e com o uso de estoques de matérias primas a preços muito mais baratos. É esperada a ampliação de algo próximo de 20% para a lucratividade média das empresas negociadas em bolsa no Brasil.

Antes de saber se a bolsa vai mesmo atingir os 85 mil pontos, é importante que você saiba que o que move o mercado são as expectativas. Vários olhares mundo afora estão atentos aos passos do Brasil. Muitos fatores positivos estão impulsionando as valorizações, como os seguintes: patamar de juros em níveis historicamente baixos; investimentos a serem realizados em razão do pré-sal, da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016; ampliação da oferta de crédito, inclusive para o setor imobiliário; aumento da renda do trabalhador; patamar de desemprego em níveis muito baixos e pauta exportadora impactada positivamente pela demanda Chinesa.

Certamente tudo isto tem contribuído para o vigoroso processo de alta da bolsa, e não há sinais de que isto será brevemente interrompido. O fluxo de capital estrangeiro continua contribuindo para este processo. O Ibovespa já subiu mais de 100% desde o fundo, com vários destaques individuais do mercado como um todo subindo mais de 300%.

Mas é bom que você saiba que quanto mais o pessimismo se afasta, mais o seu risco aumenta. Como entender melhor isto? A visualização do cenário do final de 2008 nos mostra várias empresas com as cotações despencando, enquanto que os resultados empresariais revelaram que as empresas são afetadas de forma muito diferente nas crises, mas o mercado derrubou tudo numa velocidade impressionante, ignorando esta situação. Agora com o otimismo se instalando, diversas premissas positivas são “precificadas”. Até aí, tudo bem, mas o problema consiste no fato de tanto nas altas como nas quedas as expectativas costumam errar para mais ou para menos. Olho aberto, portanto, também aos riscos, pois é o movimento de precificação irracional que antecede as quedas, embora não seja possível precisar quando.

Entre os riscos mais significativos para o ano de 2010, destacam-se:

a) possibilidade de aumento dos juros. O menor nível de juros da história do país tem vários efeitos, como tornar os dividendos ainda mais atrativos e diminuir o custo de financiamento de empresas que necessitam de capital intensivo. O aumento da taxa SELIC também pode interromper o movimento de migração de outros investimentos para a bolsa, ao mesmo tempo em que diminui o “preço justo” das ações para os investidores que utilizam da técnica do fluxo de caixa descontado em que a Taxa SELIC é um dos componentes da taxa de desconto;

b) eleições. As eleições apresentam riscos decorrentes de medidas eleitoreiras que podem ser tomadas de forma irresponsável ou pela possibilidade de vitória de um candidato que não tenha um histórico de respeito a contratos, por exemplo. Na eleição presidencial, por enquanto, isto tem sido minimizado por estarem no páreo candidatos conhecidos;

c) fatores externos como ausência de recuperação da economia americana e arrefecimento do crescimento da China, diminuindo o apetite internacional por risco e contribuindo para a queda dos preços de commodities exportadas pelo país;

d) taxa de câmbio que afeta diversos setores da economia, estabelecendo uma concorrência injusta, especialmente para o segmento industrial.

A grande chave para o ano de 2010 certamente será a seletividade. É pouco provável que quase tudo suba com o ímpeto das recentes altas, mas ainda há oportunidades. O investidor, no entanto, deverá se contentar em comprar algumas ações que já subiram até mesmo mais de 300% desde o fundo, se estiver ingressando no mercado agora.

É provável que o dinheiro em caixa para enfrentar a crise, como fator primordial para atravessar o primeiro semestre de 2009, seja aos poucos substituído pela capacidade de produção ociosa em segmentos que demandarão maior produção e possam começar a ter uma oferta mais apertada de produtos.

Os múltiplos fundamentalistas e as perspectivas futuras visualizáveis nos balanços novamente servirão de guia, numa estratégia racional e focada em aproveitar a ineficiência do mercado em precificar as ações.

A atenção deverá permanecer, portanto, em relação aos desempenhos empresariais e ao cenário econômico. Para quem está com poucos recursos na renda fixa, pode ser o momento de ir aos poucos recompondo, sem pressa. Quem fez isto na fase eufórica vivida a partir de 2004 e que durou até maio de 2008, sabe a importância deste movimento, pois pode comprar verdadeiras pechinchas na crise que se iniciou ao término do primeiro semestre de 2008.

Portanto, apesar dos riscos decorrentes da precificação de fatores de otimismo, é possível que a bolsa venha a atingir os 85 mil pontos. Mas, de fundamental importância será escolher as ações certas, seja para mitigar os efeitos de um eventual cenário de queda, seja para ampliar os ganhos em relação ao mercado caso a alta se torne um fato.

Fonte! Chasque publicado no dia  31/01/2010, no galpão virtual Small Caps - http://smallcaps.blogs.advfn.com/.

O que é uma ‘bolsa de valores’? Onde a primeira foi criada?

As bolsas de valores surgiram no séc. XIV, na cidade de Bruges, na Bélgica. Um grupo de comerciantes se encontrava para fazer negócios na casa de uma família de nome Burse, que tinha na porta um brasão com um escudo e três bolsas. Em Bruges as casas não tinham números, tinham desenhos. Cada casa era conhecida pelo desenho que trazia. Por isso, a casa era conhecida como a casa das bolsas.

Uma bolsa de valores é o centro especialmente criado e mantido para negociação de valores mobiliários, em mercado livre e aberto, organizado e fiscalizado pelos corretores e pelas autoridades. A bolsa de valores é um órgão privado. Uma associação civil formada pelas corretoras de valores que são seus membros.

As ações é o título que representa a menor fração do capital de uma empresa. As mais importantes são as ações ordinárias e as preferenciais.

Quando a gente vê a cotação das ações nos jornais percebe que algumas trazem o símbolo ON – ordinária nominativa -, depois do nome da empresa (Petrobrás ON; Vale do Rio Doce ON, etc). Essa são as ações ordinárias. A pessoa que compra estas ações (o acionista) ganha o direito de votar em algumas decisões que envolvam a empresa. Eventualmente, dão direito, também, a participar nos resultados da companhia. São menos negociadas que as preferenciais.

As ações preferenciais são aquelas representadas pelo símbolo PN – preferencial nominativa – (Petrobrás PN; Vale do Rio Doce PN, etc). São as mais negociadas. Com estas ações o acionista não pode votar nas decisões da empresa. Em compensação, elas garantem uma participação maior nos resultados da empresa (dividendos). Este dividendo é a parcela dos lucros de uma empresa que são distribuídas, em dinheiro, aos acionistas. Quanto mais ações alguém tem de uma empresa, mais dividendos vai receber se ela der lucro.

Estas ações podem ser nominativas – cautelas ou certificados que apresentam o nome do acionista, cuja transferência é feita com a entrega de cautela e a averbação de termo, em livro próprio da sociedade emitente, identificando novo acionista. Ou escriturais – ações que não são representadas por cautelas ou certificados, funcionando como uma conta corrente, na qual os valores são lançados a débito ou a crédito dos acionistas, não havendo movimentação física dos documentos.

É necessário um centro especial para a negociação de valores para concentrar em determinado ponto compradores e vendedores, centralizando as ofertas. Além disso, para negociar ações, são necessários dois serviços: informação e liquidação. E as bolsas de valores é que prestam esses dois serviços ao investidor.

O serviço de informações consiste em colocar à disposição do público o histórico dos preços pelos quais cada ação vem sendo negociada, bem como as ofertas de compra e venda existentes no momento – informações indispensáveis para o investidor decidir por quanto vai comprar ou vender suas ações. As bolsas cuidam, ainda, de obter e divulgar informações sobre o desempenho das companhias cujas ações são negociadas, o que é importante para acompanhar a vida dos investimentos realizados.

As cotações são divulgadas no mesmo dia pelas bolsas e publicadas pelos jornais do dia seguinte. Dados mais completos podem ser encontrados nas revistas e boletins editados. Informações atualizadas minuto a minuto, durante o período em que são realizados os negócios podem ser encontrados nos terminais de vídeo que as Bolsas do Rio de Janeiro e São Paulo alimentam em todo o País. Esses terminais podem ser até instalados nos escritórios e residências dos investidores que quiserem e, naturalmente, pagarem pelos serviços.

O serviço de Liquidação consiste em fazer os títulos chegarem às mãos do comprador e o dinheiro às mãos do vendedor. Além de executar o serviço de liquidação propriamente dito, a bolsa tem outro papel nesse processo: garantir a legitimidade das ações que entrega aos compradores.

As bolsas mantêm um fundo de garantia. Mesmo que posteriormente sejam descobertas ações falsas ou roubadas entre os títulos que você comprou, a Bolsa os substituirá por ações boas, cobrindo os prejuízos.

O que se chama “investir na bolsa” nada mais é do que investir em ações. E, para investir em ações, o caminho certo é procurar uma corretora de valores, distribuidora ou banco de investimento. Atualmente é possível investir a partir de R$200,00 (através de fundos oferecidos por bancos).

Naturalmente, as portas estão abertas aos investidores para prestar-lhes esclarecimentos, atender consultas, fornecer publicações etc. Mas a compra e venda de ações é sempre feita através de uma corretora de valores, membro da bolsa.

A corretora assessora o investidor dando informações e recomendações; e recebe as ordens de compra e venda dadas pelo investidor. Essas ordens são executadas pela corretora no pregão à viva-voz ou através de sistema eletrônico de negociação. Comprar na baixa (quando os preços estão baixos) e vender na alta (quando a ação está valorizada) é o melhor negócio possível. Difícil é saber qual o momento de maior baixa ou alta. Para isso existem profissionais do mercado e administradores de fundos. Mas a verdade é que há momentos em que ninguém tem a menor noção do que está acontecendo.

Fechada a operação, entra em cena a bolsa de valores, que registra e passa a divulgar os valores negociados, procedendo, finalmente, à liquidação.

O recinto onde se reúnem os operadores para executar as ordens de compra e venda dadas pelos investidores às suas corretoras chama-se pregão. O pregão funciona diariamente.

A bolsa é, inclusive, órgão auxiliar da CVM – Comissão de Valores Mobiliários na fiscalização do mercado de ações. Este é um exemplo de auto-regulação, uma iniciativa de caráter estritamente privado que funciona de acordo com regras definidas pelos próprios membros da Bolsa, sem ingerência estatal.

O órgão máximo das bolsas de valores é a assembléia geral de corretoras. Essa assembléia elege um conselho de administração composto por nove membros obrigatórios – seis representantes das próprias corretoras de valores, um representante das companhias abertas negociadas na bolsa, um representante dos investidores e um superintendente geral, que é administrador profissional. As bolsas podem incluir, facultativamente, no conselho de administração até mais quatro membros.

Na bolsa de valores somente podem ser negociadas ações das empresas que preencham os requisitos e que tenham registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários, e cada bolsa fixa suas exigências em termos de tamanho do capital, rentabilidade mínima etc.

Os mercados a termo, a futuro e de opções existentes nas bolsas de valores, são modalidades operacionais que permitem ao investidor comprar ações ainda que não tenha todo o dinheiro em mãos, ou vender títulos cuja posse não tem num dado momento. Para fazer esse tipo de operação, evidentemente o investidor precisa dar garantias de que cumprirá os compromissos assumidos. Trata-se de operações de grande potencialidade de lucro e que, dependendo de como sejam usadas, podem oferecer elevado risco.

O mercado de ações é o instrumento para capitalizar as empresas. Permite que elas aumentem sua produção e os empregos que oferecem, sem onerar seus custos, sem dívidas, sem alimentar a inflação. As bolsas de valores são indispensáveis para a existência de um mercado de ações capaz de viabilizar a capitalização das companhias.

Fonte! Chasque publicado no dia 01/02/2010 no galpão virtual Presente para Homem.com.br - http://www.presenteparahomem.com.br/.