Você investe em LCIs, LCAs ou CDBs?
Certamente, um dos motivos que o levaram a escolher esses investimentos é
a segurança proporcionada pelo Fundo Garantidor de Créditos, o FGC.
Essa é a instituição responsável por ressarcir os investidores se o
banco emissor quebrar ou der calote.
A garantia oferecida pelo FGC é, atualmente, limitada ao valor de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira. Isso você já deve saber. Mas você faz ideia do saldo de que o Fundo dispõe para honrar com as garantias, em caso de inadimplência do banco? Ou quanto tempo pode demorar para você receber seu dinheiro de volta?
Apuramos algumas informações e curiosidades para você conhecer melhor o garantidor dos seus investimentos em crédito privado.
Depósitos na sua conta corrente não são investimentos, mas são considerados créditos e também são garantidos, assim como a sua conta poupança, sempre dentro do limite assegurado.
Portanto, se você investe em produtos garantidos no mesmo banco onde tem conta corrente e poupança e desejar proteção integral, todos os valores somados (inclusive rendimentos) devem estar dentro do limite de R$ 250 mil. É claro, a chance de bancos como Itaú e Bradesco quebrarem é bem menor do que a de bancos médios, que têm maior risco de crédito.
Confira a lista completa do que é garantido pelo FGC.
O Fundo foi estabelecido em 1995 por meio de uma Resolução do Conselho Monetário Nacional que determina seu estatuto e regulamento. O estatuto é até explícito em registrar no parágrafo único do Artigo 1º: “O FGC não exerce qualquer função pública, inclusive por delegação.”
Isso significa que o montante disponível do Fundo para pagar garantias é de 1,23% do volume total do sistema. Parece pouco? Em caso de quebra de um ou outro banco pequeno, deve ser suficiente. Já se acontecesse alguma crise sistêmica de crédito com a quebra de várias instituições financeiras, poderia faltar recursos.
A regulamentação prevê ainda que, quando as disponibilidades do FGC atingirem 2% do total dos saldos das contas cobertas pela garantia, pode ocorrer a suspensão temporária das contribuições das instituições associadas para o Fundo. Ou seja, as reservas para pagar garantias não passarão de 2% do valor garantido.
Por exemplo, se você e sua esposa (ou seu marido) têm um depósito garantido com saldo de R$ 100 mil, cada um teria direito a R$ 50 mil em caso de acionamento da garantia. Já se o depósito conjunto é de R$ 400 mil, cada um teria direito a apenas R$ 125 mil.
No site do FGC, você encontra exemplos de aplicações desse limite de cobertura.
Tomando como referência casos anteriores de instituições liquidadas, na média o FGC levou 95 dias para começar a devolver o dinheiro àqueles que tinham direito a garantias. Nesse caso, seu dinheiro não rende enquanto você aguarda o pagamento.
O FGC não é apenas pagador de garantias, ele também tem o papel de prestar assistência à liquidez das instituições bancárias. De acordo com o Fundo, essas operações visam à manutenção de níveis adequados de liquidez e suporte na melhoria de estruturas de capital ou nas transferências de controle, como aconteceu no caso do BTG Pactual.
De acordo com o seu estatuto, o FGC tem três finalidades:
I – proteger depositantes e investidores no âmbito do sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação;
II – contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional; e
III – contribuir para prevenção de crise bancária sistêmica.
Espero que sim. Já vi muito “assessor financeiro” vendendo investimentos sem nem se dar ao trabalho de explicar do que se trata o ativo, e convencendo o cliente de que basta ter garantia do FGC para ficar tudo bem.
Se você vai investir baseado só na garantia, é bom pelo menos entendê-la direito, não é mesmo? Principalmente numa época de juros em alta, que aumentam a dificuldade de pagamento.
Fonte! Chasque (postagem) publicado no sítio Vérios. Abra as porteiras clicando em https://verios.com.br/blog/7-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-o-fgc/?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=7-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-o-fgc
A garantia oferecida pelo FGC é, atualmente, limitada ao valor de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira. Isso você já deve saber. Mas você faz ideia do saldo de que o Fundo dispõe para honrar com as garantias, em caso de inadimplência do banco? Ou quanto tempo pode demorar para você receber seu dinheiro de volta?
Apuramos algumas informações e curiosidades para você conhecer melhor o garantidor dos seus investimentos em crédito privado.
1. Muito além de CDB, LCI e LCA
A garantia do FGC se estende a outros tipos de investimento em crédito privado. CDBs, LCIs e LCAs estão entre os mais populares no mercado de investimentos pessoais, e os bancos e distribuidores apostam na garantia como chamariz para aumentar a comercialização desses produtos.Depósitos na sua conta corrente não são investimentos, mas são considerados créditos e também são garantidos, assim como a sua conta poupança, sempre dentro do limite assegurado.
Portanto, se você investe em produtos garantidos no mesmo banco onde tem conta corrente e poupança e desejar proteção integral, todos os valores somados (inclusive rendimentos) devem estar dentro do limite de R$ 250 mil. É claro, a chance de bancos como Itaú e Bradesco quebrarem é bem menor do que a de bancos médios, que têm maior risco de crédito.
Confira a lista completa do que é garantido pelo FGC.
2. O FGC é uma ONG
Não, você não leu errado. O FGC não é um órgão público, tampouco um fundo de recursos públicos vinculado ao governo. O Fundo é uma associação sem fins lucrativos, de natureza privada, mantida pelos bancos que gozam da garantia por ele oferecida e, para isso, fazem contribuições mensais sobre um percentual dos depósitos garantidos.O Fundo foi estabelecido em 1995 por meio de uma Resolução do Conselho Monetário Nacional que determina seu estatuto e regulamento. O estatuto é até explícito em registrar no parágrafo único do Artigo 1º: “O FGC não exerce qualquer função pública, inclusive por delegação.”
3. O saldo disponível do FGC equivale a apenas 1% do volume total garantido
Até junho de 2015 (último relatório disponível), o volume de recursos elegíveis à cobertura do FGC era de R$ 1,75 trilhão. As disponibilidades do fundo, por sua vez, somavam aproximadamente R$ 22 bilhões no mesmo período.Isso significa que o montante disponível do Fundo para pagar garantias é de 1,23% do volume total do sistema. Parece pouco? Em caso de quebra de um ou outro banco pequeno, deve ser suficiente. Já se acontecesse alguma crise sistêmica de crédito com a quebra de várias instituições financeiras, poderia faltar recursos.
A regulamentação prevê ainda que, quando as disponibilidades do FGC atingirem 2% do total dos saldos das contas cobertas pela garantia, pode ocorrer a suspensão temporária das contribuições das instituições associadas para o Fundo. Ou seja, as reservas para pagar garantias não passarão de 2% do valor garantido.
Atualização em 21/01/2016.
O FGC possui um Ativo Circulante (Disponibilidades) de aproximadamente
R$ 22 bilhões, e, conforme observado pelo leitor Marcelo Estrela, o
Fundo possui Ativo Não Circulante e Passivos, resultando num Patrimônio
Social de cerca de R$ 44 bilhões.
4. Contas conjuntas têm dois CPFs, mas não o dobro da garantia
Se você tem conta conjunta, fique atento: o valor da garantia do FGC é limitado a R$ 250 mil e, em caso de pagamento de garantia, o valor será dividido pelo número de CPFs na conta conjunta.Por exemplo, se você e sua esposa (ou seu marido) têm um depósito garantido com saldo de R$ 100 mil, cada um teria direito a R$ 50 mil em caso de acionamento da garantia. Já se o depósito conjunto é de R$ 400 mil, cada um teria direito a apenas R$ 125 mil.
No site do FGC, você encontra exemplos de aplicações desse limite de cobertura.
5. O prazo médio de pagamento das garantias é de 3 meses
Quando um banco quebra, cada caso é um caso. Em algumas situações, pendências judiciais podem atrasar o pagamento das garantias.Tomando como referência casos anteriores de instituições liquidadas, na média o FGC levou 95 dias para começar a devolver o dinheiro àqueles que tinham direito a garantias. Nesse caso, seu dinheiro não rende enquanto você aguarda o pagamento.
6. Em 20 anos, o limite do valor garantido foi corrigido 3 vezes
Quando o FGC foi criado em 1995, o limite de cobertura era de R$ 20 mil. Depois disso, o valor foi corrigido 3 vezes:- Para R$ 60 mil em 2006;
- Para R$ 70 mil em 2010; e
- Para R$ 250 mil em 2013.
7. O FGC tem outro papel além de ressarcir você
Se você acompanhou a crise recente do BTG Pactual, sabe que o banco de investimentos solicitou uma linha de assistência financeira de R$ 6 bilhões ao FGC.O FGC não é apenas pagador de garantias, ele também tem o papel de prestar assistência à liquidez das instituições bancárias. De acordo com o Fundo, essas operações visam à manutenção de níveis adequados de liquidez e suporte na melhoria de estruturas de capital ou nas transferências de controle, como aconteceu no caso do BTG Pactual.
De acordo com o seu estatuto, o FGC tem três finalidades:
I – proteger depositantes e investidores no âmbito do sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação;
II – contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional; e
III – contribuir para prevenção de crise bancária sistêmica.
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E aí? Aprendeu algo de novo?Espero que sim. Já vi muito “assessor financeiro” vendendo investimentos sem nem se dar ao trabalho de explicar do que se trata o ativo, e convencendo o cliente de que basta ter garantia do FGC para ficar tudo bem.
Se você vai investir baseado só na garantia, é bom pelo menos entendê-la direito, não é mesmo? Principalmente numa época de juros em alta, que aumentam a dificuldade de pagamento.
Fonte! Chasque (postagem) publicado no sítio Vérios. Abra as porteiras clicando em https://verios.com.br/blog/7-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-o-fgc/?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=7-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-o-fgc
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