sábado, 28 de novembro de 2020

Alvorada recebe Centro de Distribuição em 2021

Investimento de mais de R$ 28 milhões deve gerar 150 empregos durante a sua construção

Foto: Reprodução / OA

A empresa Tomasetto Engenharia, que atua no mercado de construções há mais de 40 anos, anunciou um investimento diferenciado do que costuma realizar em Alvorada.

Ao custo de cerca de R$ 28 milhões e 150 empregos já durante as obras que iniciam no primeiro semestre de 2021, será erguido um Centro de Distribuição (CD), às margens da ERS 118, próximo à divisa com Gravataí.

O empreendimento pretende atender empresas de logística e distribuição de produtos que utilizam os Centros de Distribuição para uma entrega rápida de mercadorias compradas online. O prédio será erguido em área de 11 hectares que abrigará  um pavilhão de 18.500m2, dividido em módulos que variam de 2 mil a 16 mil m2. Além deste espaço, está prevista área administrativa, refeitório e sala de reunião/convenção disponíveis aos futuros locatários.

Fonte! Chasque (post) publicado no portal oficial do O Alvoradense, no dia 23 de novembro de 2020. Abra as porteiras clicando em: https://oalvoradense.com.br/alvorada-recebe-centro-de-distribuicao-em-2021/

Estudo afirma que Alvorada não está preparada para atender a população da terceira idade

A pesquisa foi feita pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon

"A reportagem do Jornal A Semana foi às ruas para compreender como os idosos se sentem vivendo em Alvorada" (Foto: Matheus Pfluck)

O Instituto de Longevidade Mongeral Aegon lançou a segunda edição do Índice de Desenvolvimento Urbano para a Longevidade (IDL), que tem como objetivo avaliar o preparo de 876 municípios para a longevidade da população. Presente no estudo, 300 municípios brasileiros com maior número de habitantes analisados. De acordo com os resultados, que levam em consideração 50 indicadores, o município não apresenta preparo satisfatório para a longevidade.

 O diretor-executivo do Instituto, Henrique Noya, falou sobre o papel do IDL como uma ferramenta prática que contribua diretamente para que os gestores públicos desenvolvam políticas que melhorem a qualidade de vida nas cidades. “Da mesma forma, é um importante aliado para que a sociedade conheça de forma objetiva a realidade de seus municípios “, salienta o gestor.

Segundo o IDL, Alvorada está na posição 168 entre as 300 maiores cidades e não é considerada preparada para a população da terceira idade. Eles fizeram um comparativo com o mesmo estudo feito em 2017. Nos quesitos habitação, saúde, cultura, educação e trabalho; os números melhoraram. Contudo houve uma redução da qualidade dos índices de bem-estar e finanças quando comparado aos estudos de 2020 com o de três anos atrás.

A melhor cidade do Rio Grande do Sul é Porto Alegre e Alvorada fica atrás em todos os índices. O IDL é utilizado como um instrumento para medir o grau de preparação dos municípios para a longevidade das pessoas. Por isso é feita essa análise de 876 cidades para compreender se elas têm a capacidade de atender as necessidades básicas de vida dos idosos. Esse estudo é composto por 50 indicadores individuais de fontes oficiais públicas.

O Instituto tem a motivação de facilitar a participação dos idosos na sociedade. Como os indivíduos habitam as cidades, é importante mapear o que influencia a vida saudável e o bem-estar das pessoas nesses ambientes. A ideia é que os gestores públicos e os empreendedores utilizem esse estudo para compreender as reais necessidades das pessoas, além de proporcionar uma vida longeva e de qualidade. Isso através de investimentos e melhorias.

Existem pontos deste estudo que colocam Alvorada para baixo nos índices. Alguns deles são as ausências de condomínios residenciais para idosos, de hospitais com unidade de neurocirurgia e de SESC’s. Já os melhores números de Alvorada estão na cobertura municipal do CAPS e no baixo número de acidentes peçonhentos. O estudo completo pode ser acessado no site da instituição responsável pela pesquisa e posterior publicação do material.

Quem é idoso e vive na cidade

A reportagem do Jornal A Semana foi às ruas para compreender como os idosos se sentem vivendo em Alvorada. Entre as entrevistadas estava Vera Toniolo, 69 anos, que reclama do abandono aos idosos. “Os idosos estão muito abandonados. Eu fui operada, tenho problemas de saúde e o que ganho de aposentadoria nem dá para pagar os remédios. Nós somos explorados de tudo o que é maneira e estamos abandonados”, salienta a aposentada.

Segundo ela, falta dar mais atenção e respeito aos mais velhos e isso não muda. Ela reclama do atendimento dos bancos, mas diz que existem problemas na saúde também. “Eu fui buscar meu dinheiro para comprar remédio, mas aqui eles não nos ajudam em nada. Agora mesmo eu estava quase desmaiando e o meu marido que me ajudou. Só pode quem tem perna boa. Infelizmente os bancos não nos atendem com qualidade”, desabafa Vera.

Já Nair Wosniak, que não quis revelar sua idade, reclama das falhas na prestação dos serviços essenciais por parte da Prefeitura. O principal deles lhe atrapalha diariamente, causando mal estar e problemas e está relacionado ao saneamento básico. “Eu tenho um esgoto na frente de casa que preciso fechar a porta por causa do cheiro. Até durante o dia é complicado. Em dia de chuva então ele acaba correndo todo para dentro do meu pátio”, relata a alvoradense que mora na Rua Luciana de Abreu no Bairro Intersul.

Contudo, existem pessoas que não tem do que reclamar da cidade. É o caso de Geci Cardona, 81 anos, que mora em Alvorada desde 1979. Ela conta que todos os serviços que utiliza são bem ofertados e que ela pode usufruir de muitas coisas boas. “Eu uso o recolhimento do lixo, a água e a luz. Sou bem atendida por todos. Eles sempre são legais comigo. Isso nos bancos, nos ônibus. É tudo bom e eu não tenho queixa de nada”, finaliza a aposentada.

O parecer da Secretaria dos Direitos Humanos

Em contato a Secretaria de Direitos Humanos (SMDH), informou que os atendimentos prestados foram os que chegaram até conhecimento dos servidores pelas redes de acompanhamento (SMS, SMTASC e Ministério Público). Contudo, devido à pandemia do coronavírus, essas atividades ficaram limitadas, impossibilitando uma maior quantidade de ações voltadas aos idosos. Além disso, foi informado que essa pasta foi instituída em maio deste ano e que ainda está sendo estruturada. 

Fonte! Chasque (reportagem) publicado nas páginas do Jornal A Semana de Alvorada (RS), edição impressa do dia 27 de novembro de 2020. Também acessível no seu galpão virtual www.jornalasemana.net

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Renda fixa atrelada ao IPCA ganha força


Mercado de Capitais>> Investidores avaliam cenários para proteger patrimônio da inflação

Títulos pós-fixados com taxa de retorno ligada ao IPCA são opção para quem quer aproveitar alta dos preços /FREEPIK/Reprodução/JC

O ritmo de alta dos preços em outubro surpreendeu investidores e gestores, que passaram a avaliar novos cenários para proteger o patrimônio de um repique da inflação. Segundo especialistas, nesse contexto a renda fixa pode ganhar força, com destaque para os títulos pós-fixados com taxas de retorno atreladas ao IPCA.

 Pressionado pelos alimentos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) acelerou em outubro para 0,94%. Trata-se da maior taxa para o mês desde 1995 e da maior alta mensal desde dezembro do ano passado. O IPCA-15 é considerado uma prévia da inflação oficial do País, o IPCA, e é auferido entre os últimos 15 dias no mês anterior e os primeiros 15 dias do mês vigente.

Para Daniel Weeks, economista-chefe da gestora Garde, ainda é cedo para dizer se a inflação veio para ficar ou se é pontual, para se dissipar ao longo dos meses. Mas, a julgar pelo aumento dos preços no atacado, Weeks acredita que o movimento deve permanecer no horizonte ainda por um tempo. "Isso tem impacto nos investimentos. Dado que os juros Selic estão bem baixos, a 2%, ter uma parcela dos investimentos alocada em títulos de renda fixa que se beneficiem da alta da inflação é uma boa oportunidade."

O mercado oferece diversos títulos de dívida atrelados à inflação, que podem ser públicos ou privados. Entre os privados, algumas debêntures oferecem ao investidor um prêmio, além da recomposição da inflação. Já com relação aos públicos, o aplicador os encontra, por exemplo, no site do Tesouro Direto, com a inscrição NTNB, acrescido de IPCA . Isso significa que os ativos, no vencimento, pagam ao seu detentor um valor determinado, acrescido da inflação verificada no período, sendo por isso conhecidos como pós-fixados.

"A dica é sempre essa: subiram juros ou inflação, procure uma forma de se proteger, colocando uma parte do dinheiro em títulos pós-fixados", afirma o professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) Fábio Gallo.

Ex-economista-chefe da XP e hoje também professor da FGV, Marcos Ross diz esperar que o aumento nos preços mexa também nos investimentos. "É o caso de pensar em um pouco de proteção contra uma possível alta de inflação. (O investidor) tem de diversificar, mais que nunca", afirma.

Para Ross, o governo, escorado em medidas extraordinárias como o auxílio emergencial, gerou um choque de demanda mais forte do que o previsto, com aumento nos preços do atacado. "O mercado já vê o IGP-M em 17% em 2020." O Índice Geral de Preços - Mercado sofre grande alta devido à sua composição ser influenciada pela valorização das commodities e do dólar, que se valoriza quase 30% neste ano ante o real.

No mercado, o balcão de compra e venda de juros futuro têm sinalizado a aposta dos investidores em um ciclo de alta na taxa Selic, hoje a 2% ao ano. Os títulos com vencimento em 2023 trazem a Selic a 4,86%, os de 2025, a 6,59, e os de 2027, a 7,44%. 

Fonte! Chasque (post) publicado nas páginas do Jornal do Comércio de Porto Alegre (RS), na edição do dia 03 de novembro de 2020.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Se liga na fraude

Dicas para evitar cair em golpes virtuais e perguntas para proteger seu patrimônio

Créditos! https://asmetro.org.br

A Anbima lançou, em parceria com a CVM, Se Liga na Fraude, um site com informações e dicas sobre golpes virtuais financeiros, relacionados a finanças e investimentos, que cresceram ao longo dos anos, especialmente durante a pandemia.

Não pense que são poucas as armadilhas que existem por aí. Somente nos primeiros seis meses deste ano foram abertas 213 investigações, 50% a mais em relação ao mesmo período em 2019.
 
Em um ambiente como a internet, onde cada um compartilha o que quer, fica difícil saber o que é verdade ou mentira. Prato cheio para os golpistas, principalmente no que diz respeito a investimentos.
 
Confira cinco dicas para evitar cair em golpes virtuais no momento de investir.
 
1. A propaganda oferece retorno garantido, livre de risco, lucros exorbitantes em poucos dias, sugere ganhar dinheiro sem trabalhar? Fortes indícios de golpe. Lembre-se de que quando a esmola é demais, o santo desconfia.
 
2. O "investimento" exige que você indique outras pessoas para trabalhar com você? Não se trata de investimento, mas, muito provavelmente, de uma ilegal pirâmide financeira! Mantenha distância.
 
3. O "investimento" exige a aquisição de algum bem ou material para você se tornar cliente? Um bom exemplo é a obrigatória compra de um catálogo e/ou uma quantidade de produtos. Desconfie e busque informações sobre a empresa ou corretora em fontes confiáveis, como o site da CVM.
 
4. Solicitaram seus dados pessoais ou do cartão de crédito antes de qualquer coisa? Desnecessário dizer que nunca devemos informar dados pessoais e de cartões. Sinal evidente de armadilha que deve ser evitada.
 
5. Seja prudente e verifique o histórico da corretora ou empresa. Pesquise em Reclame-Aqui e verifique no site da CVM se a instituição possui autorização para comercializar produtos financeiros. Pesquisou e não se sentiu confortável em investir com as informações que encontrou?Não invista!
 
Aprenda a fazer perguntas para proteger seu patrimônio e não cair em golpes online.
 
Questione se a empresa ou corretora é licenciada pela CVM. Golpistas são experts em fazer o que é falso parecer real, portanto não se engane com um site bonito, repleto de depoimentos de pessoas que dizem ter encontrado a riqueza por meio de seus investimentos.
 
Toda oferta pública de produtos deve ser registrada para que o investidor possa consultar informações importantes sobre a gestão, os produtos, os serviços e finanças da corretora ou empresa pela qual deseja investir seu dinheiro. Consulte o site da CVM.
 
Não existe investimento sem risco e, quanto maior a possibilidade de ganhos, maiores os riscos que o investimento apresenta. Lembre-se de que quanto maior o investimento realizado, maior será o risco de perdas financeiras em cenários desfavoráveis. Desconfie e reporte à CVM oferta de lucros garantidos.
 
Investir exige tempo e paciência. Portanto, não se deixe levar por falsas promessas de ganhar dinheiro com "apenas alguns cliques". É importante que você dedique tempo para conhecer os produtos adequados aos seus objetivos e horizontes de investimento. E para o que você não conseguir entender sozinho, você deve e pode ter a ajuda de um profissional especializado.
 
Encontre informações confiáveis e orientações para não cair em golpes no Portal do Investidor: investidor.gov.br.
 
 Fonte! Chasque (post) da Planejadora Financeira Márcia Dessen, publicado nas páginas do Jornal do Comércio de Porto Alegre (RS), edição do dia 03 de novembro de 2020.

domingo, 1 de novembro de 2020

Chasque Bizarro 27! O pó que assutou os juizes

Gerson Kauer / EV / Divulgação / JC
O Clube do Comércio com seu sofisticado Salão dos Espelhos - de muitas histórias no Centro Histórico de Porto Alegre - tem sua sede esportiva, na avenida Bastian, bairro Menino Deus. Bem na entrada existia a Quadra 1, encravada no meio de belas casas do bairro. Ali, egocentristas tenistas mostravam suas habilidades aos que frequentavam a ampla área de lazer e a piscina ao lado.
 
Ao mesmo tempo, esses tenistas incomodavam a vizinhança com gritos entusiasmados e, o pior, levantando aquela poeira comumente chamada de pó de tijolo. O saibro não apenas suja as roupas, "tinge-as" com uma cor alaranjada forte. Na casa vizinha, o pó tisnava cortinas, móveis e as roupas penduradas. E sujava a piscina, a calçada, as paredes brancas e os instrumentos de trabalho de uma professora de música e de piano.
 
Ela pedia e insistia para que a Quadra 1 fosse fechada.
 
- Bem capaz... - diziam os individualistas tenistas.
 
E desdenhando, alfinetavam:
 
- Os incomodados que se mudem...
 
A incomodada professora e seus familiares não se mudaram. Contrataram intimorato e criativo advogado - hoje ativo militante no jornalismo gaúcho - que ajuizou ação de direito de vizinhança para o fechamento da Quadra 1. No primeiro grau, para alegria dos tenistas, foi improcedente a demanda. No segundo, houve um voto divergente, que mandava fechar a quadra. Nos embargos infringentes, a vitória final. Por quê?
 
Era dezembro de 1992, véspera do Natal. O advogado chegou à última sessão do ano do tribunal, com uma bandeja de prata, revestida com um rico guardanapo branco rendado, e contendo saquinhos de plástico transparente, cheios de uma substância "cor de tijolo". Em meio à sustentação oral, ele colocou cada um dos saquinhos sobre uma folha branca de papel, na frente de cada um dos juízes de Alçada.
 
- Se Vossas Excelências imaginam que a poeira de saibro não incomoda, por favor, levantem os saquinhos plásticos - desafiou o advogado.
 
Todos os magistrados acederam... e os papéis brancos à frente deles foram ficando irremediavelmente tingidos. Tintura permanente. Quanto mais tentavam limpar, pior ficava. O pó se espalhava e a tudo impregnava. Foi um alvoroço na sala.
 
Os julgadores que não conheciam o poder sujador do saibro estranharam o resultado. Na plateia todos se olharam espantados. Eu, inclusive, que estava lá para assistir o julgamento - porque era tenista e frequentador das outras seis quadras do clube.
 
Pois o talentoso advogado fizera um furinho na parte inferior de cada saquinho, de modo que, ao serem levantados, deixavam escapar o saibro... e a sujeira estava feita. O fechamento da Quadra 1 foi determinado por expressivos 7 x 2 votos.
 
Nos corredores do tribunal, no resto da semana o assunto foi o "saibro da discórdia". Os profissionais do Direito diziam que a vitória no julgamento se dera por um fato: o assustador pó alaranjado havia atingido e tingido também os engomados punhos e os bem cortados colarinhos das impecáveis camisas brancas de suas excelências.
 
Por Carlos Alberto Bencke, advogado (OAB-RS nº 7.968)
 
Fonte! Chasque (post) "Romance Forense", publicado na coluna "Espaço Vital", por Marco Antonio Birnfeld, na edição do Jornal do Comércio de Porto Alegre (RS) do dia 20 de outubro de 2020.