No Brasil, o PIB per capita foi US$ 15,4 mil em 2015,
semelhante ao da
Tailândia, em que 60% poupam para a velhice (Foto: AFP)
|
A imprevidência atinge até os brasileiros de renda mais alta, e não é uma questão de pobreza: o Brasil perde de nações como Congo, Maláui ou Togo, que têm PIB (Produto Interno Bruto) per capita próximo de US$ 1.000 em paridade de poder de compra, medida que permite melhor comparação entre os países.
No Brasil, o PIB per capita foi US$ 15,4 mil em 2015, semelhante ao da Tailândia, em que 60% poupam para a velhice. Os dados, de 2014, foram retrabalhados em 2016 visando especificamente a reserva para a idade avançada.
O estudo do Banco Mundial encontrou forte correlação entre a economia para a velhice e o hábito geral de poupança. Em países asiáticos, onde a maioria das pessoas faz reservas financeiras de forma regular, a porcentagem dos que poupam para os anos finais também é mais alta.
Na Tailândia, 80% da população declara ter poupado algum dinheiro nos 12 meses anteriores. No Brasil, são 28% (o 14º pior índice no mundo).
Executivos do setor atribuem isso à herança do período de inflação descontrolada que durou até os anos 1990. “Há 20 anos, mal era possível planejar para o fim do mês”, diz Paulo Valle, vice-presidente da Fenaprevi, federação do setor de previdência privada.
Conhecer as causas não basta, porém. A educação financeira, por exemplo, tem alta correlação com poupança. Mas estudos indicam que mesmo os mais ricos e escolarizados ignoram conceitos como diversificação, juros compostos, custo-benefício e a relação entre risco e lucro.
O investimento em educação financeira, portanto, é alto e obtém pouco resultado duradouro, segundo as pesquisas. São as ações diretas sobre o comportamento que alcançam êxito maior e mais rápido, diz Leora Klapper, economista-chefe do time de pesquisa em finanças e setor privado do Banco Mundial.
Ter sua própria conta bancária é um fator importante, principalmente se houver facilidade para transferir recursos e fazer investimentos.
Klapper relata experiências em Gana e em Bangladesh, em que cidadãos recebem no dia do pagamento um lembrete para poupar. Em Gana, 55% têm o hábito de poupar e 13% economizam para a velhice. No país asiático, são 24% e 6%, respectivamente.
Políticas públicas também são fundamentais para a transição da seguridade social para um modelo de planos privados, argumenta uma das principais especialistas em previdência e educação financeira do mundo, a professora Olivia Mitchell, de Wharton, a escola de negócios da Universidade da Pensilvânia. (Folhapress)
Fonte! Chasque (matéria ) veiculado no portal oficial do Jornal O Sul de Porto Alegre (RS), eme 08 de janeiro de 2017. Abra as porteiras clicando em
Nota! Eu, minha esposa e as nossas filhas fizemos parte destes 4%. Lamentavelmente o nosso país ainda não despertou para o longo prazo, para o futuro, para a velhice (que pode estar distante). Ainda vivemos e muito com o imediatismo e o consumo desenfreado realizado por impulso e não existe a política do poupar antes para comprar depois e com descontos. Muito menos existe a política de investir para se aposentar com uma segunda aposentadoria (complementar)....
Valdemar Engroff
Nenhum comentário:
Postar um comentário