Termina, nesta segunda-feira, o prazo da consulta pública de
resolução da Aneel, que prevê a taxação de 60% da energia solar no
Brasil, setor que gera benefícios econômicos de R$ 1,5 bilhão ao ano,
além da criação de 600 mil novos empregos até 2035. "A medida torna a
produção solar economicamente inviável no Brasil, especialmente em um
mercado composto, em grande parte, por microprodutores residenciais que
adquiriram a tecnologia de painéis fotovoltaicos para consumo próprio",
explica o professor do Departamento de Economia da Universidade da
Califórnia, Rodrigo Pinto. Ao contrário do que alega a Aneel, a geração
distribuída proporciona redução, e não aumento nos custos do sistema.
Terceiro em radiação solar
A geração distribuída representa, hoje, menos de 1% da produção de
energia no País. Atualmente, o Brasil possui 127 mil sistemas de
microgeração distribuída fotovoltaica, equivalentes a 0,2% dos 84,1
milhões de consumidores cativos de energia. Mas, segundo o professor
Rodrigo Pinto, o Brasil tem alto potencial de crescimento, porque é o
terceiro país em radiação solar no mundo.
Energia complementar
A produção de energia fotovoltaica é complementar à das
hidrelétricas, pois quando chove não há sol, e vice-versa. "Ao invés de
incentivar a produção de uma energia limpa, renovável e mais barata, a
taxação da Aneel promove a troca do sol brasileiro pelo gás boliviano. O
que faz pouco sentido", afirma o professor Pinto.
Fonte! Chasque (post) do colunista Affonso Ritter, do Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS, na sua coluna diária "Observador", da edição do dia 30 de setembro de 2019.
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