terça-feira, 22 de setembro de 2020

Fundos de Pensão somam patrimônio de R$ 982 bilhões e operam em níveis pré-crise

Reforma, Selic e pandemia aceleraram interesse do brasileiro pela seguridade, diz Martins

Reforma, Selic e pandemia aceleraram interesse do brasileiro pela seguridade, diz Martins / ABRAPP/DIVULGAÇÃO/JC


Os fundos de pensão tiveram desempenho positivo novamente em julho, com resultados semelhantes ou superiores aos registrados no período pré-pandemia. Os ativos das entidades fechadas de previdência complementar (EFPCs) somaram R$ 982 bilhões, equivalentes a 13,7% do PIB, retomando praticamente o nível anterior ao do impacto do coronavírus. As informações são do Consolidado Estatístico da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), que reúne os fundos de pensão.
 
Outro dado que mostra a rápida recuperação do sistema é a rentabilidade acumulada pelos fundos de pensão nos primeiros sete meses do ano, cujo resultado foi de 1,83%, recuperando-se portanto da rentabilidade negativa registrada em março, de -6,3% . No mês de julho, a rentabilidade das EFPCs foi de 3,10%, em comparação à TJP de 0,92%.
 
Além disso, as EFPCs reduziram bastante o déficit líquido (superávit menos déficit) nos últimos meses. De acordo com o levantamento da Abrapp, esse resultado despencou para R$ 9,3 bilhões em julho, em comparação aos R$ 58 bilhões de março deste ano, quando a disseminação do coronavírus ganhou força no país.
 
Os planos instituídos (aqueles criados por entidades de classe e sindicatos, entre outros) continuaram a ter crescimento no período. O número de participantes nesses planos somou 552,4 mil em julho, mais que o dobro do registrado há 5 anos, quando esse total era de 250,3 mil pessoas.
 
O diretor-presidente da Abrapp, Luís Ricardo Marcondes Martins, destacou que a reforma da previdência, a queda na taxa de juros e, mais recentemente, a pandemia do novo coronavírus são acontecimentos que impulsionam o interesse dos brasileiros pela consolidação de um plano de previdência privada. "A população está vendo que o Estado vai estar cada vez mais distante da sua condição de grande provedor das previdências públicas", disse Martins em entrevista coletiva para detalhamento do desempenho realizada nesta quinta-feira).
 
A região Sul tem 44 fundos de pensão e se mantém como a segunda mais relevante - atrás apenas do Sudeste. Os investimentos das fundações na região somam R$ 65,1 bilhões e são 277 mil participantes ativos, além de 451 mil dependentes.
 
No Rio Grande do Sul, o maior fundo de pensão é a Fundação Família Previdência, que tem mais de 17 mil participantes, beneficiando cerca de 30 mil pessoas. A Fundação Família Previdência, ex-Fundação CEEE, ocupa o 23º lugar no ranking nacional da Abrapp, que abrange cerca de 300 entidades fechadas de previdência complementar.
 
Fonte! Chasque (post) publicado nas páginas do Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS, na edição dos dias18, 19 e 20 de setembro de 2020, por Roberto Mello.

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