Pelo menos R$ 1 bilhão da venda vão para universalização da coleta e tratamento do esgoto / Arquivo Corsan/Divulgação.JC
Presente em outros processos de venda ou
concessão de áreas do Estado, como no Cais Mauá e em estradas, o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai assessorar a
Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) na caminhada da abertura
de capital na bolsa de valores (B3), por meio de Oferta Pública Inicial
(IPO) de ações, da sigla em inglês.
O governo de Eduardo Leite (PSDB) conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa a privatização da estatal, que incluirá a alienação de participação acionária abrindo mão do controle. A lei foi sancionada em 20 de setembro.
O Estado deve permanecer como maior detentor de papéis, com 30% do
capital. Com isso, manterá a influência em decisões sobre a operação,
garante a gestão atual do Palácio Piratini. É o chamado acionista de
referência.
Em nota nesta quarta-feira (29), a
direção da Corsan informou que assinou contrato com banco federal.
"O BNDES será assessor direto do acionista controlador, o Estado do Rio
Grande do Sul, acompanhando todas as etapas necessárias para a execução
do processo de IPO e apoiando as tomadas de decisão, com transparência e
critérios técnicos", sustenta o comunicado.
Na escolha do BNDES, contou pontos a
favor da instituição federal a participação em outros processos
de concessão na área de saneamento. "O BNDES assessora os maiores
projetos do Brasil no setor e se consolidou como sendo o banco estatal
(e talvez mesmo no universo total de bancos) que mais conhece o setor de
saneamento", explica a empresa. O pagamento será feito após a venda das
ações.
Uma das primeiras ações, será fornecer
metodologia e critérios técnicos objetivos para a seleção das
instituições financeiras que coordenarão o IPO, esclareceu a estatal. "A
Companhia pretende designar o coordenador líder e demais subscritores
da oferta nas próximas semanas", adiantou a empresa.
A direção da companhia confirmou a
intenção de "concluir o IPO na primeira semana de fevereiro de 2022".
Não há ainda um valor estimado de captação com a venda. Pelo menos R$ 1
bilhão serão destinados a obras e investimentos para universalização do
tratamento de água e nível de 90% da coleta e tratamento de esgoto.
Essas condições estão previstas no novo Marco Regulatório do Saneamento
Básico, com prazo até 2033.
A Corsan estima aportes de R$ 11,1
bilhões para executar o marco. A lei sancionada por Leite prevê que o
Estado pode ceder, a título de incentivo, até 63 milhões de ações (cerca
de 10% do capital) às cidades atendidas pela Corsan, hoje 317. Os
municípios têm 90 dias, desde a publicação da lei, para concluir as
assinaturas e garantir o benefício.
Fonte! Chasque (reportagem) publicado no sítio oficial do Jornal do Comércio de Porto Alegre, no dia 29 de setembro de 2021. Abra as porteiras clicando em https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/economia/2021/09/813539-corsan-contrata-bndes-para-assessorar-venda-de-acoes-na-bolsa.html
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