Por
enquanto, mudança não deve afetar os participantes
do
Postalis /MARCELO G. RIBEIRO/JC
|
A
Diretoria Colegiada da Superintendência Nacional de Previdência Complementar
(Previc) decretou intervenção no Instituto de Seguridade Social dos Correios, o
Postalis, "por descumprimento de normas relacionadas à contabilização de
reservas técnicas e aplicação de recursos". A determinação valerá pelo
prazo de 180 dias. O Postalis é um dos maiores fundos de pensão de estatais do
País.
Por causa
dos sucessivos rombos, os participantes dos fundos de pensão estão contribuindo
com mais recursos para cobrir o déficit das entidades. A participação dos
funcionários no pagamento dos prejuízos dos fundos será feita na mesma
proporção com que eram feitas as contribuições na época em que surgiu o
déficit.
Para a
presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (Adcap), Maria Inês
Capelli Fulginiti, a determinação da Previc foi "inusitada" e
repentina, já que a justificativa foi baseada em um critério mais técnico e administrativo
do plano. "Estamos tentando entender o que levou a Previc a promover essa
intervenção. Ela se baseia em critérios bastante técnicos e em situações
previstas na lei, que são situações bem menos graves do que o fundo viveu há
alguns anos. Não se trata, por enquanto, de insuficiência de reserva e liquidez
do plano", disse a presidente da Adcap, acrescentando que o instituto
Postalis está tentando uma recuperação com captação de investimentos.
Ainda
segundo Maria Inês, por enquanto, para os participantes do fundo não haverá
alterações. Em 2015, a Adcap e outras entidades formalizaram um pedido de
intervenção no Postalis, alegando aparelhamento político e gestão suspeita dos
recursos, mas a solicitação não foi atendida.
No caso
dos fundos em que a empresa contribuía com R$ 2,00 para cada R$ 1,00 do
funcionário, o prejuízo será dividido da mesma forma, com a empresa cobrindo
66,6% do déficit e o associado, os outros 33,3%. Além disso, a idade mínima
para o saque dos recursos dos fundos passará de 55 anos para 65 anos até o ano
2020.
A nova
regra valerá para os 384 fundos que existem no País, ou seja, inclusive para os
de empresas privadas. As medidas fazem parte de um pacote aprovado ontem pelo
Conselho de Gestão de Previdência Complementar para acabar com os déficits nos
fundos de previdência complementar.
O
Ministério da Previdência vai fazer uma revisão, nos próximos 120 dias, nas
contas atuariais dos 87 fundos estatais e descontará de seus números as
receitas com as quais não poderão contar no futuro para saber a real
necessidade de recursos destas entidades. Muitos deles, segundo o ministro, vêm
considerando em suas contas recursos que acreditam que devem receber no futuro
com novas adesões aos seus planos.
Os
déficits registrados pelos fundos de pensão das principais estatais brasileiras
estão ampliando o número de funcionários, aposentados e pensionistas dessas
empresas tendo de arcar com o prejuízo financeiro acumulado nos últimos anos.
Na terça-feira, a Petros, previdência complementar dos funcionários da
Petrobras, anunciou a cobrança de uma contribuição extra de seus beneficiários
para equacionar um déficit que deve alcançar R$ 27,7 bilhões no fim de 2017. É
esforço para equilibrar o déficit atuarial, que aponta o valor de que o fundo
precisa dispor para pagar hoje o valor total referente a todos os benefícios
previstos para o futuro.
Outros
grandes fundos de pensão de estatais, como o Funcef, dos funcionários da Caixa
Econômica Federal, e o Postalis, dos Correios, já aplicam a cobrança extra. Os dois
estão em vias de ampliar o percentual de desconto aplicado atualmente. Juntos,
os três somam um déficit - já considerando o previsto para o Petros em 2017 -
superior a R$ 42 bilhões.
O déficit
acumulado das fundações brasileiras cresceu de R$ 71,7 bilhões no fim do ano
passado para R$ 77,6 bilhões no fim de junho, segundo dados divulgados ontem
pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar
(Abrapp). A rentabilidade média nos primeiros seis meses do ano foi de 4,24%,
abaixo da meta atuarial, de 4,44%. Os ativos totais somavam R$ 808 bilhões no
fim de junho.
Fonte! Chasque (matéria) publicada no Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS, na edição do dia 05 de outubro de 2017.
Por enquanto, mudança não deve afetar os participantes do Postalis
Por enquanto, mudança não deve afetar os participantes do Postalis
/MARCELO G. RIBEIRO/JC
A Diretoria Colegiada da Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (Previc) decretou intervenção no Instituto de Seguridade
Social dos Correios, o Postalis, "por descumprimento de normas
relacionadas à contabilização de reservas técnicas e aplicação de
recursos". A determinação valerá pelo prazo de 180 dias. O Postalis é um
dos maiores fundos de pensão de estatais do País.
Por causa dos sucessivos rombos, os participantes dos fundos de pensão
estão contribuindo com mais recursos para cobrir o déficit das
entidades. A participação dos funcionários no pagamento dos prejuízos
dos fundos será feita na mesma proporção com que eram feitas as
contribuições na época em que surgiu o déficit.
Para a presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (Adcap),
Maria Inês Capelli Fulginiti, a determinação da Previc foi "inusitada" e
repentina, já que a justificativa foi baseada em um critério mais
técnico e administrativo do plano. "Estamos tentando entender o que
levou a Previc a promover essa intervenção. Ela se baseia em critérios
bastante técnicos e em situações previstas na lei, que são situações bem
menos graves do que o fundo viveu há alguns anos. Não se trata, por
enquanto, de insuficiência de reserva e liquidez do plano", disse a
presidente da Adcap, acrescentando que o instituto Postalis está
tentando uma recuperação com captação de investimentos.
Ainda segundo Maria Inês, por enquanto, para os participantes do fundo
não haverá alterações. Em 2015, a Adcap e outras entidades formalizaram
um pedido de intervenção no Postalis, alegando aparelhamento político e
gestão suspeita dos recursos, mas a solicitação não foi atendida.
No caso dos fundos em que a empresa contribuía com R$ 2,00 para cada R$
1,00 do funcionário, o prejuízo será dividido da mesma forma, com a
empresa cobrindo 66,6% do déficit e o associado, os outros 33,3%. Além
disso, a idade mínima para o saque dos recursos dos fundos passará de 55
anos para 65 anos até o ano 2020.
A nova regra valerá para os 384 fundos que existem no País, ou seja,
inclusive para os de empresas privadas. As medidas fazem parte de um
pacote aprovado ontem pelo Conselho de Gestão de Previdência
Complementar para acabar com os déficits nos fundos de previdência
complementar.
O Ministério da Previdência vai fazer uma revisão, nos próximos 120
dias, nas contas atuariais dos 87 fundos estatais e descontará de seus
números as receitas com as quais não poderão contar no futuro para saber
a real necessidade de recursos destas entidades. Muitos deles, segundo o
ministro, vêm considerando em suas contas recursos que acreditam que
devem receber no futuro com novas adesões aos seus planos.
Os déficits registrados pelos fundos de pensão das principais estatais
brasileiras estão ampliando o número de funcionários, aposentados e
pensionistas dessas empresas tendo de arcar com o prejuízo financeiro
acumulado nos últimos anos. Na terça-feira, a Petros, previdência
complementar dos funcionários da Petrobras, anunciou a cobrança de uma
contribuição extra de seus beneficiários para equacionar um déficit que
deve alcançar R$ 27,7 bilhões no fim de 2017. É esforço para equilibrar o
déficit atuarial, que aponta o valor de que o fundo precisa dispor para
pagar hoje o valor total referente a todos os benefícios previstos para
o futuro.
Outros grandes fundos de pensão de estatais, como o Funcef, dos
funcionários da Caixa Econômica Federal, e o Postalis, dos Correios, já
aplicam a cobrança extra. Os dois estão em vias de ampliar o percentual
de desconto aplicado atualmente. Juntos, os três somam um déficit - já
considerando o previsto para o Petros em 2017 - superior a R$ 42
bilhões.
O déficit acumulado das fundações brasileiras cresceu de R$ 71,7 bilhões
no fim do ano passado para R$ 77,6 bilhões no fim de junho, segundo
dados divulgados ontem pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas
de Previdência Complementar (Abrapp). A rentabilidade média nos
primeiros seis meses do ano foi de 4,24%, abaixo da meta atuarial, de
4,44%. Os ativos totais somavam R$ 808 bilhões no fim de junho. - Jornal
do Comércio
(http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/10/economia/589140-governo-decreta-intervencao-no-fundo-de-pensao-dos-correios.html)
Por enquanto, mudança não deve afetar os participantes do Postalis
Por enquanto, mudança não deve afetar os participantes do Postalis
/MARCELO G. RIBEIRO/JC
A Diretoria Colegiada da Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (Previc) decretou intervenção no Instituto de Seguridade
Social dos Correios, o Postalis, "por descumprimento de normas
relacionadas à contabilização de reservas técnicas e aplicação de
recursos". A determinação valerá pelo prazo de 180 dias. O Postalis é um
dos maiores fundos de pensão de estatais do País.
Por causa dos sucessivos rombos, os participantes dos fundos de pensão
estão contribuindo com mais recursos para cobrir o déficit das
entidades. A participação dos funcionários no pagamento dos prejuízos
dos fundos será feita na mesma proporção com que eram feitas as
contribuições na época em que surgiu o déficit.
Para a presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (Adcap),
Maria Inês Capelli Fulginiti, a determinação da Previc foi "inusitada" e
repentina, já que a justificativa foi baseada em um critério mais
técnico e administrativo do plano. "Estamos tentando entender o que
levou a Previc a promover essa intervenção. Ela se baseia em critérios
bastante técnicos e em situações previstas na lei, que são situações bem
menos graves do que o fundo viveu há alguns anos. Não se trata, por
enquanto, de insuficiência de reserva e liquidez do plano", disse a
presidente da Adcap, acrescentando que o instituto Postalis está
tentando uma recuperação com captação de investimentos.
Ainda segundo Maria Inês, por enquanto, para os participantes do fundo
não haverá alterações. Em 2015, a Adcap e outras entidades formalizaram
um pedido de intervenção no Postalis, alegando aparelhamento político e
gestão suspeita dos recursos, mas a solicitação não foi atendida.
No caso dos fundos em que a empresa contribuía com R$ 2,00 para cada R$
1,00 do funcionário, o prejuízo será dividido da mesma forma, com a
empresa cobrindo 66,6% do déficit e o associado, os outros 33,3%. Além
disso, a idade mínima para o saque dos recursos dos fundos passará de 55
anos para 65 anos até o ano 2020.
A nova regra valerá para os 384 fundos que existem no País, ou seja,
inclusive para os de empresas privadas. As medidas fazem parte de um
pacote aprovado ontem pelo Conselho de Gestão de Previdência
Complementar para acabar com os déficits nos fundos de previdência
complementar.
O Ministério da Previdência vai fazer uma revisão, nos próximos 120
dias, nas contas atuariais dos 87 fundos estatais e descontará de seus
números as receitas com as quais não poderão contar no futuro para saber
a real necessidade de recursos destas entidades. Muitos deles, segundo o
ministro, vêm considerando em suas contas recursos que acreditam que
devem receber no futuro com novas adesões aos seus planos.
Os déficits registrados pelos fundos de pensão das principais estatais
brasileiras estão ampliando o número de funcionários, aposentados e
pensionistas dessas empresas tendo de arcar com o prejuízo financeiro
acumulado nos últimos anos. Na terça-feira, a Petros, previdência
complementar dos funcionários da Petrobras, anunciou a cobrança de uma
contribuição extra de seus beneficiários para equacionar um déficit que
deve alcançar R$ 27,7 bilhões no fim de 2017. É esforço para equilibrar o
déficit atuarial, que aponta o valor de que o fundo precisa dispor para
pagar hoje o valor total referente a todos os benefícios previstos para
o futuro.
Outros grandes fundos de pensão de estatais, como o Funcef, dos
funcionários da Caixa Econômica Federal, e o Postalis, dos Correios, já
aplicam a cobrança extra. Os dois estão em vias de ampliar o percentual
de desconto aplicado atualmente. Juntos, os três somam um déficit - já
considerando o previsto para o Petros em 2017 - superior a R$ 42
bilhões.
O déficit acumulado das fundações brasileiras cresceu de R$ 71,7 bilhões
no fim do ano passado para R$ 77,6 bilhões no fim de junho, segundo
dados divulgados ontem pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas
de Previdência Complementar (Abrapp). A rentabilidade média nos
primeiros seis meses do ano foi de 4,24%, abaixo da meta atuarial, de
4,44%. Os ativos totais somavam R$ 808 bilhões no fim de junho. - Jornal
do Comércio
(http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/10/economia/589140-governo-decreta-intervencao-no-fundo-de-pensao-dos-correios.html)
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