segunda-feira, 3 de julho de 2017

Por que as pessoas não gostam de fazer um orçamento doméstico, controlar as receitas e despesas?

Créditos! Nosso arquivo pessoal
Isso é fato: tirando, talvez, os economistas, contabilistas e todos os demais profissionais que, de uma forma ou de outra, lidam no dia-a-dia com a matemática financeira, boa parte das pessoas não gosta de ficar registrando, seja num papel, seja num computador, os seus gastos do dia-a-dia.

Porém, como já escrevi num post para o Dinheirama, essa atitude de registrar seus gastos é fundamental para a sua saúde financeira, uma vez que tudo o que é medido é mais bem controlado. A matemática é uma ferramenta que nos auxilia em diversos aspectos de nossa vida. Quem faz dieta está constantemente de olho na balança, a fim de verificar se o seu peso está dentro dos objetivos pretendidos. Quem faz check-ups médicos precisa fazer uma série de exames laboratoriais, a fim de verificar se a saúde anda bem. Ora, se é assim para controlar a saúde física, por quê não recorrer aos números também quando se trata de controlar a saúde financeira?

O problema com os atos de consumo, que é um dos alvos do orçamento doméstico, envolve questões psicológicas e emocionais. Muitas vezes, gastamos além da conta, e poupamos quase nada. Ou seja, gastamos mais do que ganhamos. É uma situação similar à da pessoa que está fora do peso recomendado para seu padrão corporal. Elas se negam intimamente a se defrontar com a realidade, pelo simples fato de que a realidade que vivem não coincide com a realidade que gostariam de viver.

O que fazer, então?

Superar esses bloqueios mentais. Ter uma atitude positiva e responsável em relação às finanças domésticas. Encarar os problemas de frente, assumir que há uma realidade que precisa ser mudada e, sobretudo, começar a trabalhar para que essa realidade seja transformada.

E um dos primeiros passos para ganhar pontos na saúde financeira passa exatamente pela necessidade de um registro dos gastos domésticos. Precisamos olhar, com os nossos olhos, para onde o dinheiro está indo, a fim de que o cérebro veja, então, quais áreas precisam de um reparo. Quase Sempre há excessos e faltas. Excessos de gastos que podem ser cortados em algumas áreas, e também outras áreas onde é preciso gastar mais. A alimentação fora de casa é um exemplo típico do primeiro grupo. Os cuidados preventivos com a saúde formam o exemplo clássico do segundo grupo.

Não tenha vergonha da situação em que se encontra. Vergonhoso, isso sim, é aceitar passivamente uma realidade que, se prolongada no tempo, pode causar sérios danos à sua auto-imagem.

Eis aqui algumas dicas práticas para melhorar a situação:

– Mantenha um registro diário de seus gastos;

– Estabeleça metas de consumo no mês, tanto total (não gastar mais do que “x” reais no mês, com tudo), e parciais, por exemplo, não gastar mais do que “x” reais com alimentação fora de casa;

– Fixe metas de poupança: economizar “y”% do salário;

– Premie-se com o cumprimento de metas: ei, só sacrifício também não vale, né? Se a meta era gastar não mais que R$ 150 em restaurantes, e você conseguiu gastar só R$ 90, não fique se privando das coisas boas da sua vida: gaste os R$ 60 como quiser, por exemplo, numa ida ao cinema com direito a combo completo;

– Aperfeiçoe seu registro de gastos: à medida que avançar no conhecimento das finanças, vá melhorando também a formatação de sua planilha e seu método de registro de gastos.

Boa sorte! 

É isso aí!

Um grande abraço, e que Deus os abençoe!

Fonte! Chasque do meu amigo Guilherme, publicado no seu sítio Valores Reais em 27 de outubro de 2010. Abra as porteiras clicando em

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Observação! Nosso orçamento doméstico fez aniversário em abril deste ano, onde completamos nove anos de controle diário e mensal, com os apontamentos em planilhas de todos os gastos. No começo foi um baque quando vimos o total que foi gasto e anotado no nosso rancho (casa/família). E aos poucos fomos nos adequando e cortando gastos que eram absolutamente desnecessários, para não dizer que "estávamos rasgando dinheiro". 

E neste tempo, nestes nove anos, cumprimos metas: nos pagar primeiro, sempre nos primeiros dias do mês. As filhas, desde os seus 12 e 17 anos respectivamente (temos duas), tem investimentos pequenos para fins de aposentadoria. Eu e a esposa estamos nos capitalizando também para uma aposentadoria mais tranquila.  

Baita abraço para o grande parceiro em finanças pessoais, o Guilherme do sítio Valores Reais e a todos que já entraram e estão entrando no rol dos controladores dos seus gastos em seus orçamentos domésticos, transformando as suas famílias em famílias mais felizes (sem transtornos financeiros, sem dívidas, sem estress, por exemplo)....

Saudações a todos

Valdemar Engroff - o gaúcho taura

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