O secretário da Previdência Social,
Carlos Gabas, disse na terça-feira que o desafio do governo federal é
fazer com que as pessoas se aposentem mais tarde, como forma de garantir
a sustentabilidade da Previdência, dado o aumento da expectativa de
vida dos brasileiros.
Atualmente, as aposentadorias por tempo de contribuição ocorrem, em média, aos 54 anos, patamar considerado muito baixo por Gabas. “É uma média muito baixa. Nós precisamos retardar as aposentadorias porque, na melhor das hipóteses, essa pessoa contribuiu 35 anos. Não tem cálculo atuarial que sustente ele receber esse benefício por mais 35, 40, 50 anos”, afirmou.
A declaração foi durante o evento “Diálogo Público – Sustentabilidade dos Regimes Previdenciários”, promovido pelo TCU (Tribunal de Contas da União), na sede do órgão, em Brasília.
O tribunal calcula que o Regime Geral de Previdência Social possa chegar a 2050 com déficit de cerca de 3 trilhões de reais, caso nenhuma reforma seja feita. Para 2016, o rombo é estimado em 124 bilhões de reais.
Conforme o ministro do TCU Vital do Rêgo, a Corte vem alertando o governo ao longo dos últimos anos sobre a necessidade de promover mudanças urgentes. A solução, segundo ele, passa pela reforma da Previdência.
Para o secretário, o governo e a sociedade precisam discutir “questões polêmicas” relacionadas à reorganização do sistema previdenciário brasileiro, como o adiamento das aposentadorias e a existência de regras diferenciadas para mulheres.
Atualmente, é exigido delas menos tempo de contribuição e idade do que os homens. O secretário, porém, é contra a extinção imediata do benefício. Ele disse que defende uma transição gradual de parâmetros. (AG).
Fonte! Este chasque foi publicado no sítio oficial do Jornal O Sul de Porto Alegre (RS). Abra as porteiras clicando em http://www.osul.com.br/desafio-do-governo-e-retardar-aposentadorias-diz-ministerio-da-previdencia/
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