domingo, 27 de dezembro de 2020

Liberdade financeira: como conseguir? A gente te conta tudo aqui!

Você quer isso na sua vida? Então, vem com a gente!


É bem estressante trabalhar apenas pra pagar boletos, não é mesmo? É uma rotina pesada que envolve sacrifícios e, muitas vezes, no fim das contas não sobra dinheiro pra nada. Essa é a realidade de boa parte dos brasileiros, mas ela pode ser mudada depois de conquistar a tão falada liberdade financeira.

 Sabe por quê? Todos os sufocos — inclusive a inadimplência — podem ser resultados da falta de educação financeira e de planejamento. Ao organizar tudo direitinho e ganhar autonomia, é possível melhorar a qualidade de vida e viver sem se preocupar se a renda será suficiente pra pagar todas as despesas.

Quer saber como fazer esse sonho virar realidade? Chega mais, que vamos explicar tudo neste artigo!

O que é liberdade financeira?

É quando uma pessoa está com as finanças pessoais sob controle e tem autonomia pra escolher o que fazer com o seu dinheiro. Isso porque o pagamento de todas as despesas já está garantido.

Mas não significa que dá pra sair gastando tudo o que quiser e na hora que quiser não, viu? Na verdade, o conceito está mais ligado à liberdade de escolha mesmo. Quem tem liberdade financeira pode decidir se quer gastar ou não porque existe folga no orçamento pra isso.

Quer um exemplo de como essa liberdade pode afetar a sua vida? Ao chegar nesse patamar, a pessoa pode se dar ao luxo de recusar um trabalho que não gosta — ou que é mal remunerado —, pois não vai precisar dessa renda pra se manter.

Dá pra viajar no meio da semana e aproveitar aquela promoção de passagens áreas sem comprometer o orçamento mensal ou se endividar com o cartão de crédito.

Resumindo: ter liberdade financeira é ter estabilidade pra fazer planos, realizar sonhos e tomar decisões importantes, sem perder noites de sono por causa disso. É também se empoderar e ter flexibilidade pra aproveitar melhor a vida.

Qual é a diferença entre liberdade financeira e independência financeira?

É comum confundir os termos porque tanto a independência financeira quanto a liberdade financeira dão uma certa tranquilidade na vida da gente. O fato é que uma não depende da outra. Vamos explicar direitinho!

Muita gente pensa que a independência financeira está ligada ao fato de trabalhar e pagar as próprias contas, sem precisar da ajuda dos pais, do marido, da esposa, dos filhos ou de qualquer outra pessoa. Mas não é bem assim.

Quem necessita do salário que recebe todos os meses pra sobreviver não é tão autossuficiente quanto pensa. Afinal de contas, se essa pessoa perder o trabalho, vai ficar sem condições de se manter no longo prazo, não é mesmo? Ou seja, ela continua dependente, mas do emprego.

Ser independente financeiramente significa viver de renda. Na prática, a pessoa precisa ter um patrimônio acumulado que dê rendimentos suficientes pra bancar todas as suas despesas, sem precisar do salário.

Já a liberdade financeira está mais ligada à flexibilidade. Isso porque a renda é suficiente pra pagar as despesas do dia a dia, mas também existe uma folga no orçamento pra gastar como quiser. Aí, você tem autonomia pra escolher onde trabalhar, como investir, o que comprar, quando viajar e por aí vai.

Apesar de toda essa segurança e empoderamento, em nenhum dos casos a pessoa vai nadar em dinheiro, viu? Até porque isso é muito relativo. O que é considerado uma fortuna pra uns, pode ser pouco pra outros.

Lembre-se de que a quantia necessária pra conquistar liberdade financeira depende do seu estilo de vida.

Por que é interessante buscar a liberdade financeira?

Você já deve ter ouvido falar por aí que o dinheiro não traz felicidade, certo? Por outro lado, sabe que a falta dele gera muito estresse e tira a paz da gente.

Buscar a liberdade financeira, portanto, é uma forma de reduzir as preocupações pra se dedicar à sua qualidade de vida. Olha só como ganhar autonomia pode fazer a diferença!

Poder trabalhar por prazer

Muita gente busca a liberdade financeira pensando que vai poder parar de trabalhar pra curtir a vida. Se combinar com a independência financeira, é possível se aposentar mais cedo mesmo, porém, não é o ideal.

O legal desse empoderamento é a possibilidade de se livrar das obrigações chatas e começar a fazer o que você realmente gosta pra ganhar dinheiro.

Então, dá pra pedir as contas daquele emprego que não oferece satisfação nenhuma — nem pessoal nem profissional — pra se arriscar um pouco. Essa é a hora de se dedicar àquele ofício que sempre quis, mas desistiu no meio do caminho por medo de não conseguir se sustentar com ele.

Nesse contexto, é possível abrir uma empresa própria ou prestar serviços sob demanda. Apostar em modelos de negócios baseados em economia compartilhada é uma boa pedida porque não será necessário mexer no patrimônio pra fazer o negócio decolar.

Ter flexibilidade de horários

Sabe aquelas férias inesquecíveis que a gente daria tudo pra aproveitar mais alguns dias? Muitas vezes, isso não é possível por falta de orçamento ou por causa da data de volta ao trabalho. Pois bem, a liberdade financeira também está ligada a essa flexibilidade e autonomia de escolha.

Você pode tirar férias longas se quiser, aproveitar um ano sabático pra fazer um intercâmbio cultural, reduzir a carga de trabalho pra passar um tempo de qualidade com a família, viajar no meio da semana sem se preocupar com o dinheiro que está deixando de faturar nesse período etc.

Melhorar a qualidade de vida

Imagine só colocar a cabeça no travesseiro e dormir sem pensar em como pagar até mesmo as despesas básicas do dia a dia. A tranquilidade que a liberdade financeira traz parece coisa de outro mundo, certo?

Se alguém da sua família tiver uma doença grave, por exemplo, você vai ter recursos pra resolver esse problema? Se sim, é uma preocupação a menos. Além disso, dá pra realizar grandes sonhos que trazem felicidade.

E nem sempre as conquistas envolvem bens materiais. Boas experiências — um jantar especial, um passeio com as crianças ou uma tarde no cinema, por exemplo — criam memórias positivas e deixam a vida mais feliz.

Aproveitar boas oportunidades

Sabe quando alguma coisa que queremos muito entra em promoção e, mesmo assim, não dá pra comprar por falta de dinheiro? E se a casa dos nossos sonhos é colocada à venda por um preço bem legal e não temos condições de concretizar o negócio?

Quando se tem uma folga no orçamento, é possível pagar menos pelos itens que desejamos. Então, a questão da liberdade financeira não é só ter recursos pra gastar na hora que quiser, mas aprender a usar o orçamento pra aproveitar melhor as oportunidades — seja pra comprar alguma coisa, seja pra investir.

Se você chegou até aqui, já deve ter se convencido de que conquistar liberdade financeira melhoraria a sua vida, não é mesmo? Mas a pergunta que não quer calar agora é: como conseguir isso, afinal? Vamos dar algumas dicas práticas no próximo tópico!

Como conquistar a liberdade financeira?

Antes de tudo, é bom deixar claro que é possível chegar a esse patamar ganhando muito ou pouco. Até mesmo quem está afundado em dívidas pode resolver essas questões pra ganhar tranquilidade no campo das finanças.

Mas já adiantamos que não é fácil, viu? No entanto, com foco e organização, dá certo. Abaixo, vamos dar algumas orientações valiosas que todo mundo precisa pra conquistar autonomia na hora de gastar o dinheiro.

Analise as finanças pessoais

Você tem noção de quanto ganha e quanto gasta todos os meses? Sabe qual é a porcentagem dos seus rendimentos que fica comprometida com despesas fixas? E as variáveis? Se tem dívidas, sabe qual é o tamanho exato delas?

O primeiro passo rumo à liberdade financeira é entender como está a sua situação. É nesse momento que colocamos todas as contas na mesa pra calcular direitinho quanto é necessário pra sobreviver e concluir se os ganhos são suficientes.

Com a economia digital, é fácil encontrar aplicativos gratuitos que facilitam esse controle. Além de permitir o entendimento de quanto dinheiro falta pra sair do vermelho — se esse for o caso —, essa conta ainda mostra qual é a renda ideal pra ter um futuro tranquilo.

Faça um planejamento financeiro

O planejamento é o segredo pra alcançar a liberdade financeira. Ao criar essa programação, você faz projeções sobre o futuro e elabora um plano de ação com o passo a passo pra chegar lá. Nesse escopo, nosso conselho é definir os seguintes aspectos:

  • objetivo:

    o que se busca ao final dessa jornada. Sabemos que, de modo geral, é liberdade financeira, mas, aqui, a ideia é que o alvo seja bem específico, sabe? Por exemplo, formar um patrimônio no valor de “X” reais pra poder viver de renda e ainda ter uma folga no orçamento pra gastar como quiser;

  • metas (de curto, médio e longo prazo):

    são as medidas necessárias pra alcançar o objetivo. Por exemplo, reduzir uma porcentagem das despesas, arrumar um trabalho extra pra aumentar a renda, investir uma parcela do salário todos os meses e por aí vai;

  • prazo:

    em quanto tempo você pretende alcançar a liberdade financeira? Seja realista pra não se frustrar pelo caminho. Quem ganha um salário mínimo, por exemplo, não vai conseguir juntar R$1 milhão em um ano. Ou seja, faça as contas — com base na análise financeira, no objetivo e nas metas — pra estimar esse prazo direitinho.

Quite as dívidas

Se tem uma coisa que tira o sono de muita gente são as dívidas. Elas são como bolas de neve que não param de crescer. E tem mais! Fica difícil para um inadimplente construir patrimônio, uma vez que os credores podem entrar com ações judiciais pra pedir o bloqueio de bens e até de valores em contas bancárias e de investimentos.

Então, é melhor resolver a situação, concorda? Se esse for o seu caso, some o valor das dívidas em aberto e procure os credores pra negociar. Dá pra fazer acordos interessantes às duas partes com uma boa conversa. É possível conseguir, inclusive, descontos pra pagar tudo de uma vez ou parcelar.

Entretanto, depois de se livrar do problema é importante aprender a lição. Busque manter o orçamento sob controle, pagar o cartão de crédito em dia e evitar usar o cheque especial pra não se endividar novamente.

Controle os gastos

É difícil resistir à tentação de pegar aquele chocolate na fila do caixa do supermercado, beber refrigerante durante o almoço todos os dias ou comprar um vinho sem ter uma ocasião especial, não é verdade?

Sozinhos esses gastos podem até parecer insignificantes, mas é de grão em grão que a galinha enche o papo. No fim do mês, você pode se surpreender ao somar o quanto gastou com coisas supérfluas. Lembre-se de que é preciso ter autocontrole pra conquistar o prêmio lá da frente — a sua liberdade financeira.

Sendo assim, a nossa recomendação é visitar o orçamento e procurar por gastos desnecessários que podem ser cortados. E essa medida pode ser tomada por pessoas com qualquer faixa de renda. Afinal de contas, também é possível economizar dinheiro ganhando pouco.

Quem paga por um plano de controle para o celular, por exemplo, mas não usa o pacote inteiro, pode migrar para o modelo pré-pago ou escolher uma opção mais barata. Fazer uma lista antes de ir ao supermercado também é interessante pra limitar o valor das compras do mês.

Tome as melhores decisões com o seu dinheiro

Não é só porque um produto está em promoção que vale a pena comprar. Se for uma coisa que você não usa, terá gastado à toa de qualquer jeito. É interessante observar que a gente compra muita coisa por impulso, sem motivos racionais envolvidos.

Então, é legal tentar mudar esse hábito e refletir com calma antes de fazer alguma aquisição, principalmente aquelas que exigem um investimento maior.

Se voltar pra casa, respirar fundo, fizer algumas pesquisas on-line, comparar preços na internet e até esperar alguns dias antes de tomar uma decisão, pode ser que você perceba que a compra não é tão necessária assim e desista.

Crie um fundo de emergência

O fundo de emergência é uma reserva financeira destinada pra cobrir imprevistos, como:

  • despesas médicas em casos de acidentes ou doenças repentinas;

  • conserto ou compra de bens indispensáveis como geladeira, fogão, computador de trabalho etc.;

  • manutenção das despesas da casa se a pessoa ficar desempregada.

Sabe por que ter esse dinheirinho guardado é importante? Pra sentir segurança e liberdade de verdade. Assim, vai poder gastar a sua renda como quiser, sabendo que existe uma reserva pra te socorrer se algo grave acontecer.

O que recomendamos é juntar o valor suficiente pra bancar seu custo de vida por cerca de seis meses. Vale lembrar que a reserva é pra emergências mesmo, combinado? Comprar um celular novo se o atual estiver em perfeito funcionamento, por exemplo, não é o caso.

Invista parte da sua renda

Em vez de trabalhar pra ter dinheiro, já pensou se fosse o contrário: o dinheiro trabalhando pra você? Essa é a mágica dos investimentos. Os recursos se multiplicam e deixam a conquista da liberdade financeira cada vez mais próxima.

É por isso que é legal separar uma parte dos ganhos pra investir. O percentual aconselhado pelos especialistas é de, pelo menos, 20% da renda.

Além disso, é legal encarar esses pagamentos como se fossem despesas fixas mesmo, sabe? Pense bem: ninguém espera sobrar uma quantia no final do mês pra pagar o aluguel, certo? É um valor programado. Aplique a mesma lógica aos investimentos: guarde uma parcela pra isso logo que o dinheiro entrar.

Assim, não se corre o risco de cair em tentação e gastar com coisas desnecessárias. Mas, afinal, onde investir? Existem, entre outras, as seguintes opções:

  • Tesouro Direto;

  • Letra de Crédito do Agronegócio (LCA);

  • Letra de Crédito Imobiliário (LCI);

  • Certificado de Depósito Bancário (CDB);

  • Fundos Imobiliários (FIIs);

  • ações.

Pra escolher qual dessas alternativas é a melhor no seu caso, identifique qual é o seu perfil de investidor, que pode ser:

  • conservador:

    prefere opções seguras — de baixo ou nenhum risco. Apesar de a rentabilidade ser menor, ela é garantida;

  • moderado:

    a pessoa está disposta a fazer investimentos de médio risco. A rentabilidade é um pouco maior, mas ainda existe uma boa segurança de retorno;

  • agressivo:

    procura maior rentabilidade e está ciente de que pode perder parte do que investiu — ou tudo.

Se você está entrando nesse mundo agora, vá com calma e não tenha vergonha de se assumir como perfil conservador. A nossa recomendação é se aprofundar no assunto pra entender muito bem o mercado antes de arriscar.

Além disso, nossa recomendação é ter uma carteira de investimentos diversificada. Não dá pra colocar todo o dinheiro em único lugar e correr o risco de perder 100% do patrimônio de uma vez, não acha?

Quais são as vantagens de ter dinheiro físico em mãos?

Lá vai mais uma dica pra conquistar rapidinho a liberdade financeira: usar dinheiro em espécie nas compras. Sabe por quê? Fica fácil limitar os gastos e garantir um consumo consciente.

Quando saímos com R$50 pra fazer a feira, por exemplo, não podemos gastar além disso. Com o cartão, é possível extrapolar o orçamento sem nem perceber. E há outras vantagens no uso do dinheiro. Vamos mostrar quais são elas agora. Anote as dicas!

Garantia de aceitação

Não tem esse negócio de máquina sem conexão ou impedimentos com determinadas bandeiras de cartão. O dinheiro é aceito em qualquer lugar: hipermercados, açougues, gigantes varejistas e até aquela lojinha pequena de bairro ou de cidade de interior.

Ainda tem a questão do transporte público. Se o vale não passar por qualquer falha técnica, você pode ficar no meio do caminho. Com dinheiro na mão, é possível fazer o pagamento e chegar até o destino sem problemas.

Ter algumas notas no bolso pra situações emergenciais é sempre válido. E, pra sacar, não tem mistério: sempre tem um caixa do Banco24Horas no seu caminho pra garantir comodidade no dia a dia.

Possibilidade de descontos

Aceitar pagamento com cartão envolve custos aos empresários. Tem o valor da máquina em si, as taxas por transação e ainda a questão de que o valor não cai na conta do negócio na mesma hora.

Por causa do baixo custo e da alta liquidez, muitas empresas dão descontos pra pagamento à vista e no dinheiro. Além disso, é possível aproveitar o maior poder de negociação.

Quer um exemplo? Imagine que você deseja comprar algo que custa R$70, mas só tem R$67 no bolso. Dá pra oferecer esse valor pela compra e torcer para que o vendedor aceite. Essa tática costuma dar certo, viu?

O custo de trabalhar com dinheiro é praticamente zero, tanto para os lojistas quanto para os consumidores. Todo brasileiro que tem conta corrente pode fazer, no mínimo, quatro saques grátis por mês no caixa eletrônico. Já o cartão de crédito tem custos com anuidade, emissão de segunda via no caso de perda ou furto, juros e multas por atrasos etc.

Maior segurança de dados

Já imaginou receber cobranças na sua fatura do cartão de crédito de compras que nem sequer fez? É uma situação chata, mas acontece mais que se imagina.

As razões podem ser roubo de dados do cartão ou até clonagem. Porém, não dá pra cometer esse tipo de fraude com o dinheiro em espécie. Sendo assim, é possível ter uma maior autonomia de gastos e privacidade ao evitar meios eletrônicos de pagamento.

Garantia de inclusão financeira

Com a inovação bancária, os mundos físico e digital agora estão integrados. Assim, existem diversas tecnologias de pagamento seguras e bem rápidas. Dá até pra fazer saques em caixas do Banco24Horas sem cartão, com o auxílio do aplicativo da instituição financeira, por exemplo.

Mas a verdade é que a inclusão digital ainda não atingiu 100% da população. Por isso, o dinheiro em espécie diminui a desigualdade social, já que inclui na economia as pessoas que não têm acesso às tecnologias.

Viu só? Conquistar a liberdade financeira é um sonho que pode virar realidade com planejamento e autocontrole. Apesar de um sacrifício aqui e outro ali, o prêmio final vale a pena: mais conforto, tranquilidade e qualidade de vida.

Gostou das nossas dicas? Então, que tal ajudar seus amigos a também ganharem autonomia no campo das finanças? Compartilhe este artigo nas redes sociais e divida esse conhecimento!

Fonte! Chasque (post) publicado no Sítio oficial do Banco 24 Horas em 15 de Outubro de 2020. Abra as porteiras clicando em https://www.banco24horas.com.br/blog/liberdade-financeira?fbclid=IwAR0RkrGUFIgCp5dgjPSsRmlYPAgEXt8n8aLbIkHdxBEmetHDqVxVibAV_kg

Educação financeira: tudo o que você precisa saber para organizar suas finanças


Ter uma boa relação com o dinheiro está longe de ser realidade para a maioria dos brasileiros. Além de a maior parte da população trabalhar muito e ganhar pouco, a educação financeira não faz parte da cultura do nosso país. O estímulo ao consumo é grande, mas pouco se fala em poupar e investir.

Porém, nunca é tarde para mudar um cenário desfavorável. Com um mínimo de educação financeira, todos podem atingir o bem-estar financeiro, não importa o tamanho do salário ou a classe social.

Não se trata apenas de economizar, cortar gastos e acumular patrimônio: saúde financeira significa buscar qualidade de vida, com segurança para aproveitar a vida com menos preocupações.

Pensando nisso, reunimos neste post tudo o que você precisa saber sobre educação financeira: do conceito às melhores dicas para organizar as suas finanças pessoais. Confira o que apresentaremos ao longo do artigo:

  • O que é educação financeira;
  • A importância da educação financeira;
  • A educação financeira no Brasil;
  • 9 dicas para você organizar suas finanças.

Se interessou? Continue conosco e aprenda como buscar a sua independência financeira!

O que é educação financeira?

Educação financeira é o processo de conscientização em relação às melhores formas de administrar e aplicar o próprio dinheiro. Com informação, formação e orientação adequados, uma pessoa se torna capaz de fazer escolhas conhecendo a fundo as oportunidades e os riscos, caminhando em direção a uma vida financeira saudável.

Em outras palavras, trata-se da arte de dominar o dinheiro e usá-lo a seu favor. Pense: você controla o dinheiro ou ele te controla? Costuma sobrar uma parte do seu salário ou você trabalha só para pagar contas? Você sempre fecha o mês no vermelho? 

Se você respondeu sim para essas perguntas, isso significa que precisa melhorar a sua educação financeira. Porém, não se desespere: essa é a realidade da maioria das pessoas no Brasil. A boa notícia é que você pode começar a melhorar a sua situação hoje, não importa o tamanho do seu salário.

Ao contrário do que muitos pensam, educação financeira não tem a ver com quanto você tem na conta, mas com o uso que você faz do que tem. Com a mentalidade e os hábitos certos, aos poucos você poderá organizar seu orçamento e começar a construir sua segurança financeira.

A importância da educação financeira

Sem educação financeira é muito difícil conquistar a independência financeira. Apesar de haver exceções, são pouquíssimas as pessoas que conseguiram ficar ricas por acaso. Normalmente, construir um patrimônio consistente depende de dois fatores: trabalho, para acumular recursos; e conhecimento, para multiplicá-los com eficiência.

Pessoas com educação financeira são mais conscientes em relação ao orçamento pessoal. Por isso, jamais gastam 100% do que ganham e sabem da importância de uma reserva de emergência. Isso faz com que seja possível lidar com o dinheiro sem ser controlado por ele, como acontece em muitos casos.

Essa mentalidade ajuda a alcançar todo tipo de objetivo, dos mais básicos aos mais complexos. Fica mais fácil, por exemplo, honrar compromissos em dia, como o pagamento do aluguel, telefone, água, gás e supermercado. Também dá para pensar em sonhos maiores, como um carro novo ou a casa própria.

O grande benefício da educação financeira é a qualidade de vida que ela traz. A vida já é cheia de preocupações, e o dinheiro não precisa ser uma delas. Ter as finanças controladas melhora o dia a dia no trabalho, o humor, o bem-estar e os relacionamentos pessoais, pois a rotina fica muito mais leve.

A educação financeira no Brasil

No Brasil, raramente é ensinado em casa ou na escola como lidar com o dinheiro. A maioria das pessoas pensa que investir é para poucos, e que o melhor a se fazer é guardar o dinheiro na poupança, pois é mais seguro. Apenas poucas pessoas muito interessadas têm acesso ao básico sobre organização financeira pessoal.

Para piorar, o Brasil é um país movido pelo consumo. A soma dessa cultura com uma educação financeira pobre é altamente nociva para a população. 

As pessoas são estimuladas a comprar a todo o momento, mas nem sempre contam com os recursos necessários. Movidas pelo desejo de ter, acabam caindo em empréstimos e parcelamentos que se transformam e dívidas intermináveis.

Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), apenas 8% dos brasileiros conseguiram guardar algum dinheiro em 2018. Porém, no início do ano, 56% dos entrevistados disseram que tinham interesse em poupar. Ou seja, o brasileiro quer fazer uma reserva financeira, mas ainda não consegue fazer isso.

Outra questão importante é a falta de conhecimento sobre aplicações financeiras. Quando questionados se pretendiam realizar algum investimento, 25% dos participantes disseram que sim. Porém, 17% relataram aportes em bens duráveis, como carros e imóveis, o que na verdade não consiste em investimentos.

O planejamento do futuro também está longe de ser o ideal no Brasil. Segundo dados da Mercer, em países desenvolvidos 89% das pessoas contribuem com algum plano de previdência privada. No Brasil, a taxa é de só 15%.

Mudanças no cenário

Apesar de o Brasil ainda estar engatinhando na educação financeira, aos poucos o cenário está mudando. Nos últimos anos, muitos canais online começaram a abordar o tema, e o interesse vem sendo cada vez maior.

Além disso, as organizações começaram a estimular seus funcionários a cuidarem melhor das finanças. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), há 20% de aumento anual na procura de empresas por serviços de educação financeira pessoal, com o intuito de oferecer mais conhecimento aos colaboradores.

Esses serviços incluem palestras, workshops, conteúdo para internet, cartilhas, e-books e projetos de intranet com foco em gerar a cultura de planejamento financeiro a longo prazo.

Em 2017, a educação financeira foi incluída pelo Ministério da Educação na Base Nacional Comum Curricular. Isso significa que o assunto pode e deve ser abordado além das aulas de matemática. A medida ainda precisa ser melhor trabalhada, mas pode ser um bom começo para o ensino de cuidados financeiros nas escolas.

Há, ainda, o aumento da presença de órgãos voltados para a educação financeira na sociedade. Globalmente, temos a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que vem ampliando sua atuação no Brasil. Por aqui, temos a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), que se dedica exclusivamente a iniciativas sobre o assunto.

9 dicas para você organizar suas finanças

Agora que você já entendeu o que é educação financeira e qual é a sua importância, é hora de aprender a colocá-la em prática. Confira a seguir 9 dicas valiosas para você assumir de vez o controle do seu dinheiro!

1. Estude sobre o assunto

O primeiro passo rumo a uma vida financeira saudável é estudar sobre educação financeira. Você não precisa de um diploma em Economia, mas deve aprender os fundamentos básicos das finanças pessoais antes de colocar a mão na massa.

Mas onde buscar esse conhecimento? Há alguns anos, isso poderia ser um pouco mais difícil, mas hoje temos a internet ao nosso lado! Procurando bem, é possível encontrar materiais muito ricos sobre o tema sem precisar pagar nada por ele. Diversos sites, blogs e canais no YouTube oferecem conteúdos de qualidade 100% grátis.

No entanto, sempre pesquise sobre a fonte antes de consumir qualquer conteúdo. Com a popularização do assunto, muitos gurus por aí vendem sonhos impossíveis e resultados inalcançáveis, se aproveitando do desejo das pessoas de mudar de vida. 

Para se aprofundar ainda mais, procure livros, palestras e cursos com grandes nomes do mercado. Quem deseja investir na bolsa de valores, por exemplo, jamais deve começar sem estudar muito antes. Quanto mais conhecimento você adquirir, melhores serão os seus resultados.

2. Quite suas dívidas

Antes de pensar em fazer investimentos, é preciso colocar a casa em ordem. Tem dívidas? Deixou as contas da casa acumularem? Resolva a situação o quanto antes. Os juros, sobretudo os do cartão de crédito e do cheque especial, são altíssimos e podem comprometer qualquer planejamento financeiro.

É possível negociar suas dívidas em uma forma de pagamento que caiba no seu bolso. Faça isso e planeje seu futuro respeitando seus ganhos e sua possibilidade de poupar. Não hesite em revisar esse plano de ação de tempos em tempos, a fim de acelerar a quitação dos seus débitos.

3. Prepare-se para imprevistos

Depois de colocar as dívidas em dia, o próximo passo é construir uma reserva de emergência. Especialistas em finanças pessoas dizem que essa reserva deve ser o equivalente a seis meses do seu custo de vida atual. Então, se você tem despesas de R$ 4 mil por mês, deve ter ao menos R$ 24 mil reservados para imprevistos.

Use esse dinheiro somente para situações impossíveis de planejar, como gastos médicos ou problemas com o carro. Do contrário, ele deve permanecer intacto em uma aplicação de renda fixa, para que o montante continue crescendo dia após dia.

4. Tenha um orçamento pessoal

Você já teve a impressão que o seu salário desapareceu sem que você percebesse? Pois é. A maioria das pessoas sabe exatamente quanto ganha, mas nem todo mundo tem noção de quanto gasta no mês.

Para evitar isso, um dos princípios básicos da educação financeira é montar um orçamento pessoal. Mas como fazer isso?

Comece agrupando suas despesas em categorias: moradia, transporte, alimentação, educação, bem-estar, investimentos, etc. Depois, com base na sua receita mensal, determine um limite de gastos para cada uma delas.

Ao longo do mês, anote diariamente cada gasto realizado e qual o meio de pagamento utilizado. Este é um excelente método para visualizar com clareza para onde está indo o seu dinheiro, fazendo cortes e adaptações sempre que for necessário. 

Lembre-se sempre: as despesas nunca podem ser maiores que os seus ganhos.

5. Utilize ferramentas de gestão financeira

Para montar o orçamento pessoal, você pode utilizar uma ferramenta de gestão financeira. Existem diversas planilhas e aplicativos que ajudam no controle de despesas. Basta avaliar as opções e escolher a que mais combina com o seu estilo de organização.

Muita gente também prefere o bom e velho caderninho, que também é uma alternativa válida. O importante é adotar o método com o qual você se sente mais confortável para organizar, categorizar e visualizar os seus gastos mensais.

6. Corte gastos supérfluos

Algumas atitudes podem significar reduções relevantes de despesas, como adiar a troca do carro, deixar de comprar o último lançamento de celular e comparar preços de bens e serviços para conseguir o melhor custo-benefício.

No entanto, cortar gastos pequenos pode fazer uma enorme diferença no fim do mês. Sabe aquele bombom diário depois do almoço? Aquele cafezinho com pão de queijo à tarde? Acumulados, eles se tornam grandes vilões do seu orçamento.

As compras por impulso vão pelo mesmo caminho. Muita gente compra algo que não precisa só porque estava na promoção, por exemplo. Ou então, gasta o que não pode só para compensar um dia estressante no trabalho. Trabalhe o seu autocontrole para não cometer esses erros.

7. Estabeleça objetivos

Poupar não significa que você precisa deixar de fazer as coisas que gosta ou ter o que quer. Apenas quer dizer que você realizará esses gastos de maneira planejada e responsável.

Faça uma lista com todos os seus objetivos de curto, médio e longo prazo. Depois, pesquise preços e planeje seu dinheiro para cada uma dessas metas. Pode ser uma viagem no próximo ano, trocar de carro em três anos ou quitar a dívida do cartão em seis meses.

Repare que todos os exemplos citados contém prazos. Eles são essenciais para transformar o seu desejo em um objetivo concreto. Caso contrário, tudo ficará no campo dos planos, correndo o risco de jamais sair do papel.

8. Faça investimentos inteligentes

Pessoas com boa educação financeira sabem com clareza o que são ativos e passivos. Isso é importantíssimo na hora de diferenciar o que é um investimento e o que é um gasto.

Passivos são produtos que não geram nenhum rendimento financeiro ou até desvalorizam, como um automóvel. Já os ativos são produtos de investimento, que geram juros e multiplicam o patrimônio do proprietário.

Portanto, para investir de forma inteligente, você deve adquirir ativos. Mas quais? Isso vai depender do seu conhecimento em finanças e de quanto dinheiro você tem disponível.

A dica número um é: jamais deixe seu dinheiro na poupança. Ela rende muito pouco, às vezes até menos que a inflação. A maior parte do seu patrimônio deve ser investida em fundos de renda fixa, como os CDBs, ou no Tesouro Direto. Essas opções são tão seguras quanto a poupança e oferecem rendimentos maiores.

Outro segredo importante é não ter pressa. Quanto mais tempo você deixar seu dinheiro investido, mais juros você vai acumular.

Com mais estudo e mais patrimônio disponível, você pode começar a pensar em aplicações mais arriscadas, como debêntures e ações. Os ganhos são maiores, mas qualquer erro pode representar um grande prejuízo. Por isso, pesquise muito e invista apenas uma pequena porcentagem do seu dinheiro nesses fundos.

9. Prepare a sua aposentadoria

Para ter uma vida tranquila depois de parar de trabalhar, é preciso ter uma reserva financeira para complementar a aposentadoria. Esse é um dos papéis mais importantes da educação financeira: abrir a mente das pessoa para que elas se planejem a longo prazo.

Portanto, comece a planejar sua aposentadoria agora mesmo. Calcule quanto você precisará mensalmente para viver quanto não estiver mais na ativa, considerando os gastos médicos. Com base nisso, é possível ter uma ideia de quanto você precisa ter acumulado e planejar a melhor forma de chegar a esse valor.

Planos de previdência privada podem ser uma boa alternativa, bem como investimentos longos no Tesouro Direto. Estude qual é a melhor opção para você e mãos à obra!

Como vimos ao longo do post, a educação financeira é essencial para uma ter uma vida mais tranquila. E o melhor de tudo: é para todo mundo. Não espere ganhar o salário dos sonhos para começar a pensar na sua independência financeira. Você pode fazer isso agora, com o que tem hoje. Busque conhecimento e tenha ótimos resultados!

Fonte! Chasque (post) publicado no Blog do Xerpay. Abra as porteiras clicando em https://www.xerpa.com.br/blog/educacao-financeira/amp/?fbclid=IwAR1sw5MyAQnYCT0kfMCsm02hTeW6nypMDI5t0gjGft4hfrvySCVcRcDfHgs 

 Atenção: Gostou do artigo? Siga-nos (Blog do Xerpay) nas redes sociais e acompanhe de perto todos os nossos conteúdos! Estamos no Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn.