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Município tem três vezes o tamanho de Porto Alegre e destaca-se pela oferta de área e política para a atração de investimentos/Galileu Oldemburg/Secretaria de Turismo da Vimão/Divulgação/JC |
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Grandes áreas disponíveis e acesso à malha rodoviária estão entre os atrativos da cidade/PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC |
Viamão passou a ocupar um espaço de destaque no mapa
econômico do Rio Grande do Sul. Maior município da Região Metropolitana
de Porto Alegre em extensão territorial - com três vezes a área da
Capital -, combina localização estratégica, grandes áreas
disponíveis e acesso a uma malha rodoviária que se fortalece com
investimentos recentes do governo estadual.
O movimento ganhou peso político e simbólico no fim de 2024, quando
a Assembleia Legislativa aprovou e o governo gaúcho sancionou a Lei
Estadual nº 16.199, declarando Viamão como a "Terra de Oportunidades do Estado do Rio Grande do Sul".
A iniciativa, proposta pelo deputado Professor Bonatto, nasceu de
indicadores que já apontavam a cidade entre as melhores do Estado em
ambiente de negócios, segundo o Índice de Concorrência dos Municípios,
do Ministério da Economia.
O prefeito de Viamão, Rafael Bortoletti, vê na oficialização desse reconhecimento um estímulo extra para acelerar a estratégia de desenvolvimento.
Ele destaca a combinação de espaço, infraestrutura e segurança
geológica como diferencial em relação a cidades vizinhas. "Enquanto
outras áreas da Região Metropolitana já estão saturadas, Viamão mantém
um crescimento vigoroso", afirma.
A prefeitura aposta em um modelo de governança voltado para dar previsibilidade e confiança aos empreendedores. Três pilares sustentam essa política: a lei de incentivos fiscais, o Escritório de Licenciamento e o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico.
A legislação, aprovada em 2021, garante benefícios como isenção de IPTU
e ITBI ou doação de áreas públicas, conforme o perfil do
empreendimento. A análise dos pedidos é feita por um comitê formado por
representantes do Executivo, Legislativo e sociedade civil, o que
reforça a transparência.
O novo Escritório de Licenciamento, vinculado à Secretaria Geral de
Governo, centralizou os processos urbanos e ambientais, antes dispersos
em diferentes secretarias. Coordenado pelo secretário geral de governo
Túlio Barbosa, oferece atendimento digital, canal direto com investidores e prazos definidos.
"O empresário passa a ter clareza nas etapas e confiança de que o
processo não ficará parado", resume o prefeito. A gestão já prepara
também um Escritório de Captação de Empresas, com atuação proativa na
prospecção de investimentos.
Apesar do foco atual em indústria e serviços, o turismo segue como vetor complementar. Em setembro de 2025, Viamão alcançou a Categoria 1 no Mapa do Turismo Brasileiro, a mais alta, reconhecimento que comprova o fluxo de visitantes e a consolidação de atrativos.
Um ano antes, a cidade já havia lançado, em parceria com o Sebrae RS, o
guia digital "É bem Viamão — História e Natureza que Surpreendem e
Encantam!", que apresenta 18 pontos turísticos e promove empreendimentos
locais de hospedagem, gastronomia e lazer.
Entre os projetos em curso está a revitalização do Centro da
cidade, que deve ganhar uma Rua Coberta inspirada em Gramado e Gravataí.
O entorno será readequado para concentrar comércio, serviços e gastronomia. Já os segmentos industriais devem se fixar nas imediações da ERS-118, com atenção especial para o setor automotivo.
Hoje, apenas 20% do território de Viamão é efetivamente ocupado. O espaço ocioso é visto como a base para o salto de crescimento.
O orçamento municipal já ultrapassa R$ 1 bilhão, e a meta, segundo
Bortoletti, é se aproximar de cidades como Gravataí, referência em
industrialização e arrecadação na Região Metropolitana.
Na avaliação do presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Viamão (Acivi), Rodrigo Herculano, o município vive um momento decisivo.
Ele reconhece que o interesse de investidores e a melhoria da logística
criam um ambiente promissor, mas lembra que o avanço só se sustenta com
continuidade das políticas públicas e visão de longo prazo. "Não basta
oferecer terra disponível e incentivos fiscais. É preciso garantir mão
de obra qualificada, infraestrutura adequada e serviços públicos
consistentes. Esse equilíbrio é que vai definir a velocidade do
crescimento", avalia.
Vila Ventura e Fifa assinam contrato para a Copa Feminina de 2027
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Estrutura garante segurança, conforto e privacidade para o trabalho das seleções; ecoresort acaba de assinar contrato com a Fifa, ficando oficialmente habilitado como centro de treinamento/ /Vila Ventura/Divulgação/JC |
De acordo com o diretor do Vila Ventura, Samuel Silveira, ao longo
de 2026 serão realizadas diversas vistorias por representantes da Fifa,
com o objetivo de avaliar recomendações e ajustes necessários. Só depois desse processo as delegações nacionais poderão visitar o espaço e escolher onde desejam se hospedar.
A estrutura do Vila Ventura atende aos padrões internacionais. Além da hospedagem, conta com um campo oficial certificado pela própria Fifa — sede do projeto Futebol com Vida — e pode oferecer exclusividade de uso durante a competição.
O conjunto garante segurança, conforto e privacidade para o trabalho
das seleções, sem abrir mão da proximidade com os centros urbanos.
Caso a escolha seja confirmada, Viamão reforçará sua imagem de município preparado para grandes eventos e alinhado ao movimento de atração de investimentos.
A oportunidade de receber uma seleção durante o Mundial feminino
fortalece a estratégia de projetar a cidade como polo de visibilidade
internacional, ampliando o alcance da marca "Terra de Oportunidades".
Coopernorte amplia geração de energia limpa e cria novas oportunidades
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Empresas & Negócios - especial economia de Viamão - Com mais de 25 mil usuários, cooperativa aposta na conectividade como vetor de desenvolvimento / William Dias/Coopernorte/Divulgação/JC |
A Coopernorte investiu R$ 8 milhões na construção de uma nova usina solar de 2 megawatts,
com financiamento do BRDE. A planta entra em operação em setembro e
será destinada ao mercado livre de energia. "Já temos uma usina de 1,4
megawatt em operação, que abastece seis unidades da rede Baita Super com
desconto de 20% na fatura", explica Vieira. A nova usina será conectada à rede da CEEE Equatorial e representa uma nova etapa de atuação da cooperativa no mercado energético nacional.
No radar, estão também projetos em parceria com outras
cooperativas, como a Cooperativa de Distribuição de Energia Teutônia
(Certel Energia), para implantação de um parque eólico com capacidade de 65 megawatts em uma área de 620 hectares em Viamão.
A iniciativa reforça a tendência da diversificação da matriz energética
no município. "Estamos apostando na geração limpa e descentralizada, e
já temos um pré-contrato com o proprietário da área. É um movimento
estratégico para o futuro da região", diz.
Além das fontes solar e eólica, outra frente de expansão envolve a possibilidade de instalação de uma termoelétrica movida a casca de arroz em Capivari do Sul
- com insumos provenientes de engenhos de Viamão - e de uma planta de
hidrogênio verde próxima à Lagoa dos Patos, em fase de estudos. "A
energia limpa está em franca expansão, e Viamão está no mapa desses
projetos inovadores", resume Vieira.
Com 8 mil associados e mais de 25 mil usuários beneficiados, a Coopernorte também aposta na conectividade como vetor de desenvolvimento.
A cooperativa está expandindo sua rede de fibra óptica para levar
internet de alta velocidade às áreas rurais e urbanas. "Temos planos de
inclusão digital no campo e já instalamos um carregador para veículos
elétricos em Águas Claras, sinalizando que estamos atentos às novas
demandas", pontua.
Segundo Vieira, o crescimento do bairro de Águas Claras, hoje com
cerca de 25 mil habitantes, é um exemplo da transformação que a região
vive. "É praticamente uma cidade. Cresceu rápido e agora está se
consolidando com escolas, bancos, restaurantes e infraestrutura. Até se
cogitou emancipação anos atrás", relembra.
Para além da geração e distribuição de energia, o presidente destaca a robustez da infraestrutura em Viamão, que atrai empresas como a Ambev e redes como Zaffari e Fort.
"A nova subestação que está sendo construída próxima à Parada 44
(ERS-040, no bairro Viamópolis) vai suprir a demanda crescente dos
condomínios, mercados e prédios na região", diz. A presença de linhas de
transmissão e subestações permite garantir qualidade no fornecimento de
energia mesmo em áreas com vocação para novos loteamentos e polos
industriais.
IFRS lidera missão de Viamão à China em busca de cooperação científica
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Coradini (centro) entregou materiais ao diretor do Centro de Cooperação Econômica Internacional de Fujian/IFRS/Divulgação/JC |
A missão foi liderada pelo pró-reitor de Desenvolvimento
Institucional do IFRS, Lucas Coradini, e contou com a presença do
prefeito Rafael Bortoletti, do secretário de Governo Túlio Barbosa, além
de professores, gestores acadêmicos e empresários ligados ao parque
tecnológico. Todas as despesas foram custeadas pelo governo chinês.
O objetivo central foi abrir caminhos para cooperação científica, oportunidades de intercâmbio e aproximação com empresas e universidades de ponta.
Ao mesmo tempo, a prefeitura de Viamão buscou apresentar os
diferenciais econômicos e estratégicos do município a potenciais
investidores.
As cidades visitadas ocupam papel destacado na economia chinesa.
Fuzhou, capital de Fujian, tornou-se um dos principais polos de
exportação e abriga indústrias de tecnologia avançada, com forte
presença da economia digital. Longyan concentra mineração, agricultura
moderna e novas cadeias industriais, apoiadas em infraestrutura
logística que integra o interior às regiões costeiras. Nanchang, capital
da província de Jiangxi, é hoje um centro logístico e industrial
emergente, com crescimento expressivo em manufatura e serviços.
A participação em agendas nessas localidades deu ao grupo
brasileiro contato direto com experiências de desenvolvimento que
associam urbanização rápida, inovação tecnológica e políticas ambientais.
No plano geopolítico, a aproximação reforça o diálogo com a segunda
maior economia do mundo, responsável por mais de 18% do PIB global e
principal parceira comercial do Brasil.
No campo acadêmico, foram iniciadas negociações com a Universidade
de Fuzhou, instituição com 58 mil estudantes e 12 áreas entre as mais
bem avaliadas no ranking internacional ESI. O IFRS apresentou memorando
de entendimento, e a universidade sinalizou interesse em cooperação
científica. Outro avanço ocorreu com a Universidade de Hohai, em
Nanjing, referência em recursos hídricos e sustentabilidade, com
tratativas voltadas a pesquisas conjuntas sobre biofertilizantes
aplicados à agricultura.
A missão também abriu espaço para diálogo com países africanos de
língua portuguesa. A Universidade Joaquim Chissano, de Moçambique,
propôs acordo de cooperação voltado à formação de professores e ao uso
da tecnologia da informação na educação. Uma delegação moçambicana deve visitar o IFRS em breve para formalizar a parceria.
O prefeito Rafael Bortoletti dedicou a viagem à apresentação das potencialidades de Viamão a empresas de tecnologia e mobilidade, entre elas a JMEV, uma das maiores fabricantes de veículos elétricos da China.
Ambiente receptivo de negócios e localização estratégica levam MIC a investir em Viamão
Empresa prevê início das operações para o segundo semestre de 2026 / MIC Steriliza/Divulgação/JC
Empresa prevê início das operações para o segundo semestre de 2026 / MIC Steriliza/Divulgação/JC
A decisão da MIC Steriliza de instalar sua nova planta
industrial em Viamão marca um movimento estratégico da operação do Grupo
Bringel no Sul. A escolha não foi casual: pesaram fatores como
localização geográfica, logística integrada, disponibilidade de mão de
obra técnica e, principalmente, um ambiente institucional receptivo ao
empreendedorismo. "Viamão oferece possibilidades de diálogo
efetivo com a gestão municipal e uma visão clara de desenvolvimento",
afirma Sérgio Pacheco, diretor de Operações do Grupo Bringel.
A MIC Steriliza, empresa gaúcha especializada em serviços de
esterilização por óxido de etileno (ETO), foi incorporada em 2023 pelo
Grupo Bringel - conglomerado nacional com atuação consolidada em nove
Estados por meio da Esteriliza, referência em processamento hospitalar. A
unidade de Viamão, que será instalada no Distrito Industrial, representa o início da expansão industrial do grupo na Região Sul.
Com previsão de início das operações no segundo semestre de 2026, após a conclusão da instalação e validações técnicas, a planta terá capacidade instalada de até 6 mil ciclos mensais de ETO - quantidade de vezes que a empresa consegue realizar o processo de esterilização -, podendo operar em regime contínuo, 24 horas por dia, sete dias por semana.
A operação atenderá indústrias, clínicas e hospitais que exigem alto
padrão técnico e conformidade regulatória no processamento de
dispositivos médicos.
O empreendimento também deve impulsionar a economia local com a geração inicial de 100 a 150 empregos diretos, distribuídos
entre áreas técnicas, administrativas e de operação, além de até 80
postos indiretos ligados à cadeia logística, manutenção e suporte
regulatório. "A escolha por Viamão também se deu por estar fora
de zonas de risco ambiental, um critério decisivo para uma planta de
esterilização", destaca Pacheco.
A operação vai oferecer soluções integradas que vão além da esterilização:
reprocessamento de dispositivos de alto custo, validação técnica de
produtos, suporte regulatório para a indústria, rastreabilidade digital
dos ciclos e monitoramento ambiental permanente.
Para o Grupo Bringel, o município se destaca por combinar custo operacional competitivo, infraestrutura básica adequada e segurança jurídica para investimentos de médio
e longo prazo. "Além da proximidade com a Capital e a facilidade de
conexão logística com os demais estados do Sul, encontramos em Viamão
uma área industrial regularizada e apoio institucional relevante",
observa Pacheco.
Embora os incentivos fiscais concedidos pela prefeitura não tenham
sido divulgados, a avaliação positiva do ambiente de negócios reflete a estratégia recente do município de atrair empreendimentos de alto valor agregado, com impacto direto na geração de empregos e na diversificação econômica.
Com duplicações da Caminho do Meio e da ERS-118, Viamão se prepara para novo ciclo de desenvolvimento
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Variante da ERS-118, no bairro Fiúza, é parte das obras que se estendem até o Lami, em Porto Alegre/ Ernesto Eichler/Daer/Divulgação/JC |
O projeto completo abrange 23 quilômetros e contempla também Porto Alegre e Alvorada.
O início da obra está previsto para o primeiro trimestre de 2026, e a
estrutura contará com ciclovias, faixas exclusivas de ônibus, drenagem,
passeio público com acessibilidade, nova iluminação, paisagismo e
sinalização viária.
Na avaliação do vice-prefeito e secretário de Obras de Viamão, Maninho Fauri, a duplicação da Caminho do Meio vai além da mobilidade urbana.
"Essa é uma obra norteadora do processo de desenvolvimento de Viamão.
Estamos estruturando todo um ambiente legal e técnico para receber
empreendimentos, com foco na geração de emprego e renda. Queremos
inverter a lógica: que as pessoas venham trabalhar aqui, e não mais
apenas saiam da cidade todos os dias", explica.
Segundo ele, a prefeitura tem buscado desburocratizar
processos e integrar secretarias, criando um comitê gestor para acelerar
licenciamentos e liberar viabilidades técnicas. A criação do
Escritório de Licenciamento Ambiental também visa facilitar a vida de
investidores interessados em instalar indústrias e centros logísticos no
município.
Outra intervenção de grande impacto é a duplicação da ERS-118 no trecho entre Gravataí e Viamão.
A rodovia se mostrou essencial durante as enchentes de maio de 2024,
quando funcionou como único corredor de saída de Porto Alegre, diante da
interdição de outras vias. A sobrecarga evidenciou a precariedade da estrutura e justificou sua inclusão no Funrigs
— o Fundo Estadual de Reconstrução do Rio Grande do Sul, criado para
financiar obras emergenciais e estruturantes após os eventos climáticos
extremos.
O novo projeto prevê duplicação do trecho entre o viaduto da Freeway, em Gravataí, até a conexão com Viamão, sem cobrança de pedágio, conforme compromisso do governo estadual.
"A duplicação da 118 vai nos conectar com a BR-290 e com todo o Estado.
Viamão está fora da zona de enchentes, tem espaço e agora terá
infraestrutura viária para receber empresas. É um cenário inédito para o
nosso desenvolvimento pleno", afirma Fauri.
A malha viária de Viamão ainda conta com 3 mil quilômetros de estradas, sendo cerca de 400 quilômetros urbanos não pavimentados.
Nos últimos cinco anos, mais de 130 quilômetros de novas vias urbanas
foram pavimentadas. A meta, segundo a Secretaria de Obras, é manter esse
ritmo e concluir a urbanização nos próximos dez anos.
Outras frentes de trabalho também estão em andamento. Uma delas é a
continuidade da ERS-118, sob o viaduto da RS-040 até a região da Fiúza,
com aporte de quase R$ 10 milhões do Estado. A via Alcebíades Azeredo
dos Santos, no Centro de Viamão, também está sendo pavimentada e vai
integrar esse novo eixo, criando um circuito de mobilidade que tende a se transformar em um anel viário metropolitano.
A prefeitura também projeta, em médio prazo, a duplicação da
Avenida Bérico Bernardes, importante ligação com a Lomba do Pinheiro e a
zona Leste de Porto Alegre. Embora ainda em fase preparatória, com o
recuo do Parque Saint Hilaire, a via está no radar como alternativa viária estratégica.
Com ligação direta ao Litoral Norte e Santa Catarina, à Região
Metropolitana, ao Vale do Sinos, à Serra e à Fronteira Oeste, Viamão
está redesenhando seu mapa de conexões e abrindo caminhos para
se consolidar como destino preferencial para investimentos logísticos,
industriais e habitacionais.
De bairro aeronáutico a base de operações, o salto do Aeródromo
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Empresas & Negócios - especial economia de Viamão - Polo Aeronáutico, instalado no Aeródromo de Águas Claras, consolida-se como rede de apoio /Aeródromo/Divulgação/JC |
No período das cheias, o movimento da pista, que em média registra 100 operações por mês, saltou para mais de 150 por dia. No auge da crise, mais de 30 helicópteros operavam regularmente, além de centenas de outras aeronaves envolvidas no transporte de mantimentos, medicamentos e resgatados.
Mesmo após o pico da enchente, a atividade seguiu intensa até dezembro, impulsionada pelo fechamento do Aeroporto Salgado Filho. Nesse período, o aeródromo recebeu em média 500 operações mensais de jatos e táxis aéreos.
Para o presidente da associação que administra o complexo, comandante Ondino Dutra, a criação do polo foi uma "ação visionária"
da Câmara de Vereadores e da prefeitura, ao aprovarem em 2020 a lei que
definiu o uso da área. O marco legal viabilizou investimentos privados
em hangares de manutenção e abastecimento.
O aeródromo também foi a única opção de pouso noturno em pista asfaltada, o que permitiu o uso por forças policiais e militares
de estados como Santa Catarina, Minas Gerais, Ceará e São Paulo. Além
da infraestrutura, associados ofereceram trabalho voluntário para
sustentar a operação.
Desde 2022, o espaço mantém convênios com o Estado, servindo de
base ao Batalhão de Aviação da Brigada Militar e ao Departamento de
Operações Aéreas da Polícia Civil, além de funcionar para treinamentos.
A iniciativa começou em 2014, quando Dutra e o sócio, o também
piloto Marcio Sanchez, adquiriram a área de 30 hectares com o projeto de
desenvolver uma comunidade aérea. "A ideia era criar um bairro aeronáutico, com avião na garagem e uma rede completa de serviços", explica Dutra.
Hoje, a estrutura é gerida por associação sem fins lucrativos, financiada por taxas dos proprietários.
Dutra tem 20 anos de experiência em companhia aérea nacional e atua
como piloto executivo, enquanto Sanchez voa em uma cargueira chinesa.
Avenida Senador Salgado Filho vira rota dos atacarejos
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Obras do Cestto seguem cronograma, com conclusão prevista ainda em 2025 / EVANDRO OLIVEIRA/JC |
Dados da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS) mostram que modelos de autosserviço com foco em preços competitivos vêm
ganhando relevância, impulsionados pela busca do consumidor por
economia e pelo interesse das empresas em mercados ainda pouco
explorados por grandes grupos. Viamão, com mais de 220 mil
habitantes e localização estratégica na Região Metropolitana de Porto
Alegre, tem atraído a atenção.
O Stok Center — Rodovia Tapir Rocha nº 7600, no Bairro São Lucas — anuncia a chegada da nova unidade com mais 9 mil itens no mix de produtos e opção de compras pelo site e aplicativo.
A promessa é preços baixos, variedade e qualidade. A loja possui uma
área total de 11.458,86 metros quadrados, com 27 checkouts de
atendimento e 281 vagas de estacionamento.
Já o Grupo Zaffari segue com as obras da estrutura do novo Cestto,
na parada 43, na ERS-040 ou Avenida Salgado Filho, no Bairro
Viamópolis, com um investimento estimado em R$ 120 milhões. A previsão é
de que a inauguração ocorra ainda neste ano. As unidades Cestto têm um
perfil de atacarejo, combinando vantagens do atacado com a conveniência
do varejo, focando em preços baixos e qualidade para a casa e o negócio.
O Fort Atacadista consolida sua atuação local ao completar dois anos de operação no município.
A loja de Viamão foi a segunda unidade da bandeira no Estado e reforça a
estratégia do grupo de ocupar posições-chave fora dos grandes centros
urbanos.
A avaliação da rede é positiva, tanto em termos de movimento quanto de receptividade da população local.
Com um investimento inicial de R$ 50 milhões, a unidade de Viamão
manteve a previsão inicial de 185 empregos diretos, número que se
sustenta desde a inauguração. O grupo não divulga dados de faturamento,
mas informa que os resultados obtidos em Viamão estão dentro das expectativas e demonstram a força do mercado local.
Barcellos anuncia expansão com supermercado
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Com investimento de R$ 15 milhões, unidade será aberta até o fim do ano /Barcellos/Divulgação/JC |
O projeto prevê não apenas a duplicação da presença da marca na
cidade, mas também a construção de um restaurante com parrilla na parte
superior da nova loja. O novo espaço, na Alcebíades de Azevedo, bairro
São José, terá 6 mil metros quadrados de área total, sendo 1.250 metros
quadrados de área de venda, e vai gerar cerca de 120 empregos diretos.
Mais do que expansão comercial, a nova loja representa um marco na história do Barcellos
— um negócio familiar que começou com os pãezinhos da Vó Neuza nos anos
1980. "Essa nova loja é um passo importante. É o resultado de muito
trabalho, dedicação da família e do carinho que temos pelo nosso
cliente", afirma Bruna Barcellos, 27 anos, diretora de marketing da
empresa e neta da fundadora.
Nova fábrica da JP Farma prevê produção de 5 milhões de bolsas de soro
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Empresas & Negócios - especial economia de Viamão - Fábrica no bairro Estalagem ocupa complexo de 11,2 mil metros quadrados a aguarda liberação da Anvisa/Luiz Fernando Aquino/Especial/JC |
"São apenas despesas por enquanto, mas não abrimos mão da qualificação para garantir a excelência da produção e a certificação necessária",
afirmou o CEO da empresa, André Ali Mere. O investimento total de R$ 60
milhões foi direcionado à aquisição de equipamentos de última geração e
à completa modernização de uma antiga planta industrial desativada da
Texon, também do ramo farmacêutico.
Localizada na Rua José Garibaldi, 1239, bairro Estalagem, a fábrica
ocupa um complexo de 11,2 mil metros quadrados distribuídos em quatro
prédios, projetados para abrigar toda a linha de produção com tecnologia
de ponta. A unidade aguarda apenas a liberação final da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar oficialmente
suas operações.
Além do impacto econômico, a JP Farma reforça seu compromisso social com o município.
"Temos um compromisso com a geração de emprego e renda para Viamão, mas
também com a formação de profissionais qualificados para atuar em uma
indústria de alta tecnologia", destacou Ali Mere.
A empresa investiu ainda na capacitação antecipada de sua equipe,
que desde o ano passado já trabalha na produção de material de teste, garantindo que todos os processos estejam ajustados e validados antes do início da operação plena.
A unidade gaúcha da JP Farma integra uma estratégia nacional da
empresa, que tem sede em Ribeirão Preto (SP) e quase seis décadas de
atuação no mercado farmacêutico. Com a nova planta, a companhia consolida sua presença na região Sul, contribuindo para a segurança sanitária e para o fortalecimento da produção de insumos médicos estratégicos no País.
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