terça-feira, 9 de outubro de 2018

Produtos de previdência complementar reduzem tarifas para competir


Créditos! FREEPIK/DIVULGAÇÃO/JC
A competição por tarifas mais baixas chegou também aos produtos de previdência complementar. Além das altas taxas de administração, os bancos cobravam ainda taxas de carregamento, que comiam um percentual do valor investido e resgatado pelo investidor em cada aplicação.

Essa taxa já não era cobrada por seguradoras independentes, o que tem feito grandes bancos perderem participação de mercado, ainda que de forma marginal, já que eles dominam o mercado de previdência complementar.

"A motivação aqui é outra. Foi uma decisão do Santander de se posicionar como um banco de previdência, de mudar seu patamar de captação", afirma Gilberto Abreu.

Os grandes bancos demonstraram, porém, preocupação com a isenção quase completa de tarifas nas corretoras, com a chegada da estratégia à renda variável.

"Temos estudado precificação -é um assunto prioritário definir preços adequados considerando o novo cenário econômico, mas vamos determinando a ordem das nossas ações", afirma Sanches, do Itaú, que vê a redução das tarifas em nichos de corretoras.

 Executivos do Bradesco dizem que modelos de "negociação a zero" geram preocupação.

"Qualquer prestação de serviço pressupõe lucro. Temos a preocupação do que estamos oferecendo para o cliente e de onde está nosso retorno. Num modelo com tudo zerado, tem que avaliar até onde vai levar, porque o mercado pode estar indo para algum caminho que não é saudável", diz Cassiano Scarpelli.

Sócio do escritório Mattos Filho, Marcio Soares, diz que a prática de zerar tarifas dificilmente poderia ser considerada concorrência predatória. Para ele, o que existe é uma concorrência bastante agressiva, competitiva.

Wellington Lopes de Souza, professor de finanças do Ibmec/SP, explica que a isenção de tarifas é tradicional em casas do exterior e que, no Brasil, criará um novo processo de consolidação no setor.

Fonte! Chasque (matéria) veiculada no caderno Empresas e Negócios do Jornal do Comércio de Porto Alegre (RS), ediçãoa do dia 08 de outubro de 2018.

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