Poupar é o saudável caminho para pessoas, famílias e empresas
conseguirem atingir seus sonhos. Consumo, viagens, imóveis, expansão dos
negócios ou, apenas, terem tranquilidade para enfrentar o futuro,
especialmente na velhice. Há décadas, havia campanhas inclusive nos
colégios para que crianças tivessem uma conta-poupança, recebendo a
visita de servidores da Caixa Econômica Federal. A ideia, meritória, era
incutir na mente das crianças e adolescentes de então o saudável hábito
de poupar. O tempo passou, os modelos mudaram, mas poupar continua
sendo um excelente meio para se atingir, adiante, objetivos diversos. No
entanto, sabe-se que, há nove anos, os brasileiros não aplicavam tão
pouco na caderneta de poupança em um mês de setembro. O saldo desse
investimento, já descontados os saques, foi de R$ 1,370 bilhão no último
mês, conforme o Banco Central (BC). Em 2005, a pior marca até então, as
retiradas haviam superado os depósitos em R$ 708 milhões. No acumulado
de 2014, o resultado do investimento segue positivo em R$ 15,531
bilhões. A cifra, no entanto, é 68% menor do que os R$ 48,948 bilhões
dos primeiros nove meses de 2013.
Além de ser o mais fraco desde 2005 para meses de setembro, o saldo do mês passado foi o terceiro pior deste ano. Em agosto, houve um fraco desempenho, de R$ 518,319 milhões, enquanto abril foi o único mês a ter um resultado negativo em 2014, com as retiradas superando os depósitos em R$ 1,273 bilhão. Em setembro do ano passado, a captação foi positiva em R$ 6,695 bilhões, o maior valor para o mês da série histórica iniciada em 1995. Já o pior setembro registrado pelo BC foi em 2000, quando o saldo ficou negativo em R$ 1,851 bilhão. Logo, estamos regredindo. Por pouco, o saldo da caderneta não ficou negativo no mês passado.
Apenas no último dia de setembro, os ingressos foram maiores do que as retiradas de recursos em R$ 3,110 bilhões. Até o dia 29, o resultado revelava que os saques superavam as aplicações em R$ 1,740 bilhão. É comum haver concentração dos investimentos na caderneta no último dia útil de cada mês, com a aplicação das sobras dos poupadores. Vale destacar que setembro costuma ser um mês positivo, porque também conta com o adiantamento do pagamento do 13º salário a aposentados e pensionistas.
Os depósitos no mês passado somaram pouco mais de R$ 145,095 bilhões, enquanto os saques totalizaram pouco mais de R$ 143,725 bilhões. Incluindo R$ 3,568 bilhões de rendimentos, o saldo total da poupança chegou a R$ 643,413 bilhões em setembro, ante R$ 638,474 bilhões no mês anterior.
A aplicação segue como importante investimento entre os brasileiros, mas vem perdendo a força nos últimos meses. Desde maio de 2012, mudanças nas regras de remuneração deixam a caderneta menos atrativa quando há alta dos juros. Pela nova forma, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano, o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR).
Atualmente, a taxa básica está em 11% ao ano. Quando o juro sobe a partir de 8,75% ao ano, passa a valer a regra antiga de remuneração fixa de 0,5% ao mês mais TR. É um artificialismo que não encoraja a poupar, o que é lastimável. E isso vale para os governos, pois País e Estado que economizam não vivem de empréstimos.
Fonte! Este chasque (postagem) é o editorial do Jornal do Comércio de Porto Algre - RS, edição do dia 08 de outubro de 2014.
Além de ser o mais fraco desde 2005 para meses de setembro, o saldo do mês passado foi o terceiro pior deste ano. Em agosto, houve um fraco desempenho, de R$ 518,319 milhões, enquanto abril foi o único mês a ter um resultado negativo em 2014, com as retiradas superando os depósitos em R$ 1,273 bilhão. Em setembro do ano passado, a captação foi positiva em R$ 6,695 bilhões, o maior valor para o mês da série histórica iniciada em 1995. Já o pior setembro registrado pelo BC foi em 2000, quando o saldo ficou negativo em R$ 1,851 bilhão. Logo, estamos regredindo. Por pouco, o saldo da caderneta não ficou negativo no mês passado.
Apenas no último dia de setembro, os ingressos foram maiores do que as retiradas de recursos em R$ 3,110 bilhões. Até o dia 29, o resultado revelava que os saques superavam as aplicações em R$ 1,740 bilhão. É comum haver concentração dos investimentos na caderneta no último dia útil de cada mês, com a aplicação das sobras dos poupadores. Vale destacar que setembro costuma ser um mês positivo, porque também conta com o adiantamento do pagamento do 13º salário a aposentados e pensionistas.
Os depósitos no mês passado somaram pouco mais de R$ 145,095 bilhões, enquanto os saques totalizaram pouco mais de R$ 143,725 bilhões. Incluindo R$ 3,568 bilhões de rendimentos, o saldo total da poupança chegou a R$ 643,413 bilhões em setembro, ante R$ 638,474 bilhões no mês anterior.
A aplicação segue como importante investimento entre os brasileiros, mas vem perdendo a força nos últimos meses. Desde maio de 2012, mudanças nas regras de remuneração deixam a caderneta menos atrativa quando há alta dos juros. Pela nova forma, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano, o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR).
Atualmente, a taxa básica está em 11% ao ano. Quando o juro sobe a partir de 8,75% ao ano, passa a valer a regra antiga de remuneração fixa de 0,5% ao mês mais TR. É um artificialismo que não encoraja a poupar, o que é lastimável. E isso vale para os governos, pois País e Estado que economizam não vivem de empréstimos.
Fonte! Este chasque (postagem) é o editorial do Jornal do Comércio de Porto Algre - RS, edição do dia 08 de outubro de 2014.
Fonte do retrato! Abra as porteiras: http://josephsevier.org/tag/finances/
Nenhum comentário:
Postar um comentário