quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Quem tem medo do próprio dinheiro?

Leila, que criou uma consultoria financeira para mulheres, sugere: se só puder guardar R$ 30,00, guarde
Leila, que criou uma consultoria financeira para mulheres, sugere: 
se só puder guardar R$ 30,00, guarde Foto: /FREDY VIEIRA/JC
Ao contrário de muita gente, a jornalista Leila Ghiorzi, 29 anos, sempre gostou de cuidar do próprio dinheiro. Até que começou a estudar a fundo sobre o assunto e, sem querer, acabava sendo a conselheira oficial dos amigos nesse quesito. Com formação em coach financeira, desde outubro de 2016 ela edita o blog É Da Minha Conta, sobre finanças pessoais, e criou um curso de mentoria financeira on-line para mulheres. 


Algo comum que ela cita é que muitas pessoas têm receio de chegar perto das finanças pessoais e - mais ainda - dos investimentos. Com o tempo, conforme vão se familiarizando com os próprios ganhos e gastos, "vão perdendo o medo e assumindo o protagonismo de suas finanças", avalia.
Entre os clientes, já teve quem não conseguisse fazer sobrar salário e, ao final de dois meses, acumulou R$ 1,8 mil, pelo simples fato de ter passado a prestar atenção nas transações. "Eu só acendo a luz para as pessoas olharem suas contas", ri. Um caso comum são profissionais sem renda fixa que não conseguem se planejar. "Autônomos têm muito mais potencial de ganho. Só precisam se organizar", afirma.
 
O coach consiste em 10 sessões presenciais a cada duas semanas, num período de cinco meses de acompanhamento. "É o suficiente para fazer uma mudança e gerar independência", diz. Ela salienta que é muito importante que o processo de coach gere esta autonomia ao final do processo. A mentoria on-line, voltada para mulheres, consiste em oito sessões, por quatro meses. Atualmente, ela atende 12 mulheres na mentoria virtual, do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.
 
Ações que a coach Leila Ghiorzi pratica e indica:
 
1. "Eu separo o meu dinheiro e o dinheiro da empresa."
2. "Tenho um plano de investimentos e ponho dinheiro nisso antes de qualquer outro gasto ou conta. Não espero deixar sobrar para aí investir."
3. "Não anoto cada bala que eu compro. Mas tenho limites de gastos e fixo quantias para alimentação, para lazer etc."
4."Use dinheiro vivo nas transações, que aí você consegue visualizar melhor quando sai do bolso."
5. "Há maneiras de gerar renda passiva, ou seja, gerar dinheiro sem precisar exatamente trabalhar por ele."
 
O primeiro ponto é elencar as prioridades em ordem de importância. "O dinheiro tem que servir para o que é mais importante para a vida. Fazer a unha pode ser importante dependendo da área em que a pessoa atua, por exemplo." E, contra as fórmulas prontas, a coach afirma que controlar os próprios gastos não é só fazer orçamento e cortar o que é menos importante. "O menos importante é importante ainda, senão não estaria lá." Há aí todo um descobrimento das crenças limitantes com relação ao dinheiro também.
 
No horizonte do controle de gastos precisa estar a perspectiva de como manter a vida que se quer levar. "Como estruturar a vida financeira mirando o que se quer? Se você só pode investir ou guardar R$ 30,00 por mês, faça isso", emenda.
 

Leia

 

Pai Rico, Pai Pobre, de Robert Kiyosaki - Sobre mentalidade de investimentos, este livro abre a cabeça para se conectar com a abundância.
 
Organize sua vida financeira, de Gustavo Cerbasi - Tem muitas dicas práticas para o mercado brasileiro.
 
Pense e enriqueça para mulheres, de Sharon Lechter - Este livro é sobre ver o que fazer para conseguir o que quer.
 
Fonte! Este chasque (matéria) foi publicado nas páginas do Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS, na edição do dia 05 de outubro de 2017, no Caderno Geraçãoe.com.

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