quinta-feira, 2 de abril de 2020

Saúde financeira do colaborador: por que as empresas devem olhar para este ponto

Eu não sei se você já ficou devendo a fatura do cartão de crédito ou se você se enrolou com alguma dívida. Eu também não sei como você reagiu ao fato de estar endividado nem como este cenário afetou a sua saúde (mental e física), sua qualidade de vida e seus relacionamentos. O que eu sei é que a maioria das pessoas que eu conheço e que fazem parte da estatística dos inadimplentes possui algum comportamento prejudicial para si e/ou para os outros.

Já vi pessoas perderem o sono, o casamento e até o emprego. Enquanto umas desabafam com amigos, pegam empréstimo com familiares e desenvolvem ansiedade; outras ficam caladas, buscam resolver e negociar o débito, mas se deparam com as taxas de juros alarmantes disponíveis no mercado, o que chamamos de crédito tóxico aqui na Creditas. Aí, a bola de neve só aumenta. 

Afinal, mesmo após os seguidos cortes na Selic, o Brasil continua no ranking das maiores taxas de juros do mundo, ocupando atualmente o 8º lugar, atrás apenas de Argentina, México, Indonésia, Índia, Turquia, Rússia e Malásia.

As estatísticas comprovam o impacto negativo que as dívidas causam nas pessoas: um levantamento feito por John Gathergood, da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, analisou a saúde mental e financeira de aproximadamente 10 mil pessoas e chegou a conclusão que: pessoas que devem sentem um aumento de constrangimento diante de colegas, desenvolvem fobias e insônia, o que reduz sua capacidade social e de concentração. A análise foi feita em 2012, mas não podia ser mais atual.

Agora, imagine você, CEO, fundador, CFO, profissional de Recursos Humanos: quantos colaboradores da sua empresa estão endividados? Quantos deles estão rendendo menos no trabalho por conta dos juros do rotativo do cartão que contribuem para o crescimento daquela dívida que já foi pequena?

Fonte! Chasque (artigo / opinião) de Fabio Zveibel, publicado no Caderno Especial Marcas de quem Decide, na edição do Jornal do Comércio de Porto Alegre (RS) do dia 31 de março de 2020.

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