Levantamento liderado pelo Sindimate tem o objetivo de inspirar políticas públicas para incremento da produção no Estado
|
Sindimate pleiteia ao Piratini um fundo estadual para o setor
Crédito: KATIA MARCON / DIVULGAÇÃO / CP |
Com
expectativa de crescimento do consumo de erva-mate no Rio Grande do Sul
de 10% nos próximos três anos, a cadeia produtiva tenta se organizar
para suprir, pelo menos, a demanda estadual. O Sindicato da Indústria do
Mate no Estado do Rio Grande do Sul (Sindimate) planeja, junto aos
cinco polos ervateiros, pesquisa para levantamento de área, produção,
variedades e investimentos no setor. A cadeia produtiva espera concluir o
levantamento até agosto. Os dados serão tabulados por um grupo técnico
formado por Emater, Univates e Sindimate. O objetivo é embasar políticas
que ampliem o investimento em incremento de produtividade e expansão de
área plantada, principais desafios do setor, que hoje ocupa cerca de 30
mil hectares. Os gaúchos consomem cerca de 60% da produção nacional, de
93 mil toneladas. A safra estadual gira em torno de 49 mil t. O
restante é trazido, principalmente, do Paraná, o maior produtor
nacional.
|
Gaúchos consomem 60% da produção nacional de
erva-mate, de 49 mil t
Crédito: ROGÉRIO FERNANDES /
DIVULGAÇÃO / CP |
Para auxiliar no aumento da produção, o Sindimate
pleiteia ao Piratini um fundo estadual para erva-mate, semelhantes ao
Fundovits. Conforme o presidente do sindicato, Alfeu Strapassom, o
estatuto já foi constituído e deve ser repassado até agosto para a
aprovação do governador Tarso Genro. "Esperamos que até o final do ano o
governador aprove", diz o dirigente.
Vice-presidente do polo
ervateiro dos Vales, Fernando Heissler afirma a necessidade de pesquisa
junto aos produtores. O polo deve começar o levantamento nesta semana.
"A Emater diz que temos 5 mil ha plantados de erva-mate na nossa região,
mas acho que não condiz com a realidade. Devemos ter, no máximo, 3 mil
ha. Temos que acertar para que o setor tenha políticas adequadas",
comenta.
Conforme levantamento do Sidimate, a produtividade média
no Estado é de seis t/ha. A Emater é mais otimista e divulga média de
8,5 t/ha. "Temos cidades em que a produtividade chega a 15 t por
hectare. Em alguns polos, temos produtores desistindo de plantar em
função do rendimento baixo, como no de Planalto e Missões. No polo
Nordeste, temos a situação contrária", expõe o engenheiro agrônomo da
Emater, Ilvandro Melo. Ele acrescenta que, há dez anos, o RS tinha 38
mil ha plantados. A cultura perdeu espaço para a soja, mas a esperança
de recuperar área pelo menos semelhante à da década passada persiste.
"Importar erva do Paraná está ficando cada vez mais caro."
Fonte! Chasque publicado no jornal Correio do Povo de Porto Alegre, na edição do dia 15 de julho de 2012. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário