quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Geração trilionária - Parte 2

 Tempo é o maior patrimônio da geração prateada, por isso a adesão à conveniência digital
FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
 
Há alguns dias escrevi aqui no Jornal do Comércio a respeito do poder de consumo da geração prateada, que vem surpreendendo tanto pela sua gigantesca capacidade de consumo (R$ 1,8 trilhão em 2019), quanto por estar praticando um estilo de vida e hábitos de consumo que há décadas eram associados apenas aos jovens.
 
Estão mais soltos, menos preocupados com os ditos limites sociais, e completamente focados em viver o melhor que puderem, agora. O confinamento trouxe o convívio digital para o dia a dia das pessoas de mais de 55 anos e, com isso, ganhou tração todo o universo das conveniências digitais: deliveries em geral, lives, cursos, consumo online e principalmente interação social.
 
Essa geração traz algo novo, que só fomos descobrir após vários estudos realizados pela nossa área de pesquisa e inteligência estratégica (Sunbrand): adora conviver em comunidades e se permite viver experiências que não viveu em outras fases de suas vidas.O conceito de comunidades ativas nasce das afinidades. Sabe aquela coisa de querer estar com quem gosta do mesmo que você? Isso parece óbvio, mas só quem tem renda estável e tempo disponível consegue fazer o que quer, quando quer. Tempo é o maior patrimônio da geração prateada, por isso essa adesão à conveniência digital.
 
Desejam utilizar o tempo para fazerem aquilo que gostam, seja lá o que for: conversar, praticar esportes, caminhar, aprender, participar, assumir causas, enfim, desejam pertencer a uma turma. Não se permitem dedicar a vida para apenas cuidar dos netos, ou ficar em filas de estacionamento, ou empurrando carrinhos de supermercados. Querem, a todo custo, se sentir úteis e contribuir para o mundo e as pessoas que os rodeiam com o conhecimento e histórias construídas ao longo da vida.
As empresas que ainda estão focadas no marketing um a um devem considerar a evolução para as comunidades digitais das pessoas de 55 , onde, numa pegada, você consegue capturar centenas, em alguns casos chegando a milhares de potenciais clientes.
 
Temos nos dedicado a compreender o que é relevante nesta etapa da vida, os valores, as dores e as necessidades e, principalmente, como construir acessos através de ambiente digital, relacionamentos e de que forma devemos empacotar e apresentar produtos e serviços. As marcas que souberem conversar com a geração prateada receberão recompensas impensadas até então. Na atual crise, a geração prateada foi a menos afetada financeiramente e é quem estará puxando o consumo de A-Z nos próximos 40 anos.
 
Fonte! Chasque (post), de João Satt (Estrategista e CEO do G5), publicado na página "Opinião" do Jornal do Comércio de Porto Alegre (RS), na edição dos dias 14, 15 e 16 de agosto de 2020. Também nos potreiros da internet. Abra as porteiras clicando em: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/opiniao/2020/08/752244-geracao-trilionaria--parte-2.html

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