segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

À luz do sol

Na região de Santa Rosa, o uso de energias alternativas se consolida como uma opção inteligente para diminuição de custos na propriedade.
 

Na propriedade da família Rex, de Horizontina, o sol é mais que luz. É energia. E dinheiro. Eles fazem parte de um número cada vez maior de produtores rurais que aderiram às energias alternativas como uma forma de produzir alimentos com menor custo e maior sustentabilidade.Na produção hidropônica de verduras da família, as células fotovoltaicas se tornaram uma forma de reduzir os custos na conta de luz. A estimativa é de produção em torno de 32 kw por ano, que são enviados à rede, e posteriormente descontados da conta de luz. “A primeira ideia foi de reduzir custos e também para colaborar com o meio ambiente. E esse dinheiro da energia que a gente paga, por exemplo, para a concessionária ou para o fornecedor de energia, agora vamos economizar. A gente investe aqui mesmo na propriedade. O valor não sai daqui”, explica o produtor Gilmar Rex, que trabalha na propriedade com a esposa, um filho e a nora.
 
Para a instalação do sistema com 80 placas fotovoltaicas, a família utilizou recursos próprios e financiou outros R$ 80 mil, via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Eco), com projeto de crédito elaborado pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, de Horizontina, Neimar Freddi. O Pronaf oferece linha de crédito para financiamento de energias alternativas, com prazo de até 10 anos para a devolução do capital e juros.

O uso de tecnologias alternativas para a geração de energia em propriedades e residências tem se popularizado cada vez mais no noroeste gaúcho, Além de ampliar a eficiência da geração de energia em alguns casos, contribui para a redução na conta da energia elétrica.

Esse interesse, como lembra o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, na área de Manejo de Recursos Naturais, engenheiro agrônomo Marco André Junges, revela uma condição em que a energia tem sido um dos itens que mais demanda custos na produção agropecuária, de modo especial, na irrigação, na manutenção da temperatura em instalações animais, na produção de rações para avicultura e suinocultura, no resfriamento e aquecimento de água para a higienização dos equipamentos da sala de ordenha, entre outras situações.

A energia extra produzida nas propriedades pode ser disponibilizada diretamente na rede, o que gera descontos na conta de energia elétrica. Isso porque a legislação brasileira permite a produção e injeção de energia nas redes normais, utilizando-a de forma compensatória, ou seja, em meses de produção maior que o consumo, o excedente deposita-se em uma espécie de “banco de energia”, para que seja utilizada em meses com produção menor em relação ao consumo.
 
O gerente regional da Emater/RS-Ascar, Flávio Joel Baz Fagonde, lembra que são diversas as tecnologias que têm sido divulgadas na região e podem facilitar e qualificar o trabalho e a vida no ambiente rural, desde o aproveitamento de placas fotovoltaicas até a implantação de biodigestores. Outras informações podem ser obtidas nos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar.
 
Fonte! Chasque (matéria) produzido pelo Escritório Regional de Santa Rosa (da Emater/RS-Ascar), publicado no Jornal da Emater, edição 2, de dezembro de 2016.

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