Tijopor é finalista em competição da Brazil Conference at Harvard & MIT
Pessanha
diz que produto reduz em 30% os custos com
edificação DPQ ENGENHARIA/DIVULGAÇÃO/JC
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O
"tijopor", um tijolo de construção civil fabricado com gesso, isopor
de reuso, aditivos e água, é uma das cinco ideias finalistas da HackBrazil,
competição de inovação e tecnologia da Brazil Conference at Harvard & MIT,
que acontece nos dias 6 e 7 de abril em Boston, Massachusetts (EUA). As equipes
foram escolhidas para apresentar os projetos para um júri especial, e o
vencedor será premiado com R$ 50 mil. A iniciativa nasceu no segundo semestre
de 2016, a partir de uma ideia de criar uma plataforma para transformação da
realidade brasileira usando a tecnologia.
O grande
apelo do produto da DPQ Engenharia, claro, é a contribuição com o meio
ambiente, pois a fabricação do tijopor ajuda na retirada do isopor da natureza.
"Os tijolos tradicionais cerâmicos, que existem em grande parte das
edificações brasileiras, passam por uma etapa de queima em fornalhas. Por não
precisar desse processo na sua fabricação, o tijopor ajuda na redução da
quantidade de madeira extraída para ser queimada e, por consequência, na emissão
de CO2 para atmosfera", conta o fundador da empresa, Daniel Pessanha.
Além
disso, esse produto traz um melhor custo-benefício, já que reduz cerca de 30%
do valor final da edificação; aumenta a praticidade na construção das
edificações e possui funções de isolamento o térmico e acústico.
O
protótipo do tijopor está em desenvolvimento e a expectativa é disponibilizá-lo
no mercado ainda no segundo semestre de 2018. Pessanha comenta que, na primeira
etapa, a empresa pretende comercializar o Tijopor apenas nas regiões Norte e
Nordeste. Mas, com o tempo, por ser um produto que abrange todos os tipos de
edificações, um dos objetivos é disponibilizá-lo em todas as regiões do Brasil.
"No momento a operação é mantida apenas com recursos próprios, mas estamos
buscando recursos para essa segunda fase", relata.
A DPQ
Engenharia foi criada em 2015 enquanto Pessanha cursava Engenharia Civil.
"Eu queria criar algo que contribuísse de alguma maneira com o meio
ambiente e, com o tijopor, tenho a oportunidade de fazer isso em larga
escala", destaca. O jovem nasceu em Tucuruí, interior do Pará, e
atualmente mora na cidade de Porto, em Portugal. É na Europa que ele está dando
continuidade na graduação e nas pesquisas sobre o tijopor. "Acredito que
podemos inovar, empreender e, por consequência, contribuir com a sociedade por
meio de pesquisas acadêmicas",
Fonte! Chasque (matéria) veiculado na edição impressa do dia 12 de março de 2018, por Patrícia Knebel.
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