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Não se
pode negar, há muitas lojas fechadas nos populares shopping centers de Porto
Alegre e Região Metropolitana, como, de resto, em todo o País. Porém, mesmo em
meio à crise econômico-financeira que assola o Brasil, as vendas nos centros
comerciais tiveram crescimento nominal, ou seja, sem considerar a inflação, de
6% neste período do Natal, na comparação com o período ano anterior, segundo
levantamento da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).
O
faturamento estimado, que levou em conta o mês de dezembro, foi de R$ 51,2
bilhões. Nabil Sahyoun, presidente da Alshop, considera que a alta de 6%
significa inversão da curva de queda, já que, nos últimos dois Natais, o setor
havia apresentado retração. Para ele, é algo a ser festejado, pois em 2016
houve queda de 3% no Natal. Em 2015, a redução foi de 2%. Segundo analistas do
setor, os motivos para a recuperação das vendas são vários, mas, neste ano que
passou, os principais foram as reformas, a taxa de desemprego caindo, as contas
inativas do FGTS, que injetaram mais de R$ 44 bilhões, o saque do PIS/Pasep e a
taxa Selic em 7%. Com isso, como é sabido, está ocorrendo um retorno ao
emprego, de forma lenta, mas importante recuperação.
A
estimativa é que os 773 shoppings brasileiros tenham movimentado R$ 147,5
bilhões durante o ano de 2017, alta de 5% em relação a 2016. Por segmentos,
brinquedos respondem pelo maior crescimento, correspondendo a 10%. Em segundo
lugar estão óculos, bijuterias e acessórios, com 9,5%. Artigos para animais de
estimação ficaram em terceiro lugar, com 7,5%. Eletrodomésticos e celulares
tiveram 6% cada um. A maioria dos pagamentos para as vendas realizadas em
shoppings, ou 55%, foi com cartões de débito e crédito. Já 25% utilizaram o
próprio cartão ou carnê da loja. Em menor escala, 10% optaram por cheques e 10%
pagaram em dinheiro. O perfil do consumidor aponta que 52% são mulheres e 48%,
homens. A frequência é semanal para 48%, quinzenal para 17%, mensal para 14% e
ocasional para 19%. Os principais motivos para a visita são comprar, 35%,
passear, 20%, alimentar, 15%, mesmo no dia 25/12, quando algumas poucas
operações nas praças de alimentação estavam abertas em Porto Alegre, usar banco
ou caixa eletrônico, com 12%, usar serviços variados, com 7%, e ir ao cinema,
3%.
Em 2017
foram inaugurados 12 novos shoppings no Brasil, menos que os 20 inaugurados em
2016. Mas, estão em construção 43 shoppings, com previsão de inauguração para
os próximos três anos. Mesmo com os problemas advindos da crise que dá sinais
de estar sendo superada, o segmento de lojas de shoppings voltou a crescer em
2017, tendo fechado o ano com 124 mil lojas. O número é 2% maior do que o
registrado em 2016, quando houve queda do volume de pontos de venda em
operação, mesmo com a inauguração de empreendimentos.
Em 2017
foram abertos 12 shopping centers, cinco nas capitais e sete no interior, sendo
criadas 20,6 mil novas vagas. Importante gizar o número de empregos temporários
gerados durante o período natalino. Foram 115 mil contratações. O varejo
absorveu 15% delas, substituindo funcionários com desempenho insatisfatório ou
já se planejando para expansões das redes. Shopping centers são templos de
consumo que vieram para ficar, com as devidas adaptações dos altos custos de
aluguel, condominiais e de promoções, que acontecem nas datas festivas.
Fonte! Este chasque (post) é o editorial do Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS, da edição do dia 02 de janeiro de 2018.
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Observação! Um chasque (post) que tem relação com este do Jornal do Comércio, foi publicado em dezembro de 2017 no sítio da BBC Brasil, e que também trouxemos pra este galpão (blog).
Trata do crescimento na construçãos de shoppings no Brasil e América Latina. E o contrário que acontece nos Estados Unidos. Abra as porteiras clicando em: https://obolsodabombacha.blogspot.com.br/2017/12/por-que-america-latina-continua.html
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