Há
opções de investimento para todos os tipos
de
bolsos FREEPIK/DIVULGAÇÃO/JC
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Começado
o ano, é hora de definir qual seu objetivo financeiro para 2019. Fazer uma
viagem, comprar novos móveis ou dar início a uma mais que necessária reserva de
emergência são exemplos de metas que podem ser alcançadas em um horizonte de 12
meses. Há opções de investimento até para quem tem apenas R$ 100,00 ao mês para
poupar. Para quem pode mais, o leque é ainda maior. Especialistas são unânimes
em afirmar que, ao ter metas estabelecidas e realistas, torna-se mais fácil
adquirir o hábito de poupar. Isso porque o investidor, sabendo o que quer com
aquele dinheiro, conseguirá fazer as renúncias necessárias. Afinal, quando se
tem em mente uma viagem para o destino dos sonhos, é mais fácil deixar de
comprar um sapato ou uma roupa nova. O mesmo para aquela reserva financeira que
irá garantir tranquilidade no caso de desemprego.
Sandra
Blanco, consultora da Órama Investimentos, lembra que, como o objetivo é de
curto prazo, o importante é deixar o dinheiro aplicado em investimentos de
menor risco e de maior liquidez, ou seja, que possam ser resgatados a qualquer
momento. "Ter os objetivos ajuda muito. A mudança de ano é um bom momento
para fazer isso. E há opções interessantes já a partir de R$ 100,00",
ressalta.
Uma
das opções de menor risco, que proporciona ganho acima daquele oferecido pela
caderneta de poupança, é o investimento em títulos públicos. Diversas
corretoras e plataformas de investimento têm acesso ao Tesouro Direto. Para o
título Tesouro Selic, que acompanha de perto o rendimento da taxa básica (hoje
em 6,5% ao ano), o mínimo a ser investido está em R$ 98,71.
Ao
colocar R$ 100,00 a cada mês, no fim de 2019 o investidor terá R$ 1.234,00. O
valor será maior se o investidor optar por alguma alternativa um pouco mais
arriscada. No entanto, os analistas reforçam que investimentos em ações não são
adequados para objetivos de curto prazo.
Blanco
também sugere fundos de renda fixa, que podem render um pouco mais que a Selic.
Como exemplo, ela cita um título de crédito privado da AZ Quest Luce, que em 12
meses acumulou rendimento de 6,74%, mesmo com uma taxa de administração de
0,40%. Já o RB Capital Vitória investe em debêntures incentivadas (que têm
isenção de Imposto de Renda sobre os ganhos) e, em 12 meses, apresenta ganhos
de 8,90%. As aplicações nesse fundo, que tem uma taxa de administração de
0,30%, começam em R$ 100,00.
Na
avaliação de Fabio Macedo, diretor comercial da Easynvest, nos últimos anos
houve uma democratização dos investimentos, permitindo que mais opções cheguem
a uma gama maior de poupadores. "Antes, algumas alternativas só estavam
disponíveis para quem tinha mais dinheiro. Se você tinha pouco a investir por
mês, acabava tendo que pagar uma taxa de administração muito elevada",
explica Macedo.
Para
quem tem valores a partir de R$ 100,00, ele também recomenda títulos públicos e
fundos de renda fixa, que têm taxas de administração abaixo de 0,50%. Já se o
investidor tiver um pouco mais de apetite para o risco, a sugestão são os
fundos multimercados (aqueles que investem em mais de uma classe de ativo, como
títulos públicos e moedas), desde que ofereçam liquidez, ou seja, resgate em um
ou dois dias. Nesse caso, a taxa de administração pode chegar a 1%.
A
partir de R$ 500,00, a quantidade de fundos disponíveis começa a aumentar,
incluindo aí fundos imobiliários, que muitas vezes fazem a distribuição de
ganhos mensalmente (dividendos), referentes aos aluguéis dos imóveis que estão
na carteira. E se o investidor pode poupar R$ 1 mil ao mês, passa a ter acesso
direto a títulos privados, como Letras de Crédito Imobiliário (LCI), que são
isentas de IR, e Certificados de Depósito Bancário (CDBs), que a partir desse
montante apresentam taxas mais atraentes.
"Quem
tem um objetivo financeiro acaba conseguindo maior rentabilidade, porque sabe
para o que está investindo. Quando esse objetivo for atingido, a pessoa pode
buscar aplicações de maior prazo, acima de um ano, e aí encontrar rendimento
maior", diz Macedo. Se o investidor deixar os recursos por um ano, ele
pagará uma alíquota de IR de 17,5% sobre os ganhos caso faça o resgate ao fim
desse prazo. Se ficar com o dinheiro só até seis meses (180 dias), a alíquota
será de 22,5%. Entre 181 dias e 360 dias, de 20%. A menor alíquota é de 15%,
para quem deixa o dinheiro aplicado a partir de 721 dias (dois anos).
A
Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais
(Anbima) reforça que, para que o hábito de poupar mensalmente tenha sucesso, é
importante fazer a aplicação assim que o dinheiro do salário (ou de outro
rendimento) cair na conta. Deixar para poupar só o que sobrar pode fazer com
que essa meta seja constantemente adiada.
Fonte! Chasque (matéria) publicado nas páginas da edição impressa do Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS, do dia 14 de janeiro de 2019.
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