domingo, 6 de agosto de 2017

Trabalhador cobre rombo de fundos de pensão

Até o fim do ano, 220 mil terão descontos em salário para arcar com prejuízo por má gestão
Era 1953, quando, aos 23 anos, Maria Augusta dos Santos começou a trabalhar na área administrativa da Caixa Econômica. Trinta anos depois, ela deixou o banco com uma aposentadoria de R$3.564, em valores atualizados. Agora, aos 86 anos, teve uma redução no seu salário: o contracheque vem com um desconto de R$ 99,90 – valor que, a partir deste mês, aumentará para R$ 379,20. Maria Augusta é uma das centenas de milhares de aposentados que estão pagando a conta por casos de má gestão e desvios em fundos de previdência complementar. 

Assim como ela, cerca de 142 mil funcionários e aposentados da Caixa e dos Correios sofrem descontos mensais para cobrir rombos dos fundos Funcef e Postalis, respectivamente. O número dos que terão de arcar com o prejuízo de fundos de pensão ficará ainda maior, já que cerca de 77 mil trabalhadores da Petrobrás foram notificados de que, até o fim do ano, também passarão a contribuir para a redução do déficit de R$ 26,8 bilhões de um dos planos da Fundação Petrobrás de Seguridade Social (Petros). O porcentual dos descontos será definido nos próximos meses.  

Como os funcionários, as patrocinadoras (Correios, Caixa, Banco do Brasil e Petrobrás) também aportam recursos para cobrir os rombos – 50% é pago por elas e 50% pelos trabalhadores.
Aposentada Maria Augusta dos Santos
Aposentada da Funcef, Maria Augusta passará a ter desconto de 10,6% neste mês 
Foto: Fábio Motta/Estadão
CPI. Os déficits bilionários dos fundos começaram a ser motivo de preocupação para os trabalhadores quando surgiu a CPI dos Fundos de Pensão, em 2015. As apreensões ganharam força no ano passado, com a Operação Greenfield, da Polícia Federal. Tanto as investigações da CPI como as da operação apontam desvios bilionários nos fundos. Um dos casos mais polêmicos é o de um investimento feito pela Funcef na Sete Brasil, empresa de sondas para a exploração de petróleo que se mostrou foco de corrupção na Lava Jato. O aporte de R$ 1 bilhão na companhia é apontado como uma das fontes de prejuízo na Funcef. 

“Não tenho culpa que houve roubo (no fundo)”, diz Maria Augusta. “Agora, estão descontando de mim. Tenho 86 anos, estou bastante doente e há mês em que gasto mais de R$ 1 mil com remédios”, afirma a aposentada, que também recebe benefício do INSS.  

Fonte! Chasque (postagem) veiculado no sítio oficial do Estadão, de autoria de Luciana Dyniewicz, no dia 10 de julho de 2017. Abra as porteiras clicando em http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,trabalhador-cobre-rombo-de-fundos-de-pensao,70001883385

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Observação! Sempre quando aparece um chasque (postagem) sobre "fundo de pensão", eu me lembro sempre dos aviadores e demais funcionários aposentados da Varig - Viação Aérea do Rio Grande do Sul, que administrava o seu próprio Fundo de Pensão.

A Varig acabou falindo e o Fundo de Pensão "fazendo água" (entrando em severas dificuldades financeiras).

Por isso, quando se investe para ter uma aposentadoria digna além do INSS, é preciso diversificar em produtos financeiros, além do Fundo de Pensão (se o vivente trabalhar numa empresa que tem o seu próprio fundo).

Saudações Tradicionalistas.

Valdemar Engroff 

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