sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Receita Federal envia 500 mil cartas a contribuintes com pendências no Imposto de Renda

Ação visa estimular regularização voluntária e evitar multas pesadas. Projeto Cartas 2024 segue até outubro e facilita consulta de pendências online.

 A Receita Federal deu início, no último dia 26 de setembro, ao envio de 500 mil cartas destinadas a contribuintes que tiveram suas declarações do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF 2024) retidas na malha fina. O objetivo principal da ação é estimular a regularização espontânea por parte dos contribuintes, evitando que sejam penalizados com pesadas multas. O envio das correspondências será realizado em lotes semanais até o dia 28 de outubro, como parte do "Projeto Cartas 2024", uma iniciativa anual voltada para o incentivo à conformidade fiscal.

Projeto Cartas 2024 busca incentivar regularização voluntária

O "Projeto Cartas 2024" faz parte de uma ação institucional contínua da Receita Federal, que visa facilitar a regularização de pendências tributárias de pessoas físicas. A intenção é que os contribuintes possam corrigir possíveis erros ou omissões em suas declarações de forma ágil e sem a necessidade de esperar uma intimação oficial do órgão. Aqueles que regularizarem suas situações antes de serem notificados poderão evitar multas que variam entre 75% e 150% sobre o valor do imposto devido.

Como verificar pendências na declaração de IRPF

Os contribuintes que desejam verificar se suas declarações foram retidas na malha fina podem fazê-lo de forma simples e sem precisar comparecer a uma unidade de atendimento da Receita. A consulta pode ser realizada diretamente pelo portal e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte) no serviço “Meu Imposto de Renda”, ou pelo aplicativo da Receita Federal, disponível tanto para dispositivos Android quanto iOS.

Para acessar essas plataformas, é necessário utilizar uma conta no portal gov.br, com nível de segurança prata ou ouro, ou um certificado digital. Após o login, a declaração retida apresentará a mensagem “Com Pendência”. Ao clicar nesse aviso, o contribuinte poderá verificar qual o motivo da retenção e seguir as orientações fornecidas para corrigir as informações, caso necessário.

Procedimentos para corrigir a declaração

A Receita Federal destaca a importância de os contribuintes conferirem se todos os valores informados na declaração estão corretos e se possuem a devida documentação comprobatória. Caso algum erro seja identificado, como omissão de rendimentos ou valores incorretos, basta enviar uma declaração retificadora por meio do próprio portal e-CAC ou pelo aplicativo.

A regularização pode ser feita sem a necessidade de comparecer a uma unidade da Receita Federal, o que torna o processo mais prático e acessível para os contribuintes. A retificação espontânea também evita o risco de multas significativas, que podem ser aplicadas caso o erro seja detectado após a notificação oficial do órgão.

Erros comuns que levam à malha fina

Entre os erros mais frequentes que resultam na retenção das declarações na malha fina, destacam-se:

  1. Omissão de rendimentos recebidos de forma esporádica ao longo do ano-calendário;
  2. Falta de inclusão dos rendimentos obtidos por dependentes;
  3. Não declarar integralmente os rendimentos de aposentadoria, especialmente quando o titular ou dependente recebe de mais de uma fonte pagadora;
  4. Erros ao informar o ano de realização de despesas médicas;
  5. Declaração incorreta do valor pago em despesas médicas;
  6. Inclusão de despesas médicas que não são legalmente dedutíveis;
  7. Informar contribuições para VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) como dedutíveis, quando esse tipo de plano não é considerado previdência privada e, portanto, não tem previsão legal para dedução.

Orientações para consulta e regularização

Os contribuintes podem consultar as informações sobre a declaração retida de forma rápida e prática:

  • Aplicativo da Receita Federal: disponível para download em dispositivos móveis Android e iOS, oferece uma maneira ágil de acessar o status da declaração e corrigir pendências.
  • Portal e-CAC: acessível pelo site oficial da Receita Federal, permite que o contribuinte visualize todas as informações da sua declaração ao utilizar uma conta gov.br com selo prata ou ouro, ou um certificado digital.

A iniciativa da Receita Federal visa evitar que erros comuns, muitas vezes cometidos por desatenção ou falta de conhecimento, resultem em penalidades que poderiam ser evitadas com uma simples revisão da declaração de IRPF. A regularização preventiva, além de evitar multas, garante maior tranquilidade aos contribuintes, permitindo que mantenham suas obrigações fiscais em dia.

Aproveitar essa oportunidade para corrigir eventuais falhas é crucial, pois, uma vez intimado ou notificado pela Receita Federal, o contribuinte estará sujeito a multas substanciais, além de complicações futuras em sua situação fiscal.

Fonte! Chasque (Post) de Juliana Moratto, publicado no sítio Contábeis, no dia 02 de outubro de 2024: https://www.contabeis.com.br/noticias/67350/receita-envia-500-mil-cartas-a-contribuintes-com-pendencias-no-ir/ 

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

5 principais erros ao planejar sua aposentadoria e como evitá-los

“O principal fator do investimento não é a rentabilidade, como muita gente gosta de acreditar, é o tempo", diz Ricardo Moura, COO da W1 Consultoria

Confira pontos importantes para planejar sua aposentadoria. Foto: Pixabay

Planejar a aposentadoria pode ser um desafio. Pensar no planejamento de longo prazo, abrir mão hoje de usar um dinheiro que só será utilizado daqui a décadas, saber onde investir e manter a consistência nos aportes são tarefas difíceis. Segundo Ricardo Moura, COO da W1 Consultoria, erros comuns nesse processo podem comprometer a tão sonhada tranquilidade financeira na velhice. A falta de diversificação de investimentos e a ausência de um planejamento claro estão entre as armadilhas mais frequentes. Confira quais são os principais erros e como evitá-los.

1. Não se planejar

O primeiro e mais comum erro é não se planejar ou começar a pensar na aposentadoria tarde demais, quando a data desejada já está próxima. “Um dos pontos principais é não entender a importância de começar cedo. Quanto mais cedo você começa, menor será o esforço necessário para poupar”, afirma Moura.

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    “O principal fator do investimento não é a rentabilidade, como muita gente gosta de acreditar, é o tempo. Era melhor que a pessoa colocasse um dinheiro desde os 20 anos na poupança, que não é a melhor opção para isso, mas que colocasse todo mês, do que ela começar a investir em ações ou em alguma coisa mais arrojada aos 40 anos”.

    Como evitar: Começar a planejar a aposentadoria o quanto antes é a melhor forma de evitar surpresas no futuro. Mesmo pequenas contribuições ao longo do tempo podem ter um impacto positivo significativo, graças aos juros compostos. Quanto mais cedo você começar, menos esforço será necessário para atingir suas metas.

    2. Não entender o produto antes de contratá-lo

    A previdência privada é um dos instrumentos mais utilizados com o objetivo de aposentadoria, e traz vantagens na hora de economizar para o longo prazo. O problema, segundo Moura, é que muitas pessoas contratam o produto, mas não entendem suas características. “O VGBL pode ser muito adequado para alguns e completamente inadequado para outros. É a mesma coisa para o PGBL”, diz ele. “A tabela de imposto, progressiva ou regressiva, também faz muita diferença e a maioria das pessoas não se atenta a isso”.

    Uma mudança recente na regulação passou a permitir a mudança de tabela de imposto na hora do primeiro resgate, então vale ficar atento.

      Como evitar: Entender a diferença entre VGBL e PGBL é essencial. O PGBL permite dedução do imposto de renda para quem faz a declaração completa, mas no momento do resgate, o imposto incidirá sobre o valor total, enquanto o VGBL tributa apenas os rendimentos. Também é importante verificar qual tabela de imposto (progressiva ou regressiva) é mais vantajosa de acordo com seu horizonte de tempo.

      3. Não ter uma reserva de emergência

      Os planos de previdência privada trazem benefícios fiscais no longo prazo, mas não são bons instrumentos se você precisa do dinheiro no curto prazo. Por isso, outro erro ao planejar a aposentadoria é não ter uma reserva de emergência. Isso porque sem esse colchão para absorver os gastos inesperados, muitas vezes as pessoas precisam fazer resgates no plano de previdência no curto prazo. Nesse caso, o investidor pode ter de pagar uma alíquota alta de imposto e pode prejudicar seu planejamento de longo prazo.

      “Para planejar a aposentadoria, é preciso ter o foco de que aquilo realmente é do longo prazo, separar isso numa caixinha e não encostar nela, a não ser que eu realmente não tenha outra alternativa”, diz.

      Como evitar: Antes de investir em previdência, crie uma reserva de emergência equivalente a seis meses ou mais do seu custo de vida. Esse valor deve estar em um investimento de alta liquidez, como CDBs de liquidez diária ou fundos DI, que permitam acesso rápido sem penalidades.

      4. Escolher mal os fundos onde investir a aposentadoria

      Além de decidir entre PGBL e VGBL e qual tabela de imposto usar, é essencial selecionar bem o fundo onde o dinheiro será investido. Isso inclui buscar uma rentabilidade acima do CDI e taxas de administração e performance condizentes com a estratégia e desempenho do fundo.

      “Uma taxa alta não necessariamente é um problema. O ponto principal realmente é entender a relação entre performance e taxa. As pessoas muitas vezes escolhem fundos que têm taxas altas mas rentabilidades baixas e estratégias pouco sofisticadas. Uma taxa de administração alta ou a taxa de performance se justificam quando há uma estratégia sofisticada que tem o objetivo de trazer rentabilidades mais arrojadas”, diz Moura.

      Nos últimos anos, aumentou a diversidade de fundos de investimentos disponíveis na previdência. “Hoje, temos desde previdência privada extremamente conservadoras, com baixíssima volatilidade, até fundos de previdência privada que têm criptomoedas na carteira”, diz Moura. O importante aqui é escolher um que se adeque ao perfil de risco do investidor.

      Como evitar: Escolha fundos que estejam alinhados ao seu perfil de risco e objetivos. Avalie não apenas a taxa de administração, mas também o desempenho e a estratégia do fundo. Uma taxa alta pode ser justificada se o fundo entregar uma performance que compense esse custo.

      5. Não se informar sobre as formas de resgatar o dinheiro

      Após anos acumulando recursos, chega o momento de decidir como resgatar o dinheiro. A previdência oferece duas opções: sacar o montante total ou contratar uma renda mensal vitalícia com a seguradora.

        “As duas opções têm suas vantagens e desvantagens. O maior erro é não compreender quais são elas”, afirma Moura. Contratar uma renda mensal pode ser vantajoso para garantir uma fonte de receita estável, mas tem o inconveniente de que o patrimônio passa a pertencer à seguradora, e não ao investidor, o que pode ser menos interessante em termos de sucessão.

        Por outro lado, resgatar o valor total permite manter o patrimônio sob seu controle, mas exige que o investidor saiba gerir o dinheiro sozinho, o que pode ser arriscado. “Nesse momento, o conservadorismo é fundamental. O objetivo deve ser liquidez, geração de renda e segurança, já que você dependerá desse dinheiro para o resto da vida”, conclui.

        Como evitar: Avalie qual das opções se alinha melhor aos seus objetivos e necessidades. Se você optar pelo saque total, busque investimentos conservadores que ofereçam liquidez e segurança. Se contratar uma renda vitalícia, certifique-se de que o valor mensal será suficiente para cobrir suas despesas.

        Para conhecer mais sobre finanças pessoais e investimentos, confira os conteúdos gratuitos na Plataforma de Cursos da B3. Se já é investidor e quer analisar todos os seus investimentos, gratuitamente, em um só lugar, acesse a Área do Investidor.

        Fonte! Chasque (Post) publicado no dia 30 de setembro de 2024, por Daniela Frabasile, no sítio B3 Bora Investirhttps://borainvestir.b3.com.br/objetivos-financeiros/investir-melhor/5-principais-erros-ao-planejar-sua-aposentadoria-e-como-evita-los/

        sábado, 28 de setembro de 2024

        5 dicas para ter independência financeira: veja o que recomendam os especialistas

        Ter independência financeira é um processo que requer paciência e dedicação

        A busca para saber como ter independência financeira movimenta pessoas de todas as idades. Ter condições de custear seus gastos fixos sem depender de outras fontes de renda é um dos grandes objetivos financeiros, trazendo liberdade e autonomia. Mas o que fazer para chegar lá?

        Marlon Glaciano, planejador financeiro e especialista em finanças, e Simone Carvalho Santos, planejadora CFP e CEO do grupo Nano, dão dicas para você saber como ter independência financeira. Veja só!

        1 – Gaste menos do que ganha

        Para se tornar independente financeiramente você precisa conseguir juntar recursos que te permitam custear seus gastos por um longo período. A menos que você ganhe na Mega Sena, o que é altamente improvável, isso não será possível a menos que você se planeje para gastar menos do que você ganha.

        Portanto, pegando essa “sobra” para poupar e investir. Assim, logo, formando esse patrimônio que servirá de garantia da sua independência financeira.

        2 – Busque conhecimento para ter independência financeira

        Educação financeira é uma importante ferramenta para quem quer ter independência financeira. Isso uma vez que ao buscar esse conhecimento você terá acesso a uma série de saberes e estratégias que te ajudarão a otimizar seus gastos, poupar mais e investir melhor.

        3 – Invista regularmente e confie nos juros compostos

        Não gastar tudo que ganha e guardar dinheiro é um passo importante, mas se não investir o dinheiro que sobra você perderá um grande potencial de crescimento dos valores ao longo do tempo. Simone Carvalho Santos cita, por exemplo, os juros compostos.

        Ao deixar os valores investidos por longos períodos, ou reinvestir o que você receber de rendimento dos seus investimentos, você permitirá que esse dinheiro se multiplique por um tempo. São os juros sobre juros, ou seja, os juros compostos.

        4 – Forme uma reserva de emergência

        Por melhor que se faça o planejamento financeiro, imprevistos acontecem. É da vida. Para evitar que esses imprevistos desorientem seu plano de ter independência financeira, você deve ter uma reserva de emergência.

        Ou seja, você deve se planejar para ter de fácil acesso um valor que corresponda a meses dos seus gastos recorrentes. Assim, caso algo aconteça, seja a perda de um emprego ou outro fator, você estará segura e seguro para manter seu planejamento por esse período.

        5 – Diversifique e busque renda passiva para ter independência financeira

        Uma vez que você tenha uma reserva de emergência é a hora de diversificar. Especialistas reforçam a importância de uma carteira diversificada, para que a sua independência financeira não dependa de um único produto de investimento.

        No caso de quem mira ser financeiramente independente, é ainda mais importante inserir na carteira com o tempo produtos que ofertem renda passiva. Por exemplo, ações que pagam dividendos, fundos imobiliários e a própria compra de imóveis. Tudo, no entanto, sempre observando seu perfil de investidor e tolerância a riscos. 

        Fonte! Chasque (Post) de Lívia Venaglia, publicado no sítio Inteligência Financeira, no dia 28 de setembro de 2024: https://inteligenciafinanceira.com.br/financas/planejamento-financeiro/como-ter-independencia-financeira/

        sexta-feira, 27 de setembro de 2024

        O que é VGBL, o plano de previdência privada para quem entrega a declaração simplificada do imposto de renda

        Se você entrega a declaração simplificada do imposto de renda, não é segurado da Previdência Social ou está fazendo planejamento sucessório, o VGBL é o plano certo para você. Entenda como ele funciona

        Avós e neta
        VGBL pode ser usado para planejar a transmissão dos recursos para os futuros herdeiros. - Imagem: bbernard/Shutterstock
        Os planos de previdência privada aberta contam com uma série de incentivos tributários para quem investe para o longo prazo. Mas a escolha do plano certo – VGBL ou PGBL – depende de uma série de fatores.

        Por exemplo, da modalidade da declaração de imposto de renda que o investidor costuma entregar (se simplificada ou completa), da sua contribuição ou não para a Previdência Social e da sua intenção em usar o plano como ferramenta de planejamento sucessório.

        Em outro texto, eu já falei sobre o PGBL, Plano Gerador de Benefício Livre. Ele é indicado para quem já contribui para a Previdência Social e entrega a declaração completa do imposto de renda, aquela que aproveita todas as deduções.

        Só assim é possível se beneficiar de um incentivo que só o PGBL tem: a possibilidade de abater as contribuições feitas ao plano em um limite de até 12% da renda bruta tributável anual.

        Mas quem entrega a declaração simplificada faz como? E quem deseja fazer um plano para alguém que não contribua para a Previdência Social? Nesses casos, o mais indicado é o VGBL, sigla para Vida Gerador de Benefício Livre.

        O que é VGBL

        Assim como o PGBL, o VGBL é um tipo de plano de previdência privada aberta, isto é qualquer interessado pode aderir a ele, a qualquer tempo.

        É diferente dos planos fechados, oferecidos por empresas a seus empregados e organizações de classe aos seus associados. Eu já falei das diferenças entre esses dois tipos de previdência privada em outro texto.

        VGBL são oferecidos por seguradoras e distribuídos por corretores de seguros, gestoras de recursos, corretoras de valores, bancos e distribuidoras de valores mobiliários. Eles podem ser encontrados, por exemplo, nas plataformas de investimento digitais das instituições financeiras.

        Cada plano é estruturado de forma a investir em um ou mais fundos de previdência previamente selecionados. Só que em vez de o titular do plano se tornar cotista direto desse(s) fundo(s), ele efetua pagamentos à seguradora, que os aplica em um fundo exclusivo do qual ela é a única cotista.

        A ideia do VGBL – e da previdência privada em geral – é que o titular acumule patrimônio durante alguns anos e, ao final deste prazo, passe a usufruir do seu investimento.

        Terminado o período de acumulação, o titular do plano tem basicamente três opções: resgatar todo o montante acumulado no plano de uma só vez; programar resgates periódicos de forma a aproveitar a menor alíquota possível de IR; ou contratar uma modalidade de renda.

        Em cada uma dessas situações, a forma de tributação se dá de uma maneira diferente, bem como o destino dos recursos em caso de falecimento do titular.

        Benefícios tributários

        Planos de previdência privada contam com benefícios tributários, numa intenção do governo de estimular a poupança de longo prazo.

        Os benefícios do VGBL também estão presentes no PGBL. É o caso da ausência de come-cotas, aquela tributação semestral dos fundos de investimento não previdenciários.

        Nos planos de previdência, o desconto de imposto de renda ocorre somente na época do resgate ou do recebimento da renda.

        Outra vantagem é a existência de dois tipos de tabela de tributação: a progressiva, que é a mesma que incide sobre os salários, e a regressiva, cujas alíquotas diminuem conforme o prazo da aplicação.

        Apesar de as alíquotas serem muito altas nos primeiros anos de investimento – mais do que nos investimentos comuns – após dez anos de aplicação o imposto de renda chega a 10%, bem menor que os 15% dos demais investimentos.

        Eu falo mais sobre os benefícios tributários da previdência privada, bem como as tabelas de tributação e a melhor forma de escolher a tabela ideal para você neste outro texto.

        E o que é que o VGBL tem?

        Ao contrário do PGBL, o VGBL não permite que as contribuições feitas ao plano sejam deduzidas da base de cálculo do imposto de renda na hora da declaração.

        A dedução permite ao investidor de PGBL postergar o IR devido para o momento do resgate ou do recebimento da renda, na hora de usufruir do montante acumulado no plano.

        Em razão disso, a alíquota de imposto recai sobre todo o valor recebido, principal e rentabilidade.

        No VGBL, no entanto, não ocorre esta postergação, uma vez que a dedução não é permitida. A alíquota de IR incide apenas sobre a rentabilidade na hora do resgate ou do recebimento da renda.

        Conheça as semelhanças e diferenças entre os dois planos e saiba qual o mais vantajoso para você, se PGBL ou VGBL.

        Para quem o VGBL é indicado

        Como todo plano de previdência privada, o VGBL é indicado principalmente para quem tem horizonte de investimento de longo prazo, superior a oito anos. Esta é a melhor forma de efetivamente aproveitar os benefícios tributários.

        Por isso, a previdência privada é interessante, por exemplo, para poupar para a aposentadoria ou a faculdade dos filhos que ainda são pequenos.

        Ou seja, nada de cair na conversa do seu gerente ou consultor financeiro que queira te “empurrar” esse produto (principalmente se for para você conseguir algo em troca, como uma linha de crédito). Para investimentos de curto e médio prazo, há outras aplicações financeiras bem melhores.

        Quanto ao perfil do investidor, o VGBL é recomendado para quem se encaixa em um ou mais dos critérios a seguir:

        Entrega a declaração simplificada do imposto de renda

        A declaração simplificada é aquela que conta com um desconto único de 20% na base de cálculo do IR, independentemente dos gastos dedutíveis.

        Quando a gente termina de preencher a declaração, o próprio programa da Receita indica qual a opção mais vantajosa naquele ano, se a completa ou a simplificada.

        Em outras palavras, o programa indica qual das duas modalidades resulta em menos imposto a pagar ou mais imposto a restituir.

        Quem entrega a declaração completa pode optar pelo PGBL, que conta com o benefício extra de permitir o abatimento das contribuições feitas ao plano, em um limite de até 12% da renda bruta tributável anual.

        Mas quem entrega a declaração simplificada NÃO DEVE fazer PGBL. Se o fizer, acabará pagando imposto de renda duas vezes: sobre o valor das contribuições no ajuste anual, já que os abatimentos não são possíveis; e novamente sobre o valor das contribuições no resgate do plano, já que o IR não incide só sobre a rentabilidade, mas também sobre o principal.

        Quem faz a declaração simplificada só deve fazer VGBL. Não contará com o benefício da dedução e da postergação do pagamento do imposto, mas ao menos só pagará IR sobre a rentabilidade como em qualquer outro investimento. E com a possibilidade de pegar a alíquota reduzida de 10%.

        Investidores que não costumam entregar sempre a mesma modalidade de declaração, alternando entre completa e simplificada, podem fazer os dois planos e contribuir só no fim do ano.

        Em dezembro já é possível ter uma noção da sua renda bruta tributável e dos gastos dedutíveis. O contribuinte pode simular a declaração do ano seguinte no programa antigo mesmo, só para ter ideia de qual modalidade da declaração será a mais vantajosa.

        Caso estime que a declaração completa será mais vantajosa, ele contribui para o PGBL; caso estime que a melhor opção seja a declaração simplificada, contribui para o VGBL.

        Não é segurado da Previdência Social

        Para que seja possível deduzir as contribuições ao PGBL na declaração de imposto de renda, não basta entregar a declaração completa.

        Se o titular do plano for maior de 16 anos, ele também precisa ser segurado da Previdência Social (INSS ou regime próprio de servidores públicos), ativo ou inativo.

        Isso vale tanto para o PGBL feito em nome do próprio contribuinte que irá abater o investimento, quanto para os planos feitos em nome de dependentes – por exemplo, filhos e cônjuges que não trabalham.

        Ou seja, um autônomo que tenha decidido não contribuir para o INSS não deve fazer PGBL, mesmo que entregue a declaração completa. Como ele não conseguirá abater as contribuições feitas ao plano, é melhor optar por um VGBL.

        O mesmo vale para quem faz previdência privada para filhos que ainda sejam dependentes na declaração.

        Até os 16 anos, as contribuições para PGBL em nome deles podem ser abatidas na declaração de um dos pais; depois de eles completarem 16 anos, no entanto, o abatimento só se torna possível caso sejam feitas contribuições em seu nome também para a Previdência Social, mesmo que eles ainda não trabalhem.

        Se as contribuições para a previdência pública não forem feitas, vale mais a pena passar a contribuir para um VGBL. Caso os filhos já tenham PGBL, não é possível pedir portabilidade para um VGBL, mas também não é preciso resgatar os recursos. Basta parar de contribuir para o PGBL e abrir um VGBL.

        Deseja investir mais de 12% da renda bruta tributável anual em previdência privada

        Quem entrega a declaração completa do IR, contribui para a Previdência Social, mas deseja destinar mais de 12% da renda bruta tributável anual para previdência privada também pode se beneficiar do VGBL. Basta destinar 12% da renda bruta tributável anual para um PGBL e o restante para o VGBL.

        Deseja utilizar a previdência privada para fazer planejamento sucessório

        Como os planos de previdência privada não entram em inventário após a morte do titular, eles são muito usados para fazer planejamento sucessório, isto é, planejar a transmissão dos recursos aos futuros herdeiros ainda em vida.

        A transmissão dos recursos investidos no plano ou da renda contratada (se houver reversibilidade aos beneficiários) é feita rapidamente e com muito pouca burocracia.

        Além disso, é possível incluir na lista de beneficiários pessoas que não sejam herdeiras, como um empregado da família ou um parente mais distante.

        Assim, a previdência privada pode ser utilizada, por exemplo, por quem quer deixar alguma coisa para um ente querido que não seja um herdeiro necessário, ou quem deseja deixar acessíveis os recursos para a família arcar com as despesas do inventário.

        O VGBL é o plano mais indicado para esta finalidade, uma vez que a tributação incide apenas sobre a rentabilidade, nunca sobre o principal.

        É muito comum que investidores façam um único aporte em VGBL já com a quantia que desejam deixar para os beneficiários.

        Onde os fundos que integram o VGBL podem investir

        VGBL são classificados junto à Superintendência de Seguros Privados (Susep) como Seguros de Pessoas. Eles têm características securitárias, podendo incluir coberturas de risco, como pecúlio por invalidez ou morte, pensão por morte ou renda por invalidez.

        No entanto, a principal cobertura é a de sobrevivência, que depende dos valores das contribuições feitas ao plano, bem como da rentabilidade dos investimentos.

        As contribuições feitas aos VGBL podem ser periódicas ou não e vão sendo investidas em um ou mais fundos de previdência que podem ter diferentes níveis de risco, dependendo do perfil do investidor.

        Os fundos de previdência mais conservadores – que são maioria absoluta no mercado – investem apenas em renda fixa. Mas há também fundos moderados e arrojados, como os multimercados (que podem investir em diversas classes de ativos), e os de ações (que devem investir, no mínimo, 67% do patrimônio em renda variável).

        Para a maioria das pessoas físicas, os VGBL devem respeitar os seguintes limites máximos de investimento:

        • Até 100% do patrimônio em ativos de renda fixa;
        • Até 70% do patrimônio em ativos de renda variável;
        • Até 20% do patrimônio em imóveis, por meio de fundos;
        • Até 20% do patrimônio em ativos sujeitos à variação cambial, o que inclui investimentos no exterior;
        • Até 20% do patrimônio em outros ativos, como Certificados de Operações Estruturadas (COE).

        Os planos destinados a investidores qualificados – aqueles que têm mais de um milhão de reais em aplicações financeiras, entre outros com perfil bem específico – podem investir nas diferentes classes de ativos até os seguintes limites:

        • Até 100% do patrimônio em ativos de renda fixa;
        • Até 100% do patrimônio em ativos de renda variável;
        • Até 40% do patrimônio em imóveis, por meio de fundos;
        • Até 40% do patrimônio em ativos sujeitos à variação cambial, o que inclui investimentos no exterior;
        • Até 40% do patrimônio em outros ativos, como Certificados de Operações Estruturadas (COE).

        É claro que a composição da carteira impacta risco e retorno: fundos com mais renda variável, como ações, tendem a ter maior risco, mas também podem render mais. Já os fundos que investem primordialmente em renda fixa tendem a render menos, mas estão menos expostos a perdas.

        Planos de previdência com mais renda variável são mais recomendados para investidores jovens ou pessoas que ainda estejam distantes do seu objetivo financeiro. Já aqueles com mais renda fixa costumam ser mais indicados para quem está chegando perto da aposentadoria ou da data do seu objetivo financeiro.

        O ideal é que haja uma migração do risco mais alto para o mais baixo com o passar do tempo. Hoje já existem planos de previdência multifundos, que oferecem essa possibilidade, adequando a exposição ao risco à fase da vida do investidor.

        Custos

        Planos de previdência estão sujeitos a cobrança de taxa de administração pela gestão profissional dos fundos, da mesma forma que os fundos de investimento comuns. Trata-se de um percentual que incide sobre todo o montante investido.

        Adicionalmente, alguns planos cobram uma taxa de carregamento, que remunera despesas relativas à cotização financeira, como débito em conta, emissão de boleto, entre outras.

        Essa taxa consiste em um percentual que incide apenas sobre o valor das contribuições, nunca sobre a rentabilidade. Mas ela pode ser cobrada na entrada (quando o investidor faz o aporte), na saída (quando ocorre um resgate ou portabilidade para outro plano de previdência) ou em ambas as situações.

        Por exemplo, se a taxa de carregamento é de 1% na entrada, isso significa que, de cada R$ 100 de contribuição ao plano, apenas R$ 99 serão efetivamente investidos.

        A taxa de carregamento reduz muito o potencial de rentabilidade do investimento. Eles podem ficar mais desvantajosos do que aplicações financeiras que não contam com incentivos tributários.

        Hoje em dia há uma série de fundos excelentes, de gestoras renomadas, comercializados nas versões PGBL e VGBL em seguradoras que não cobram taxa de carregamento. Algumas seguradoras comercializam planos cuja taxa de carregamento pode ser zerada em certas circunstâncias. Assim, o ideal é evitar os planos que fazem essa cobrança.

        Portabilidade

        Se você estiver insatisfeito com o desempenho ou os altos custos do seu VGBL, você pode pedir a portabilidade dos recursos acumulados para outro plano, de qualquer instituição financeira, sem custo.

        Ou seja, você não precisa resgatar o plano atual, pagar imposto de renda, e investir em outro. O único custo que talvez possa existir é taxa de carregamento na saída, mas aí essa é uma característica do plano que você quer deixar (e a mera existência dessa taxa já é um ótimo motivo para sair dele!).

        A portabilidade só pode ser feita durante o período de acumulação, nunca depois de contratar uma modalidade de renda. Para ter direito à migração, o participante deve ter permanecido no plano por, no mínimo, 60 dias.

        Ele deve entrar em contato com a instituição financeira que comercializa o plano para o qual ele deseja migrar, bem como com a instituição financeira do seu plano de origem, e o processo deve ser concluído em até 10 dias úteis.

        É possível fazer a portabilidade de uma instituição para outra ou entre planos de uma mesma instituição financeira. Durante a portabilidade, também é possível trocar a tabela de tributação da progressiva para a regressiva. O contrário, porém, não é permitido.

        E atenção: só dá para migrar de VGBL para VGBL ou de PGBL para PGBL. A troca de V para P, ou vice-versa, não é possível.

        A portabilidade pode ser vantajosa se você quiser migrar para um plano com custos menores, rendimentos maiores ou que tenha um perfil de risco diferente do atual – por exemplo, que invista um percentual maior ou menor da carteira em ações.

        E na hora de usufruir do investimento?

        Depois de acumular recursos suficientes no seu VGBL durante alguns anos, chega o momento de usufruir dos recursos investidos. Nessa hora, você tem duas opções: fazer o resgate ou contratar uma modalidade de renda.

        O resgate ocorre como em um investimento qualquer. Você pode resgatar tudo de uma vez ou fazer resgates periódicos, com no mínimo 60 dias de prazo entre eles.

        Nesse caso, você vai consumindo o patrimônio acumulado aos poucos. Então os valores resgatados estarão de acordo com o que você conseguiu acumular com os anos e a rentabilidade obtida.

        Ao optar pelo resgate, o investidor garante, ainda, que seu patrimônio permaneça segregado do patrimônio da seguradora. Ou seja, se ela vier a quebrar, seus recursos estão a salvo. E, quando ele morrer, o que restar do dinheiro será transmitido aos beneficiários, sem necessidade de passar por inventário.

        A contratação de renda é um bicho diferente. É como se fosse a compra de um seguro. Há diversas modalidades de renda, que podem incluir ou não reversão para cônjuges e outros beneficiários após a morte do titular. Isto é, os beneficiários podem ou não continuar recebendo a renda contratada depois que o titular se for.

        O valor da renda vai depender de quanto o participante conseguiu acumular ao longo dos anos e das coberturas contratadas. Em geral, ao escolher esse caminho, o investidor ganha menos do que se optasse pelos resgates.

        Mas enquanto nos resgates é ele quem deve gerir os seus recursos, na renda quem faz isso é a seguradora. Todo o patrimônio acumulado no VGBL fica para a instituição financeira, que se torna responsável pelos pagamentos.

        Nesse caso, quando o titular morrer, os recursos acumulados ficam para a seguradora. Os beneficiários só recebem alguma coisa caso tenha sido contratada a reversibilidade de renda. Além disso, se a seguradora quebrar, o pagamento da renda pode ter de cessar.

        Poucos são os investidores de VGBL que contratam renda. Em geral, só fazem isso aqueles que desejam controlar a forma como os herdeiros receberão recursos após a sua morte.

        A tributação do VGBL depende não só da escolha da tabela de imposto de renda como também de como o participante escolhe usufruir dos recursos. Neste outro texto, eu explico melhor como ocorre a cobrança do imposto de renda em previdência privada.

        Fonte! Chasque (post) de Julia Witgen, publicado no sítio Seu Dinheiro, no dia 27 de setembro de 2024: https://www.seudinheiro.com/guias/vgbl/

        segunda-feira, 23 de setembro de 2024

        Governo alerta quais documentos podem ser usados para prova de vida do INSS

        O INSS segue fazendo a prova de vida de seus segurados, mas com algumas mudanças. As alterações vêm gerando dúvidas entre a população, principalmente após falsas notícias sobre os documentos começarem a circular pela internet. O FDR esclarece agora quais são aceitos.

        Governo alerta quais documentos podem ser usados para prova de vida do INSS (Imagem: Jeane de Oliveira/ FDR)

        Um falso comunidade do Instituto Nacional do Seguro Social de 2022 está circulando pela internet. O texto afirma que o comprovante de votação seria aceito como prova de vida, mas essa notícia é falsa.

        O texto afirma “aposentados que forem às urnas: o voto servirá de prova de vida junto ao INSS, fato que infelizmente não está sendo divulgado pela imprensa”. 

        Benefício é suspenso por falta da prova de vida?

        Não, o benefício não será suspenso pela falta da prova de vida, o próprio presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, já tranquilizou os aposentados e pensionistas:

        “Nós tivemos que optar entre melhorar a fila (de requerimentos) ou desenvolver a tecnologia para fazer da prova de vida. A ferramenta está sendo feita, mas a prioridade do INSS – já que não há risco de suspensão de benefícios por falta de comprovação de vida até o final do ano – é conceder direito a quem tem direito”, afirmou o presidente do INSS.

        Segundo Stefanutto, o próprio INSS faz a comprovação atualmente através do cruzamento do banco de dados. Mas não utiliza as informações eleitorais para isso.

        Como é feita a prova de vida do INSS?

        Quando o cidadão realiza alguma atividade ou transação em órgão ou sistema federal o governo recebe a informação.

        Por exemplo, sempre que ele comparece em uma unidade do CRAS, quando passa a receber um benefício como o Bolsa Família, Auxílio-Gás, Minha Casa Minha Vida entre outros.

        Segundo a especialista do FDR, Laura Alvarenga, os idosos podem ter acesso a à moradia gratuita pelo Minha Casa, Minha Vida, saiba como.

        São reunidos dados de diversos órgãos e entidades para a comprovação de vida de um cidadão:

        1) Bancos, quando um empréstimo ou saque de benefícios, ambos com identificação biométrica;

        2) Atendimento voluntário nas Agências do INSS, perícias médicas presenciais ou via telemedicina.

        Governo alerta quais documentos podem ser usados para prova de vida do INSS (Imagem: Jeane de Oliveira/ FDR)

        Mudanças na prova de vida

        Em breve o INSS passará a aceitar também como prova de vida. Interoperabilidade para serem utilizadas como comprovação de vida:

        1) Vacinação;

        2) Cadastro ou recadastramento nos órgãos de trânsito ou segurança pública;

        3) Votação nas eleições.

        Isso significa que o comprovante de votação ainda nao é aceito como comprovação de vida.

        No vídeo o colunista do FDR, Ariel França, explica quais documentos você precisa separar, saco seja convocado para a revisão doe benefícios. Acesse https://www.youtube.com/watch?v=7a1CaAPjS4Y;

        Emissão/renovação de:

        1) Passaporte;

        2) Carteira de motorista;

        3) Carteira de trabalho;

        4) Alistamento militar;

        5) Carteira de identidade; ou

        6) Outros documentos oficiais que necessitem da presença física do usuário ou reconhecimento biométrico;

        7) Declaração de Imposto de Renda como titular ou dependente.

        Como fazer a prova de vida do INSS?

        Quem ainda assim desejar pode fazer essa prova e o melhor, não precisa sair de casa e ir até uma agência da Previdência. Basta utilizar o aplicativo Meu INSS. A prova de vida também continua sendo feita presencialmente nas agências bancárias, como citado acima.

        Nesse caso é só fazer transação usando o reconhecimento biométrico, presencial ou pelo aplicativo no banco.

        Quando a prova de vida é dispensada?

        Nem todos os segurados precisam passar pelo procedimento, quem recebe benefícios com duração inferior a 1 anos é dispensado. Por exemplo, o salário-maternidade, auxílios por incapacidade temporária, seguro-defeso.

        No caso do benefício por incapacidade temporária, o auxílio-doença, a comprovação acontece através da perícia médica, caso ele seja prorrogado.

        Sabia que existe uma nova opção de aposentadoria? Clique aqui e conheça a modalidade disponível para quem tem carteira assinada.

        Fonte! Chasque (post) de Jamille Novaes, publicado no sítio FDR, no dia 22 de setembro de 2024: https://fdr.com.br/2024/09/22/governo-alerta-quais-documentos-podem-ser-usados-para-prova-de-vida-do-inss/


        domingo, 23 de junho de 2024

        Exclusivo: CMN acabará com restrições para fundos de pensão investirem em imóveis

        Além disso, colegiado deve reduzir de 15% para 10% o percentual permitido para investimentos em cotas de Fundos de Investimento em Participações (FIPs)


        Obras: CMN deve reduzir de 15% para 10% o percentual permitido para aplicações em cotas de FIPs (Hugo Barreto/Divulgação)

        O Conselho Monetário Nacional (CMN) acabará com a restrição legal aprovada pelo colegiado em maio 2018 que vedou a aquisição direta de imóveis pelas entidades fechadas de previdência complementar (EFPC) e as obrigou a alienar os imóveis de propriedade direta em até 12 anos, ou seja, até maio de 2030. Segundos técnicos do Ministério da Fazenda ouvidos pela EXAME, a mudança deve ser votada na reunião de junho.

        A medida tem potencial de aquecer o mercado e, ao mesmo tempo, gerar emprego e renda. O setor da construção civil é intensivo em mão e obra e o governo Lula quer manter em alta a abertura de postos de trabalho.

        A mudança nas regras de investimentos imobiliários dos fundos dos pensão criou uma distorção nesse mercado. Segundo os técnicos da Fazenda, diversos fundos não têm conseguido vender os ativos porque os compradores têm esperado a proximidade da data limite para ter maior poder de barganha nas negociações.

        Além dessa distorção, a proibição atraiu para o Brasil fundos de pensão do Canadá para investirem diretamente em imóveis. Entre eles estão o Canadá Pensions Plans, o Ontario Teachers e a Quebec Caixa de Previdência.

        A norma vigente no país limita a participação dos fundos de pensão no segmento imobiliário em 20%. E essa participação se dá somente por meio de:

        • cotas de fundos de investimento imobiliário (FII);
        • cotas de fundos de investimento em cotas de FII (FICFII);
        • certificados de recebíveis imobiliários (CRIs);
        • cédulas de crédito imobiliário (CCIs).
        • Anteriormente, os investimentos em imóveis dos fundos de pensão contemplavam:
        • empreendimentos imobiliários;
        • imóveis para aluguel e renda.

        Além das mudanças nos investimentos imobiliários dos fundos de pensão, o CMN deve reduzir de 15% para 10% o percentual permitido para aplicações em cotas de Fundos de Investimento em Participações (FIPs).

        Fonte! Chasque (post) publicado no Portal Exame por Antônio Temóteo, Repórter Especial de Macroeconomia, no dia 07 de junho de 2024: https://exame.com/economia/exclusivo-cmn-acabara-com-restricoes-para-fundos-de-pensao-investirem-em-imoveis/

        sábado, 22 de junho de 2024

        Como viver de renda com R$ 1 milhão para sempre?

        Vamos te mostrar se ser milionário te garante uma renda confortável para o resto da vida
         
        Estratégias de investimento

        Como viver de renda com R$ 1 milhão para sempre? Será que é possível investir esse valor e viver apenas de juros, até o fim da vida, sem se preocupar com gerar uma renda nova todo mês? Ou seja, alcançar aquele sonho que é de muitos: trabalhar apenas se quiser, por prazer, e não pela pressão de pagar os boletos. Para saber se isso é possível, conversamos com Carlos Castro, planejador financeiro pela Planejar e sócio da empresa de planejamento financeiro Super Rico, que mostrou os caminhos para tornar esse sonho em realidade.

        Para fazer as simulações, o planejador considerou que uma pessoa deseja se aposentar com R$ 5 mil e R$ 10 mil por mês. Já os cálculos estão baseados nas seguintes premissas:

        • Juros reais de 4% ao ano
        • Taxa Selic de 10,25% ao ano
        • IPCA de 3,50% ao ano

        Vamos, então, aos cenários:

        Cenário 1: consumir o capital de R$ 1 milhão até acabar

        Pelos cálculos de Carlos Castro, quem tem R$ 1 milhão agora e já quer se aposentar gastando R$ 5 mil por mês da aplicação poderá fazê-lo por 26 anos. Depois, o dinheiro acaba.

        Mas se quiser uma renda maior, de R$ 10 mil por mês, vai descobrir que o dinheiro vai durar bem menos: 9 anos.

        Depois, terá de procurar outra fonte de renda para viver ou começar a trabalhar de novo.

        Cenário 2: Ter uma renda mensal perpétua

        Mas se o investidor estiver interessado em ter uma renda perpétua, vivendo apenas dos juros da aplicação, sem consumir o capital principal, o esforço de poupança teria de ser maior. Nesse caso, ter R$ 1 milhão de capital investido não seria suficiente.

        Sob essa perspectiva, quem quiser se aposentar imediatamente tendo uma renda mensal de R$ 10 mil por mês pelo resto da vida, teria de triplicar o capital para atingir essa meta.

        Assim, só com um capital acumulado de R$ 3.054,610,53 seria possível se manter com R$ 10 mil por mês durante toda a vida, vivendo apenas dos juros do montante acumulado.

        Se for mais modesto e reduzir o valor para R$ 5 mil mensais, sem se preocupar com prazo, o esforço extra diminui, mas, ainda assim, seria preciso acumular, de forma imediata, mais de meio milhão de reais.

        Ou R$ 1.527.305,26, para sermos mais exatos.

        Cenário 3: fazer R$ 1 milhão render para sempre

        Mas, afinal: quem tem R$ 1 milhão consegue sacar quanto por mês de forma perpétua para viver de renda?

        Mantido o cenário hipotético de juros reais de 4% ao ano, taxa Selic de 10,25% ao ano e IPCA de 3,50% ao ano, se tivesse R$ 1 milhão investidos, o investidor poderia sacar R$ 3.300 todo mês, para sempre, sem mexer no investimento principal.

        Podemos considerar esta uma renda perpétua, pois levaria 111 anos para que o dinheiro acabasse.

        Tempo e estratégia

        Mas, de acordo com Castro, é muito difícil que o brasileiro comum consiga ter uma renda perpétua. Ainda mais viver de renda com R$ 1 milhão. “O que vai acabar acontecendo é que ele vai precisar consumir esse principal. Nesse caso, cabe a ele montar um patrimônio que permita que ele consuma esse principal de forma que dure o máximo de tempo possível”, diz.

        Então, para fazer isso, é preciso administrar as variáveis que estão à mão. Um erro comum é achar que dá para apostar a independência financeira nos juros dos seus investimentos. “A taxa de juros não está nas nossas mãos, não depende do investidor. Por isso, não dá para dizer que vai construir o patrimônio considerando as estratégias de alocação, porque essas estratégias dependem das condições do mercado financeiro.”

        Sendo assim, quais são as variáveis que você o investidor consegue administrar? A resposta, de acordo com Castro, são duas: o tempo e capacidade de poupança mensal.

        Como administrar o tempo e a capacidade de poupança para viver de renda?

        Para administrar a capacidade de poupança, ou seja, a capacidade de geração de renda atual, a solução é cortar despesas ou aumentar receitas. Se não está sendo possível poupar todo mês para conseguir a independência financeira, a solução será diminuir as despesas ou conseguir gerar mais renda, para ter mais dinheiro para poupar.

        Já para administrar o tempo, segue um exemplo prático para ficar mais fácil. Afinal, quem não tem dinheiro para comprar algo à vista, sempre pode poupar para comprar mais pra frente, certo?

        Então, vamos voltar ao investidor que tem R$ 1 milhão e quer sacar R$ 5 mil todo mês. Como já vimos, se consumisse também o principal, o dinheiro duraria por 26 anos. Mas se quisesse viver apenas de juros, teria de acumular pouco mais de R$ 1,5 milhão imediatamente.

        Além disso, como sabemos que está à mão, dá para o investidor mudar a variável tempo. Assim, se em vez de se aposentar imediatamente ele adiasse o projeto por mais 10 anos e durante esse período poupasse R$ 320,81 todo mês, ele conseguiria acumular o valor de R$ 1.527,305,26.

        Assim ao final desse período, o investidor iria conseguir manter as retiradas mensais de R$ 5 mil por toda sua vida. Ou, ao menos, por mais 111 anos.

        E quanto rende R$ 1 milhão?

        Quer saber quanto rende R$ 1 milhão? A nova calculadora gratuita de Renda Fixa da Inteligência Financeira faz esse cálculo rapidamente. Acesse este nossa calculadora de renda fixa.

        É divertido fazer as simulações e descobrir quanto rende seu dinheiro ao investir em títulos do Tesouro, CDB e LCI, por exemplo.

        Você pode, inclusive, aproveitar e ver quanto rende R$ 1 milhão na conta corrente. É surpreendente.

        Nesta simulação, descobrimos que, em um ano, R$ 1 milhão rende R$ 1.095.538,67 se investirmos no Tesouro Selic  

        Já se o dinheiro estivesse na poupança, terminaria os 12 meses em R$ 1.061.700,00, considerando juros de 6,17%.

        Fonte! Chasque (post) publicado no sítio Inteligência Financeira, pela jornalista Sophia Camargo, em 09 de junho de 2024: https://inteligenciafinanceira.com.br/financas/financas-pessoais/viver-de-renda-com-1-milhao/

        terça-feira, 5 de março de 2024

        Como atualizar o valor do seu imóvel no Imposto de Renda: um guia de benfeitorias

        Aprenda como atualizar legalmente o valor do seu imóvel na declaração do Imposto de Renda por meio de benfeitorias, e entenda as regras e os limites estabelecidos pela legislação tributária brasileira.

        Na gestão financeira e patrimonial, uma dúvida comum entre os proprietários de imóveis é sobre a possibilidade de atualizar o valor de seus bens na declaração do Imposto de Renda. Este artigo traz um guia prático sobre como proceder legalmente para refletir o valor real do seu imóvel, focando na importância de declarar corretamente as benfeitorias realizadas.

        Compreendendo a atualização do valor imobiliário:

        A legislação brasileira permite a atualização do valor de imóveis na declaração de Imposto de Renda, mas sob condições específicas. Essa atualização está intrinsecamente ligada às benfeitorias realizadas no imóvel, que incluem reformas, ampliações e instalações permanentes que agregam valor ao bem.

        Declaração de benfeitorias:

        Para que o valor do imóvel seja atualizado de acordo com as benfeitorias realizadas, é necessário incluir os custos dessas melhorias no campo "Situação em 31/12" da ficha "Bens e Direitos" na sua declaração de IR. É fundamental especificar detalhadamente o tipo de benfeitoria realizada na descrição do bem, proporcionando transparência e adequação às normas da Receita Federal.

        A importância dos comprovantes:

        Manter a guarda de todos os comprovantes de despesas com as benfeitorias é uma prática essencial, recomendada por pelo menos 5 anos após a declaração. Essa precaução é necessária pois, em caso de fiscalização, a Receita Federal pode solicitar esses documentos para comprovação das melhorias declaradas.

        Limitações na atualização de valor:

        É importante ressaltar que a atualização do valor do imóvel não pode ser realizada com base na valorização de mercado. Ou seja, não é permitido alterar o valor de compra para o valor atual de mercado sem que existam benfeitorias que justifiquem essa mudança.

        Procedimentos para o ano-calendário 2023:

        Para os proprietários que realizaram benfeitorias em seus imóveis durante o ano de 2023, é possível incluir esses custos na declaração do Imposto de Renda de 2024, seguindo as regras e os limites impostos pela legislação tributária vigente. 

        Conclusão:

        Atualizar o valor do seu imóvel na declaração do Imposto de Renda é uma estratégia eficaz para refletir o valor real de seu patrimônio. Contudo, é essencial seguir as diretrizes estabelecidas pela Receita Federal, declarando corretamente as benfeitorias realizadas e mantendo os comprovantes de despesas. Essa conduta não apenas assegura a legalidade do processo, mas também fortalece a gestão patrimonial, contribuindo para uma saúde financeira mais robusta.

        Fonte! Chasque (post) de Adauto Junior - Contador e Consultor Empresas, publicado no sítio oficial Contábeis, em 29 de fevereiro de 2024: https://www.contabeis.com.br/artigos/63925/como-atualizar-o-valor-do-seu-imovel-no-imposto-de-renda/