Tempo é o maior patrimônio da geração prateada, por isso a adesão à conveniência digital
FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
Há alguns dias escrevi aqui no Jornal do Comércio a respeito do poder de consumo da geração prateada,
que vem surpreendendo tanto pela sua gigantesca capacidade de consumo
(R$ 1,8 trilhão em 2019), quanto por estar praticando um estilo de vida e
hábitos de consumo que há décadas eram associados apenas aos jovens.
Estão mais soltos, menos preocupados com os ditos limites sociais, e
completamente focados em viver o melhor que puderem, agora. O
confinamento trouxe o convívio digital para o dia a dia das pessoas de
mais de 55 anos e, com isso, ganhou tração todo o universo das
conveniências digitais: deliveries em geral, lives, cursos, consumo
online e principalmente interação social.
Essa geração traz algo novo, que só fomos descobrir após vários
estudos realizados pela nossa área de pesquisa e inteligência
estratégica (Sunbrand): adora conviver em comunidades e se permite viver
experiências que não viveu em outras fases de suas vidas.O conceito de comunidades ativas nasce das afinidades. Sabe aquela
coisa de querer estar com quem gosta do mesmo que você? Isso parece
óbvio, mas só quem tem renda estável e tempo disponível consegue fazer o
que quer, quando quer. Tempo é o maior patrimônio da geração prateada,
por isso essa adesão à conveniência digital.
Desejam utilizar o tempo para fazerem aquilo que gostam, seja lá o
que for: conversar, praticar esportes, caminhar, aprender, participar,
assumir causas, enfim, desejam pertencer a uma turma. Não se permitem
dedicar a vida para apenas cuidar dos netos, ou ficar em filas de
estacionamento, ou empurrando carrinhos de supermercados. Querem, a todo
custo, se sentir úteis e contribuir para o mundo e as pessoas que os
rodeiam com o conhecimento e histórias construídas ao longo da vida.
As empresas que ainda estão focadas no marketing um a um devem
considerar a evolução para as comunidades digitais das pessoas de 55 ,
onde, numa pegada, você consegue capturar centenas, em alguns casos
chegando a milhares de potenciais clientes.
Temos nos dedicado a compreender o que é relevante nesta etapa da
vida, os valores, as dores e as necessidades e, principalmente, como
construir acessos através de ambiente digital, relacionamentos e de que
forma devemos empacotar e apresentar produtos e serviços. As marcas que
souberem conversar com a geração prateada receberão recompensas
impensadas até então. Na atual crise, a geração prateada foi a menos
afetada financeiramente e é quem estará puxando o consumo de A-Z nos
próximos 40 anos.
Fonte! Chasque (post), de João Satt (Estrategista e CEO do G5), publicado na página "Opinião" do Jornal do Comércio de Porto Alegre (RS), na edição dos dias 14, 15 e 16 de agosto de 2020. Também nos potreiros da internet. Abra as porteiras clicando em: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/opiniao/2020/08/752244-geracao-trilionaria--parte-2.html
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