Cooperativa pretende melhorar qualidade no fornecimento de luz
Em Ametista do Sul foram instalados quatro empreendimentos/Creluz/Divulgação/JC |
A cooperativa de geração e
distribuição de energia Creluz, que opera em 36 municípios situados na
Região Norte do Estado, viu na produção fotovoltaica uma forma de
aprimorar as condições de atendimento para seus clientes. Como são
usinas que podem ser implementadas de forma descentralizada (não
precisam estar perto de uma mina de carvão ou de um grande rio, por
exemplo), esses complexos podem ser construídos em pontos em que o
sistema de transmissão de energia apresente falhas, por não serem tão
robustos ou estarem muito longe da fonte de geração. A medida de
aproveitar a fonte solar foi adotada pelo grupo na cidade de Ametista do
Sul, onde conta com quatro empreendimentos dessa natureza, dois em fase
de teste e dois em operação comercial.
O presidente da Creluz, Elemar Battisti,
destaca que a cooperativa tem consumidores na região que são providos
pelo grupo, porém o local enfrenta dificuldades quanto à tensão da
energia que chega aos clientes. "Para enfrentar esse verão, (a solar)
foi uma solução não somente de geração, mas também para o problema de
distribuição", comenta. Recentemente, no dia 16 de março, a Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concedeu a liberação da operação
comercial da unidade geradora de 0,56 MW da usina solar São Miguel, de
propriedade da Creluz e que faz parte dos complexos que a cooperativa
possui em Ametista do Sul. O empreendimento, que começou os testes em
dezembro, foi resultado de um investimento de cerca de R$ 4 milhões e
pode beneficiar, aproximadamente, 500 residências.
Com a permissão do órgão regulador, a
cooperativa, a partir de agora, poderá comercializar e se remunerar por
essa energia. A ideia é vender essa geração no mercado livre (formado
por grandes consumidores que podem escolher de quem vão comprar a
eletricidade). Mesmo que algum interessado fora do Estado, por exemplo,
compre essa produção, a usina continuará contribuindo para a
confiabilidade do sistema elétrico do entorno em que foi instalada. Isso
porque a energia gerada em Ametista do Sul não irá diretamente para
quem pagar por ela, mas será disponibilizada no sistema interligado
nacional. Trata-se de uma espécie de compensação da eletricidade, pois
quem comprou o volume de energia do complexo gaúcho poderá receber pela
rede elétrica a mesma quantidade de energia adquirida, contudo de outra
procedência. É como o dinheiro em uma operação bancária, quando uma
pessoa deposita R$ 100,00, poderá sacar esses R$ 100,00 em qualquer
caixa eletrônico, entretanto não quer dizer que as notas serão as mesmas
que a pessoa depositou.
As quatro usinas solares da Creluz somam
em torno de 2 MW de potência, e cada uma ocupa uma área de cerca de 1
hectare. Apesar de terem contribuído para melhorar a qualidade do
fornecimento de energia na área ao redor de Ametista do Sul, para
resolver a situação da distribuição de forma mais efetiva, está sendo
construída uma subestação que deverá ficar pronta ao final do ano, no
município de Pinhal. O investimento nesse complexo é de R$ 22,5 milhões.
Battisti detalha que, em termos de qualidade de energia, essa
iniciativa resolve a questão para 17 cidades abrangidas pela Creluz,
porém, para outras localidades, as usinas fotovoltaicas ainda seriam uma
boa opção, que deve ser mantida para corrigir eventuais dificuldades
com oscilações de tensão.
Fonte! Chasque (reportagem) publicado nas páginas do Jornal do Comércio de Porto Alegre (RS), na edição do dia 23 de março de 2020, por Jefferson Klein. Também acessível nos potreiros da Internet. Abra as porteiras clicando em: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/economia/2020/03/730474-creluz-investe-em-energia-fotovoltaica.html
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