Na região de Santa Rosa, o uso de energias alternativas se consolida como uma opção inteligente para diminuição de custos na propriedade.
Na
propriedade da família Rex, de
Horizontina, o sol é mais que luz.
É energia. E dinheiro. Eles
fazem parte de um número cada
vez maior de produtores rurais que
aderiram às energias alternativas como uma forma
de produzir alimentos com menor custo
e maior sustentabilidade.Na
produção hidropônica de verduras da
família, as células fotovoltaicas se tornaram uma
forma de reduzir os custos na conta de
luz. A estimativa é de produção em torno
de 32 kw por ano, que são enviados à
rede, e posteriormente descontados da conta
de luz. “A primeira ideia foi de reduzir
custos e também para colaborar com o meio
ambiente. E esse dinheiro da energia que a
gente paga, por exemplo, para a concessionária
ou para o fornecedor de energia,
agora vamos economizar. A gente
investe aqui mesmo na propriedade. O valor não
sai daqui”, explica o produtor Gilmar
Rex, que trabalha na propriedade com a esposa, um filho e a nora.
Para a
instalação do sistema com 80 placas
fotovoltaicas, a família utilizou recursos
próprios e financiou outros R$ 80 mil, via
Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf Eco), com
projeto de crédito elaborado pelo
engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar,
de Horizontina, Neimar Freddi. O Pronaf
oferece linha de crédito para financiamento
de energias alternativas, com prazo de
até 10 anos para a devolução do capital e
juros.
O uso de
tecnologias alternativas para a geração
de energia em propriedades e residências
tem se popularizado cada vez mais no
noroeste gaúcho, Além de ampliar a eficiência
da geração de energia em alguns casos,
contribui para a redução na conta da energia
elétrica.
Esse
interesse, como lembra o assistente técnico
regional da Emater/RS-Ascar, na área de
Manejo de Recursos Naturais, engenheiro
agrônomo Marco André Junges, revela
uma condição em que a energia tem sido
um dos itens que mais demanda custos na
produção agropecuária, de modo especial, na
irrigação, na manutenção da temperatura em
instalações animais, na produção de rações
para avicultura e suinocultura, no resfriamento
e aquecimento de água para a higienização
dos equipamentos da sala de ordenha,
entre outras situações.
A energia
extra produzida nas propriedades
pode ser disponibilizada diretamente na rede,
o que gera descontos na conta de energia
elétrica. Isso porque a legislação brasileira
permite a produção e injeção de energia
nas redes normais, utilizando-a de forma
compensatória, ou seja, em meses de
produção maior que o consumo, o excedente
deposita-se em uma espécie de “banco de
energia”, para que seja utilizada em meses
com produção menor em relação ao
consumo.
O gerente
regional da Emater/RS-Ascar,
Flávio Joel Baz Fagonde, lembra que são
diversas as tecnologias que têm sido
divulgadas na região e podem facilitar e
qualificar o trabalho e a vida no ambiente rural,
desde o aproveitamento de placas
fotovoltaicas até a implantação de biodigestores.
Outras informações podem ser
obtidas nos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar.
Fonte! Chasque (matéria) produzido pelo Escritório Regional de Santa Rosa (da Emater/RS-Ascar), publicado no Jornal da Emater, edição 2, de dezembro de 2016.
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