segunda-feira, 16 de abril de 2012

Dívida do carro atropela finanças

Consumidor se desespera ao perceber que não basta vender o veículo para quitar prestações em atraso e repassa o débito


Crédito fácil levou muitas pessoas a optar por pagamento 100% parcelado
São Paulo - Inadimplência recorde e aperto dos bancos no crédito têm causado algo além de concessionárias vazias. Muitos consumidores que, com o incentivo do governo, compraram carro financiado nos últimos anos, chegam a um verdadeiro limbo quando têm dificuldade em pagar as parcelas. Tentam vender o veículo, mas, como o carro deprecia rápido e há grande oferta, o valor conseguido na venda não é suficiente para quitar a dívida.

Muitos consumidores têm tentado soluções caseiras: repassar o carro e a dívida a outra pessoa. Às vezes, até de graça. Não há números oficiais, mas financeiras e lojas de automóveis reconhecem que a iniciativa tem se repetido cada vez mais. Após a exuberância do crédito fácil dos últimos anos, clientes com dificuldades financeiras se desesperam ao perceber que não basta vender o carro para quitar o empréstimo. Os que mais sofrem são aqueles que optam pelo financiamento de 100% do veículo.

"Um carro pode depreciar até 40% em um ano. Em um crédito de 60 meses, os pagamentos do primeiro ano amortizam 10% da dívida. Esse foi o erro que cometemos em 2010 e 2011. Reduzimos muito o juro, facilitamos demais as condições e, por isso, a inadimplência subiu", reconhece o presidente da Associação Brasileira de Bancos, Renato Oliva. O presidente da Associação dos Revendedores de Veículos do Estado de São Paulo, George Chahade, lembra que o quadro fica mais preocupante em situações como a enfrentada hoje pelo setor, de inadimplência recorde. "Aumenta a oferta de usados e se o cliente tentar vender, os preços oferecidos são mais baixos que o normal, o que obriga muitas pessoas a tentar o repasse."

"Não dava. Eu receberia R$ 20 mil, insuficiente para quitar a dívida de R$ 23,5 mil no banco. Decidi repassar", conta um estudante de arquitetura de São Paulo. A faculdade, a parcela do apartamento recém-comprado e o financiamento do Celta consumiam boa parte do salário. Para sair do vermelho, ele decidiu vender o automóvel comprado sete meses antes em 60 parcelas.

Fonte! Chasque publicado no Correio do Povo de Porto Alegre - RS, na edição do dia 16 de abril de 2012, na página de Economia. Retrato - créditos para Bruno Alencastro / CP Memória.

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Nota do O Bolso da Bombacha!

Bueno! Somos totalmente contrários ao parcelamento, ao carnê, ao compromentimento da renda familiar, que, muitas vezes é usado na compra de bens não tão necessários assim. Um carro se torna um bem necessário, quando é utilizado para GERAR RENDA. Carro dá um falso status e dá falsa ostentação. Carro comprado nestas condições (com suaves prestações mensais, nem tão suaves assim), gera dívidas, stress, problemas financeiros e até desavenças familiares, inclusive pode gerar separações.

Tudo isso pode mudar no momento em que entra no teu rancho o orçamento doméstico, acompanhado da educação financeira.

Por estas e outras, nosso carro é popular, ano 2004, já passou dos 180.000 quilômetros rodados, não tem nem ar condicio e não temos pretenção de assumir uma dívida somente para fazer a troca desta para um zero km.

Baita abraço

Valdemar Engroff - o gaúcho taura

2 comentários:

  1. Concordo! Lá em casa estamos com esse dilema, meu pai quer mudar de carro, no nosso caso um Pálio 2000. Bom, pra mim a função do carro é levar e trazer e isto o guerreiro está fazendo super bem, então pra que mudar?

    Bueno! Não tenho nem carteira já pra não ter isso(risos), pois carro é uma família, com ele só sai dinheiro, dificilmente entra..

    E outra! Seu Audi popular tá novinho ainda, 2004, ainda não correu nada..

    Um baita abraço,

    Valmir Gomes

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  2. Passa este chasque pro teu pai....

    Quanto mais eu leio sobre isto, mais eu vejo as pessoas trocando de carro e levando um carnê pro seu rancho, pois, o crédito está abundante e fácil.

    Mas, o pagamento, se não tiver as reservas de emergências, pode atrasar e até comprometer a sua quitação e isso trará outras consequências: execução, uma dívida que, rolada se transformará em bola de neve e o bem será recolhido pela revenda.

    Consequência: sem carro, mas com uma dívida que precisa ser quitada.

    Baita abraço

    Valdemar Engroff

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