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E o Jornal do Comércio de Porto Alegre trouxe um chasque (matéria), na edição do dia 30 de julho, a respeito: "a quinta edição do Seminário Caminhos para o Futuro, com o tema previdência particular, uma nova aposentadoria, saudável e longeva, sendo palestrantes desta edição, o economista e educador financeiro Marcos Silvestre e o médico Emílio Moriguchi, especialista em saúde, coordenador do Centro de Geriatria e Gerontologia do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre".
O evento iniciou por volta das 14h, e teve a abertura feita pelo presidente da Fundação CEEE, Rodrigo Sisnandes Pereira, que dias antes tomou posse, iniciando o segundo mandato de dois anos, à frente da Fundação, onde focará o produto Família Previdência, um plano que está sendo ofertado a entidades, associações de classe, empresas, etc, que tem como atrativo a possibilidade do beneficiário poder associar os seus familiares. E o presidente nos trouxe alguns dados:
1 - No Brasil temos a previdência oficial (INSS), a complementar aberta (bancos, financeiras e seguradores) e a complementar fechada (empresas e entidades associativas);
2 - Temos no Brasil, 305 entidades de previdência complementar fechada (o que na nossa opinião é pouco), com 1.105 planos previdenciários, com um ativo total de R$ 863 bilhões de reais, que corresponde a 13% do PIB. Estes planos estão em 3.129 empresas, tendo 700 mil assistidos e um público total de 7,2 milhões de pessoas;
3 - Isto quer dizer que a previdência complementar Brasil tem um longo caminho a percorrer, pois, do universo de 200 milhões de habitantes, temos um público total vinculado à previdência complementar fechada de apenas 7,2 milhões de pessoas, que corresponde a apenas 3,6%. E o presidente encerrou o seu depoimento dizendo que "no futuro a previdência privada será política de recursos humanos nas empresa, como atualmente acontece com os planos de saúde".
E de São Paulo veio para o evento, trazendo na sua "mala de garupa" as suas ideias, o economista e educador financeiro Marcos Silvestre, que palestrou sobre a Previdência Privada, a nova aposentadoria, com planejamento eficaz, rumo à prosperidade financeira. E para isso, pensar em prosperidade, para uma melhor idade, só é possível se formos nos preparar para viver esta melhor idade com planejamento financeiro, onde nos apresentou o Plano da Virada e alguns dos seus passos, com destaque para:
1 - Devemos montar um projeto particular de previdência complementar, de preferência, desde a juventude, pois, segundo ele, "não se pode confiar somente na aposentadoria oficial do INSS, pois, as reformas do sistema aos poucos vão acontecer", no Brasil e em toda esta terra que chamamos de mundo, ou seja, vai ser mais demorado daqui algum tempo para adquirir o direito de usufruir a aposentadoria oficial e com grandes possibilidades de o benefício ser bem menor do que atualmente;
2 - Para chegar à renda necessária para a idade certa, deve-se contar com o benefício oficial, mais a renda proveniente do patrimônio acumulado ao longo da vida, ou seja, este patrimônio acumulado "deve pagar as contas do cotidiano" e a sua vida financeira se resume em: quando mais cedo começar a investir para a sua aposentadoria complementar, melhor e mais próspera e digna será a sua velhice após realmente parar de trabalhar, não importando a idade que terás;
3 - Para isso o Marcos Silvestre citou a ferramenta "aposentômetro", criada por ele para calcular a reserva necessária para a aposentadoria complementar/privada, corrigida pela inflação, acumulando e rentabilizando os valores investidos. E finalizou a sua palestra dizendo que "o projeto de previdência particular deve ser a prioridade das prioridades na sua vida financeira. Comece a plantar hoje para colher no futuro".
Bueno! Não adianta nada o vivente prosperar, acumular patrimônio financeiro e estar preparado para quando realmente se aposentar, se não houver uma boa preparação em relação a sua vida, a sua saúde. E este foi o tema abordado pelo médico Emílio Moriguchi, especialista em saúde, envelhecimento e longevidade, que nos trouxe alguns dados:
1 - Em 2015, pela primeira vez tivemos mais idosos acima dos 60 anos de idade, do que crianças até 5 anos de vida (estamos vivendo mais e tendo menos filhos, o que reflete também nas reformas sugeridas e na sobrevivência dos planos de aposentadoria oficial);
2 - Um idoso no Brasil (60 anos), vai viver em média mais uns 22 / 23 anos, tendo saúde até mais ou menos até os 75 anos (por uns 15 anos) e estamos envelhecendo mal, pois, mais de 80% dos idosos no Brasil, no último ano, foram ao médico pelo menos uma vez;
3 - A nossa saúde depende da saúde da mãe e o nosso envelhecimento começa e é preparado desde o útero. Isso quer dizer que se a mãe estiver bem de saúde ao longo da gestação, as chances de sermos saudáveis ao longo da vida, será maior;
4 - O médico também nos trouxe a informação de que as pessoas vivem mais nas "zonas azuis (longevidade com qualidade)": Sardenha (Itália); Loma Linda (Califórnia/EUA); Costa Rica (América Central); Okinawa (Japão). E no Brasil, mais precisamente aqui no Rio Grande do Sul, Veranópolis (a terra da longevidade), que provavelmente um dia fará parte das "blue zones" (zonas azuis).
5 - O que temos em comum nestas "zonas azuis"? dietas regadas com frutas, verduras, peixe, vinho tinto (na Sardenha); dieta vegetariana com jantar leve e nozes (na Califórnia/EUA); dieta com verduras, frutas, peixe e soja (no Japão) e dieta com tortilhas (milho), feijões e pouca carne (na Costa Rica). E em comum, prevalecem as refeições em família e amigos e a boa companhia. E para complementar, em termos de alimentação saudável (sem excessos e sem obesidade), devemos consumir pouca gordura, muitas verduras, legumes e frutas, maneirar no sal e ingerir alimentos ricos em cálcio. Além disso é preciso repousar de 7 a 9 horas por noite; não dormir demais/de menos; dar aquela sestiada após o almoço e priorizar o lazer nos finais de semana (jogos, encontros com familiares e amigos). E para manter a qualidade física adequada, é preciso caminhar pelo menos cinco dias por semana, 40 a 60 minutos por dia, sem excessos, sem forçar o ritmo, tendo por parâmetro, suar levemente, sem sentir palpitações ou outros sintomas.
E o evento foi se encaminhando pro fim, quando aconteceu o debate, com a participação dos palestrantes, sendo mediadora a jornalista Zete Padilha, onde eram encaminhadas perguntas pela plateia que lotou o auditório, para serem respondidas pelos palestrantes, perguntas estas que envolviam:
1- Os custos e percentuais praticados pela Fundação CEEE/Família Previdência em seus planos de previdência complementar, sendo respondidas pelo presidente da Fundação CEEE, Rodrigo Zinandes Pereira;
2 - As perguntas com enfoque à educação financeira foram respondidas pelo Educador Financeiro Marcos Silvestre, com destaque "onde começar hoje para pensar no amanhã"? "Parar para pensar antes de fazer" e isso vale também para a vida financeira, pois devemos abolir o imediatismo, o curtíssimo prazo, no consumo, no gasto do dinheiro sem devido planejamento financeiro e principalmente nos investimentos;
3 - A questão "como planejar uma vida mais saudável, sem uma educação alimentar ideal"? foi comentada pelo médico Emilio Moriguchi, citando que no estilo de vida saudável, somado a uma boa relação familiar, devemos evitar alimentos ultra processados, que com certeza fazem mal, principalmente às crianças, e o que levam isso para a sua vida adulta.
Bueno! Perdemos as quatro edições anteriores do evento mas gostamos muito de participar da quinta edição, pois também perdemos diversos eventos deste naipe aqui no Rio Grande do Sul, com a participação do economista Marcos Silvestre, mas desta vez conseguimos até trocar dois dedos de prosa....
Valdemar Engroff
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