Finanças Pessoais>> Compreender conceitos dá mais segurança a iniciantes em aplicar
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Cerca de
60% dos brasileiros não têm nenhum investimento financeiro - nem na poupança. É
o que mostra uma pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais (Anbima). Para facilitar a entrada dessa população no
mundo dos investimentos, Daniel Cavagnari, coordenador do curso de Gestão
Financeira do Centro Universitário Internacional Uninter, dá algumas dicas.
"Para
iniciantes, é sempre melhor buscar as aplicações mais seguras. As mais
conhecidas são a poupança e o CDB (Certificado de Depósito Bancário), mas a
melhor e mais confiável é o Tesouro Direto. Dá para começar a montar sua
carteira com apenas R$ 30,00", recomenda.
Por outro
lado, a grande maioria dos títulos do Tesouro Direto têm liquidez baixa e o
investidor pode sofrer prejuízos em sua lucratividade caso saque o dinheiro
antes do tempo, mesmo que tenha tido boa rentabilidade. Não entendeu? O
professor tranquiliza. "Esses termos parecem técnicos, mas são fáceis de
aprender. Com esse conhecimento, fica mais fácil escolher os investimentos
adequados", diz.
Acompanhe abaixo o significado de cinco termos
essenciais para investidores iniciantes.
Liquidez
A
liquidez é a capacidade de um determinado investimento ser convertido novamente
em dinheiro. Se a liquidez for alta, o dinheiro pode ser recuperado
rapidamente, mas se for baixa, é preciso esperar. A poupança, por exemplo, é um
investimento de alta liquidez, pois o dinheiro pode ser sacado a qualquer
momento. Já uma previdência privada, como VGBL ou PGBL, geralmente tem baixa
liquidez e cobra altas taxas caso o dinheiro seja sacado antes do tempo. “Se
você tem R$ 100 mil, em mãos ou na conta corrente, esse dinheiro vale R$ 100
mil. Agora imagine que esse valor está aplicado em um terreno. O valor ainda é
R$ 100 mil, mas é relativo. Se você tem tempo para buscar um comprador, vai
conseguir o valor integral. Mas se está com pressa e precisa do dinheiro
rapidamente, pode perder até mesmo metade do dinheiro”, exemplifica.
Indexador
Indexadores
são taxas percentuais que definem quanto o dinheiro vai render. “Por exemplo,
hoje a taxa Selic é de 6,5% ao ano. Isso significa que uma aplicação que tenha
essa taxa como indexador renderá, daqui um ano, ao menos 6,5% de seu valor
inicial”, ilustra. A taxa Selic é a taxa básica de juros, definida pelo Comitê
de Política Monetária (Copom), órgão pertencente ao Banco Central do Brasil.
Ela é reajustada, em média, a cada 45 dias – ou oito vezes ao ano. Outro
indexador popular é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ele
é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mês a mês
e reflete a inflação acumulada ao longo do ano.
Pré-fixado ou pós-fixado
Investimentos
pré-fixados são aqueles em que o investidor sabe exatamente quanto vai resgatar
ao final, desde que não recupere o dinheiro antes do vencimento. A porcentagem
que ele vai render é informada de antemão. Já investimentos pós-fixados rendem
de acordo com algum indexador que sofrerá alterações, como a taxa Selic e o
IPCA. Como essas taxas são reajustadas com frequência, o investimento poderá
render mais ou menos do que o simulado no momento da aplicação.
Rentabilidade e lucratividade
“Rentabilidade
é o valor que rende um título. Se você aplicou R$ 1 mil e retirou R$ 1,5 mil ao
final, a aplicação rendeu R$ 500. O problema é que muitas pessoas confundem
rentabilidade com lucratividade”, explica o professor. Para calcular a
lucratividade, é preciso deduzir todos os custos do investimento da
rentabilidade – taxas de administração, imposto de renda e imposto sobre operações
financeiras (IOF). Por esse motivo, um investimento como o CDB pode ser mais
rentável do que a poupança, mas render menos lucros caso seja sacado em um
período curto de tempo, em que terá mais taxas. Caso o investidor iniciante
esteja montando uma reserva de emergência, por exemplo, precisa ter em vista
que o dinheiro pode ser sacado rapidamente e priorizar a liquidez em vez da
rentabilidade, para não perder seu lucro.
Fonte! Chasque publicado no caderno Empresas & Negócios, encartado no Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS, na edição do dia 15 de abril de 2019.
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