terça-feira, 8 de julho de 2014

Aposentados e futuros aposentados

Crédito: www.consultor-online.com
Os problemas da grave e prejudicial defasagem entre o valor que os aposentados recebem e o que deveriam receber, bem como o que os futuros aposentados teriam direito sem o fator previdenciário, pode ter solução na Câmara dos Deputados sim. Basta o presidente da Câmara colocar em votação imediatamente os projetos de lei dos aposentados, já aprovados pelos senadores e aguardando votação na Câmara desde 2008. É urgente que todos os aposentados pressionem, por e-mails ou ligando para a Câmara, os deputados que lhes representam, especialmente o presidente da Câmara, exigindo a colocação para votação do PL 4.434/08 – que dispõe sobre os reajustes dos benefícios; o PL 3.299/08 – que extingue o famigerado e desumano fator previdenciário que é absolutamente inconstitucional, visto que a Carta Magna não permite que uma lei retroaja ou prejudique o cidadão como ocorreu à época; e o PL 01/07, que trata da política de correção do salário-mínimo. Infelizmente, a desvinculação dos aumentos do salário-mínimo dos aumentos das aposentadorias que iniciou em 1988, por ocasião da alteração constitucional, retirou muito mais da metade do poder aquisitivo hoje, provocando graves problemas aos trabalhadores que pagaram, obrigatoriamente, para ter descanso digno no momento mais difícil da vida.

O alardeado déficit previdenciário não serve mais como desculpa para o governo se esquivar da urgente e justa restauração dos direitos dos trabalhadores aposentados e futuros aposentados, visto que se trata de uma grande mentira arquitetada, um embuste, um sofisma, claramente demonstrado e provado por muitos especialistas como, por exemplo, pela doutora em economia Denise Gentil, da UFRJ. A previdência pública é um importantíssimo pilar de sustentação socioeconômica dos cidadãos de qualquer nação civilizada e moderna. Precisamos valorizar a previdência pública, sob pena de ficarmos dependentes de caras previdências privadas que, em alguns casos, podem quebrar e deixar seus contribuintes “a ver navios”.


Fonte! Chasque (artigo) de Dalton Telli, publicado nas páginas do Jornal do Comércio de Porto Alegre (RS), edição do dia 07 de julho de 2014.

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