Cartão de
crédito é a forma preferida de parcelamento
de
compras /MARCO QUINTANA/JC
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Quem
nunca comprou algo que não precisava e não estava nos planos? Aparentemente um
ato inofensivo, isso pode se tornar um problema grande. A pesquisa "Uso do
crédito", realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e
pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mostra que 37% dos
consumidores admitem ter comprado algo de que não precisavam nos últimos 30
dias, devido à facilidade de crédito.
Os itens
mais comprados por impulso são roupas, calçados e acessórios (14%), perfumes e
cosméticos (8%), idas a bares e restaurantes (6%) e smartphones (6%). Na visão
dos entrevistados, as lojas que mais facilitam o crédito e estimulam as compras
são as virtuais (29%), seguidas dos supermercados (19%) e lojas de departamento
(17%). As formas de pagamento mais utilizadas nas compras são o dinheiro (68%),
o cartão de crédito (45%) e o de débito (35%). Mais da metade (58%) buscaram
evitar determinadas formas de pagamento a crédito nos últimos três meses,
principalmente os financiamentos (27%) e crediários (23%).
Quase
metade da amostra (47%) sente que atualmente há maior dificuldade das lojas em
aceitar certas modalidades de pagamento, especialmente o crediário (24%), o
cheque pré-datado (23%) e o financiamento (18%). Quando o estabelecimento não
aceita a forma de pagamento que o consumidor escolheu, 37% daqueles que têm
sentido mais dificuldades desistem da compra, mas 27% garantem que acabam
pagando à vista.
O
pagamento à vista é escolhido por 38% dos entrevistados caso o preço seja muito
inferior que na compra parcelada, mas 19%, no entanto, preferem parcelar, caso
a diferença de preço não seja grande para poder comprar mais coisas se
necessário.
A maioria
(67%) conhece a diferença do valor à vista e do valor parcelado de um produto.
Considerando os últimos 30 dias anteriores a pesquisa, os consumidores pagaram,
em média, três prestações/parcelas de cartão, cheque, empréstimo ou
financiamento. Considerando todas compras parceladas feitas, em média, os
entrevistados demorarão seis meses a pagar todas elas.
A grande
aceitação do cartão de crédito entre os consumidores brasileiros transparece
mais uma vez, quando se considera a forma de parcelamento preferida dos
brasileiros: 61% dos que irão parcelar nos próximos meses preferem utilizar o
cartão de crédito (queda de 10,8 pontos percentuais em relação a 2016). Outros
14% dizem preferir o crediário/carnê, enquanto 10% preferem utilizar o cartão
de lojas.
Ainda
considerando quem pretende comprar parcelado no próximo mês, no momento de
definir o número de parcelas da compra, quatro em cada 10 escolhem a opção que
oferecer a menor quantidade possível de prestações (43%). Em contrapartida, 26%
sempre pedem o número máximo de parcelas sem juros, independentemente do valor
da compra, enquanto 19% afirmam que quanto maior o valor da compra, maior o
número de parcelas pedidas para pagar.
Dois em
cada 10 entrevistados (20%) planejavam comprar parcelado roupas, calçados e
acessórios, já 13% celular e smartphone e 10% móveis para a casa. Considerando
até o final de 2017, os produtos mais visados para compras parceladas são
celulares e smartphones (17%), roupas, calçados e acessórios (15%) e
eletrodomésticos (13%).
O
levantamento mostra que 23% dos consumidores tiveram crédito negado no último
mês ao tentar comprar numa loja de forma parcelada, sendo os principais
motivos, nome sujo (6%) e limite de crédito excedido (5%). Com o acesso ao
crédito mais restrito, os lojistas parecem dispostos a facilitar as condições
de compra e garantir mais recursos em caixa, uma vez que metade dos
consumidores garante ter recebido ofertas de descontos para efetuar o pagamento
à vista em dinheiro nos últimos 30 dias.
Quase
quatro em cada 10 entrevistados acreditam que em 2017 está mais difícil
conseguir crédito (37%, queda de 10,2 p.p. em relação a 2016), ao passo em que
33% julgam estar igual e 18% pensam estar mais fácil este ano.
Fonte! Chasque publicado nas páginas do Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS, edição do dia 31 de maio de 2017.
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Nosso comentário!
Não somos adeptos dos parcelamentos e endividamentos. Somente da compra à vista e se realmente for necessário a aquisição do bem de consumo.
Mas existem exceções à regra. Em dezembro do ano passado, fizemos a aquisição de forma parcelada de um projeto de produção de energia solar. O valor financiado era de R$ 18.000,00. Fizemos na Cooperativa de Crédito Mútuo da ASCAR (empresa onde trabalho) a juros de R$ 2% mensais. Não parece muito mas quando chegou a conta, o valor da mensalidade (parcela), multiplicamos pelos meses (24), o valor nominal pulou para R$ 23.000,00 em números arredondados.
Mas estamos conseguindo antecipar os valores e vamos quitar tudo no mês de junho (já fizemos uma antecipação razoável em abril), com a chegada da segunda renda - em março deste ano (aposentadoria).
Foi um investimento bom (o financiamento)? Cremos que sim, pois em março de 2015, fizemos o primeiro orçamento, em outra empresa e os valores orçados para o mesmo projeto variavam entre R$ 32.000,00 e 37.000,00, ou seja, fora dos nossos orçamentos e possibilidades de aquisição.
Baita e cinchado (apertado) abraço
Valdemar Engroff
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