Simplicidade e transparência
O desempenho dos fundos imobiliários no mercado secundário revela que a demanda do investidor continua aquecida. Os fundos imobiliários são uma opção de investimento simples e rentável. Isso porque o investidor recebe o rendimento líquido do aluguel, menos as despesas do fundo, com isenção do Imposto de Renda para pessoa física.
Na avaliação do coordenador do Comitê de Produtos Financeiros Imobiliários da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Rodrigo Machado, essas características tornam a modalidade atrativa no mercado. Nos últimos três anos, a indústria de fundos mais que dobrou, e 2011 segue no mesmo ritmo. Esse movimento é atribuído às mudanças na legislação que isentaram do Imposto de Renda a pessoa física, por exemplo, e possibilitou a criação de novos fundos.
Mas as vantagens para o investidor imobiliário não param por aí. Os fundos reúnem vários investidores que, somados, representam um volume de investimento importante, possibilitando adquirir participações ou mesmo imóveis inteiros antes inacessíveis a investidores individuais. De acordo com Machado, o acesso de investidores de qualquer porte também ajuda a propagar o investimento já que oferece valor baixo de suas cotas. Os lançamentos mais acessíveis aceitaram investimentos iniciais a partir de R$ 1 mil. Desde pequenos poupadores até grandes fundos de pensão ou fundos internacionais podem entrar neste mercado.
Machado chama a atenção para outras duas vantagens de investir nesse tipo de fundo: a transparência e a possibilidade de terceirização da administração. A negociação das cotas num mercado organizado e transparente como o da Bovespa traz a segurança de que se está fazendo um negócio pelo melhor preço possível no momento, já que todo o mercado tem a informação do que está ocorrendo, bem como das ofertas de compra e venda. Já a terceirização da administração é feita por profissionais do mercado, fiscalizados e sob a responsabilidade de uma instituição financeira administradora.
Geralmente, as pessoas que buscam os fundos estão atrás de um rendimento estável e mais no longo prazo, diz Machado, e para conquistar esse investidor o setor vem apostando cada vez mais na pessoa física que já está no mercado. "É um negócio bastante acessível. Com apenas R$ 1 mil é possível fazer a aplicação. Também a operação dá a possibilidade de diversificar o investimento e pulverizar a aplicação", salienta, ao destacar que dos 61 fundos existentes no ramo, mais da metade tem liquidez razoável. Os 61 fundos têm capitalizados R$ 10 bilhões, montante significativo e com potencial para crescer mais.
Vantagens: praticidade e acesso a atividades de primeira linha
- Acesso a inquilinos ou atividades de primeira linha: os fundos imobiliários brasileiros são proprietários de grandes shopping centers (Shopping Higienópolis, Dom Pedro, ABC Plaza, etc.) e empreendimentos no setor varejista, além de possuírem imóveis locados a inquilinos de excelente qualidade (Petrobras no Fundo Torre Almirante; Atento no Memorial Office; CEF no Almirante Barroso ou o Banco do Brasil no BB Progressivo).
- Praticidade: para se vender um imóvel, por menor que seja, há necessidade de se obter uma série de certidões, anuência do cônjuge, além de custos caros de corretagem, cartório, ITBI, etc., num processo moroso e caro. As cotas dos fundos imobiliários, que são alvo dos investidores pessoa física, são negociadas na Bovespa, cuja negociação é rápida (uma vez fechado negócio, o vendedor recebe seu dinheiro em D+3, ou seja, no terceiro dia útil após o dia da venda) e sem qualquer burocracia, desde que as cotas estejam depositadas junto à corretora de valores que representa o vendedor.
- Fracionamento: se o proprietário de um imóvel necessita de recursos para uma viagem, por exemplo, e só possui um imóvel, terá que vendê-lo, mesmo que o valor que necessite seja parte do valor que estava investido no imóvel. Se tiver cotas de um fundo imobiliário, basta vender somente o montante necessário. Por outro lado, se um investidor recebe a renda de um fundo imobiliário e não vai necessitar destes recursos, pode comprar mais cotas deste fundo ou de outro. Com imóveis, da forma tradicional, isto é impossível.
Para o investidor e pequeno aplicador
Atualmente, há 121 fundos imobiliários registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sendo 60 negociados em Bolsa, com patrimônio líquido total de R$ 8,2 bilhões, que apresentam diversas estratégias de investimento. Na avaliação do diretor do site Fundo Imobiliário, referência na área, Sérgio Belleza Filho, o potencial desse mercado é grande e tende a crescer acompanhando o desenvolvimento do mercado de imóveis.
O desafio é o desenvolvimento de um mercado mais ativo e líquido, embora, de acordo com os 35 fundos listados e acompanhados pelo Fundo Imobiliário, o ganho médio em oito meses foi de 6,77%, ante 6,49% do CDI. Diante desses resultados, Belleza avalia que os fundos vêm ganhando liquidez se comparado com a locação de imóveis. "Os fundos são tudo o que têm de mais interessante no mercado imobiliário", salienta. O mercado oferece variáveis, de fundos voltados à renda com o aluguel dos imóveis que, no caso, o fundo adquire, até os destinados à incorporação de determinado empreendimento para venda futura.
Assim, o cenário dos fundos de investimento imobiliário hoje é favorável para quem está acostumado a investir em imóveis e deseja continuar no setor. E também para o pequeno aplicador que quer participar do bom momento do mercado brasileiro neste setor.
Os fundos imobiliários foram criados no final da década de 90 e evoluíram até tomarem a forma atual. Um dos primeiros listados em Bolsa foi o Europa, inaugurado oficialmente no ano de 2003. Com a regulamentação da CVM, o investimento ficou mais transparente, com regras claras, como a obrigatoriedade de reembolso de 95% ao investidor a cada seis meses, por exemplo.
Saiba mais sobre fundos imobiliários
- O que são: fundos que investem em empreendimentos imobiliários (exemplos: edifícios comerciais, shopping centers, hospitais, etc.). O retorno do capital investido se dá por meio da distribuição de resultados do Fundo (o aluguel pago por um shopping center, por exemplo) ou pela venda das suas cotas do Fundo.
- Quem pode investir: qualquer pessoa.
- Valor mínimo: depende do Fundo Imobiliário que você escolher.
- Tempo médio para resgate do dinheiro: resgate das cotas ocorre mediante a negociação no mercado secundário, ou seja, você vende a cota do fundo à semelhança da venda de uma ação.
- Rentabilidade média: varia de um fundo para outro. Há isenção de imposto de renda sobre os rendimentos distribuídos para os cotistas que sejam pessoas físicas.
- Como investir: você precisa ser cliente de uma corretora que negocie este produto. Elas possuem especialistas que poderão ajudá-lo, esclarecendo todas as dúvidas que você tiver.
Fonte! Chasque publicado na edição do Correio do Povo de hoje (14 de outubro de 2011), no Caderno Habitação & Mercado (nº 98)
Facilidade: pequenos poupadores podem investir no mercado Crédito: fabiano do amaral |
Na avaliação do coordenador do Comitê de Produtos Financeiros Imobiliários da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Rodrigo Machado, essas características tornam a modalidade atrativa no mercado. Nos últimos três anos, a indústria de fundos mais que dobrou, e 2011 segue no mesmo ritmo. Esse movimento é atribuído às mudanças na legislação que isentaram do Imposto de Renda a pessoa física, por exemplo, e possibilitou a criação de novos fundos.
Mas as vantagens para o investidor imobiliário não param por aí. Os fundos reúnem vários investidores que, somados, representam um volume de investimento importante, possibilitando adquirir participações ou mesmo imóveis inteiros antes inacessíveis a investidores individuais. De acordo com Machado, o acesso de investidores de qualquer porte também ajuda a propagar o investimento já que oferece valor baixo de suas cotas. Os lançamentos mais acessíveis aceitaram investimentos iniciais a partir de R$ 1 mil. Desde pequenos poupadores até grandes fundos de pensão ou fundos internacionais podem entrar neste mercado.
Machado chama a atenção para outras duas vantagens de investir nesse tipo de fundo: a transparência e a possibilidade de terceirização da administração. A negociação das cotas num mercado organizado e transparente como o da Bovespa traz a segurança de que se está fazendo um negócio pelo melhor preço possível no momento, já que todo o mercado tem a informação do que está ocorrendo, bem como das ofertas de compra e venda. Já a terceirização da administração é feita por profissionais do mercado, fiscalizados e sob a responsabilidade de uma instituição financeira administradora.
Geralmente, as pessoas que buscam os fundos estão atrás de um rendimento estável e mais no longo prazo, diz Machado, e para conquistar esse investidor o setor vem apostando cada vez mais na pessoa física que já está no mercado. "É um negócio bastante acessível. Com apenas R$ 1 mil é possível fazer a aplicação. Também a operação dá a possibilidade de diversificar o investimento e pulverizar a aplicação", salienta, ao destacar que dos 61 fundos existentes no ramo, mais da metade tem liquidez razoável. Os 61 fundos têm capitalizados R$ 10 bilhões, montante significativo e com potencial para crescer mais.
Vantagens: praticidade e acesso a atividades de primeira linha
DIFERENCIAL: fundos agregam imóveis locados a inquilinos de excelente qualidade Crédito: MAURO SCHAEFER |
- Praticidade: para se vender um imóvel, por menor que seja, há necessidade de se obter uma série de certidões, anuência do cônjuge, além de custos caros de corretagem, cartório, ITBI, etc., num processo moroso e caro. As cotas dos fundos imobiliários, que são alvo dos investidores pessoa física, são negociadas na Bovespa, cuja negociação é rápida (uma vez fechado negócio, o vendedor recebe seu dinheiro em D+3, ou seja, no terceiro dia útil após o dia da venda) e sem qualquer burocracia, desde que as cotas estejam depositadas junto à corretora de valores que representa o vendedor.
- Fracionamento: se o proprietário de um imóvel necessita de recursos para uma viagem, por exemplo, e só possui um imóvel, terá que vendê-lo, mesmo que o valor que necessite seja parte do valor que estava investido no imóvel. Se tiver cotas de um fundo imobiliário, basta vender somente o montante necessário. Por outro lado, se um investidor recebe a renda de um fundo imobiliário e não vai necessitar destes recursos, pode comprar mais cotas deste fundo ou de outro. Com imóveis, da forma tradicional, isto é impossível.
Para o investidor e pequeno aplicador
VARIAÇÃO: renda sobre aluguel ou empreendimento para venda Crédito: Mauro Schaefer |
O desafio é o desenvolvimento de um mercado mais ativo e líquido, embora, de acordo com os 35 fundos listados e acompanhados pelo Fundo Imobiliário, o ganho médio em oito meses foi de 6,77%, ante 6,49% do CDI. Diante desses resultados, Belleza avalia que os fundos vêm ganhando liquidez se comparado com a locação de imóveis. "Os fundos são tudo o que têm de mais interessante no mercado imobiliário", salienta. O mercado oferece variáveis, de fundos voltados à renda com o aluguel dos imóveis que, no caso, o fundo adquire, até os destinados à incorporação de determinado empreendimento para venda futura.
Assim, o cenário dos fundos de investimento imobiliário hoje é favorável para quem está acostumado a investir em imóveis e deseja continuar no setor. E também para o pequeno aplicador que quer participar do bom momento do mercado brasileiro neste setor.
Os fundos imobiliários foram criados no final da década de 90 e evoluíram até tomarem a forma atual. Um dos primeiros listados em Bolsa foi o Europa, inaugurado oficialmente no ano de 2003. Com a regulamentação da CVM, o investimento ficou mais transparente, com regras claras, como a obrigatoriedade de reembolso de 95% ao investidor a cada seis meses, por exemplo.
Saiba mais sobre fundos imobiliários
- O que são: fundos que investem em empreendimentos imobiliários (exemplos: edifícios comerciais, shopping centers, hospitais, etc.). O retorno do capital investido se dá por meio da distribuição de resultados do Fundo (o aluguel pago por um shopping center, por exemplo) ou pela venda das suas cotas do Fundo.
- Quem pode investir: qualquer pessoa.
- Valor mínimo: depende do Fundo Imobiliário que você escolher.
- Tempo médio para resgate do dinheiro: resgate das cotas ocorre mediante a negociação no mercado secundário, ou seja, você vende a cota do fundo à semelhança da venda de uma ação.
- Rentabilidade média: varia de um fundo para outro. Há isenção de imposto de renda sobre os rendimentos distribuídos para os cotistas que sejam pessoas físicas.
- Como investir: você precisa ser cliente de uma corretora que negocie este produto. Elas possuem especialistas que poderão ajudá-lo, esclarecendo todas as dúvidas que você tiver.
Fonte! Chasque publicado na edição do Correio do Povo de hoje (14 de outubro de 2011), no Caderno Habitação & Mercado (nº 98)
Ótimo post! Muito explicativo e com uma linguagem fácil!
ResponderExcluirhttp://encontrodeinvestidoras.blogspot.com/
Bueno! Tem que ser assim para leitores de um jornal como é o Correio do Povo, que foi muito feliz trazendo este chasque para os seus centenas de milhares de leitores em todo o Sul do Brasil
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